31 de outubro de 2015

SPRINGBOKS VENCEM PUMAS PELO BRONZE *

* Pedro Sousa Ribeiro
A África do Sul alcançou o 3º lugar depois de bater a Argentina por 24-13.

A Argentina foi forçada a fazer alterações substanciais na constituição da sua equipa já que não pode contar com o seu capitão Agustin Creevy, nem com Marcos Ayerza, Juan Imhoff e Juan Martin Hernandez todos eles devido a lesões sofridas no jogo com a Austrália. 
Relativamente ao jogo anterior a Argentina fez 9 alterações no seu XV inicial.
Por outro lado, a África do Sul apenas se viu privada do seu capitão Fritz du Preez o que levou a que Victor Matfield liderasse a equipa no seu 127º e último jogo internacional. 
Foi a 23ª vez que assumiu essa situação.

O jogo iniciou-se da pior maneira para os argentinos já que o seu médio de formação Tomas Cubelli foi, aos 5 minutos, penalizado com um cartão amarelo reduzindo a sua equipa a 14 jogadores.
Penalização devida a não ter recuado prontamente para 10 metros do local de um pontapé de penalidade e ter placado o executor do pontapé. Uma falta totalmente escusada. 
No período da sua ausência, a África do Sul alcançou os primeiros pontos, aos 6 minutos, através de um ensaio de JP Pietersen depois de um bom movimento das suas linhas atrasadas, que foi convertido por H. Pollard.

Apesar dos argentinos tudo tentarem para ultrapassar a defesa sul africana nunca o conseguiram já que estes foram, tal como nos jogos anteriores, muito eficazes na sua tarefa defensiva.

Ainda antes do intervalo a África do Sul dispôs de três pontapés de penalidade, todos eles convertidos por H. Pollard, chegando-se ao final da primeira parte com uma vantagem confortável de 16-0 para os Springbocks.

Na primeira parte Brian Habana teve três oportunidades de concretizar a sua grande aspiração de passar a ser o jogador com mais ensaios marcados num mundial, mas, por precipitação ou desconcentração, não o obteve. 
Ficou assim com 15 ensaios, em igualdade com Jonah Lomu. 
Numa das situações foi Lucas Amorosino que conseguiu evitar, in-extremis, o toque de meta de Brian Habana.

O segundo tempo iniciou-se da melhor forma para os Pumas que aos 42 minutos conseguiram os primeiros três pontos através de um excelente pontapé de ressalto de Nicolas Sanchez.

Mas logo no minuto seguinte os sul africanos conseguiam o segundo ensaio por Eben Etzbeth, mesmo junto à linha lateral, depois de receber um passe de Brian Habana e evitar ser empurrado para fora.

Aos 47 minutos a África do Sul conseguiu os seus últimos pontos com um pontapé de penalidade de H. Pollard tendo a Argentina reduzido a diferença, cinco minutos depois, por Nicolas Sanchez.

Os argentinos tentaram sempre ultrapassar a defesa sul africana, mas foi apenas na última jogada que obtiveram o seu bem merecido ensaio pelo pilar Juan Orlandi após uma sequência de cargas junto à área de meta sul africana. Com a respectiva conversão chegou-se ao resultado final de 24-13.

Pode dizer-se que a África do Sul teve mais disciplina e controlo sobre o jogo tendo seu médio de formação Ruan Piennar sido determinante nesse controlo.

Por outro lado os Pumas com um jogo baseado numa grande movimentação, sendo exímios no ataque um para um, não tiveram capacidade para romper a bem estruturada defesa sul africana. 
Mas terminaram este mundial como uma equipa que ultrapassou as expectativas e que praticou um rugby atraente e baseado num movimento constante. Mas esbarrou, nos jogos decisivos, com defesas australianas e sul africanas muito consistentes.

Apesar de derrotados os adeptos sul-americanos fizeram a maior festa mostrando mais uma vez que perdendo ou ganhando os espetadores estão lá para apreciar o jogo e gozar da melhor forma esses momentos inesquecíveis.

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