28 de fevereiro de 2013

MUNDIAL DE SEVENS JÁ COMEÇOU

Com a definição dos grupos da fase de apuramento, o Mundial de Sevens de 2013, em Moscovo, começou hoje mesmo.

Não há grupos fáceis para Moscovo, tendo ainda em atenção que passam aos quartos de final os vencedores dos seis grupos, mais os dois melhores segundos classificados, numa fórmula que estreou em 2009 no Dubai.

(Para conhecer a história completa dos Mundiais de Sevens, veja o mini-site que organizamos sobre a matéria)

Portugal vai encontrar na fase de apuramento a Inglaterra, a Argentina e Hong Kong, num grupo em que o apuramento não é fácil, mas também não é impossível - basta que aos Linces seja dada a atenção que eles merecem!
 
(Para informações completas sobre os Linces, basta consultar o nosso mini-site dedicado à Seleção Nacional de Sevens)

A propósito de Serevi - que ilustra a nossa foto de abertura - vejam, numa foto tirada em Madrid, que não é inédita a presença de campeões do Mundo nas equipas portuguesas...

AINDA ESTAMOS A TEMPO! VAMOS A ISSO!

Ao longo dos meses e dos anos, o Mão de Mestre tem lutado por um melhor ambiente no rugby português, o que passa indubitavelmente pelo respeito para com os árbitros, a aceitação das suas decisões e um comportamento correto por parte do público.

Mas passa também pelo respeito pelo adversário e pelos próprios companheiros de equipa.

Diversas situações têm acontecido contrárias a este bom ambiente que se gostaria de ver respirar em todos os campos nacionais, e como já referimos, esta é uma matéria em que não há inocentes - nem os árbitros, nem a organização da arbitragem...

Mas o que mais interessa não é encontrar um qualquer bode expiatória que pague pelos seus atos e pelos atos de todos os outros.

O mais importante é que os jogadores, os treinadores, os clubes, os adeptos, os árbitros e os dirigentes, compreendam e aceitem que é hora da parar.

É hora de começarmos a escrever um novo capítulo na história do rugby português, de que todos nós nos orgulhemos.

E o melhor comentário que pode ser feito, vem dos próprios intervenientes diretos, dos jogadores, treinadores e clubes.

Hoje, deixamos aqui o comunicado do CRAV sobre esta matéria, que merece a nossa inteira concordância e respeito.


COMUNICADO
As presentes linhas são escritas num espírito pedagógico e preventivo. O rugby é uma modalidade que transparece determinados valores e é vontade do clube impedir que episódios infelizes venham a ocorrer.
Neste sentido, não queremos criticar ou censurar ninguém.
Apenas queremos melhorar as coisas.
Comunicamos então o seguinte:
  1. Todos sabemos que o rugby encerra em si uma série de valores. Respeito, desportivismo, trabalho de equipa, disciplina e prazer são alguns deles, talvez os mais divulgados. Da nossa parte, chamamos a atenção para os dois primeiros. Cabe-nos a todos manifestar o nosso respeito por adversários e pela equipa de arbitragem, e, em última instância, pelo Clube. Neste sentido, durante os jogos, apelamos para a adoção de um comportamento civicamente irrepreensível e pautado pelos princípios da boa educação. Há formas de protestar e de manifestar desacordo. Há pessoas responsáveis e mandatadas para o efeito e existem canais próprios. Uma atmosfera de intimidação e hostilidade em nada ajuda o rugby, a região e o CRAV, antes pelo contrário.
  2. Presença da assistência nos jogos. As pessoas que vão assistir aos jogos do CRAV deverão estar na zona expressamente reservada ao público. Zonas como banco de suplentes não são permitidas. A infração destes princípios leva à interrupção do jogo, levando depois a procedimentos disciplinares contra os infratores e sobretudo contra o Clube (art.º 40 do Regulamento Geral de Competições da FPR).
  3. Mais uma vez, destacamos o espírito pedagógico destas linhas. Mais e melhor Rugby, mais e melhor CRAV!
     

27 de fevereiro de 2013

EMPREGOS PARA JOGADORES DE RUGBY

Numa iniciativa impar em Portugal, que já referimos aqui anteriormente, o Caldas Rugby Clube negociou com o seu principal patrocinador uma forma de se beneficiar, ajudando jogadores de rugby a encontrar emprego - coisa que escasseia no mercado...

Seria interessante que outros clubes seguissem este exemplo, que ajuda a resolver o problema do clube e, simultaneamente, encontra soluções profissionais para jogadores de rugby.

Desta vez a Groundlink, a empresa que patrocina o Caldas, procura dois novos colaboradores, como podem ver no anúncio que a seguir publicamos.

O Mão de Mestre, que se preocupa com o futuro do rugby português, e com o futuro dos seus jogadores, congratula-se por poder colaborar graciosamente com esta iniciativa, e fica à disposição de clubes e patrocinadores, para divulgar outras iniciativas do género.




Numa época de crise em que o desemprego continua a aumentar, a Groundlink, empresa portuguesa que actua no sector aeronáutico, congratula-se por continuar a incorporar estrategicamente jogadores de rugby para os seus escritórios.
Após o sucesso da contratação de jogadores para os quadros da empresa, como Nuno Taful, Internacional A por Portugal, e que irão integrar o Caldas Rugby Clube, a Groundlink procura agora um jogador de rugby que tenha experiência ou curso na área de recursos humanos e um jogador com vocação e orientação para a vertente comercial com requisitos ao nível do Inglês e Espanhol. Francês também será altamente valorizado.
Os ordenados rondam os 800-1000 euros negociáveis de acordo com experiência profissional e currículo desportivo.
Para candidaturas enviar email para sports@groundlink.pt ou hr@groundlink.pt.

26 de fevereiro de 2013

SUPER XV AGORA A TODO O VAPOR *

A segunda ronda do Super 15 viu entrar em campo todas as equipas com exceção dos Cruzaders.
A qualidade dos jogos foi exemplar com especial destaque para os Highlanders vs Chiefs e para os Hurricanes vs Blues. 

Grandes passes, grande apoio, grandes placagens tudo feito com uma grande intensidade no breakdown o que se traduziu em jogos com um ritmo alucinante. (É engraçado o contraste com os jogos das seis nações).
Os Chiefs a jogarem assim são sem dúvida um candidato ao título. Com ou sem Sonny Bill, estiveram à altura de uns renovados Highlanders.
Os Blues devem andar a levar esfregas da nova equipa técnica, esfregas essas que tiraram dividendos. Foi um equipa nova que se mostrou em campo e com a contribuição dos Hurricanes praticaram um jogo aberto com rugby de contra-ataque de altíssima qualidade. 
São também duas equipas que se jogarem com as cartas certas podem muito bem reservar um lugar nos playoffs.

Nos outros jogos não houve grandes surpresas. 
Talvez a curta margem na vitória dos Sharks tenha deixado alguma água na boca, mas jogar em Bloemfontein é sempre complicado.

Uma última nota para a grande surpresa da ronda. 
Os menosprezados ( mesmo ignorados em alguns casos) Southern Kings, conseguiram, no seu primeiro jogo de Super 15 de sempre, uma vitória! 
A derrota coloca a moral da Force nas lonas e e a segurança contratual da equipa técnica ainda mais em baixo, tendo em conta que os próximos adversários são os Bulls e os Reds, esta equipa Australiana vai passar por um mau bocado.

Para a semana há mais, com os Cruzaders finalmente a pisarem um relvado e um embate escaldante entre a duas equipas sul-africanas mais fortes.


Na Liga Mão de Mestre, os muitos jogadores que apostaram na Force arrependeram-se rapidamente e umas apostas corretas dos Aveiro Devils ( nomeadamente na escolha para capitão do talonador dos Rebels) levaram João Quintela ao primeiro lugar do pódio.
Note-se que os nossos efetivos subiram para 73!

Quadros e tabelas:

LIGA FANTASY MÃO DE MESTRE


* Texto: Senhor Sir
Fotos e quadros:  www.superxv.com/

25 de fevereiro de 2013

BULDOGUES E ESQUILOS VENCEM JOGOS EM ATRASO

No jogo mais importante dos que estavam em atraso, e que se realizaram este fim de semana, o São Miguel foi à Moita do Ribatejo vencer o Beira Mar e confirmar a sua posição de grande candidato ao apuramento, enquanto o Belas cumpriu a sua obrigação e alcançou o Sporting na terceira posição, a um ponto apenas dos dois primeiros.

Fazemos hoje um pequeno exercício para que se compreenda a relação de forças entre os cinco candidatos aos dois lugares do apuramento.
Notem que este exercício não implica nenhum menosprezo em relação às restantes equipas - que têm, no conjunto, proporcionado um dos mais interessantes campeonatos dos últimos anos em Portugal, em qualquer categoria ou escalão etário - mas apenas demonstra a curiosidade que existe em relação às cinco equipas que chegaram a esta altura da prova com possibilidades de se qualificar.

No conjunto, realizaram-se entre estas equipas 15 jogos, faltando ainda realizar cinco até final da prova (Belas-FCT, São Miguel-Beira Mar, Belas-São Miguel, Sporting-FCT e Sporting-S. Miguel).

Considerando apenas os 15 jogos referidos, verificamos que apenas numa ocasião (Sporting-Belas) a diferença entre ensaios marcados e sofridos foi superior a um - no caso cinco ensaios para o Sporting e três para o Belas.
Verificamos ainda que foi atribuído ponto de bónus defensivo em 10 jogos, e não foi atribuído nenhum bónus de ataque.

 Veja o quadro dos resultados e tabela classificativa destas equipas, com estes 15 jogos:


Vejamos então como correu o fim de semana


BEIRA MAR 10-18 SÃO MIGUEL (1-2)
O Beira Mar com esta derrota fica numa posição difícil para se qualificar, e uma derrota na próxima jornada frente, de novo, ao São Miguel, retira-lhes, provavelmente, a qualificação.
O São Miguel continua num excelente ritmo, e parece a equipa em melhor posição para terminar na frente.
No entanto tem que se acautelar, pois neste momento é o inimigo público número um das restantes quatro, das quais ainda vai enfrentar três - a FCT já fez os seus dois jogos com os buldogues, tendo perdido os dois.

BELAS *60-18 ELVAS (?-?)
O Belas cumpriu a sua obrigação de vencer com ponto de bónus, recuperando a terceira posição a par do Sporting a apenas a um ponto dos dois da frente.
Quanto ao futuro, lembremos que os esquilos foram a única equipa a vencer o São Miguel nesta prova, e se voltar a ganhar fica numa boa posição para se qualificar. Mas antes desse encontro tem que enfrentar a FCT, que parece quem melhor calendário tem das candidatas, sem considerarmos o São Miguel.
Quanto ao Elvas a nossa esperança vai no sentido de que a equipa consiga garantir a sua manutençao nas competições, e esperamos ainda que possa contribuir para o crescimento de equipas na região, condição essencial para a sua sobrevivência.
Portalegre e Borba tem núcleos de rugby, e seria interessante ver  surgir outros na região - Estremoz tem todas as condições para isso, por exemplo, ou mesmo em Évora - o que daria com certeza um forte impulso ao rugby naquela parte do Alentejo.
Já aqui falámos em tempos da necessidade de ver surgir uma Associação Regional dedicada apenas ao Alentejo, e cada dia que passa sem isso acontecer, é mais um dia que se perde no desenvolvimento da modalidade ao sul do Tejo...

KELLERMAN 0-24* ÉVORA B (0-4)
Resultado equilibrado, tendo em atenção o que as duas equipas têm feito durante a época, que esperamos que signifique uma melhoria da equipa do Cacém, e não apenas um facilitar de esforços por parte dos chaparros...
Vamos acompanhar o que se passará nas próximas jornadas...

TOMAR 25-30 GUIMARÃES (4-5)
O Tomar ofereceu grande réplica aos bravos, e chegou ao intervalo na posição de vantagem, com 18-15 no marcador.
No segundo tempo o Guimarães reagiu e acabou por derrotas os templários que terminaram o jogo apenas com 14 jogadores.
Jogo com nove (!) ensaios, em que as equipas se preocuparam apenas com o jogo, o que merece destaque.
Gostávamos de saber se o Tomar tem tido algumas iniciativas de levar o rugby a escolas ou clubes da cidade, para podermos imaginar o que será o futuro da modalidade na região.
Os minhotos conquistaram os pontos de que careciam para subir à segunda posição, e estão agora em excelente condição de garantirem o acompanhamento ao Famalicão na luta do playoff.

Consultem as tabelas classificativas no mini-site dedicado à Segundona, já devidamente atualizados.

Fotos: Júlio Lobo Pimentel e Francisco Madureira

24 de fevereiro de 2013

CDUP "DESPEDE" DIREITO E COROA CDUL NO TOPO *

Ao ceder em Leça da Palmeira perante o CDUP, por 28-20, Direito, despediu-se da possibilidade de atingir o final da fase inicial da DH no topo da classificação e viu o Belenenses, que até tem um jogo a menos, aproximar-se perigosamente do 2.º lugar (está a cinco pontos de distância).

Mas esta 16.ª jornada foi ainda marcada pela ultrapassagem da Académica (vencedora em Arcos de Valdevez) ao Técnico (por seu turno derrotado em casa pelos azuis), com os pretos a reentrarem entre os seis da frente, lugar onde não moravam há largas semanas.

PREMIERSHIP COM MEXIDAS NA TABELA *

No Sábado mais três jogos da Premiership, que começaram em Exeter com os Chiefs a receberem o London Welsh.
Os Chiefs conseguiram uma vitória com ponto bónus, vital para as aspirações aos seis primeiros lugares que dão acesso à Heineken.

O Welsh na batalha dos últimos perdeu alguma estabilidade e o Sale está a uma vitória de distância.
O Exeter aplicou cinco ensaios ao Welsh e o abertura irlandês Steenson converteu os cinco e adicionou mais quatro penalidades.
O Welsh conseguiu um ensaio pelo internacional canadiano McKenzie que pôs os Chiefs a correr atrás do jogo e a baterem à porta de um cabaz de 50, final 47-16.

Os Saints receberam o Bath, equipas com objectivos semelhantes e a meio da tabela.
Os Saints começaram melhor o jogo e construiram uma vantagem, aparentemente, confortável de 20-9 a meio do segundo tempo com excelente colaboração da bota de Myler.
Em poucos minutos o Bath virava o jogo com um ensaio de penalidade devido à pressão na formação ordenada e uma intercepção de um mau passe de Alex Waller, Rokoduguni ensaiou e colocou o marcador em 20-23.
Os santos desesperavam e foi o seu jovem ponta Jamie Elliot com o seu segundo ensaio na partida a garantir a vitória para os da casa já no minuto 73.
Balde de água fria no banho do Bath, dominaram completamente os Saints no alinhamento e melhoraram com o decorrer do jogo, sorte para os da casa que voltam à luta pelo playoff.

O Sábado fechou com o emocionante Tigers - Saracens.
Duas partes distintas marcam o encontro, clara superioridade dos caseiros na primeira metade. Ford pareceu tremer no jogo ao pé, mas criou um ensaio fantástico para Dan Bowden aos 31' ao solicitar o seu colega no espaço deixado aberto pela defesa sarracena. 17-6 ao intervalo.
Na segunda metade os três-quartos dos Saracens pegaram no jogo à força e em menos de 15 minutos o jogo estava ao contrário.
Primeiro foi Strettle, ignorado por Lancaster e Inglaterra, e depois o jovem James Short a ensaiarem para o 17-18 (com uma conversão de Hodgson).
Nestes 15 minutos Strettle ainda viria a encontrar a área de validação mais uma vez para o 17-25 e meter os tigres fora de qualquer ponto no jogo.
Ford converteria mais uma penalidade para o 20-25, mas um minuto depois, aos 73, o defesa americano Wyles já estava novamente na área de ensaio do Leicester, desespero para os da casa que perseguiram o pesado resultado até ao final.
Já ao cair do pano uma jogada da linha atrasada dos Tigers  é parada por Strettle que não controla a bola, à semelhança do que se passou em Gloucester a decisão vai para o TMO, ensaio de penalidade e amarelo para o ponta.
Ford consegue a fácil conversão e os Tigers escapam com um ponto de bónus defensivo.

No Domingo em Londres os Wasps tinha oportunidade de se colar ao Leicester na classificação mas a visita ao Irish acabou por se provar amarga.
O defesa Tom Homer abriu fogo com duas penalidades e Geragthy conseguiu o segundo ensaio em duas semanas para pôr os Wasps em dificuldades.
A resposta viria por penalidades do experiente Stephen Jones e um ensaio do inevitável Wade colocou os Wasps na frente. Fenomenal momento de Wade a dançar com os defesas na linha e a voar para o canto para desespero de Homer que viu o ponta escapar-lhe dos braços.
A fechar a primeira metade o nº 8 Hala'ufia viu um amarelo por carregar o talonador adversário com o cotovelo, intervalo 14-16.
Os Wasps não aproveitaram a superioridade numérica com o início da segunda parte e o Irish demonstrou mais vontade de ganhar. O ponta Marland Yarde escapou à defesa adversária para dificultar a vida aos Wasps, a derrota coloca-os fora dos quatro primeiros.
Homer colocou mais quatro pontos no marcador para acabar com o que restava dos Wasps, vitória para o Irish por 30-19.

O Irish está à frente do Welsh na tabela e ambos procuram deixar o Sale "lá em baixo".
O Gloucester, Wasps e Northampton estão envolvidos na batalha por um lugar no playoff.

Quadro de resultados e classificação:

* Texto: Ricardo Mouro

Quadro: http://itsrugby.co.uk/
Fotos: www.premiershiprugby.com

TRÊS CANDIDATOS AO SEIS NAÇÕES *

Mais um fim-de-semana do torneio que confirma a Inglaterra como favorita a um Grand Slam não se podendo ainda, no entanto, excluir a Escócia após grande demonstração defensiva frente à Irlanda e o País de Gales que tem que receber a Inglaterra no Millennium em Cardiff.
A Itália sem Parisse para o resto do torneio continua incapaz de igualar a exibição contra a França e caiu frente aos galeses.
A Irlanda disse adeus à vitória no torneio após ser incapaz de transformar superioridade territorial em pontos.

Itália 9-26 País de Gales

Os gladiadores não resistiram à maior eficácia galesa que dominou todos os aspectos de jogo, inclusive na formação ordenada onde Castrogivanni, hoje capitão, passou um mau bocado, acabando com um amarelo aos 58'.
Os italianos não contam mais com Parisse devido a indisciplina ao serviço do Stade Français, e Orquera deu lugar a Kris Burton.
O abertura natural da Austrália tomou algumas decisões questionáveis a nível do jogo ao pé.
A primeira parte regista algum equilíbrio com a troca de penalidades entre Burton e Halfpenny, 6-9.
A segunda parte confirmou a superioridade galesa com dois ensaios sem resposta, primeiro foi o centro Jonathan Davies e depois o ponta Alex Cuthbert, o prolífico defesa Halfpenny não falhou as conversões e o jogo terminaria com 9-26.
Destaque para Seru Vosavai, fijiano de origem, que substituiu Parisse e foi dos mais inconformados a perseguir o resultado. O "velho" Ryan Jones mais uma vez foi líder dos galeses, o mais placador, e mantém Warburton no banco.

Inglaterra 23-13 França

A batalha de Twickenham entre os velhos rivais os ingleses sorriram no final devido a uma vitória suada e sofrida.
Com o regresso de Parra ao XV e com Trinh-Duc a abertura os franceses foram mais eficazes e incisivos nas suas ações e começaram com ligeiro ascendente sobre os seus adversários.
Foi no entanto Farrell a causar o primeiro derrame de sangue logo ao primeiro minuto com uma penalidade a que Parra respondeu de seguida.
Wesley Fofana regressou à posição de centro e perto da meia hora encontrou um buraco na defesa inglesa e após várias (fracas) tentativas de placagem falhadas só parou no ensaio que Parra converteu em 7 pontos. Ao intervalo 9-10.
A segunda parte trouxe ao de cima outro interessante duelo em campo, Tuilagi vs Bastaraud.
Os centros foram chamados a fazer aquilo que lhes era esperado, causar impacto na defesa adversária.
Bastaraud encontrou-se muitas vezes rodeado de camisolas brancas, Barritt, Farrell e companhia juntavam-se em grupo para parar o francês.
Tuilagi viria a levar a melhor, recuperou uma bola que parecia perdida e ligou o turbo imparável para o ensaio, discutível se Vunipola ao tocar na bola para Tuilagi estaria em fora de jogo.
Farrell falhou a conversão quando já se encontrava em esforço, não aguentou muito mais e foi substituído por Flood.
Os ingleses resistiram às investidas francesas com Picamoles em destaque e Flood adicionou mais seis pontos contra apenas três de Michalak.
O resultado final confirma a Inglaterra como válida candidata ao Grand Slam.
A superioridade inglesa tremeu após falha defensiva no ensaio francês, Ashton muito mal na fotografia deixa a descoberto uma Inglaterra que joga com dois defesas no três de trás e é o ponta que compromete quando Sharples (Gloucester), Varndell e Wade (Wasps) e Strettle (Saracens) imploram por uma oportunidade com a camisola das Rosas.
A França demonstrou mais qualidade que nos restantes jogos em que a presença de Parra de início, mais dinâmico, se sentiu.

Escócia 12-8 Irlanda

Definitivamente este jogo foi só para homens de barba rija!
A Escócia pareceu levar ligeira vantagem nas formações ordenadas iniciais contra a Irlanda sem o pilar Healym castigado.
No jogo aberto a Irlanda tinha superioridade com O'Driscoll a liderar com diversas incursões aos 22 escoceses, os centros irlandeses encontraram muita facilidade a quebrar a linha de vantagem.
A batalha no breakdown era sempre disputada com ferocidade, tendo a Irlanda mais posse de bola e território.
Aos 15' o pilar escocês Ryan Grant viu amarelo por não recuar, e as penalidades que a Irlanda conseguiam eram para a touche na tentativa de chegar ao ensaio.
Os escoceses protegeram bem a sua área de ensaio tendo vantagem no alinhamento com os gigantes Hamilton e Gray.
Os primeiros pontos só viriam já bem dentro da meia hora, quando Paddy Jackson, na estreia pela Irlanda, apontou uma penalidade em frente aos postes.
A Escócia viu o esforço nos rucks recompensado quando ganhou uma penalidade no final da 1ª parte, mas o defesa Hogg falhou a conversão, intervalo um futebolístico 0-3.
A segunda parte continuou com o domínio irlandês e uma arrancada de Sean O'Brien resultou em várias fases lentas que o ponta Gilroy colocou na área de validação.
No rescaldo do ensaio Hamilton decidiu pedir satisfações aos adversários com a consequente molhada para gáudio dos espectadores. Paddy Jackson falhou a conversão.
Já depois dos 50' a Escócia chegou aos 22 irlandeses e depois de O'Brien ser apanhado em fora-de-jogo Craig Ladlaw finalmente marcou três pontos.
O pé de Paddy Jackson estava desafinado com duas penalidades falhadas e isso permitiu aos escoceses aproximaram-se perigosamente após falta na melée, 6-8 aos 58'.
A garra escocesa foi recompensada em nova incursão aos 22 da Irlanda, um maul dinâmico é parado em falta e Laidlaw passa a Escócia para a frente aos 65', Jackson não resistiu e deu o lugar a O'Gara.
O dia não correu de feição para os aberturas irlandeses e O'Gara numa (muito) má decisão num pontapé perdeu a posse de bola e obrigou os seus companheiros a cometer falta numa placagem. 12-8 com cinco minutos para a carga final da Irlanda.
Os irlandeses conseguiram virar uma melée a seu favor e algumas fases em cima da linha de ensaio escocesa a bola foi para os três-quartos e um avant de Luke Marshall condenou a Irlanda. Impressionante capacidade defensiva da Escócia, a Irlanda teve 74% de posse de bola e 71% de território, excelente Jim Hamilton no alinhamento e a liderar a sua equipa.
A imagem que reflete o jogo é o capitão Kelly Brown com a cara ensanguentada receber o troféu correspondente à vitória da sua equipa.

Resultados e classificação:




6 Nações Sub-20


Na 6ª feira a Itália recebeu o País de Gales que não deu hipóteses e resolveu o jogo na primeira parte com três ensaios. Os avançados galeses foram superiores e controlaram o jogo apesar de dois amarelos. Um ensaio do gigante Mbanda foi insuficiente para os italianos, final 10-25.

A Escócia bateu a Irlanda com um ensaio convertido aos 72 minutos, final 21-20.

No Sábado a Inglaterra não deu hipóteses à França despachando os rivais com 40-10, destaque para o hattrick de Jack Clifford, o poderoso nº 8 tem como mentor Nick Easter nos Quins.

Gales segue isolado com três vitórias em três jogos.

6 Nações Feminino

As inglesas foram incapazes de igualar os homens e perderam em casa com a França por 20-30.
Já a Irlanda conseguiu bater a Escócia por 30-3 e mantém a liderança da tabela.  
No Domingo as galesas foram  a Itália vencer por apenas um ponto, final 15-16.

*Texto: Ricardo Mouro

Quadros e fotos: www.rbs6nations.com

CAMINHO PARA LONDRES CONTINUA ABERTO

Os Lobos cumpriram a sua obrigação e venceram a Bélgica por 18-12, num jogo que deixou à beira de um ataque cardíaco, todos os que a ele assistiram.

Dois ensaio, um em cada meio tempo, e três pontapés, deram a Portugal a primeira vitória no Europeu de Nações depois de seis derrotas consecutivas - a última vitória tinha acontecido em Março de 2012, contra a Espanha, em Coimbra.

Esta vitória permite que continuemos a sonhar com o apuramento para o Mundial 2015, apesar de não ser fácil que isso venha a acontecer pela classificação direta (depois das derrotas frente à Geórgia e à Roménia) mas sim pela via da repescagem, reservada para o terceiro classificado no biénio 2013-2014.

Nervosismo, precipitação, tomadas erradas de decisão, erros técnicos, tudo se juntou para que a ansiedade aumentasse, com o correr do jogo, dentro e fora do relvado.

E aquilo que tinha condições para ter sido uma memorável exibição e um resultado com direito a vénia, acabou por se transformar num verdadeiro suplício, mesmo até ao último minuto de jogo, com a imagem do passado recente e dos pontos que sofremos nos últimos minutos dos dois últimos jogos a atormentar toda a gente.

Recorde-se que o ensaio da vitória romena em Lisboa foi obtido aos 75 minutos, e o ensaio que nos tirou o ponto de bónus em Tbilissi aconteceu aos 79 minutos...

Uma equipa que defende como Portugal defendeu - recordo um momento, aos 18 minutos de jogo, em que partindo duma situação, dentro dos nossos 22, com a bola em poder dos belgas, e sempre com eles a tentarem desenvolver movimentos de ataque, Portugal os obrigou a recuar mais de 50 metros, até perderem a bola - e que acaba a permitir uma perfuração pelo zona central do terreno que por milagre e falta de imaginação do adversário, não destruiu as nossas esperanças por mero acaso, tem que rever a sua capacidade de concentração por forma a que seja impecável durante os 80 minutos do jogo. Não pode ter deslizes, nem dar baldas ao adversário.

E que dizer duma equipa que consegue instalar-se nos 22 do adversário durante longos períodos, da primeira e da segunda parte, com a posse da bola em formações ordenadas, e é sucessivamente enganada com a rotação que o adversário provoca na mesma, e é incapaz de controlar a saída da bola daquelas formações e sistematicamente perde a bola, mais por inépcia do que por intervenção do opositor?

Quem, como nós, esperava ver Portugal desenvolver um jogo ao largo, com forte participação das linhas atrasadas, fica surpreendido quando vê que isso quase não aconteceu, e interroga-se quanto à efetiva capacidade ofensiva da equipa...

Apenas para ilustrar, quando o momento foi devidamente aproveitado - e Pedro Leal acabou por reconhecer esse momento em três ocasiões - Portugal marcou dois ensaios...

Mas ganhamos, e podemos assim continuar a sonhar!

E a vitória foi inteiramente justa, apenas pecando pela escassez de pontos obtidos, não tendo o adversário demonstrado capacidade para fazer mais do que fez até agora - incomodar o adversário e ficar à espera que ele cometa algum erro.
E não conseguir vencer por larga margem um adversário que não apresentou soluções, que é manifestamente de um nível inferior, é preocupante.

Mas talvez esta vitória tenha quebrado o enguiço, e permita que os Lobos consigam manter o que fizeram de bom e corrigir o que esteve mal.
E, mais importante, que consigam fazer o que sabem fazer, e que saibam escolher os momentos de o fazer, conservando, assim, em aberto, o caminho para Londres.

Antes de passarmos ao Boletim do Jogo, e aos quadros de resultados e classificação, gostaríamos de mostrar um outro quadro, para o qual se chama a especial atenção de quem possa fazer com que o que está errado fique certo - se é que essa pessoa existe...

Em três jogos neste Europeu, as partidas em que Portugal participou, forma dirigidas uma vez por um árbitro galês (Roménia), uma vez por um árbitro georgiano (Geórgia) e uma vez por um árbitro romeno (Bélgica), e que mais nenhum jogo do Europeu foi dirigido por árbitros não oriundos de países do Torneio das Seis Nações...

Acresce a este fato, que para os próximos jogos estão já escolhidos e nomeados todos os árbitros, sempre de países do Seis Nações, com excepção do árbitro do Espanha-Portugal, que não está ainda nomeado ( em 24 de Fevereiro, às 07,00 horas).

Veja o quadro dos árbitros com indicação da nacionalidade e do (nome):

E agora sim, vamos ao Boletim de jogo, quadro de resultados e classificação atual do Europeu de Nações.


Veja todos os resultados de Portugal, no mini-site exclusivo dos Lobos.

Fotos: Miguel Rodrigues

PRIMEIRONA SEM SURPRESAS, LOULÉ SOBE UM LUGAR

Decorreu sem novidades significativas a jornada da 1ª Divisão, com os favoritos a vencerem, numa jornada calma e em que a única nota de interesse se prende com o regresso do Loulé à quinta posição, após vitória sobre os cavaleiros...andantes...

Fica assim apenas por jogar uma jornada, que se realiza apenas no dia 9 de Março.

Até lá pode consultar os quadros de resultados e a classificação da fase de apuramento aqui, e pode também consultar o calendário da fase final, grupo do título e grupo da manutenção, aqui.

E se desejar consultar as Tabelas Mar e Sol e Napoli, dos marcadores de ensaios e pontos, pode consultar aqui.

SANTARÉM 20-30 LOULÉ (3-4)(Em Loulé)
Apesar da viagem, este foi o jogo em que o Santarém mais pontos marcou esta época, o que é claro sinal que o grupo continua unido e sem dar mostras de desfalecer, apesar de andar com a casa às costas e sofrer também de uma quebra de qualidade em relação ao ano anterior, que não era completamente esperada.
O Loulé parece recuperado da pesada derrota sofrida perante os muflões, e recuperou o quinto posto que já ocupara durante algumas semanas, mostrando claramente que pode e deve pertencer a este grupo, e que uma eventual retorno à Segundona será uma perca significativa para o conjunto do rugby português.
O mesmo se podendo dizer do Santarém - o rebaixamento nada trará de útil para o nosso rugby, bem pelo contrário.
E a verdade é que a partir da próxima jornada, as duas equipas correm esse risco.


LOUSÃ 36-10 VIT.SETÚBAL (6-1)
O resultado confirmou a diferença entre as equipas, sentida na primeira volta, assim como as suas posições relativas na tabela classificativa.
Depois de uma primeira parte equilibrada, os serranos vieram do intervalo com uma nova disposição e acabaram por vencer tranquilamente.
As equipas têm então definidas as suas posições finais da fase de apuramento, e poderão voltar as suas preocupações para a disputa do título, embora pareçam à partida, menos preparadas para a vitória final que as duas equipas alentejanas que também estarão na fase final.
Mas a verdade é que tudo pode acontecer, e não é de eliminar a possibilidade de qualquer delas ter um papel decisivo na atribuição do título, seja como interessada direta, ou apenas como potencial desmancha prazeres.

ÉVORA 39-3 37-3 CALDAS (6-0)
Outro resultado revelador da diferença entre as equipas e que comprova que o Évora está em condições de lutar pela subida de escalão, em pé de igualdade com o seu principal rival, o Montemor.
O bónus conquistado permitiu aos chaparros recuperar um ponto frente aos muflões, que se ficaram por uma vitória simples, chegando assim à derradeira jornada, onde se vão encontrar, separados pela diferença mínima.
O Caldas desceu à sexta posição e perante o calendário de jogos do 14º dia, dificilmente recuperarão o primeiro lugar dos últimos, mas convém referir, que se a sua competência fora de campo tivesse sido outra, teriam agora mais três pontos que o Loulé.
Temos conhecimento que o Caldas irá lançar uma nova campanha de recrutamento, em colaboração com o seu principal patrocinador, o que reforça a opinião que emitimos que a equipa deverá no futuro próximo ganhar uma nova competitividade, e também aqui o rebaixamento terá efeitos mais negativos que positivos.

AGRÁRIA 8-22 MONTEMOR (1-3)
O jogo foi inesperadamente equilibrado no primeiro tempo, com um ensaio para cada lado e os visitantes a garantirem a vantagem na transformação de uma penalidade (5-8).
No segundo tempo o Montemor melhorou e marcou mais dois ensaios, garantindo a vitória e mantendo a liderança na tabela classificativa.
A Agrária conseguiu reduzir muito a diferença da primeira volta, e apenas fica por saber se isso terá ou não reflexo na sua capacidade de discutir a permanência, em pé de igualdade com a concorrência, mas queremos acreditar que sim.
Ou seja, como nos três casos anteriores, descer de divisão não vai melhorar o rugby português, nem aumentar a competitividade deste escalão.

Resumindo, parece claro que este é o momento indicado para proceder ao alargamento da Primeirona, pela subida dos dois finalistas da Segundona, sem descida de nenhuma equipa para o escalão inferior.

Fotos: Francisco Albuquerque AfonsoTeresa Mendes Vitorino

23 de fevereiro de 2013

NOTA OFICIAL SOBRE A QUESTÃO DA ARBITRAGEM

A situação da arbitragem tem preocupado toda a comunidade do rugby nacional, de tal forma que hoje, inesperadamente, o presidente da FPR emitiu uma nota através do site oficial do organismo, que reproduzimos na íntegra e sem comentar.

Aproveitamos para informar, e como já referimos nos artigos anteriores sobre esta matéria, que NÃO SERÃO PUBLICADOS comentários que façam referência a casos concretos e pessoas definidas, pelo que agradeço que parem de encher a caixa de comentários com textos dessa natureza.



Independentemente do apuramento das responsabilidades e das consequências que decorrerão do juízo que delas vier a fazer o Conselho de Disciplina - Órgão próprio da Federação- não quero deixar de lamentar e repudiar a agressão a um árbitro no final de um jogo, ainda que a mesma não tenha, ao que parece, envolvido jogadores ou dirigentes de qualquer dos Clubes e se tenha registado nas bancadas.
O clima de suspeição, de agressividade e de intolerância que se vem registando, semana a semana, conjugado com a evidente preocupação e desencanto no quotidiano dos portugueses, pode reflectir-se no desporto e, particularmente, nos árbitros, que serão os alvos mais fáceis e desprotegidos, não pode, no entanto, justificar o que aconteceu.
O RUGBY rege-se por normas e defende valores que a todo o custo temos que preservar sob pena de hipotecarmos uma história e a uma imagem de diferença positiva relativamente a outras modalidades o que nos tem grangeado o respeito e admiração da comunidade, em geral, e da desportiva em particular.
A Direcção guardará pela conclusões do Conselho de Disciplina deixando claro, de forma inequívoca, que não pactuará com qualquer acto de indisciplina, independentemente dos seus intervenientes ou do local onde se venham a verificar.
Aproximam-se os jogos das decisões importantes e com eles um risco compormental mais elevado, pelo que apelo, a todos, que se esforcem para ajudar a que a normalidade seja a " festa do jogo " , com respeito pelos adversários e pelos árbitros que apenas têm a difícil tarefa de ajuizar.....
Deixo, aqui, o meu abraço solidário ao Sr. árbitro, Sebastião Petronilho e a todos os outros que tão importantes são para que o rugby se possa desenvolver.Sem deixar de me preocupar com árvore continuarei a preocupar-me mais com a floresta, acreditando que, juntos, saberemos ultrapassar os acidentes de percurso, sem que nos desviemos dos nossos propósitos fundamentais.

Presidente Carlos Amado da Silva

PREMIERSHIP DÁ ESPETÁCULO ALHEIA AO SEIS NAÇÕES *


O principal campeonato de clubes inglês arrancou ontem com dois jogos.

O Gloucester recebeu em casa o Worcester que começa a ver as equipas atrás de si na tabela aproximarem-se perigosamente.
O jogo começou com claro domínio do Gloucester, mais agressividade, posse de bola e a jogar no terreno adversário.
Vida difícil para o pilar escocês Murray que esteve sob pressão nesta fase inicial nas formações ordenadas, a Escócia joga no Domingo e o avançado foi libertado devido à sua conhecida incapacidade religiosa de jogar aos Domingos.
O Worcester resistiu como pôde mas o defesa Rob Cook convertia a posse de bola em pontos devido ao jogo faltoso do adversário, contra apenas uma penalidade de Goode.
Após boa arrancada do centro Molenaar o flanker do Worcester veria um amarelo por placagem perigosa e o jogo abriu, foi o seu colega Matavesi a contrariar a fluxo de jogo e a ensaiar para conversão de Goode (35'), mas 3 minutos depois a defesa dos visitantes ressentiu-se da inferioridade numérica e o centro Trinder, a vestir a camisola de Tindall, ensaiou também para o 13-10 ao intervalo.
A segunda parte começou com troca de penalidades, mas superioridade para o Gloucester com 19-13 aos 45'.
A partir daqui notou-se um ligeiro ascendente do Worcester mas algumas más decisões de Goode impediram a conversão em pontos, até que o centro Grove interceta um passe ainda no meio campo adversário e só para no ensaio, Goode não falhou desta vez e o Worcester passa para frente com 19-20.
O Gloucester carregou e conseguiu mais uma penalidade, mas teimosamente o Worcester não descolava e com Goode já no banco o abertura suplente Gray coloca novamente os visitantes em vantagem, 22-23.
O jogo parecia bem encaminhado para a vitória quando o ponta do Gloucester Jonny May numa excelente arrancada é parado pelo defesa Claassens, o árbitro dá vantagem e quando a bola "morre", a decisão vai para o TMO.
Os 80 minutos já se esgotaram e a decisão é para dar vermelho ao defesa por uma "rasteira" que invejava muitos centrocampistas dos distritais de futebol e ensaio de penalidade, aqui decisão mais discutível, final 29-23 para desespero do Worcester.


No outro jogo encontraram-se os extremos da tabela, tarefa hercúlea para os Sale Sharks a receberem os Quins.
Rebeldia dos da casa logo ao primeiro minuto a meter os campeões em sentido com um ensaio do defesa Cameron Shepherd convertido por Cipriani.
Os Quins, já sem o contingente inglês ao serviço da seleção, demoraram a recuperar e só aos 31' Tom Williams cruzou a linha de ensaio para Botica converter.
O abertura já tinha apontado dois pontapés de penalidade e o jogo foi com 7-13 para o intervalo.
Na segunda parte os campeões ligaram o rolo compressor, Botica excelente como habitual nas botas de Evans, marcou mais três pontos logo aos 44'.
Depois foi o jovem 2ª linha  Charlie Matthews a abater os tubarões com dois ensaios em menos de 10 minutos, ambos convertidos por Botica.
Os irreverentes Sharks prontos a darem a volta ao seu campeonato não desistiram e conseguiram dois ensaios nos últimos cinco minutos.
O flanker suplente Vernon e o centro Tuitupou conseguiram 10 pontos que Cipriani convertiu em 14, insuficientes para o ponto de bónus, final 21-30.

O campeonato continua hoje com três jogos, o Exeter recebe o aflito London Welsh.
Julio Farias é mais uma vez titular pelo Welsh, o Exeter viu fugir os lugares de playoff e não pode deixar de castigar os exilados com ponto bonús se pretende continuar as suas aspirações.
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Em Northampton os Saints também não podem perder o comboio e recebem a equipa três pontos abaixo de si. Tom Mercey parece ter ganho a corrida a Doran Jones a pilar dos santos quando Mujati, após assinar pelo Racing Metro, nunca mais se viu.

O Bath vem de uma excelente vitória a semana passada e mesmo sem Louw procura aproximar-se dos lugares cimeiros, um dos jogos da jornada.

O jogo grande disputa-se em Leicester, os tigres locais recebem os sarracenos separados por apenas um ponto com os Wasps a baterem à porta destas duas equipas.
Os Saracens levam o seu contingente sul-africano no banco (John Smit, du Plessis, de Kock) enquanto que os Tigers apesar dos trabalhos da seleção consegue apresentar um XV incrivelmente experiente (Ayerza, Croft, Salvi, Crane, Murphy). Grande expectativa para este jogo.

Mas no Domingo o espectáculo continua com um derbi londrino entre o Irish e os Wasps.
Os Wasps se vencerem, e se tiverem a máquina ofensiva afinada para o ponto bónus, podem intrometer-se no topo da tabela devido ao duelo Sarries-Tigers.
O Irish desespera por se afastar da miraculosa recuperação do Sale.
A luta a três, neste momento, pela despromoção está bem acesa.

* Texto: Ricardo Mouro
Fotos:  www.premiershiprugby.com