31 de maio de 2012

ÉPOCA DE SEVENS - UM GUETO PARA ALIVIAR CONSCIÊNCIAS

COM UM SUSPIRO DE ALÍVIO CHEGA NO SÁBADO AO FIM A PENOSA ÉPOCA de rugby de XV, que foi marcada por uma incompreensível organização experimentalista, que acabou por ajudar ao afundamento do nosso rugby.

Não vale a pena voltarmos a analisar essas situações - que já foram aqui abordadas por diversas vezes - mas vamos antes olhar para o que se está a fazer em relação aos nossos sevens.

Quem olha para o calendário dos Nacionais que agora tomam forma, nos seniores, sub-18 e sub-16, vai pensar que existe um plano, uma estratégia, um desenvolvimento, e que isto é o culminar disso tudo.


Nada de mais enganador - se existe um plano, ele é incompreensível - se existe uma estratégia, ela precisa de ser revista urgentemente - se existe um desenvolvimento, ele é feito sem que se dê por isso.

E a falta deste plano, desta estratégia, deste desenvolvimento, vê-se este ano (como já se vira no ano passado) na melindrosa situação em que os Linces atacam o Grand Prix  da FIRA...

Mas da nossa seleção nacional falaremos em postagem a ele dedicada.

Mas vamos por partes, que essa história de atirar com muita coisa ao mesmo tempo para a nossa frente, apenas serve para ocultar a verdade.

Comecemos pelos subs - 16 e 18 - para questionar a altura do ano em que eles são disputados.

Na verdade a época como está organizada atira estas competições para uma altura do ano em que os estudantes (a enorme maioria dos sub-16 e sub-18 são estudantes) se deviam estar a concentrar nos seus exames, na preparação do seu futuro, e não a pensar em deslocações, que ocupam todo um fim de semana - para ir de Arcos a Lisboa, ou de Évora ao Porto, e disputar um torneio no sábado, não há domingo que chegue para descansar, estudar, concentrar nas tarefas escolares.

Ou seja, para início de conversa a época do CircuitoNacional de Sevens, não é adequada. Tem que ser repensada.

Depois, a FPR continua a entender que organizar uma prova - com o é sua função - é fazer um calendário e dizer aos clubes "agora que há uma data, organizem-se, e façam o torneio acontecer".

Nada de mais errado - isto é transferir as suas funções específicas e que até poderiam justificar o contingente de funcionários que constam das listas de profissionais ao serviço da FPR - já que os clubes podem sim, colaborar na organização, mas não devem nunca ser os primeiros responsáveis por competições oficiais.

E não vale a pena argumentar que o Regulamento Geral de Competições (não falamos de um Regulamento específico para estas competições porque ele não existe, ou se existe é de consulta reservada...) o autorizam, já que os acontecimentos mais recentes exigiam que a FPR tomasse as rédeas da questão, revertendo mais uma das suas decisões - como nos vem habituando há muito, dado o eterno carácter experimentalista das suas decisões em matéria de organização das competições nacionais.

Por outro lado, a característica voluntarista da participação nestas provas, leva à absurda situação de termos já neste fim de semana, uma etapa do Nacional de Sevens de Sub-18 com a alargada participação das equipas do CRAV (Clube organizador), Braga, Agrária e Bairrada...

Isto é apenas um exemplo do que se tem passado, e como ele há inúmeros, neste ano e nos anteriores...

Mas infelizmente o que vai acontecer este fim de semana em Arcos vai com toda a certeza acontecer em Abrantes, Bairrada, ou nos sub-16 na Moita do Ribatejo, em Coimbra ou na Lousã...

Mas não se preocupem muito, são apenas três semanas e depois o pessoal esquece-se e vai de férias, para em Outubro tudo voltar à mesma, ou, pior, surgir mais um pacote de experiências mal fundamentadas e feitas no tipo "navegação à vista"...

No que diz respeito ao escalão senior, as coisas parecem estar melhor organizadas, com um regulamento que parece claro, apenas merecendo um reparo, no que diz respeito à obrigatoriedade de participação (da competência do Regulamento Geral de Competições).

Na verdade, se a obrigação dos clubes que tem equipa a disputar a Divisão de Honra e a 1ª Divisão é clara e está contemplada no RGC (Art 8º -3.), já o mesmo não acontece com as equipas da 2ª Divisão, o que deixa muitas dúvidas quanto ao bom andamento dos chamados Torneios que fazem parte do Circuito Nacional.

A única questão que acho valer a pena ser mencionada é a falta de esclarecimento regulamentar quanto a promoções e rebaixamentos entre o Campeonato Nacional e os Torneios Nacionais.

Na verdade, como está apresentado, as equipas que disputam cada uma dessas provas, ou são sempre as mesmas respeitando o princípio que em cada ano se obedece à classificação do ano anterior (nada se diz quanto a promoções/relegações) ou, pior, será respeitada a classificação dos Campeonatos Nacionais de XV...

Para evitar posteriores problemas, era aconselhável que esta questão fosse clarificada definitivamente, fazendo a sua articulação com o RGC, e também que a obrigatoriedade de participação fosse alargada à segunda Divisão, pelo menos em relação aos oito primeiros classificados.

Mas atenção - a esta obrigatoriedade (dos clubes com equipas na DH, 1ª Divisão e 2ª Divisão), não pode corresponder o seu posicionamento nas diversas divisões (Campeonato Nacional de Sevens, Torneio Nacional de Sevens e Torneio Nacional de Sevens da II Divisão), que deve sim, refletir o comportamento e classificação conquistada por cada uma das equipas...

Nada deve poder impedir que uma equipa emergente, por exemplo, ou mesmo um clube que apenas queira disputar competições de Sevens, de vencer o TNS II Divisão, ser promovida ao TNS no ano seguinte, tornar a vencer, ser promovida ao CNS, e, quem sabe, sagrar-se Campeão Nacional de Sevens!

Se estas pequenas correções forem feitas, podemos dizer que no que respeita à organização, o problema está resolvido.

Fica apenas por discutir se este Circuito deve ser disputado em quatro finais de semana seguintes, se são quatro como este ano, ou cinco como no ano passado, e se esses fins de semana devem ser apenas no final (ou princípio) da época, ou se devem ocupar outros fins de semana, durante a época desportiva...

Para consultarem os resultados dos torneios e classificações dos Torneios do ano passado, cliquem aqui para o Campeonato Nacional e aqui para o Torneio Nacional da II Divisão

Foto: Fernando Nanã Soares

30 de maio de 2012

PEDRO CABRAL LIDERA MARCADORES


NO GRUPO DO TÍTULO PEDRO CABRAL LIDERA apertado por Francisco Serra, que surge por fim recuperado das mazelas que o afetaram ao longo de grande parte da época.

O médio de abertura da Académica de Coimbra (melhor marcador da época passada) concluiu a temporada em grande estilo. 

E após os 20 pontos conseguidos frente a Direito, na derradeira jornada da “final four” obteve mais 29, através de seis penalidades, três conversões e um ensaio, concluindo esta fase com um total de 62 pontos, menos um do que os feitos pelo n.º 10 do CDUL, Pedro Cabral, autor de 12 no triunfo em Monsanto, não tendo desperdiçado qualquer das cinco tentativas aos postes que dispôs. 

O líder até ao passado fim-de-semana, José Lima, foi resguardado pela equipa técnica da Agronomia para a final da DH, onde será definido o melhor marcador, mas já está a 11 pontos do abertura internacional dos universitários.   

Com dois ensaios tirados a papel químico nos primeiros 10 minutos do jogo de Monsanto, Gonçalo Foro alargou a vantagem na lista de autores de ensaios, atingindo a meia dúzia nas seis partidas da “final four”. O asa e capitão da Académica, João Paulo Lopes, fez mais um na Tapada e concluiu esta fase como o melhor marcador entre os avançados, com um total de quatro ensaios. 

No grupo da permanência, Hugo Valente chegou à dezena
O Belenenses confirmou o favoritismo que lhe era atribuído no grupo da permanência vencendo todos os jogos com ponto de bónus atacante. 

Na última jornada fez quatro ensaios (igualando o seu pior registo) ao Técnico, para um total de 45 obtidos nos seis jogos desta fase final, de novo com destaque para Hugo Valente. 

Intratável, imparável e indestrutível, o poderoso ponta azul aumentou para dez os ensaios que obteve nesta fase. 

Alternando nas últimas épocas entre as posições de pilar e ponta (!), parece que o selecionador Errol Brain vai ter que olhar com atenção para o possante jogador do Restelo, pois ele – apesar da frágil oposição que teve neste grupo – tem características que o distinguem de todos os outros jogadores existentes no nosso país.       

O n.º 8 encarnado, o argentino Juan Pablo, voltou a marcar diante do CDUP e foi o 2.º melhor no capítulo de ensaios.

A lista dos melhores marcadores foi liderada por Manuel Costa num pódio todo azul e que se completa com Hugo Valente e Diogo Miranda.

Foto: António Simões dos Santos

SÁBADO É DIA DE FESTA NO JAMOR


A PAR DA FINAL DA DIVISÃO DE HONRA, QUE SE DISPUTA ÀS 16 HORAS no Campo de Honra, realiza-se este sábado, 2 de junho, no Complexo Desportivo Nacional do Jamor a festa final do projeto Nestum Rugby nas Escolas

Nos vários campos vão estar cerca de mil alunos, em representação de 100 equipas, oriundas de 80 escolas de todo o país, como resultado da realização de 21 torneios inter-escolas.

O projeto Nestum Rugby nas Escolas é fruto de um protocolo entre a Federação Portuguesa de Rugby (FPR) e o Gabinete Coordenador do Desporto Escolar, enquadrado nos projetos especiais do Desporto Escolar (atividade interna).

Este projeto destina-se a todos os alunos do 5º ao 9º ano de escolaridade e tem como principal objetivo divulgar e promover a modalidade no meio escolar, em sintonia com as finalidades e orientações do Desporto Escolar/DGIDC/ME. Assim como procura estabelecer a ligação entre as escolas e os clubes e orientar alunos/atletas para a prática do rugby.
O projeto é composto por três fases:

·   1ª Fase: dedicada à formação e sensibilização de professores e alunos para o ensino e a prática do Tag-rugby* (rugby adaptado a pisos duros);
·    2ª Fase: Torneio inter-turmas;
·    3ª Fase: realização torneios inter-escolas; 
     Festa Final: Convívio com todas as escolas apuradas na 3ª Fase.

A Coordenação está a cargo da Federação Portuguesa de Rugby e da Associação de Rugby do Sul (ARS), tendo como parceiras a Associação de Rugby do Norte (ARN) e o Comité Regional Rugby do Centro (CRRC).

O projeto Nestum Rugby nas Escolas permitiu este ano letivo a prática do rugby a mais de 35 000 jovens, de 400 escolas a nível nacional.

O Rugby é um desporto que, para além da alegria e prazer que dá a quem o pratica, rapazes ou raparigas, favorece o desenvolvimento de valores educativos e sociais importantes, como a camaradagem, a disciplina, o auto-domínio, a coragem e o espírito de equipa, contribuindo para o rendimento escolar e a realização pessoal.

*O Tag Rugby é um desporto de equipa ideal tanto para crianças como adultos. É um jogo de Rugby de não contacto em que cada jogador usa um cinto de velcro ao qual estão fixas duas etiquetas PVC, que devem ser arrancadas pela oposição para mostrar uma placagem. O Tag Rugby é uma abordagem ideal ao rugby. É um jogo de finta, sem contacto, de movimentos rápidos, interativo e divertido para rapazes e raparigas jogarem em conjunto. 

29 de maio de 2012

A JANELA INDISCRETA

EXISTEM DUAS ALTURAS DO ANO EM QUE A ATIVIDADE INTERNACIONAL fica ao rubro, com a realização de uma enorme sucessão de jogos.

Assim acontece em Novembro - a chamada Janela do Outono - quando as equipas do Hemisfério Sul (e da América do Norte) viajam até à Europa, defrontando aí as seleções europeias, quer do primeiro, quer do segundo nível.

Portugal tem aproveitado essas deslocações para enfrentar equipas como o Canadá, os Estados Unidos, a Namíbia, o Uruguai, o Tonga, e outros.

A segunda época internacional - a Janela do Verão - começou agora, e tem como aperitivo os jogos dos Barbarians contra a Inglaterra, a Irlanda e o País de Gales, que além da tradição serve também de teste final a estas equipas, antes delas se dirigirem para o Hemisfério Sul para defrontar as equipas do lado debaixo do mundo.

Este ano a Janela do Verão vai ser preenchida com as viagens ao sul da Inglaterra (três testes com a África do Sul), do País de Gales (uma tripla série contra a Austrália), da Irlanda (três jogos contra a Nova Zelândia) e da Escócia (Austrália, Fiji e Samoa).

As outras duas equipas do Torneo das Seis Nações também vão de malas aviadas, mas para continente americano, onde jogará a França (uma dupla com a Argentina) e a Itália, que defronta os Pumas, o Canadá e os Estados Unidos.

Além destes jogos, destaque ainda para a viagem da Geórgia aos Estados Unidos e ao Canadá (que também jogam entre si no sistema de ida e volta), curiosamente na mesma altura em que na Europa se disputa a Nations Cup, em que Portugal participa, defrontando os Jaguares, a Itália A e o Uruguai.

Destes jogos apenas o último conta para o ranking da IRB - os outros são a feijões.

Fique com a lista dos jogos de Verão


-------------------------------------------------------------
27.05.2012 England v Barbarians @ London (57-26)
29.05.2012 Ireland v Barbarians @ Gloucester (28-29)
02.06.2012 Wales v Barbarians @ Cardiff (30-21)
05.06.2012 Australia vs Scotland @ Newcastle (6-9)
-------------------------------------------------------------
08.06.2012 Roménia v Uruguai @ Bucareste
08.06.2012 Rússia v Itália Emergentes @ Bucareste
08.06.2102 Portugal v Jaguares da Argentina @ Bucareste
---------------------------------------------------------------------
09.06.2012 Argentina v Italy @ San Juan
09.06.2012 Australia vs Wales @ Brisbane
09.06.2012 Canada v USA @ Kingston, Ontario
09.06.2012 New Zealand vs Ireland @ Auckland
09.06.2012 South Africa vs England @ Durban
-------------------------------------------------------------
12.06.2012 Portugal v Itália Emergentes @ Bucareste
12.06.2012 Roménia v Jaguares da Argentina @ Bucarete
12.06.2012 Rússia v Uruguai @ Bucareste
-------------------------------------------------------------------
16.06.2012 Argentina vs France @ Córdoba
16.06.2012 Australia vs Wales @ Melbourne
16.06.2012 Canada v Italy @ Toronto, Ontario
16.06.2012 Fiji vs Scotland @ Suva
16.06.2012 New Zealand vs Ireland @ Christchurch
16.06.2012 South Africa vs England @ Johannesburg
16.06.2012 USA v Georgia @ Glendale, Denver, Colorado
-------------------------------------------------------------
17.06.2012 Roménia v Itália Emergentes @ Bucareste
17.06.2012 Rússia v Jaguares da Argentina @ Bucarete
17.06.2012 Portugal v Uruguai @ Bucareste
-------------------------------------------------------------
23.06.2012 Argentina vs France @ Tucumán
23.06.2012 Australia vs Wales @ Sydney
23.06.2012 Canada v Georgia @ Burnaby, British Columbia
23.06.2012 New Zealand vs Ireland @ Hamilton
23.06.2012 South Africa vs England @ Port Elizabeth
23.06.2012 Samoa vs Scotland @ Apia
23.06.2012 USA v Italy @ Houston TX
-------------------------------------------------------------
30.06.2012 USA v Canada @ ??
-------------------------------------------------------------



Foto: BBC Sports/Getty Images

RANKING MÃO DE MESTRE

QUEM FREQUENTA AS CAIXAS DE COMENTÁRIOS do Mão de Mestre - e de outros sites ou blogs - acaba por se familiarizar com uma conversa recorrente do tipo "a minha galinha é melhor que a da vizinha..."

O tipo de argumentação é, com honrosas excepções, infantil e sem qualquer réstia de interesse, subindo o tom e a agressividade quanto mais falta a razão...

Para ajudar a dar uma perspectiva diferente a este tipo de "conversas", o Mão de Mestre resolveu fazer umas contas e dar consistência aos argumentos de quem esteja interessado em estabelecer comparações, em escalonar as equipas e os clubes, com a razão à frente do coração..

SUB-18 - CDUP EM GLÓRIA É GARANTE DE FUTURO

O FUTURO DO RUGBY NO PORTO ESTÁ ASSEGURADO e a prova disso é o sucesso na Taça de Portugal - a segunda em dois anos - conseguido com uma vitória sobre o Direito por 27-20.

Depois dum Campeonato Nacional onde andou sempre entre os primeiros - terceiro na fase de apuramento, segundo no final - o CDUP progrediu sem grande dificuldade até à meia final da Taça, onde eliminou a Académica, e se afirmou em definitivo como uma das duas melhores equipas portuguesas do escalão.

E na final encontrou a outra equipa que ocupa consigo (e com a Académica...) o primeiro andar dos Sub-18, e conseguiu renovar a sua Taça e terminar a época em beleza...

O Direito foi durante toda a época a melhor equipa do escalão - primeiro na fase de apuramento, primeiro no final - mas não resistiu à insistência dos portuenses e teve que se contentar com a segunda posição na Taça de Portugal, depois de ter eliminado o Cascais nos oitavos de final.



Fotos: Maurício Soares/Facebook e gddireitosub-16/Picasa

SUB-16 - DIREITO RECUPERA E VENCE TAÇA

DIREITO VENCEU A TAÇA DE PORTUGAL DE SUB-16 ao derrotar na final a Académica por 22-11, recuperando o prestígio perdido no Campeonato Nacional, onde não resistiu ao Cascais, e repetindo o sucesso do ano passado.

Os advogadinhos que no campeonato tiveram de esperar pela última jornada para garantir a presença no Grupo do Título, e terminaram a prova na segunda posição, abordaram a Taça de Portugal com grande vontade e determinação, deixando para trás os seus mais diretos adversários nas eliminatórias - o Cascais nos oitavos de final e o CDUP nas meias finais.

A Académica teve um trajeto inverso nesta época, começando muito bem na fase de apuramento - terminou na segunda posição com um ponto menos que o Cascais - para depois ter um comportamento menos feliz na fase final, onde não conseguiu melhor que a quarta posição, subindo de novo na Taça, onde venceram Agronomia, nos quartos de final, e o Belenenses, nas meias finais, para garantir a presença no derradeiro jogo frente ao Direito.

Veja todos os resultados e classificações clicando na etiqueta respetiva, logo abaixo do cabeçalho do site.

Fotos: GDD Rugby Oficial/Facebook

SUB-21 - CDUL VENCE DE VIRADA!

COM A VITÓRIA DO CDUL SOBRE O DIREITO, o título que tinha um pé em Monsanto foi direitinho para o Universitário, embelezar as prateleiras dos azuis.

O campeonato dos sub-21 precisou de aguardar pela última jornada para conhecer o seu vencedor, e na hora da verdade o CDUL controlou a situação, venceu por 18-8, e repetiu o sucesso do ano passado.

Na Tapada Agronomia venceu a Académica por 21-7, conseguindo a sua segunda vitória na prova - a outra foi na primeira jornada sobre Direito.

Os pretos, que andaram colados aos da frente até duas jornadas do final, não aguentaram os efeitos da Queima das Fitas e viram as suas hipóteses de sucesso volatilizarem-se, com as derrotas perante o Direito e, este final de semana, os agrónomos.

De qualquer modo, o que impressiona pela positiva, é o nível equilibrado das três equipas, que terminaram a fase de apuramento com o mesmo número de pontos, e apenas nas duas últimas jornadas viram as suas posições finais definidas.

No Grupo da Manutenção, a história é outra, e se ficámos impressionados com alguma coisa, foi com as três faltas de comparência, que três das equipas deram contra a outra...

E se Belenenses e Técnico não compareceram no Porto para defrontar o CDUP, quem mais ficou surpreendido com a ausência do Cascais foram os portuenses, já que o jogo deveria ter sido disputado em Cascais, num fim de semana em que o clube não tinha nenhum outro compromisso com os seus seniores ou sequer com os seus sub-18...

Refira-se ainda que o CDUP veio a Lisboa vencer o Belenenses e o Técnico, pelo que o seu quinto lugar é inteiramente merecido e não foi obtido fora dos campos...

No jogo que se realizou, o Belenenses foi às Olaias derrotas o Técnico por 25-14 e guardou para si a sexta posição na tabela.

Quanto ao Cascais, falta saber se a FPR vai considerar o acúmulo de faltas de comparência (uma na fase de apuramento e outra este fim de semana), e eliminar a equipa da tabela classificativa...

Foto: Miguel Rodrigues

27 de maio de 2012

NO CONFRONTO DE "SEGUNDAS LINHAS" CDUL FOI SUPERIOR A AGRONOMIA


OS DOIS FINALISTAS DA DIVISÃO DE HONRA apresentaram-se este sábado em clara gestão de esforço e tiveram resultados opostos. 

Enquanto o CDUL (sem oito titulares) foi a Monsanto bater Direito por concludentes 41-21, já uma Agronomia ainda mais “espremida” (só com três ou quatro jogadores do seu melhor quinze) viu-se surpreendida na Tapada por uma Académica heroica e briosa, por 44-26. 

Nas Olaias assistiu-se à queda de um antigo campeão como o Técnico, que ao perder com o Belenenses (24-19) confirmou a anunciada descida à 1.ª Divisão por troca com o Dramático de Cascais. 

Com as contas todas arrumadas no grupo do título, foi possível assistir a um curioso confronto entre os dois finalistas do próximo sábado (Campo de Honra do Estádio Nacional, 16.00), que jogavam a poucos quilómetros um do outro – e ambos com quinzes maioritariamente compostos por “segundas linhas” (sem qualquer ponta de menosprezo…).

E os resultados traduziram aquilo que há muito se sabia: o plantel do CDUL, no seu todo (28, 30 jogadores…), é mais equilibrado e tem superiores armas e soluções do que a equipa da Tapada. 

Mas também importa salientar que entre os 15 melhores de cada lado, e levando em conta a experiência de ambos em jogos decisivos nos anos mais recentes, as coisas já mudam de figura…     

Em Monsanto e na despedida de Gonçalo Uva (assinou por dois anos pelo Narbonne) e de Eduardo Acosta, que vai passar a integrar a nova equipa técnica dos advogados liderada por Martim Aguiar, aos 10’ o CDUL já vencia por 14-0 com dois ensaios de Gonçalo Foro, o primeiro logo no minuto inicial. 

O ponta internacional português (melhor marcador da “final four”, com seis ensaios) pareceu ser o único dos 30 jogadores em campo que entrou bem acordado e em duas jogadas quase a papel químico e com a sua imagem de marca – bola captada, colado à linha, peito feito, joelhos bem levantados e sucessivos ‘hand-offs’ a afastar adversários – mostrou que, desmancha-prazeres, não estava em campo para colaborar em festas nem a pensar já na final de sábado.    

Mas aí Direito empertigou-se através do labor dos seus avançados e alugou-se meio-campo – precisamente aquela parte do relvado (?) que, de tanta areia, mais parece a praia de Carcavelos… sem surfistas. 

E todo esse domínio seria justamente recompensado com dois ensaios em força em tão-só quatro minutos, por Vasco Uva (o 7 dos advogados não vai em festas e joga sempre nos limites) e Acosta, que entrara em campo destacado dos seus companheiros e teve direito à maior salva de palmas da tarde por este seu derradeiro ensaio pela equipa que tão bem serviu durante largas épocas.  

Mas à meia-hora tudo iria mudar, pois o duelo de avançados foi-se equilibrando (Luís Sousa saiu lesionado na equipa da casa…) e com a entrada do abertura Pedro Cabral, que rendeu o lesionado Rodrigo Ruiz, o CDUL passava claramente a mandar no jogo. 

Até por que, sempre que a oval chegava às linhas atrasadas de Direito, era o desastre completo. 

E no meio de tanta juventude e inexperiência, nem Aguilar e muito menos Adérito, eternamente “fora do jogo”, se salvavam.

Antes do intervalo e na primeira jogada com cabeça-tronco-e-membros do CDUL, Frederico Vasconcelos marcou e com a primeira penalidade de Cabral, o jogo foi para intervalo com 24-14.

Na 2.ª parte a partida foi jogada em “ponto morto”, num ritmo próprio de ‘slow’ (Acosta bem quereria forçar o andamento para um dinâmico tango, mas faltava pulmão ao velho guerreiro) e os universitários lá foram levando a água ao seu moinho, mesmo depois da entrada do treinador adversário Aaron Jones para médio de formação – numa forma curiosa de se despedir dos adeptos. 

Uma deliciosa e bem-calibrada solicitação ao pé de Cabral permitiu a Bernardo Silveira alargar para 34-14, e um ensaio final para cada lado – de autoria de José Guerreiro (concluindo o melhor lance dos advogados) e Nuno Ferreira – mantiveram a diferença de 20 pontos, tudo o que distingue uma equipa confiante e que ainda tem algo importante para conquistar (um campeonato 22 anos depois do último que ganhou!) e outra, em fim de ciclo, a precisar urgentemente de férias… e de se repensar.   

Na Tapada registou-se o tal “sismo de grau 10” que considerávamos improvável com a surpreendente vitória da Académica por 44-26 frente a uma Agronomia cuja atitude displicente não pode deixar de ser lida e analisada pelos seus responsáveis. 

Num belo adeus de Robert Sadler do seu comando técnico, os “pretos” só tiveram 15 jogadores e no derradeiro quarto de hora, com o agravar da lesão do pilar David Martins, ficaram reduzidos a 14!

Mas até poderiam ter acabado ainda com menos uns quantos e ganhariam na mesma, tal a quantidade de brindes e bolas perdidas pelos agrónomos, que proporcionaram alguns belos ensaios de praça-a-praça. 

Pela Académica, que conclui a época de forma espantosa – única equipa com triunfos nas últimas duas jornadas! – marcaram ensaios João Paulo Lopes, Sérgio Franco, João Tavares e Francisco Serra, que juntou mais 24 pontos através de irrepreensíveis pontapés aos postes (seis penalidades e três conversões), concluindo a “final four” com 62 – menos um ponto que Pedro Cabral.           

No grupo da despromoção e apesar de ter realizado uma das suas melhores exibições da época, o Técnico (duas vezes campeão nacional, em 1981 e 1998) não evitou a mais que esperada descida de divisão ao perder com o Belenenses, por 24-19, nas Olaias. 

Os “engenheiros” tiveram o domínio do jogo em grande parte do encontro através do trabalho da avançada – e no derradeiro minuto caíram em bloco na área de ensaio azul, mas o árbitro francês não assinalou o duvidoso ensaio que poderia ter dado o triunfo (que de nada serviria face à vitória encarnada…) –, mas sempre que os azuis tinham posse de bola e alargavam o perímetro de jogo, era um autêntico vê-se-te-avias na defesa adversária.

As suas excelentes linhas atrasadas – talvez só o CDUL se equivalha neste departamento – possibilitaram aos de Belém concluírem um trajeto invencível nesta fase final (sempre com bónus atacante e um total de 45 ensaios marcados) e com quatro ensaios de bom recorte (Hugo Valente continua a fazer estragos como ponta e voltou a bisar, para 10 ensaios nesta fase) enviaram os engenheiros para o escalão inferior do râguebi nacional. 

O Benfica concluiu a época com uma boa exibição, batendo na Sobreda o CDUP, por 34-14, com cinco ensaios e mantém-se assim entre os grandes.

Texto: António Henriques
Foto: António Simões dos Santos

25 de maio de 2012

TEMPO DE LIMPAR ARMAS PARA A GRANDE BATALHA FINAL


COMPLETA-SE AMANHÃ A SEXTA E DERRADEIRA JORNADA da ‘final four’ da Divisão de Honra, que pouco já tem para definir. 

Conhecem-se os adversários para a final do próximo sábado, CDUL e Agronomia, e as restantes posições entre o 3.º e o 6.º lugares também já têm dono. 

Só falta mesmo saber, ente Benfica e Técnico, qual dos dois desce de divisão por troca com o Dramático de Cascais. Mas caso os “engenheiros” se salvassem seria caso para passarmos a acreditar em milagres. Que estão pela hora da morte…  
           
Com a final do Jamor já a preencher todos os pensamentos de universitários e agrónomos, as duas partidas de amanhã relativas ao grupo do título servirão como compasso de espera, repouso ativo e igualmente de afinação dos quinzes finalistas que irão decidir entre si o 54.º título nacional. 

Será um tempo de limpar armas, ajustar capacetes, verificar munições e descansar tropas. 

Ou seja, numa abordagem compreensível, inteligente e pragmática de onde estamos e do que há para ganhar, os responsáveis técnicos apostam em recuperar jogadores tocados possibilitando-lhes mais tempo para cuidar mazelas, e em dar possibilidade a atletas menos utilizados ao longo da época de mostrarem serviço, provando que merecem participar na grande festa que constituirá o jogo do próximo sábado, no Campo de Honra do Estádio Nacional, pelas 16.00.   

Em Monsanto despede-se o tricampeão Direito frente ao CDUL num jogo onde os adeptos advogados vão igualmente dizer adeus a um dos seus mais carismáticos jogadores: o 2.ª linha internacional (e esta época capitão dos Lobos) Gonçalo Uva, que fará a sua última partida antes de abalar para o Narbonne, clube da PRO D2 que irá representar nos próximos dois anos.

O CDUL, que já ali perdeu na fase inicial (31-22), irá alinhar sem diversos titulares – terão folga toda a 3.ª linha, David dos Reis, Júnior, Frederico Oliveira e Carl Murray –, dando a vários atletas a última possibilidade de provarem o seu valor. 

E que melhor teste poderiam ter do que alinhar, sem demasiada pressão, frente a um quinze recheado de internacionais?   

Agronomia recebe a Académica na Tapada, fazendo também gestão do plantel – Cardoso Pinto, Le Roux, Hoffman e José Lima, entre outros, assistirão da bancada – frente a uma equipa que lhe deu algum trabalho bater na fase inicial e que igualmente derrotou na final da Taça de Portugal.  

Mas essa era “outra” Académica: pujante, atlética e recheada de esperança, bem distante do quinze bisonho que tão mal se portou nesta fase decisiva e que só na passada jornada deu um ar da sua graça ao vir a Lisboa vergar Direito.

E quando referíamos “quinze” a expressão não é inocente, pois é mesmo esse o número exato de jogadores com que os “pretos” se deslocam à Ajuda – e só três homens da 1.ª linha, pelo que se aceitam apostas ao fim de quantos minutos as mêlées vão deixar de ser disputadas…. – num fim de época que tem que fazer acordar consciências na Lusa Atenas.

No grupo da permanência, o Benfica recebe o CDUP e sabe que até pode perder, desde que o Técnico não bata nas Olaias o invencível Belenenses. 

Ora os anteriores encontros entre as duas equipas nesta temporada registaram somente triunfos azuis por 55-8, 45-0 (nas Olaias) e 98-17, num total de 31-4 em ensaios. 
Ou seja, mesmo para um “engenheiro râguebista desde pequenino e muito, mas mesmo muito, devoto”, a tarefa roça o inimaginável.

Mas se alguém ainda acredita em milagres, então passe pelas Olaias a partir das 15. 00 horas, quando se irão iniciar simultaneamente todos os jogos desta derradeira jornada. 

E exceto para CDUL e Agronomia, resta-me desejar boas férias para todos!

Fique com as fichas dos jogos


 Texto: António Henriques
Foto: Miguel Rodrigues

LUSIAVES FIGUEIRA BEACH NO FEMININO

PARA QUEM PENSAVA QUE O LUSIAVES BEACH RUGBY INTERNATIONAL, powered by IDEAL MEAD era um torneio só para machos, aqui fica o desmentido oficial: As equipas femininas vão estar lá, sim! e prometem roubar a cena aos amigos da barba rija...


Vem da Bélgica a primeira confirmação de uma equipa feminina e se a equipa for tão elegante como o nome indica, a Figueira vai ficar linda!


Aguarda-se a resposta que as equipas portuguesas vão dar e esta investida estrangeira, já que duvidamos que as nossas jogadoras deixem o caminho livre para as invasoras belgas!


Enquanto aguardamos pela reação lusitana, aqui fica uma imagem de LAS GAZELLAS!!

24 de maio de 2012

UM RAIO DE LUZ!

DEZ ANOS DA HISTÓRIA DO RUGBY LUSITANO regressam ao nosso convívio pela objetiva atenta de António Simões dos Santos, que foi ao fundo do baú buscar os mais esquecidos dos rolos, e teve a excelente ideia de nos presentear com aquelas memórias.

O livro, numa edição de autor, vai ser apresentado ao público no próximo dia 1 de Junho às 19 h na sede do Grupo Desportivo de Direito, em Monsanto, e é uma oportunidade rara de recordar grandes jogadores, alguns que já não estão entre nós, e um período fundamental do desenvolvimento do rugby português, com o ressurgimento da nossa seleção nacional.

António Simões dos Santos começou a fixar imagens nos anos 70, apenas para dar largas ao prazer que tinha em jogar rugby, em viver rugby, em todos os momentos - o nosso desporto é parte da sua vida, desde que começou a jogar nas escolas do Benfica, mas isso não era suficiente, ele precisava de mais.

Felizmente para nós, o Tuge - nome por que ainda hoje é carinhosamente conhecido - nunca deitou fora uma película, uma fotografia, e hoje dá-nos uma prenda que tanta falta fazia para mostrar, em especial aos que começaram a jogar no final do século, que existia rugby antes do seu nascimento...

O livro é dedicado ao período do renascimento da nossa seleção de seniores - que tinha visto a sua atividade suspensa após o 25 de Abril - que acontece apenas em 1979 com um jogo amigável contra a Suiça, pondo termo a mais de cinco anos de completa inatividade, que impediu que diversas gerações de jogadores pudessem ter vestido a camisola das quinas.

Este trabalho de António Simões dos Santos não vai ser "filho único", já que sabemos que outros registos estão já na calha, cobrindo aspetos e jogos das competições nacionais do mesmo período, mas se você quer guardar esta memória da nossa história, pense já em fazer a sua reserva (ver nota no final) pois a edição é limitada e não deve chegar para todos os interessados.

O Mão de Mestre aproveita a ocasião para agradecer publicamente ao Tuge - a par de artistas como o António Lamas, o Miguel Carmo, o Beleza, o Nanã Soares, o Miguel Rodrigues entre outros - as muitas fotografias que gentilmente ele autorizou a publicar nas nossas postagens, sem as quais o nosso trabalho não estaria completo.

NOTA: Se pretende adquirir o Livro do António Simões dos Santos, pode fazer uma pré reserva através do Mão de Mestre, enviando o seu pedido pelo e-mail contato@maodemestre.com - o preço de venda deste extraordinário registo é de 30,00 euros, mais despesas de envio, e a sua edição limitada a 200 exemplares.
As reservas serão rigorosamente consideradas pela sua ordem de chegada, e todos os que se registarem serão diretamente contatados pelo Mão de Mestre, em nome do autor.

TAÇA - DIREITO BISA FINAL

CHEGAM AO FIM AS TAÇAS DE PORTUGAL DOS SUB-16 E SUB-18 e as equipas de Direito marcam presença nas duas finais.

A festa em dose dupla vai ter lugar no Sérgio Conceição, no domingo a partir das 15 horas, com os mais novos a darem o pontapé de saída, para logo a seguir se defrontarem os mais velhos.


Nos Sub-16 as meias finais puseram frente a frente Belenenses e Académica, com os pretos a vencerem por 9-0, enquanto no outro encontro, Direito-CDUP, os advogados levaram a melhor por 39-7 - resultados favoráveis às duas equipas que participaram na Fase Final do Grupo dos Apurados.

Ao mesmo tempo, no escalão dos Sub-18 o Direito foi a fronteira defrontar e vencer o Évora por 46-5, enquanto o CDUP levou a melhor sobre a Académica por 38-8

Veja os quadros completos dos resultados destas competições clicando nas etiquetas dos escalões respetivos.

No domingo as duas finais terão lugar no Estádio Sérgio Conceição, com os jovens da Académica e de Direito a entrarem primeiro em campo, e se os conimbricenses trazem na bagagem duas vitórias na fase de apuramento do campeonato, na fase final os advogados estiveram melhor e venceram - a equipa de Lisboa, que terminou o campeonato na segunda posição, eliminou da Taça o Cascais que venceu a outra competição.
Jogo de muito equilíbrio, com alguma vantagem para os pretos, que em casa contam sempre com forte apoio do seu público.

Quanto aos Sub-18, Direito vai defrontar o CDUP, noutro jogo em que os valores se igualam, apesar dos advogados parecerem estar um pouco melhor e pretenderem fazer a dobradinha, depois de terem conquistado o Nacional, com o CDUP na segunda posição...

Livres de outras responsabilidades, as quatro equipas vão-se apresentar na máxima força, num final de época que tem todas as condições para se transformar numa festa, com representantes das três regiões rugbísticas de Portugal.

Foto: António Simões dos Santos


MARCADORES - DA SERRA PARA MONSANTO



Grupo do título
Monsanto rendido a Francisco Serra
Graças à bela exibição realizada diante de Direito, o que já se está a tornar um hábito quando os advogados defrontam a equipa de Coimbra, adornada com 20 pontos (um ensaio, três conversões – uma delas num fantástico pontapé da linha lateral – e três penalidades), o n.º 10 dos estudantes Francisco Serra, melhor marcador da época passada, passou a ocupar o 3.º lugar dos marcadores desta “final four”. 

Mas dificilmente passará daí já que a distância para o duo da frente é significativa – e falta apenas uma jornada.

No frente-a-frente entre os dois primeiros, Pedro Cabral perdeu o jogo mas marcou mais pontos (seis contra três) do que José Lima, que contudo foi quem sorriu no fim.

O abertura do CDUL desperdiçou três penalidades contra duas do centro de Agronomia e está agora apenas a um ponto do jovem jogador da Tapada.

Mesmo tendo ficado em branco neste fim-de-semana no que respeita a ensaios, o CDUL continua a dominar a tabela dos marcadores com cinco dos seus jogadores na frente. 

Merece ainda óbvio destaque o capitão e asa da Académica, João Paulo Lopes, que com o ensaio obtido no derradeiro lance da partida de Monsanto, atinge os três ensaios nesta fase. 
  
Grupo da permanência
Um argentino no meio de forte azulão
Para lá de novo ‘cabaz’ de ensaios conseguido pelo Belenenses (foram nove na Sobreda, todos convertidos), o que eleva a soma para 41 obtidos em cinco jogos desta fase final, merece referência o n.º 8 encarnado, o argentino Juan Pablo – que arriscamos dizer que teria lugar em qualquer equipa do grupo do título –, autor dos dois ensaios do Benfica frente à equipa do Restelo. 

Também bisaram nesse jogo Hugo Valente, Diogo Miranda (que acrescentou cinco conversões) e David Mateus, completando o quarteto de jogadores que lideram a tabela de ensaios alcançados.  

A lista dos melhores marcadores continua a ser comandada por Manuel Costa (que desta feita converteu quatro ensaios), surgindo logo a seguir ao contingente azul o sempre eficaz Filipe Grenho.

Foto: António Simões dos Santos

23 de maio de 2012

UM NOVO FORUM - QUEREM EXPERIMENTAR?

JÁ FIZEMOS UMA TENTATIVA NESTE SENTIDO, ainda em 2009, mas que não teve efeitos práticos, já que apenas dois interessados se inscreveram.

Agora, passados três anos, julgamos ser tempo de fazer outra tentativa, no sentido de termos um local onde se possa conversar sobre temas de rugby, com educação e seriedade.


Assim, e como dissemos na resposta a um comentário ao nosso post de 20 de Maio " Agronomia Vence Jogo de Um Ensaio Só", para evitar que o local se torne numa porcaria, como tem acontecido ao longo dos anos com outros locais que se ofereceram às pessoas para expressarem a suas opiniões, com sistemáticos ataques pessoais, insultos, ofensas, calúnias, etc, a coberto sempre do anonimato, e que conduziram ao sistemático encerramento desses espaços, a situação carece de cuidado e ponderação.


Como assegurar que aquelas situações não se voltarão a repetir?

Como assegurar que se possam responsabilizar as pessoas pelas suas afirmações, e ao mesmo tempo garantir a privacidade de quem comenta?


Por outro lado já lançámos anteriormente (ainda em 2009) um forum para o rugby, e apenas três pessoas se inscreveram - e uma delas era eu!


Neste momento estou a preparar um novo forum (http://maodemestre.forumatic.com/)


Querem experimentar? Mas só aceitarei quem dê provas inequívocas da sua identidade, mesmo que escreva sob pseudónimo...


Como no forum não tem maneira de fazer a dita identificação inequívoca, quem pretender aderir deve enviar, após preencher a respetiva ficha de inscrição no forum, um e-mail para admin@maodemestre.com estabelecendo a relação com a inscrição e fazendo a tal identificação.

Quanto a essa identificação, não sei como a podem fazer, mas aposto que muitos de vocês são pessoas que eu conheço pessoalmente e que não terão dificuldade em me convencer.

Depois disso, o acesso ao forum será liberado.

O dito forum está já a funcionar, e até já recebeu uma inscrição que já foi liberada! 

Inscrevam-se, identifiquem-se e aproveitem um espaço que só tem razão de existir para ser utilizado com o verdadeiro espírito do rugby - olhos nos olhos, mas com respeito e consideração!

22 de maio de 2012

LEIS DO JOGO - MAIS EXPERIÊNCIAS


A IRB DECIDIU NA PASSADA SEMANA a introdução de cinco alterações experimentais às Leis do Jogo, para serem adotadas a partir de Agosto no Hemisfério Norte e de Janeiro, no Hemisfério Sul.

A estas alterações às Leis do Jogo, juntam-se três normas regulamentares, também experimentais, que cobrem aspetos como a intervenção dos TMO (Television Match Officials), e o número de substituições em jogos de XV e de VII.

Começando por estas, os TMO’s passarão a poder ser chamados a dar a sua opinião não apenas sobre o ato de marcação de ensaios, mas também sobre incidentes dentro do campo de jogo, que levaram à obtenção de um ensaio, e ainda sobre jogo desleal no campo de jogo.

A verdade é que desde que se introduziu a figura do TMO, não se compreendia bem porque tinha a sua opinião – baseada na observação via TV dos fatos – de ser restrita em exclusivo ao momento do ensaio.

Se bem que na prática esta intervenção apenas se possa aplicar em jogos internacionais e de grande importância, não quer dizer que não possa, no futuro, ser alargada a outro nível (mais baixo) de encontros.

No que diz respeito às substituições nos jogos internacionais, as equipas passam a partir de agora, a poder ter oito jogadores no banco, e não mais apenas sete, com a inclusão de um primeira linha adicional.

Finalmente, no âmbito “administrativo”, as equipas de sevens passarão, a partir de 1 de Junho – significando isto que já se aplica no Grand Prix da FIRA, e no Torneio de Qualificação para o Mundial 2013, a realizar no Algarve -  a poder contar com cinco substituições, como resultado das cada vez maiores exigências do jogo reduzido.

No que respeita às Leis do Jogo, duas das alterações experimentais dizem respeito à gestão dos tempos.

(Lei 17.2) Assim, nos rucks o árbitro deve dar uma voz de aviso (do tipo “use-a!”) assim que ela estiver em condições de ser utilizada, e isso deve acontecer nos cinco segundos que se seguem a esse aviso. Caso contrário uma formação ordenada terá lugar.

Por outro lado, as transformações após ensaio passam a ter que ser executadas nos 90 segundos após a concessão do ensaio. Caso isso não aconteça, a equipa perde o direito à transformação.

Finalmente, as três últimas alterações são relacionadas com o alinhamento.

(Lei 19.2) Numa reposição rápida de bola pela linha lateral, se até agora o jogador que a pretendia executar tinha que estar entre o local onde a bola saíra de campo e a sua linha de meta, agora ele tem que estar entre a linha de reposição de bola pela linha lateral e a sua linha de meta.
Ou seja, se um jogador defensor entrar na sua área de 22 e chutar para fora, e se a bola sair direta, por exemplo a meio campo, antes, o jogador atacante só poderia fazer a reposição rápida entre o ponto onde a bola saíra (o meio campo) e a sua linha de meta, e agora pode fazê-la entre o local onde se realizaria o alinhamento (na linha do ponto onde a bola foi chutada, neste caso dentro da área de 22 do adversário) e a sua linha de meta...

(Lei 19.4) Quando a bola sai pela linha lateral em resultado de um toque para diante, à equipa não infratora será dada a escolha entre um alinhamento no ponto onde a bola cruzou a linha lateral, ou uma formação ordenada no local do toque para diante. A equipa não infratora poderá executar uma reposição rápida pela linha lateral.

(Lei 21.4) Uma equipa a quem tenha sido concedido um pontapé de penalidade ou um pontapé livre, num alinhamento, pode optar por novo alinhamento com sua introdução, mantendo-se a anterior opção por uma formação ordenada, em alternativa.


21 de maio de 2012

SUB-21 - DIREITO E CDUL JOGAM FINAL

A ÚLTIMA JORNADA DO NACIONAL DE SUB-21 apresenta-se como se de uma verdadeira final se tratasse, já que os dois primeiros classificados - Direito e CDUL - vão defrontar-se, e cada um deles apresenta o mesmo número de pontos na classificação (19).

O Direito, graças à vitória conseguida na primeira volta (23-22) ocupa o primeiro posto, mas o equilíbrio entre as duas equipas fica bem patente nessa milimétrica vantagem.

Claro, em caso de empate a vantagem é de Monsanto, mas mais seguro é afirmar que quem vencer o jogo leva a Taça para casa.

A Académica, que teve uma excelente época - venceu a Taça de Portugal - não esteve tão bem nesta ponta final, e perdeu no passado fim de semana o comboio do título, ao sair vencida de casa dos advogados por 30-3.

O CDUL, ainda campeão, venceu o finalista vencido da época passada - este ano não há finalíssima - Agronomia, por 35-31, e vai abordar a última etapa com a ideia fixa na repetição do título.

Quanto aos quatro de baixo, o CDUP segue invicto, e garantiu já a quinta posição, com a triste particularidade de todos os seus adversários terem dado falta de comparência aos jogos no Porto - Belenenses, Cascais e Técnico não respeitaram o seu adversário, e o argumento da falta de dinheiro não passa de treta.

Os clubes não podem, os jogadores que paguem!

Aliás seria muito interessante se - considerando o número de faltas de comparência que se registaram este anos, que a tabela dos pontos atribuídos aos jogos fosse alterada, começando com dois pontos pela derrota, quatro pelo empate e seis pela vitória, e pois claro!, zero pela falta de comparência.

Repare-se na falta de critério desta coisa dos pontos - uma equipa joga com um jogador não inscrito, é penalizada na tabela classificativa com um ponto negativo, a outra não aparece ao jogo, e apenas sofre o mesmo que sofreria se perdesse o jogo, ou seja, zero pontos!

No passado fim de semana a ausência no Porto coube ao Técnico, enquanto na Guia o Belenenses derrotou o Cascais por 62-15.

Foto: António Simões dos Santos

ROMÉNIA, BÉLGICA E LITUÂNIA NO ALGARVE

CONQUISTANDO OS TRÊS PRIMEIROS LUGARES  da Divisão A dos 7's da FIRA, num torneio que teve lugar este fim de semana em Varsóvia, Roménia, Bélgica e Lituânia, ganharam o direito a estar no Algarve em Julho deste ano.

A Lituânia derrotou no apuramento do terceiro classificado, o Chipre, enquanto a Roménia venceu a Bélgica na disputa do primeiro lugar.

20 de maio de 2012

AGRONOMIA VENCE "JOGO DE UM ENSAIO SÓ" *

Agrónomos bateram o CDUL por 8-6, marcando logo no minuto inicial o único ensaio de uma partida que lhes abre as portas para a sua quinta final do Nacional, a disputar dentro de duas semanas no Jamor.

Em Monsanto, a Académica surpreendeu tudo e todos – a começar por si própria – e com uma exibição finalmente ao nível que prometera na fase inicial, derrotou um Direito sem gás nem organização – e a “ pedir obras” – por 35-26.

19 de maio de 2012

SETÚBAL VENCE CALDAS E FICA NA PRIMEIRA

COM UMA VITÓRIA SOBRE O CALDAS POR 20-11 NA ÚLTIMA JORNADA o Setúbal agarrou a permanência na 1ª Divisão, enquanto o destino do Caldas é a descida à Segundona.

Lamentamos a descida dos caldenses, como lamentaríamos se fossem os setubalenses a descer, pois somos da opinião que as duas equipas tem lugar neste nível do nosso rugby, e no caso do Caldas, que subiu no ano passado, a tarimba adquirida esta época mostrou claramente que a equipa tem margem de progressão que justificaria a sua permanência também.

18 de maio de 2012

CDUL E AGRONOMIA ENFRENTAM-SE

O UNIVERSITÁRIO DE LISBOA É AMANHÃ PALCO DO JOGO GRANDE da 5.ª e penúltima jornada da ‘final four’ da Divisão de Honra, com o já finalista CDUL a defrontar Agronomia, o seu mais que provável adversário na grande final de 2 de Junho.

Em Monsanto Direito recebe uma Académica diminuída, sabendo que o triunfo dos tricampeões, por mais dilatado que seja, poderá já não servir para nada.

APRENDA A DISCORDAR

A EXPERIÊNCIA DE MODERADOR DOS COMENTÁRIOS DO MÃO DE MESTRE é por vezes árdua, desanimadora, irritante, mas quando li este post no site Update or Die, não pude deixar de rir!

Então, utilizando as minhas prerrogativas de moderador, resolvi copiá-lo e mostrar a todos os que aqui costumam comentar, a razão da minha boa disposição.

Espero que se divirtam (e que, por uma vez, pensem!) com o texto de Wagner Brenner, publicado no passado dia 27 de Abril, no referido Update Or Die! e tenham um bom fim de semana.

RUGBY NO FIM DE SEMANA

APÓS MAIS DOIS FINS DE SEMANA DE INTERRUPÇÃO, regressa a Divisão de Honra, onde além de faltar apurar um dos finalistas, falta ainda decidir quem desce de divisão.

Mas desta competição falaremos noutro local, e vamos debruçar-nos aqui ao resto do que se joga em Portugal neste fim de semana.