31 de março de 2013

BLITZBOKKE VENCEM EM TÓQUIO

Recuperando de um decepcionante lugar numa meia final da Bowl de Hong Kong, os Blitzbokke impressionaram e conquistaram o ouro em Tóquio, batendo na final a Nova Zelândia por 24-19.

Mas não se julgue que as coisas foram fáceis, já que os sul africanos entraram a perder na competição (29-12 com as Fiji), para depois vencerem sucessivamente Portugal, Espanha, Samoa e França, antes da grande final frente aos All Blacks, que lhes deu o segundo lugar no ranking do Circuito, com 100 pontos e a 32 do líder, a Nova Zelândia, finalista vencida do fim de semana.

A Austrália ficou com a terceira posição, batendo a França por  31-7, e os E.U.A. ficaram no quinto lugar ao baterem a Escócia por 17-0.

Na final da Bowl a Inglaterra bateu a Argentina por 38-0, e na final da Shield foi o Canadá a arrecadar o título, batendo a equipa da casa por 24-17.

Veja o quadro completo dos resultados das finais e o ranking atualizado do Circuito:


Como habitualmente no final de cada torneio, foram anunciados os grupos para a fase de apuramento do torneio de Glasgow (5-6 de Maio) que ficaram assim constituídos:
Grupo A: África do Sul, Samoa, Quénia e Canadá
Grupo B: Nova Zelândia, Escócia, Inglaterra e Portugal
Grupo C: Austrália, Fiji, Argentina e Espanha
Grupo D: França, E.U.A., País de Gales e Rússia.

SEVENS JOGAM-SE DE MANEIRA DIFERENTE DO XV *

Nem se pode dizer que aquilo que aconteceu em Tóquio seja uma surpresa, já que o que se tem passado nos últimos torneios era o claro prenúncio que algo está mal e a carecer de reforma urgente.

Além das óbvias questões de técnica individual que nem sei como classificar - todos os nossos jogadores deveriam ser exímios executantes de todas as técnicas básicas, e a verdade é que não têm demonstrado isso - temos as questões relacionadas com o plano de jogo da equipa, que já ontem comentámos, e que nos levam à conclusão que a equipa, de sevens tem muito pouco.

As estatísticas da IRB já alertam para esse problema, quando nos dizem que Portugal é a equipa que mais rucks faz por ensaio marcado, ou seja, a equipa utiliza preferencialmente o recurso ao ruck para manter a posse da bola, em vez de a movimentar adequadamente.

Mas a questão que mais nos incomodou foi a questão da incapacidade de aproveitar situações de 4x3 ou 3x2 e 2x1 para atacar.

Será que a equipa esqueceu que na vantagem numérica está o segredo do sucesso?

E a defender? Em quantas situações nos deixámos apanhar com mais homens nos rucks que o adversário?

Só no jogo com a Espanha foram duas, que os espanhóis aproveitaram para marcar jogando simplesmente a bola até à ponta...

Afinal se nós tivéssemos feito o que os espanhóis fizeram, o resultado desta dupla jornada teria sido bastante diferente...

Mas outra questão que nos tem chamado a atenção respeita à gestão do plantel, que parece absolutamente inexistente.

Ainda hoje tivemos uma situação estranha no jogo com o Japão, quando nenhum dos homens do banco foi chamado a entrar e refrescar a equipa. Será que estavam todos lesionados?

Ou será que há jogadores que acompanham a equipa, e não merecem a confiança do treinador? Então porque vão eles com a equipa?

Porque basta ver as fichas de jogo ao longo dos torneios, para que se ponha em dúvida essa gestão, com jogadores que apenas entram na equipa alguns minutos de um jogo ou dois, contrastando com outros que jogam a totalidade dos jogos, sempre na equipa inicial.

Claro que a equipa tem que ter uma espinha dorsal, mas tem também que saber gerir o esforço dos jogadores, para chegar à parte final dos torneios em condições de responder às exigências.

* ADENDA (Após definição da pontuação no ranking da Escócia e dos Estados Unidos)
Escócia e E.U.A. disputaram a final da plate em Tóquio, com vitória dos americanos, que assim somam 13 pontos à sua pontuação (33 pontos antes de Tóquio) para um total de 46 pontos, tantos como os seus adversários escoceses, que somaram 12 pontos aos 34 que traziam.
Portugal e Espanha, que somaram apenas um ponto aos que já traziam, ficando respectivamente com 34 e 25, ficam assim condenados a participar no torneio de apuramento para equipas residentes, que terá lugar em Londres no final de semana de 11 e 12 de Maio.
Claro que matematicamente ainda é possível reverter esta situação no torneio que ainda falta disputar (Glasgow), mas o bom senso diz-nos que isso não irá acontecer.
E o resultado do jogo de hoje com o Japão, é um forte alerta para a competência dos candidatos que vamos ter que enfrentar - Hong Kong, Rússia, Geórgia, Tonga e Zimbabwé, além dos nossos companheiros de Espanha e ainda mais um, provavelmente a decidir entre escoceses e americanos.

Fiquem hoje com as fichas dos dois jogos, Inglaterra e Japão, e com os resumos da utilização dos jogadores, no torneio e no acumulado da época.



Foto: IRB/Martin Sera Lima

30 de março de 2013

TÓQUIO - O PESADELO CONTINUA

Aquilo que está a acontecer com o rugby nacional - em XV e em Sevens - não acontece por acidente, e é altura para que os responsáveis assumam as suas responsabilidades, e emendem rapidamente a mão.

No XV foram dadas todas as prioridades e todas as condições para que fosse alcançada uma fasquia colocada numa altura desproporcionada com a nossa realidade,e, sem surpresa, a situação é muito complicada, e o mais provável é que o objetivo não seja alcançado.

Os Sevens, onde a nossa posição no cenário internacional é bem mais positiva - mesmo com os britânicos a apostarem também no Europeu (GPS) conseguimos um primeiro e um segundo lugar nos dois últimos anos - foram altamente prejudicados pela total prioridade dada ao XV, e os pontos que não se conquistaram em Wellington e Las Vegas vão fazer muita falta para evitar que tenhamos de discutir de novo este ano, um torneio de qualificação para Equipa Residente da próxima época.

Nunca a direção de Amado da Silva deu grande importância aos sevens, e lembro-me bem do ar de gozo do presidente da FPR quando me dizia em Junho de 2011 que não tinha criado um grupo de trabalho específico para os sevens, e que o objetivo era criar um só rugby.

E assim foi feito em 2010-11 e em 2011-12, e apenas este ano se criou um embrião de um grupo específico de sevens, embora ele acabasse por ser altamente prejudicado pela requisição para os XV de uma parte muito significativa desse grupo.

Se em vez de debochar da ideia da criação de grupos de trabalho separados, embora mantendo uma ponte entre o XV e o Sevens, Amado da Silva tivesse dado ouvidos ao que alguns lhe diziam, hoje, na véspera do Mundial de Moscovo e dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, o grupo de trabalho dos sevens teria quase três anos de preparação e não apenas alguns meses.

O rugby é na verdade só um, mas ao nível das seleções que participam no Circuito Mundial, Portugal e a Espanha são os únicos que continuam a brincar com os sevens e a sua posição no ranking prova isso mesmo.

Ou seja, a desastrada política de seleções da FPR, comandada por Amado da Silva, vai, muito provavelmente manter-nos afastados do Mundial de XV - como já aconteceu em 2011 - e vai muito provavelmente obrigar-nos a repetir o torneio de qualificação para Residente do Circuito Mundial.

E pelo que vimos da qualidade das equipas que vão estar em Londres nesse torneio, as dificuldades para repetirmos o feito do ano passado são agora bem maiores...

Amado da Silva foi buscar um treinador sem experiência adequada para a seleção nacional de XV, e o resultado está à vista.

Amado da Silva escolheu para treinador da Seleção nacional de sevens um treinador sem experiência específica na variante, e o resultado está à vista.

TÓQUIO
Os dois primeiros jogos da fase de apuramento foram lamentáveis.
Aquilo que vimos criticando há algum tempo, e que se poderia dizer - como dissemos - que se tratava de más opções dos jogadores, afinal é mais do que isso.
É agora óbvio que se trata de um plano de jogo - fechar, regressar aos contato e tentar transferir para o palco dos sevens algumas das coisas que se fazem no XV.

Mas esse plano não é repetido no que diz respeito à utilização do banco, pois parece que neste aspecto não existe plano nenhum, com alguns jogadores que praticamente são ignorados, e outro que são super esforçados...

Claro que as falhas individuais também ajudaram a que a nossa noite fosse um pesadelo, e chegou a ser confrangedor o que se passou em Tóquio, com a série de bolas mal passadas - não vimos um passe nas costas (off load, que é mais fino, e nisso de finuras é que nós somos bons!) - e as placagens falhadas.

Verdade seja dita que no último jogo os Linces tentaram jogar adequadamente, e já vimos tentativas de circular a bola, de sair da defesa para o ataque pela movimentação da bola entre jogadores e não pelo recurso a pontapés do tipo toma lá a bola que eu não quero, mas, infelizmente os erros individuais multiplicaram-se e com um adversário daquela envergadura, não se pode jogar assim.

Incomodou-nos particularmente uma frase de um dos comentadores da Fox Sport, quando referiu que não se via empenho, (commitment) nas tentativas de placagem dos portugueses...

Com a nossa relegação para a disputa da Bowl, e a passagem da Escócia e dos E.U.A. aos quartos de final da Cup, a nossa posição no ranking vai baixar e muito provavelmente, afastar-nos do torneio principal de Londres, por troca com o qualificativo para Equipa Residente em 2013-14.

Fique com as Fichas dos Jogos de Portugal, o quadro completo dos resultados deste primeiro dia, e o quadro dos jogos dos quartos de final, ficando já a saber que o jogo com a Inglaterra será às 00,44 horas de domingo (corrigido).


Foto: IRB/Getty Images

29 de março de 2013

PREMIERSHIP E MATEMÁTICA *


Sem espaço para erros e deslizes a Premiership entra na fase que vai decidir quem vai para o "mata-mata"!

Os Saracens lideram a tabela que qualificará 4 equipas para os playoff e relegará uma para o Championship, com quatro jogos ainda por disputar o que, ainda que difícil, permite 20 pontos quando os seis primeiros estão separados por 16 pontos.

A "seleção Darwiniana" na Premiership revela que, neste momento, os quatro primeiros são os suspeitos do costume: Saracens, Tigers, Quins e Saints (por esta ordem).
Mas Gloucester e os Wasps já por lá andaram a fazer estragos nomeadamente aos Saints que só recentemente recuperaram um lugar de playoff.

Os Quins pela primeira vez esta época vêm-se numa posição delicada quando não tinham tido a sua hegemonia em questão, o 6 Nações certamente apanhou os campeões fora de guarda.

Os Saracens conseguem uma "almofada" de cinco pontos para os Tigers e apenas um desastre deverá afastá-los do playoff, mas por aí abaixo os lugares estão para quem quiser e mais desejar!

Vejamos o que falta aos candidatos:

Saracens (1º 63pts)
Tigers 
 (2º 58pts)
Quins 
 (3º 55pts)
Saints 
 (4º 54pts)
Gloucester (5º 50pts)
Wasps 
 (6º 47pts)
Wasps
(f)
Saints
(f)
Gloucester
(f)
Tigers
(c)
Quins
(c)
Saracens
(c)
Worcester
(c)
Wasps
(c)
Bath
(c)
Welsh
(f)
Sale
(f)
Leicester
(f)
Gloucester
(f)
Bath
(f)
Worcester
(f)
Sale
(c)
Saracens
(c)
Exeter
(c)
Bath
(c)
Irish
c)
Saints
(c)
Quins
(f)
Exeter
(f)
Sale
(f)

Uma rápida análisa permite a conclusão que o fim do campeonato não é fácil para nenhuma das equipas, talvez ligeira vantagem para os Tigers se superarem os super-rivais Saints em Northampton no Sábado.

Os Wasps parece ter a vida mais complicada a receber os líderes e a viajar a Leicester, o que os poderá deitar definitivamente para fora das contas em apenas duas jornadas.

O Gloucester começa já esta 6a feira a sua dura caminhada frente aos campeões Quins tendo ainda que viajar até ao sintético de Londres defrontar os Saracens.

Os Saints, que levaram a segunda metade do campeonato a marcar passo provavelmente vão ter a árdua tarefa de ir ao Stoop, na última jornada, garantir a passagem para o playoff quando, como o quadro demonstra, todos os seus adversários directos têm tarefas mais facilitadas guardadas para o último dia.

Os três primeiros têm ainda ambições na Heineken Cup, o que permite menos tempo de descanso, mas também têm plantéis mais valiosos o que inclusivé permitiu aos Quins arrebatar a LV=Cup durante o 6 Nações na final contra os Sharks de Sale.
Wasps e Gloucester estão envolvidos nos quartos da Amlin, mas com a vida complicada também, os londrinos recebem os "repescados" Leinster, actuais campeões europeus em título e o Gloucester o Biarritz de Harinordoquy.

Lá em baixo o London Welsh, penalisado com 5 pontos, foi abandonado no fundo da tabela precisamente a 5 pontos do Sale que venceu a semana passada.

O London Irish está confortavelmente 10 pontos acima do Welsh e não lhes passa pela cabeça passar um ano (pelo menos) no Championship depois da demonstração de força do fim de semana passado contra o Worcester que está a 14 pontos do último lugar.

Vejamos:

Worcester 
(9º 32pts)
Irish 
 (10º 28pts)
Sale 
 (11º 23pts)
Welsh 
 (12º 18pts)
Exeter
(c)
Sale
(c)
Irish
(f)
Bath
(f)
Saracens
(f)
Exeter
(f)
Gloucester
(c)
Saints
(c)
Quins
(c)
Welsh
(c)
Saints
(f)
Irish
(f)
Welsh
(f)
Tigers
(f)
Wasps
(c)
Worcester
(c)

Apesar de um calendário difícil, os 14 pontos do Worcester deverão ser suficientes para a sobrevivência.

O que realmente é notório é a situação do London Welsh, não tivesse sido traído por questões burocráticas devido ao passaporte de um dos seus jogadores, a manutenção seria uma possibilidade bem forte.
Ainda mais porque o calendário do Sale dói só de ver, inicia a defesa da sua posição fora frente aos adversários directos Irish e depois encontra 3 equipas do topo.
O Irish se vencer o Sale já este fim de semana pode respirar com muito mais alívio.

O Mão de Mestre cá estará para acompanhar as voltas deste campeonato.

Aqui fica a tabela completa e alinhamento do fim de semana:

*Texto: Ricardo Mouro

LINCES EM TÓQUIO PARA DAR CARTAS?

Tenho recebido alguns comentários de pessoas que acham que não devemos ser muito exigentes com a nossa representação nacional de sevens, porque, afinal, eles até já conseguiram estar, este ano, três vezes entre os melhores.

Isso é verdade, foram três vezes entre os melhores, sim senhor. 
Mas também foram seis vezes sem conseguir uma única vitória no dia das finais!

O Mão de Mestre tem demonstrado ao longo dos anos - na verdade bem antes de ser Mão de Mestre, e mesmo antes dos sevens serem levados a sério pela International Board - o especial apreço que tem pela variante, e pela nossa equipa nacional.

Mas isso não significa que considere os Linces uns coitadinhos que não podem ser criticados!
Bem pelo contrário! A consideração e o respeito que temos por todos quantos vestem ou já vestiram a camisola das quinas exige-nos que os tratemos como eles na verdade são: como uma das melhores equipas do mundo!

E é dessa foram - exigente e independente - que continuaremos a tratá-los, pois não o fazer seria desconsiderá-los e colocá-los num patamar inferior onde, estamos certos, não é o lugar deles...

Agora em Tóquio os Linces têm uma tarefa particularmente difícil, mas, mais uma vez, consideramos que a equipa tem o dever de conseguir o apuramento para as finais - aliás não o conseguir pode acabar com a possibilidade do apuramento automático para equipa residente na época 2013-14!

E isso, nenhum dos jogadores ou treinadores quer ver acontecer. Nem nós!

Os adversários deste fim de semana são particularmente difíceis.

Começamos com a Espanha, e como qualquer Portugal-Espanha, o resultado é sempre uma incógnita - mesmo se nos sevens levamos declarada vantagem.

Só que desta vez temos que vencer sem deixar margem para dúvidas. 

Para marcar uma posição nas Séries Mundiais, e para mostrar a nuestros hermanos que Santiago aconteceu, mas não volta a acontecer!

Na segunda partida as coisas complicam-se, e teremos pela frente uma das melhores equipas do mundo, a África do Sul, equipa a quem já vencemos algumas vezes, mas com quem o saldo é francamente negativo.

Mas podemos, e temos que vencer!

A mistura de experiência e juventude dos Linces pode vencer esta equipa blitzbokke, ou qualquer outra equipa do mundo!

Mas para isso tem que entrar em campo como se  tudo na vida se resuma neste jogo. 
Sem desconcentrações, sem sobrancerias, sem falhas técnicas, obedecendo a um plano de jogo, sem ousadias sem nexo, com calma, tranquilidade, empenho e determinação.

Se o fizerem, aposto que sairão vencedores!

Finalmente vamos defrontar as ilhas Fiji, a quem nunca ganhámos antes...

E se a vitória não vai ser uma coisa fácil, pensem apenas que antes de vencermos a Inglaterra pela primeira vez, tivemos que suportar 13 derrotas seguidas, mas desde esse dia no Dubai em 2010, já vencemos em seis ocasiões, e antes de batermos os sul-africanos pela primeira vez, em Dezembro último, no Dubai também, encaixámos 18 derrotas de enfiada...

E nada melhor que Prince Chichibu Memorial Ground em Tóquio para quebrarmos mais esse tabú - um dos três que ainda subsistem, juntamente com a Nova Zelândia e o Tonga...

Mas além deste primeiro objetivo, é tempo de quebrarmos também a história de não conseguirmos nenhuma vitória no dia das finais, ficando por nossa conta, definido que temos que vencer pelo menos um jogo da competição principal do dia das finais!

Fique com o quadro dos jogos do primeiro dia, o horário dos jogos de Portugal, e o frente a frente com os adversários da primeira fase.




Outras informações sobre o histórico dos Linces no nosso site dedicado à equipa.

27 de março de 2013

LOBITOS PERDEM DE NOVO E DEFRONTAM ITÁLIA NO ÚLTIMO DIA

Nas meias finais do Campeonato da Europa de Sub-18, os Lobitos defrontaram e perderam ontem com o País de Gales por 45-0, e vão defrontar, no último dia da prova, a Itália, no jogo correspondente ao sétimo lugar.

O resultado foi praticamente feito na primeira parte (33-0 ao intervalo) e no segundo tempo os galeses aproveitaram para rodar praticamente todo o plantel.

Nas restantes partidas a Inglaterra venceu a Escócia por 25-12, e a França venceu a Irlanda por 23-18, e as duas equipas vencedoras vão defrontar-se na final do Campeonato, no próximo sábado, enquanto escoceses e irlandeses disputarão o terceiro lugar.

A Inglaterra repete a presença na final - venceu a Irlanda por 25-13 no ano passado - desta vez frente aos franceses que em 2012 derrotaram para o terceiro lugar, o País de Gales por 10-7.

No outro jogo das meias finais, a Geórgia confirmou a vitória que conseguiu no último ano sobre a Itália (20-18), desta vez por 17-12, mas infelizmente, como aconteceu naquela altura, o resultado não interessa para a classificação final, já que os jogos com a Geórgia e com Portugal, não contam para aquela classificação.

É mais ou menos o que acontece na nossa Segundona, onde os jogos com as equipas B's, disputam-se mas são a feijões...

No ano passado a Geórgia defrontou no último dia a Escócia e perdeu por 29-10, e este ano vai defrontar o País de Gales.

Quanto aos Lobitos, em 2012 jogaram e perderam com a Itália por 41-14, e o jogo deste ano vai ser o grande aferidor da evolução, ou não, dos nossos jovens perante os italianos.

Fique com o quadro dos resultados e dos jogos das finais, e o Boletim de Jogo do encontro com o País de Gales.



Foto: FIRA-AER

ROUPA SUJA E MAU CHEIRO - LAVANDARIA EM AÇÃO

O Mão de Mestre tem mantido um cauteloso silêncio em relação à dispensa dos serviços de Errol Brain, porque entende que a discussão pública desta matéria em nada ajudaria o rugby português, nomeadamente no que diz respeito a eventual divulgação dos termos da entrevista dada por Errol Brain, após tomar conhecimento do seu afastamento.

Claro está que as declarações de Brain não parecem apropriadas, se analisadas apenas por elas, sem se pensar naquilo que as provocou - não podemos esquecer que Errol Brain foi o último a saber que já não trabalharia mais para a FPR, depois do presidente da FPR ter informado os jogadores e o público em geral.

Mas hoje, perante o lava mãos de Amado da Silva, feito através de comunicado publicado no site da Federação, não podemos deixar de abordar o assunto, apesar do desagrado que os termos do comunicado provocaram.

Não vamos entrar na análise desse documento, mas gostaríamos apenas de esclarecer que quem contratou Errol Brain foi Amado da Silva, como informámos em Novembro de 2010, que fez dessa contratação uma aposta pessoal, foi ele que estabeleceu o valor desse contrato, e todos os seus termos, incluindo a altura da fasquia que agora se reclama não ter sido atingida.
A Amado da Sivla, e só a ele se pode atribuir qualquer responsabilidade nesta escolha!

Errol Brain, como dissemos nessa altura, não tinha grande currículo, e o fato de ser uma aposta pessoal do presidente, era uma arma de dois bicos - e a verdade é que o bico que acabou por vencer, não foi o do presidente da FPR.

Se Amado da Silva diz hoje que o pesadelo de Brain era dourado, o que devemos dizer em relação a quem definiu o valor do seu contrato?

Se Errol Brain não deixa história nem marcas no rugby nacional, não deve essa responsabilidade ser, pelo menos, partilhada com quem o contratou apesar da falta de currículo como treinador, e lhe pagou a peso de ouro?

Quando Amado da SIlva acertou a vinda de Errol Brain, foi anunciado através de comunicado da FPR de Setembro de 2010, que ele viria - para além das suas funções como treinador/selecionador nacional - para coordenar o projeto Força 8, e nós perguntamos: qual a intervenção que Brain teve nesta matéria?

E foi também anunciado na mesma altura, , que o novo treinador iria participar ainda, regularmente, em acções de suporte técnico aos clubes nacionais, e nós perguntamos: que ações se realizaram com a participação de Errol Brain, e em que clubes?
E se nada disto aconteceu, fica a dever-se a quem?

Errol Brain falhou, não atingiu aquilo que aceitou serem, contratualmente, os seus objetivos, e não viu o seu contrato renovado.
Nada de estranho, era uma prerrogativa do presidente da FPR.

Agora pretender afastar de si a responsabilidade sobre o que se passou, atirando-a para cima do homem que no final foi tratado sem consideração nem respeito - aliás numa linha de actuação que deu cunho à liderança de outros presidentes federativos no passado - é, no mínimo, uma covardia.
Não fica bem a Amado da Silva utilizar a figura de um bode expiatório, para esconder as suas próprias responsabilidades.

Amado da Silva devia assumir que é o principal responsável pela situação que se vive, desde o momento em que estabeleceu os objetivos, e decidiu fazer uma aposta pessoal num treinador sem experiência internacional, sem conhecimento do meio nem da realidade do rugby nacional, da mentalidade dos intervenientes - jogadores, treinadores e dirigentes - ou sequer das línguas mais faladas no balneário.

Com as decisões que tomou em 2010 sobre estas matérias, Amado da Silva demonstrou a sua ignorância sobre a realidade e as necessidades do rugby nacional, e a sua arrogância em relação aos restantes intervenientes, dirigentes e técnicos.

26 de março de 2013

LINCES, TÓQUIO E MOSCOVO

Concluídas seis das oito ou nove etapas do Circuito Mundial que contarão com a presença da seleção portuguesa, apresentamos hoje quadros resumos da participação dos Linces, quer em termos de jogadores, quer em termos de resultados, quer ainda em termos da evolução da sua classificação no ranking da IRB.

E é mesmo por aqui que vamos começar, apresentando um gráfico onde pode observar a evolução dos Linces ao longo da época.


A primeira linha diz-lhe como evoluiu de torneio para torneio a pontuação da equipa, que começou com um ponto na Austrália, para depois conseguir 10 pontos no Dubai e África do Sul, baixando de novo na Nova Zelândia e Estados Unidos, voltando aos 10 pontos em Hong Kong.

A segunda linha deve ser vista em conjunto com a quarta, sendo esta a linha de pontos da posição 12 do ranking.

A equipa posicionada na 12ª posição do ranking é a primeira das que estão automaticamente apuradas como Equipas Residentes para 2013-14, e a segunda linha representa a posição de Portugal - neste momento Portugal está a um ponto da posição 12.

Finalmente temos a linha da posição dos Linces no ranking, que deve ser vista na ordem inversa, ou seja, quanto mais pontos, menor a posição: a pior posição foi obtida no primeiro torneio, tendo melhorado nos dois seguintes, para voltar a desce na Nova Zelândia e Estados Unidos, voltando a subir em Hong Kong.

Fique também com o ranking depois do torneio deste fim de semana.


Repare que Portugal conta com três presenças na fase final da competição principal - identificadas por um mínimo de 10 pontos - mais por exemplo que a Inglaterra que apenas conta com uma presença, mas os Linces acabam por ser altamente prejudicados por não conseguirem senão o ponto de presença nas vezes em que disputou a Bowl...

Veja agora o quadro resumo da participação dos jogadores portugueses, começando pelo quadro referente a Hong Kong, e depois o acumulado nos seis torneios.


Cinco jogadores estiveram na equipa de início em todos os jogos - Duarte Moreira, Pedro Leal, Frederico Oliveira, Pedro Bettencourt e Miguel Lucas - enquanto Nuno Sousa Guedes, Nuno Penha e Costa e João Lino não alinharam de início em nenhuma partida.

Pedro Leal transformou sete dos 12 ensaios marcados (58,3%) e Duarte Moreira foi o melhor marcador da equipa com cinco ensaios à sua conta (25 pontos).


Por aqui se vê que os Linces marcaram um total de 57 ensaios, dos quais 35 foram transformados (61,4%).

Do total de 358 pontos marcados, Pedro Leal comanda a lista dos marcadores com 70 pontos (5 ensaios e 21 transformações em 34 tentadas, ou seja 61,7%, logo seguido de Duarte Moreira com 65 (13 ensaios).

Diogo Miranda com 51 pontos é o terceiro, com 5 ensaios e 13 transformações em 22 tentadas (59%), e depois vêm Frederico Oliveira e José Vareta com 30 pontos cada (6 ensaios).

No quadro pode ainda ver o número de torneios em que cada jogador participou, e quantos jogos poderia ter realizado no total dos torneios, e também pode observar como foi feita a utilização de cada jogador, com o número de vezes que esteve no VII inicial, quantas vezes foi substituto utilizado e em quantos jogos não foi utilizado

Quanto à disciplina, Miguel Lucas é o mais condecorado, com dois amarelos, seguido de José Vareta e Pedro Leal, com um amarelo cada.

Vamos finalmente ver o quadro dos resultados obtidos por Portugal até agora no Circuito deste ano.


Como pode observar, apenas na África do Sul (Port Elizabeth) Portugal teve um saldo positivo tanto no numero de vitórias, quanto no saldo de pontos marcados/sofridos.

As oito vitórias em 30 jogos realizados representam cerca de 26,6 %, e os 360 pontos marcados (uma média de 12 pontos por jogo) são o espelho da ineficácia da nossa equipa nacional.

Por outro lado, e para terminarmos este assunto, em três dos torneios - Austrália, Dubai e Nova Zelândia - sofremos mais de 100 pontos, o que também nos diz qualquer coisa sobre a eficácia da nossa defesa...

CAMPEONATO DO MUNDO DE 2013, EM MOSCOVO
A IRB anunciou na passada semana o sorteio dos jogos da fase de apuramento do Mundial de 2013, a realizar em Moscovo, de 28 a 30 de Junho.

Fique com o respetivo quadro, com particular destaque para o Grupo F em que participa Portugal.


TÓQUIO SEVENS
No último dia do Torneio de Hong Kong, foi também anunciada a composição dos grupos e a ordem dos jogos do torneio de Tóquio, que se realiza já neste fim de semana, ficando aqui também, o quadro respetivo.

Note que os adversários de Portugal serão, desta vez, a Espanha, a África do Sul e as ilhas Fiji.

Tarefa bem difícil para os portugueses, mas com possibilidade de apuramento, se os blitzbokke repetirem as exibições de Hong Kong...

E temos sempre a possibilidade de vencer as Fiji - algum dia isso vai acontecer!
Porque não agora?


25 de março de 2013

SPORTING A UM PONTO DAS MEIAS FINAIS DA SEGUNDONA


O Sporting está a um pequeno ponto de chegar às meias finais, depois de ter vencido o Oeiras por 41-3, mas tem um derradeiro obstáculo pela frente, quando defrontar o já primeiro da zona, o São Miguel.

Quanto à FCT, tem que garantir os quatro pontos de uma vitória sobre o Oeiras, mais um bónus atacante, e esperar que os leões não consigam sequer o bónus defensivo frente aos buldogues...

Ou seja, vamos mesmo que ter que esperar pela próxima jornada para sabermos quem avança para o playoff, quem fica para trás...

ZONA SUL/LISBOA
SÃO MIGUEL *62-5 ELVAS (10-1)
O São Miguel já tinha recebido esta semana a notícia federativa que confirmou a vitória por falta de comparência referente ao jogo da primeira volta, e bastou-lhe vencer agora no terreno para garantir a primeira posição da zona Sul/Lisboa, e saber que irá defrontar o Guimarães na meia final da prova.
Indiscutivelmente a melhor equipa da zona, os buldogues têm uma última prova na fase de apuramento perante o Sporting, e mesmo sem terem nada a perder, acreditamos que serão favoritos nesse confronto

OEIRAS 3-41* SPORTING (0-6)
O Sporting cumpriu o que se esperava e derrotou o Oeiras com direito ao bónus de ataque, e está agora a um pequeno ponto de garantir a presença nas meias finais.
Esse ponto pode ser garantido no encontro com o São Miguel na próxima e derradeira jornada, ou pode surgir per defeito da FCT, bastando para isso que os tecnológicos não consigam assegurar os quatro pontos de uma eventual vitória frente ao Oeiras, acrescida do respetivo ponto de bónus.
De qualquer maneira o Sporting tem condições para resolver o problema por si só, com eventual benefício de algum relaxamento por parte do São Miguel, agora que tem tudo decidido a seu favor na tabela classificativa.

FCT 19-7 ÉVORA B (3-1)
A FCT teve um fim de semana que não contou para a classificação e pode ter aproveitado para afinar a equipa para o jogo da próxima jornada, quando tudo tem que correr a 100% - quatro pontos da vitória e mais um de bónus de ataque - pois caso contrário entrega o apuramento de bandeja ao Sporting.

KELLERMAN 7-35* BEIRA MAR (1-5)
O Beira Mar encerrou a sua participação nesta fase de apuramento confirmando uma excelente época e a inclusão por direito próprio no grupo das melhores equipas da zona, como o quarto lugar da classificação, e os mais de 40 pontos conquistados atestam.
Com mais alguma experiência - e este ano foi com certeza uma grande lição! - o pessoal da Moita do Ribatejo promete estar aí a dar cartas nos próximos anos.
Os jovens do Cacém são outra das boas surpresas, e apesar de ainda não terem nenhum ponto conquistado já provaram que evoluíram muito e a continuarem assim, e com muito cuidado na administração dos papéis!, podem vir a ter um papel importante na competição, nos próximos anos.

TÉCNICO B - BELAS ADIADO
Mais um jogo do Técnico B adiado, que fica assim com três por cumprir.
Será que os engenheiros vão ficar com estes jogos por realizar?

ZONA CENTRO/NORTE - NÃO APURADOS
LOUSADA 31-24* CRAV B (5-4)
A Lousada infligiu a primeira derrota da época ao CRAV B, fato que merece destaque.
Com esta vitória os durienses sobem à segunda posição no grupo, logo atrás da AAUTAD.
Os garranos, apesar do jogo se realizar em Arcos de Valdevez, e apesar de alguns reforços de peso, não conseguiram impor-se à juventude lousadense.
Gostaríamos de ter mais informação sobre a Lousada, nomeadamente em relação ao que se passa com os seus escalões de formação, e o que se perspectiva para a próxima época, pelo que ficamos esperando que alguém nos possa fornecer esses elementos.

AAUTAD *42-7 BRAGA (7-1)
Os estudantes de Vila real comandam isolados a tabela classificativa, e a vitória final poderá ficar decidida na próxima jornada, ou dependente da realização do jogo em atraso entre Aveiro e o CRAV B.

Fotos: Tânia Garret/Rugby Photo Store, José Cerqueira, Miguel Rodrigues/Rugby Photo Store

SANTARÉM E CALDAS VENCEM NA PRIMEIRONA

Enquanto Montemor e Évora venciam com naturalidade os seus adversários do fim de semana - o Vitória de Setúbal por 52-0, e a Lousã por 62-7, respetivamente - as honras da jornada foram para o Caldas que venceu em Loulé por 8-3, e para o Santarém que derrotou a Agrária por 25-10, no Chã das Padeiras.

Assim, enquanto na corrida ao título os principais candidatos mais não fizeram que confirmar o favoritismo e deixam tudo para os jogos entre as duas equipas, na luta pela permanência ainda é cedo para dizer entre quem se decidirá a descida.

GRUPO DO TÍTULO
MONTEMOR *52-0 VITÓRIA DE SETÚBAL (6-0)
Sem dificuldades sensíveis, o Montemor derrotou o Vitória de Setúbal e manteve a sua posição de líder isolado, na segunda jornada da fase final da Primeirona.
Os sadinos registam a sua segunda derrota, e o sonho do título está cada vez mais longe, restando-lhe agora discutir com a Lousã quem ficará com a terceira posição final da tabela.
Quanto aos muflões, as baterias ficam agora apontadas para a primeira das grandes finais frente aos chaparros, que se realiza na próxima jornada, logo a seguir à Páscoa.

ÉVORA *62-7 LOUSÃ (9-1)
Vitória folgada dos alentejanos na receção aos serranos, mantendo a distância em relação ao seu grande rival, com quem medirá forças na próxima jornada.
A Lousã, tal como o Vitória de Setúbal, soma a segunda derrota na prova, e vai ter que se contentar com a luta pela terceira posição, já que não demonstrou força para se bater com os dois primeiros.
Só o encontro entre chaparros e muflões que se realiza em Évora no fim de semana seguinte à Páscoa poderá dar indicações quanto ao destino do título.

GRUPO DA PERMANÊNCIA
LOULÉ *3-8 CALDAS (0-1)
O Caldas foi a Loulé buscar uma preciosa vitória, e é agora líder isolado do grupo da permanência começando a sentir que o objetivo está perto de ser alcançado.
Os algarvios somam a segunda derrota na prova, e, apesar de terem averbado dois pontos de bónus defensivos, não demonstraram ainda capacidade ofensiva que os liberte do pesadelo - sem marcar ensaios vai ser difícil progredir na classificação, e os louletanos já não fazem nenhum toque de meta desde a penúltima jornada da fase de apuramento, quando defrontaram o Santarém.
O Loulé tem agora duas semanas para preparar a viagem quase decisiva a Santarém, onde nova derrota deixará a sua vida muito complicada.

SANTARÉM *25-10 AGRÁRIA (4-1)
Finalmente os cavaleiros passaram ao galope, na esperança de conseguirem conservar a sua posição na Primeirona, e uma vitória com bónus de ataque, iça-os ao segundo lugar provisório da prova.
Depois de uma derrota comprometedora nas Caldas, os escalabitanos parecem ter encontrado no apoio do seu público a força que lhes estava faltando, e terão agora que se preparar para a receção ao Loulé, que pode acabar por ser determinante na decisão de quem fica e de quem desce.
Os charruas que tiveram uma excelente vitória na semana passada, em casa, não conseguiram manter a sua posição e desceram ao terceiro posto, com dois pontos apenas de vantagem sobre o Loulé.

Fotos: Clube de Rugby de Évora

24 de março de 2013

EM INGLATERRA SARACENS SEGURAM TOPO DA TABELA *

Desde a última crónica sobre a Premiership houve mudanças na tabela, principalmente no fundo.

Os London Welsh foram castigados com 5 pontos deduzidos e uma multa de £15.000 por ter jogado com o formação Tyson Keats em 10 jogos quando aparentemente a sua inscrição não estava regularizada.
O resultado é desanimador para os londrinos que foram parar ao último lugar da tabela a 3 pontos dos Sale Sharks.

Imunes a isto, os Sharks iniciaram a 18ª jornada da liga em casa contra o Bath.
Agora, a 4 jogos do fim da fase regular, é mesmo a doer e o Bath com ténues esperanças de playoff colocou um pack dominante em campo.
Sem Cipriani, o galês Nick McLeod foi o cérebro dos tubarões. Com muita neve o jogo foi lento e sem emoção com McLeod de um lado e Heathcote do outro a trocar penalidades.
Aos 54' finalmente o ponta Horacio Agulla ensaia para o Bath após um excelente momento de Banahan no centro furar a defesa dos tubarões, 9-10.
Já aos 71, vindo do banco de suplentes, o jovem Dan Brady conseguiu um ensaio que colocou o resultado em 14-10.
Heathcote garantiu um final de nervos com mais uma penalidade aos 76' mas os Sharks sobreviveriam e venceram 14-13.
Destaque para o fantástico homem do jogo, o All Black Dan Braid, que tem sido uma lufada de ar fresco nestes tubarões que estavam à deriva no oceano, agora há liderança e inspiração, apesar da penalização dos Welsh, a qualidade dos Sharks certamente aumentou.

No Sábado o Welsh, obrigado a trabalho extra, foi ao difícil terreno do Gloucester. O Welsh quase conseguia a gracinha, empate ao intervalo (6-6), e no recomeço da segunda parte os londrinos reclamaram quando Tom May, do Gloucester, viu um amarelo por avant deliberado.
Os visitantes reclamam também que deveria ter sido ensaio de penalidade o que lhes daria o "momentum" para o jogo.
Facto é que aos 51' o canadiano McKenzie conseguiu o desejado ensaio para colocar o Welsh na frente 6-14.
A experiência da avançada do Gloucester e a bota de Freddie Burns haveriam de conseguir a vitória para os da casa. mais 3 penalidades castigaram o Welsh apenas a 1 ponto de bónus defensivo, 15-14.
O Gloucester está bem envolvido na luta pelo playoff, o Welsh fica mais enterrado no último lugar a 5 do Sale.

Em Londres o Irish recebeu e bateu sem espinhas o Worcester.
Renegado a 2 penalidades de Goode o Worcester nunca foi capaz de lutar contra a qualidade apresentada pelos londrinos.
Os avançados mostraram o caminha com 3 ensaios, o flanker Garvey, o pilar(ão) Aulika (8º ensaio da temporada), e o nr.8 Hala'uifa resolveram a questão com Tom Homer a pontapear mais 11 pontos, final 26-6.

Ainda em Londres, os Wasps receberam os Saints na luta pelo último lugar que qualifica para o playoff.
Os santos foram inteligentes em descobrir que eram superiores no jogo de avançados e a partir daí foi uma autêntica sessão de "bullying"!
Aos 8 minutos após um alinhamento bem conquistado, o maul dinâmico só foi parado em falta.
Rhys Thomas viu amarelo e os Wasps estavam em dificuldades ao conceder ensaio de penalidade.
Aos 15 minutos, novo alinhamento, novo maul dinâmico e o pequeno formação Lee Dickson juntou-se aos seus avançados para encontrar a linha de ensaio, 3-12 ao quarto-de-hora.
Os Wasps reagiram a partir dos 3/4, o excelente Varndell, recebeu a bola ainda no seu meio campo e 3(!!) tentativas de placagem falhadas depois, colocou 5 pontos no marcador que Jones transformou em 7, 10-12.
Ainda na primeira parte, surpresa das surpresas, novo maul dinâmico dos Saints que Tom Palmer colapsou, na vantagem várias fases lentas de avançados levam o capitão Dylan Hartley ao ensaio.
Amarelo para Palmer e os Saints vão para o intervalo com 16-19.
Na segunda parte os Wasps demonstram porque estão na luta pelo playoff e o centro Elliot Daly, novamente fraca defesa dos Saints, arrastou dois adversários pela linha de ensaio que o TMO confirmou, 24-19 premiava a vontade e imaginação dos Wasps.
O desastre para os Wasps viria a 2 minutos do final quando, adivinhem lá, um maul dinâmico dos santos é arrastado para o centro do campo, o capitão Hartley carregou uma bola para perto da linha de ensaio, e o 2a linha Day empatava o jogo com um ensaio, Myler a poucos metros dos postes confirmou a vitória, 24-26.
Os Saints recuperam o 4º lugar e deixam os perigosos Wasps a 7 pontos.

O último jogo de Sábado colocou chefes e tigres frente a frente.
Bem dentro dos lugares de playoff os Tigers tiveram a sorte na lotaria dos pontapés, Flood levou a melhor sobre Steenson e o resultado ficaria num pobre 9-12 sem grandes ameaças às linhas de ensaio adversárias.

No Domingo, no topo da tabela, no sintético de Londres, Saracens e Quins bateram-se pela vitória.
Matt Stevens parece ter reencontrado uma nova vida depois da decisão de abandonar a seleção, com Vunipola dominou a melée e deu o ímpeto aos sarracenos.
Depois de uma troca de penalidades, o aclamado melhor talonador da liga, Schalk Brits ensaiou aos 26'.
Marler viu amarelo aos 17' que provou ser um desastre, 13 pontos concederam os Quins na sua ausência.
Evans falhou um pontapé e os Quins iam a perder 18-9 para o intervalo.
Aos 46' Farrel jogou a vantagem depois de uma excelente arrancada de Ashton (praticamente apenas o que o ponta conseguiu fazer em todo o jogo) e com um pontapé encontrou o Saxon Will Fraser para o ensaio.
Fala-se que Fraser poderá estar de saída dos Saracens à procura de mais minutos de jogo.
A super-defesa dos Saracens resistiria à investida final dos Quins, nem um amarelo avermelhado de Ashton por placagem alta viriam a mudar o resultado, o ponta inglês está a atravessar um mau momento de forma.
As exibições no 6 Nações e este amarelo (4º na temporada) demonstram que o ponta está em dificuldades e precisa de se reafirmar como a máquina de ensaios que já foi.
Tirando isso os Saracens estão tranquilos a 5 pontos do Leicester no topo da tabela.



Championship
O segundo campeonato inglês esteve a meio gás devido à neve e mau tempo sentido nas ilhas.
Na 6ª feira o Newcastle tremeu para vencer o Nottingham.
Os dois primeiros bateram-se e o Nottingham esteve à beira da surpresa quando só na bola de jogo, Joel Hodgson com uma penalidade ganhou o jogo para os falcões, final 12-14.
O abertura Gopperth (2P) já acordou a sua transferência para os campeões europeus, Leinster.
Diz bem da qualidade desde jogador na 2ª liga inglesa.

No Sábado nas Ilhas de Jersey os insulares perderam contra o Bristol com o desespero de lhes terem visto anulado um ensaio na bola de jogo, 23-29 coloca os de Bristol no 4º lugar quando o Leeds não jogou devido à neve.
O outro jogo disputado em Londres o Scottish perdeu contra o Plymouth com alguma surpresa, pois vinha de 9 jogos sem ganhar e espera escapar ao playoff da despromoção.



Coventry RFC
A equipa de Jacques Le Roux, lesionado não jogou, quando se encontra na 9ª posição a 44 pontos do primeiro.
No entanto nas outras duas jornadas o Coventry conquistou 6 pontos, 5 na visita a Blackheath com ponto bónus na vitória por 8-30 e um bónus defensivo dia 16 fora contra o Macclesfield, derrota 16-13.
O Conventry conta 60 pontos na liga.

* Texto: Ricardo Mouro
Fotos: http://www.premiershiprugby.com
Quadros: http://www.itsrugby.co.uk

BELÉM CHEGA A VICE-LÍDER E ACADÉMICA GARANTE PLAYOFF *

A penúltima ronda da Divisão de Honra acabou por resolver praticamente tudo no que respeita à tabela final, pois apenas ficou a pairar uma dúvida, a esclarecer na derradeira jornada dentro de duas semanas: quem será 2.º classificado, evitando o jogo de acesso e indo diretamente para uma meia-final em casa – Belenenses (vai à Tapada) ou Direito (recebe a Académica)?

Também verdade se diga que, mantendo-se a lógica e tudo o que ficou para trás na época, as duas equipas vão acabar por se encontrar na partida de acesso à grande final.

PORTUGAL PERDE OPORTUNIDADE EM HONG KONG

Depois de duas frustrantes participações em Wellington e Las Vegas, Portugal recuperou uma posição entre as oito melhores equipas, e conseguiu o apuramento para os quartos de final da competição principal (Cup).

Hoje, último dia da prova, e como aconteceu em todos os torneios do circuito deste ano, Portugal voltou a não conseguir qualquer vitória, o que começa a ser mais do que um problema ocasional e tem óbvias raízes na falta de concentração e consistência da maior parte dos seus jogadores.

Além dessa falta de concentração, verificamos hoje em algumas situações determinantes para o resultado do jogo dos quartos de final e da meia final da Plate, uma displicência que tem que ser controlada.

A questão é preocupante, porque os jogadores estão lá, sabem fazer, mas não fazem, ou fazem errado nos momentos cruciais. Porquê?

É nestes momentos que se exige uma apropriada direção e comando, que tem obviamente, faltado.

Hoje, os Linces perderam uma oportunidade de ouro de atingirem, pela primeira vez na história da sua participação no Circuito Mundial, as meias finais da Taça, e até mesmo da final.

Quem viu o jogo com o Quénia não pode deixar de notar dois momentos chave que levaram à derrota - um brinde de Pedro Leal a concluir um excelente movimento de penetração, dando a bola direitinha para as mãos de um queniano, e uma tentativa mal executada de pontapé a seguir de Pedro Bettencourt, que deu direito a uma interceção e ao primeiro ensaio dos africanos.

Claro que não foi só por aqui que entregamos o jogo ao Quénia, já que chegou a ser confrangedora a taxa de placagens falhadas, que obrigaram a um esforço suplementar cada vez que era preciso parar um adversário, com o recuo desnecessário de muitas dezenas de metros no terreno, e o consequente avolumar da força ofensiva do adversário.

Depois no jogo com o Canadá, a situação repetiu-se, e é bem sintomático do que dizemos, o ensaio perdido por Pedro Bettencourt que em vez de fazer chegar a bola a Duarte Moreira que aparecia lançado e sem oposição, em excelente posição para marcar, resolveu meter para dentro e acabou placado...

Aliás Bettencourt, que é um jogador que tem feito excelentes partidas e que ganhou o lugar à custa disso mesmo, não esteve bem nestes dois jogos, e mais uma vez, parece haver uma falta de autoridade que seja capaz de meter os jogadores na ordem - depois do erro crucial cometido contra Samoa, deveria ter havido uma intervenção pedagógica que ou não existiu, ou se existiu não deu resultado...

Enfim, o conjunto da participação vale sobretudo pelo apuramento para os quartos de final da competição principal, e pelos 10 pontos que isso vale no ranking oficial, mas fica uma forte sensação a vazio, perante o que se deveria/poderia ter alcançado.

Fique com um quadro que elaboramos com todas as participações em que Portugal chegou aos quartos de final de torneios do Circuito Mundial, e com as fichas dos jogos de hoje.





Foto: IRB/Getty Images