31 de maio de 2013

ARBITRAGEM PORTUGUESA EM FIM DE SEMANA OCUPADO

A arbitragem portuguesa vai ter um fim de semana muito ocupado, com a presença em dois torneios de sevens da FIRA e num jogo a contar para a Divisão 1B do campeonato da Europa.

Desta vez serão cinco os nossos árbitro em acção internacional simultaneamente.

Filipa Jales continua a ser presença nos grandes eventos femininos da Europa, e depois de ter estado em Amesterdão, na última etapa do Women Sevens World Séries, como árbitra auxiliar, uma semana depois esteve em Bratislava a oficiar no Campeonato da Europa de Sevens Feminino, Divisão B, e vai estar este fim de semana em Brive, no Grand Prix da FIRA Feminino, regressando no fim de semana de 15/16 de Junho, em Marbella, na segunda e última etapa do Grand Prix Feminino.

Paulo Duarte é outro dos embaixadores da arbitragem portuguesa que tem estado bastante ocupado, e depois do Europeu de Sevens Sub-19 em Palma de Maiorca, dirigiu o Bósnia-Finlândia da Divisão 2D da FIRA, para regressar agora aos sevens, em Israel, no Europeu da Divisão A, e vai estar em Lyon no próximo fim de semana para a primeira etapa do Grand Prix Séries da FIRA, estando ainda prevista a sua participação nas duas restantes etapas do GPS, em Setembro, em Manchester e Bucareste.

No âmbito do rugby de XV, Pedro Murinello esteve em Madrid no qualificativo do Mundial Feminino, em finais de Abril, e estará amanhã em Estocolmo, com Pedro Mendes Silva e Afonso Nogueira como auxiliares, a dirigir o Suécia-Polónia da Divisão 1B da FIRA.

Afonso Nogueira, esteve ainda, em finais de Abril no Cross Border da FIRA do escalão Sub-17 em Haia, na Holanda.

O Mão de Mestre congratula-se com estas presenças em eventos internacionais, e todos eles deseja os maiores sucessos!

LOBITOS PREPARADOS PARA ATACAR A NAMÍBIA

Quando no sábado às 18 horas de Lisboa os Lobitos entrarem em campo para defrontar a Namíbia, todos os fantasmas do jogo da passada quarta feira estarão afastados e os jovens lusitanos apenas terão um objectivo - derrotar os africanos.

Agora que já conhecem as regras do jogo a este nível, que a tremura da estreia já passou, os Lobitos prometem errar menos, e seguir à risca o plano de jogo determinado pela equipa técnica.

Duas alterações na primeira linha, em relação ao XV inicial do jogo com o Chile, procuram encontrar a estabilidade que não foi alcançada no primeiro tempo do jogo inaugural, enquanto as múltiplas alterações nas linhas atrasadas podem significar que se pretende garantir que o jogo vai ser disputado no meio campo do adversário, e que não haverá moleza no combate homem a homem quando o adversário ousar atravessar a linha de vantagem.

A versão lobitos dos (quatro) P's vai tentar levar os nossos jovens a pontuar, mantendo com paciência a posse da bola e colocando sistematicamente o adversário sob pressão e se isso for conseguido, a vitória não estará longe...

Aguardemos então o segundo jogo de Portugal, para verificarmos se o jogo de abertura deu à juventude e garra da equipa, alguma da sabedoria que lhe faltou naquela altura...

Fique com a constituição da equipa e lembre-se que o jogo poderá ser visto on-line (pelo menos esperamos que sim!) em www.temucotv.com.

1. Tomás Moreira, 2. José Conde, 3. Bruno Medeiros
4. Frederico d'Orey, 5. Eric Madeira
6. Salvador Santos, 7. Lourenço Matalonga, 8. Vasco Fragoso Mendes (c)
9. Manuel Queirós, 10. Nuno Sousa Guedes
12. João Silva 13. Manuel Moura
11. Bernardo Cardoso, 14. João Afonso, 15. Duarte Marques

Banco:
16. Francisco Domingues, 17. João Corte Real, 18. José Fino, 19. João Cabaço, 20. Miguel Queirós, 21. Manuel Pereira, 23. Carlos Sottomayor

Foto: www.rugbiers.cl

CHEGA AO FIM O CIRCUITO NACIONAL DE SEVENS

Foi com surpresa que recebemos o quadro competitivo da última etapa do Circuito Nacional de Sevens que se realiza este sábado em Arcos de Valdevez.

Depois da experiência da Tapada, com a ridícula divisão das equipas em grupos de dois, repetir o mesmo esquema não só é errado como denota uma total incapacidade de reconhecer as asneiras cometidas e reverter as situações.

Mas afinal esta será a cereja no topo do bolo da porcaria de organização da época de sevens nacionais, que não só não teve qualquer interesse competitivo como conduziu ao afastamento dos clubes e dos jogadores.

30 de maio de 2013

MÃO DE MESTRE TEM NOVA CARA

A exemplo do que aconteceu há cerca de um ano - no dia 4 de Junho de 2012 - o Mão de Mestre muda de cara, apresentando uma versão mais dirigida ao público, que passa a fazer parte integrante do próprio Portal!

A imagem escolhida para o fundo do Portal é da autoria de António Simões dos Santos, a quem deixamos desde já o nosso agradecimento, foi tirada durante a final da Divisão de Honra, e representa aquilo que todos nós gostaríamos de ver o rugby em Portugal tornar-se - um desporto com forte participação do público!

Alterámos algumas das funcionalidades do Portal, nomeadamente com a inclusão de uma barra de links com menus suspensos, que torna bem mais fácil a visita de todas as nossas páginas.

Por outro lado e para evitar a suspensão do Portal, durante os próximos serão introduzidas novas funcionalidades, mas a informação e a actualidade não serão afectadas.

Estamos também a preparar algumas surpresas editoriais, mas essas ficam para o início da época 2013-14!

Como já vem sendo hábito, as transformações que o Mão de Mestre sofreu foram produzidas pelo Design de Sonhos, que desde o início de 2012 tem dado todo o apoio técnico ao desenvolvimento do Portal, e a quem aproveitamos para agradecer.

Aproveite este período de calma em termos de rugby, para navegar por todas as nossas páginas, pois estou certo que vai descobrir muita coisa que ainda não tinha visto!

TORNEIO DE RUGBY JUVENIL KIKO ROSA 2013 *

“Vamos lá malta!…”
Era com estas palavras que o Kiko tentava incentivar os seus colegas quando a sua equipa de sempre, o Belenenses, encontrava dificuldades. Dentro de campo, apesar da sua pequena estatura, não havia adversários suficientemente grandes para dobrar a sua vontade de derrubar obstáculos (placar), de andar para a frente (avançar), de alcançar o seu objectivo (marcar ensaio).

Numa analogia quase perfeita, fora de campo também nunca baixou os braços e, apesar de ter partido no final de 2009, achou uma forma de vencer a morte: deixando uma memória muito forte em todos com quem se cruzou em vida.

Por essa razão, em 2011, um grupo de pais e amigos ligados à modalidade
decidiram homenageá-lo organizando um torneio de rugby juvenil com o seu nome. Um torneio que se pretendia diferente, tanto pelo seu modelo competitivo, como também - e principalmente – pelo intuito de criar um momento único, um momento de saudável convívio entre os atletas de todos os clubes, as suas famílias e amigos.

A PRIMEIRA EDIÇÃO
A adesão dos clubes foi imediata e a alegria, a paixão e a intensidade que os jovens jogadores colocaram em campo desde o apito inicial do primeiro jogo criou o que restava para que o torneio se tornasse um sucesso. A forma como desportivamente competiram e conviveram foi a demonstração final de como o Rugby é exemplar na integração social de cada criança e pode constituir uma verdadeira escola de vida.

A EDIÇÃO 2013
Dois anos depois, o Estádio do Restelo presta-se a receber – muito ajustadamente no Dia Mundial da Criança - a 3ª edição do Torneio Kiko Rosa, com um recorde de participação: 20 clubes, 66 equipas, cerca de 800 jovens dos 6 aos 14 anos.

Estarão presentes os seguintes clubes: Agronomia, Alcochete, Alta de Lisboa, Benfica, Cascais, CDUL, Direito, Ericeirense, Évora, Galiza, Moita, Montemor, S.J.Talha, São Miguel, Santarém, Setúbal, Sintrense, Sporting e Técnico, para além do anfitrião Belenenses.

Enquanto os escalões Sub-8 e Sub-10 disputarão vários jogos em regime de convívio, as equipas Sub-12 (em Rugby de 10) e Sub-14 (em Sevens) presentes disputarão uma competição que constitui um dos momentos altos da época destes dois escalões.

CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS


GRUPO A
GRUPO B
GRUPO C
GRUPO D
GRUPO E
GRUPO F
SUB-14
Direito
Belenenses A
CDUL
Agronomia



Cascais
S.Miguel
Técnico
Belenenses B



S.J.Talha
Moita
Galiza
Benfica


SUB-12
Belenenses A
Agronomia
Direito
CDUL
Benfica
Sporting

Técnico
Cascais
S.Miguel
Belenenses B
Alcochete
S.J.Talha

Moita
Évora
Galiza
Santarém
Ericeirense
Sintrense/Alta L.
SUB-10
CDUL
Direito
Agronomia A
Belenenses A
Técnico
Cascais

Agronomia B
Setúbal
Direito B
Sporting
S.Miguel
Galiza

Évora
Montemor
Moita
S.J.Talha
Belenenses B
Santarém
SUB-8
Belenenses A
CDUL
Agronomia
Direito
Cascais
Técnico

Benfica
S.Miguel
Galiza
Sintrense
Belenenses B
S.J.Talha

Sporting
Moita
Alcochete
Évora
Montemor
Santarém

Competição
Convívio

Os jogos terão início às 9h30 e decorrerão ao longo de todo o dia, com uma interrupção para o tradicional almoço-convívio oferecido pela organização a todos os atletas, pais, mães e demais envolvidos.

A Operação Nariz Vermelho – uma ONG que muito faz pelas crianças hospitalizadas – voltará a marcar presença, estão prometidas algumas surpresas e o dia terminará com a entrega dos troféus.

QUER COLABORAR?
O Torneio Kiko Rosa é já o segundo maior evento de rugby juvenil organizado no nosso país, atrás apenas do Portugal Youth Rugby Festival, movimenta para além dos atletas cerca de 1.500 acompanhantes (árbitros, animadores, fisioterapeutas, treinadores, responsáveis de equipa, pais, familiares, amigos e visitantes em geral). 
A organização é constituída exclusivamente por voluntários e há sempre lugar para quem queira ajudar, seja dentro de campo (árbitros) ou fora dele. 
Os interessados devem visitar a página do torneio no Facebook: http://www.facebook.com/TorneioKikoRosa.

A organização oferece t-shirt, almoço, água e refrigerantes aos árbitros e voluntários.

O Torneio Kiko Rosa tem também um blog que reúne todas as informações e promete atualizações no dia do torneio: http://torneiokikorosa.blogspot.pt/

O Mão de Mestre associa-se a esta iniciativa divulgando-a e promete também aos seus leitores uma reportagem, mas deixa uma recomendação: se no sábado estiver por Lisboa, dê um salto ao Restelo, assista a uma excelente jornada de rugby e de convívio, e... divirta-se. Será essa a melhor forma de honrar a memória do Kiko.

“Vamos lá, malta! ..."

*Texto: PGS

29 de maio de 2013

MENINAS PREPARAM-SE PARA GRAND PRIX

Disputa-se neste final de semana em Brive, França, a primeira etapa do Grand Prix Séries feminino em que a seleção portuguesa participa.

A competição é jogada em dois fins de semana, e a segunda etapa terá lugar em Marbella, dentro de duas semanas, nos dias 15 e 16 de Junho.

A prova é disputada por 12 equipas e Portugal parte na oitava posição, conquistada na época passada, com o objectivo de se manter entre as melhores, para o que terá obrigatoriamente de conseguir manter-se até ao 10º lugar, pois caso contrário será rebaixada para a Divisão A.

A equipa portuguesa, infelizmente, não participou em nenhum torneio prévio, o que vai tornar a tarefa das nossas jogadoras muito difícil, mas espera-se que a sua garra, técnica e ambição possa passar por cima das lacunas da preparação e levar ao resultado desejado.

Nesta primeira fase as portuguesas defrontarão a Inglaterra, Rússia, Holanda, Alemanha e País de Gales, enquanto o outro grupo é composto por Espanha, França, Ucrânia, Itália, Irlanda e Escócia.

Recorde-se que na segunda fase da prova, as duas primeiras de cada grupo irão disputar a Cup (1º ao 4º lugar), as terceira e quarta jogam a Plate (5º ao 8º lugar) e finalmente as últimas jogam a Bowl (9º ao 12º lugar) e a permanência no grupo das melhores.

Fique com a constituição da equipa que parte amanhã para França:


COMPETIÇÕES EUROPEIAS DE CLUBE SEM MUDANÇAS PARA 2013-14

Contrariamente ao que chegou a circular nada vai mudar na organização das competições europeias de clubes para a próxima época, acabando-se assim com as especulações sobre um possível alargamento que viesse a incluir alguma equipa portuguesa.

Com os sorteios da edição 2013-14 da Heineken Cup e da Amlin Challenge Cup marcados para o próximo dia 5 de Junho, a entidade organizadora destas competições divulgou hoje a constituição dos diversos grupos de equipas a incluir naqueles sorteios, e nada de novo se apresenta.

Assim na Heineken Cup as equipas ficaram assim arrumadas em quatro grupos de seis equipas, a partir dos quais serão escolhidos os seis grupos de quatro
equipas que disputarão a competição.

A divisão pelos tiers para efeitos de sorteio, foi preparada tendo em consideração o ranking das equipas nos últimos quatro anos, obtido em função das suas classificações nas provas europeias.

Tier 1 - Leinster Rugby, Toulon, Toulouse, ASM Clermont Auvergne, Ulster Rugby, Munster Rugby

Tier 2 - Northampton Saints, Harlequins, Cardiff Blues, Saracens, Leicester Tigers, Perpignan

Tier 3 - Edinburgh Rugby, Ospreys, Scarlets, Glasgow Warriors, Montpellier, Connacht Rugby

Tier 4 - Gloucester Rugby, Castres Olympique, Racing Metro 92, Exeter Chiefs, Benetton Treviso, Zebre

Ao mesmo tempo foram também anunciados os tiers da Amlin Challenge Cup, que inclui as 20 equipas que disputarão a prova. também divididas em quatro níveis, de acordo com o já referido ranking:

Tier 1 - Biarritz Olympique PB, Stade Francais Paris, London Wasps, Bath Rugby, Brive

Tier 2 - London Irish, Sale Sharks, Newport Gwent Dragons, England (TBC), Rugby Viadana

Tier 3 - Bayonne, I Cavalieri Prato, Worcester Warriors, Bordeaux-Bègles, Cammi Rugby Calvisano

Tier 4 - Grenoble, Mogliano Rugby, Oyonnax, Bucharest Wolves, Spanish representative

Note-se que falta ainda definir o representante espanhol e um dos representantes da Inglaterra.

LEICESTER CONQUISTA 10º TÍTULO EM FINAL DE LOUCOS *

Já foi encontrado o campeão inglês. O jogo disputou-se em Twickenham entre os velhos rivais Leicester Tigers e Northampton Saints.

Como é costume entre estas duas equipas registou-se um bom espectáculo, com ensaios de lado a lado e também alguma polémica.
Também como já vem sido hábito nos últimos encontros entre estas equipas os Tigers levaram a melhor para os "arqui-rivais".

Vamos ao jogo: os Tigers começaram o jogo a fazer o que sabem melhor (especialmente contra os Saints), a meter pontos no marcador.
O capitão Flood furou a defesa adversária e criou superioridade numérica, entregando a bola ao seu ponta Nial Morris que imparável colocou o resultado em 10-0 (com a conversão de Flood).
Flood só foi parado mais tarde por uma impressionante placagem de Lawes, que chegou ligeiramente atrasado sendo por isso penalizado, o que viria a trazer consequências sérias para o abertura quando Lawes repetiu a dose alguns minutos depois indo para a "concussion bin" mas já não regressaria ao campo.
Os Saints entretanto responderam e o formação Dickson bate uma penalidade rápida e na sequência do lance Myler ensaiava os primeiros pontos dos santos, 10-5 aos 25'.
Ao cair da primeira parte o momento caricato do jogo que viria a hipotecar as hipóteses de vitória dos Saints.
Ford que havia substituido Flood falhou uma penalidade na bola de jogo, no pontapé de 22 o árbitro Wayne Barnes diz ao abertura Myler que não pode colocar a bola directamente para fora... Myler coloca a bola fora.
Barnes ordena uma formação ordenada para os Tigers nos 22 em frente aos postes que colapsa uma vez, a melée é re-ordenada e colapsa novamente,
Barnes penalisa os Saints e vê-se claramente o talonador e capitão dos Saints Hartley vociferar "fu**ing cheat!" o árbitro considerou que o comentário foi dirigido a ele e mostrou o vermelho ao inconsolável Hartley.
O primeiro cartão vermelho de sempre numa final da Premiership.
Imune a isto Ford não falhou os 3 pontos desta vez.

Reduzidos a 14 para toda a segunda parte os Saints meteram o coração em campo e recomeçaram o jogo logo com um ensaio à largura do campo finalizado por Foden, 16-10 aos 43'.
Feridos os Tigres trabalharam a partir de uma melée e o 2a linha Kitchener viu que só tinha Tonga'uiha e Mujati pela frente e perante dois pilares carregou no acelerador e foi mais rápido até ao ensaio, 21-10 aos 47'.
A troca de ensaios não ficaria por aqui, o gigante centro Luther Burrell entra no 22 de Leicester com uma excelente simulação e foram precisos dois defesas para o parar, Dickson que vinha no ombro do seu centro só teve que receber e mergulhar para o ensaio, 24-17 e jogo aberto digno de uma final.

Foi pena os Saints perderem o seu líder e igualdade numérica pois do lado oposto apareceu um tigre que adora devorar santos, Tuilagi atropelou um defesa em cima da linha de meio campo e depois foi caso para dizer "agarra-me se puderes", os Saints não conseguiram e Tuilagi terá aqui resolvido o jogo quando faltavam 15' para jogar, 29-17.
Vereniki Goneva ainda viria a meter mais um prego no caixão dos Saints, acabando com o glorioso esforço dos adversários, após um excelente turnover de Mafi, 34-17.
Ford teria oportunidade de se despedir de Leicester com uma penalidade na bola de jogo, ele que parte para Bath, para o resultado final de 37-17.

Os Tigers conseguem o seu 10º título da Premiership e são sem dúvida o clube com mais sucesso nos últimos anos em Inglaterra.
É verdade que a expulsão de Hartley deixou os seus companheiros com horas extra para fazer o que dificultou a tarefa dos Saints.
Já antes disso o Leicester se queixava que ficou um cartão amarelo por mostrar a Lawes aquando da primeira pancada em Flood e que levou o director de rugby Richard Cockerill a protestar veemente perante os oficiais da partida.
Isto levou a uma reacção do treinador de avançados dos Saints Dorian West a dizer ao intervalo para a reporter da ESPN que era "lamentável a pressão que o Cockerill estava a pôr nos juízes da partida" insinuando assim que esta atitude terá tido influência na decisão de expulsar Hartley.
Brian Moore, histórico do rugby inglês, comentou na sua habitual coluna para o "Telegraph" que a "tragédia de Hartley disfarça o verdadeiro problema da final da Premiership" qualificado a conduta de Cockerill como inadmissível no código do jogo do Rugby.
Hartley por sua vez já enfrentou o painel de juízes e declarou-se inocente das acusações a que foi sujeito - justificou-se dizendo que as palavras eram dirigidas ao talonador adversário Tom Youngs que segundo Hartley foi ele que colapsou a afamada melée - e devido ao seu historial problemático foi suspenso por 11 semanas, o talonador está assim fora da tour dos Lions e já foi substituido por Rory Best da Irlanda.

Polémicas à parte os de Leicester foram sem dúvia a melhor equipa e merecem o título depois de uma época em que se encostaram aos lugares cimeiros da tabela e não tiveram problemas em arrumar com os anteriores campeões em título nas meias finais da prova. Os Saints infelizes, deixaram ainda assim de ser os eternos semi-finalistas e provaram o sabor da mística de Twickenham.

Championship
Também no segundo escalão se joga o título de campeão, neste caso a duas mãos.
O Bedford já recebeu os favoritos ao título e consequente subida e registou-se um resultado de 9-18 para os forasteiros.
Seis penalidades de Gopperth fora suficientes para controlar o jogo e dar a vitória aos falcões.
Do lado dos azuis duas penalidades do australiano Myles Dorrian e uma do seu suplente Jake Sharp fizeram metade dos pontos do abertura adversário.
A segunda mão joga-se já amanhã às 19h45 e apesar da vantagem o Newcastle não dá nada por garantido e reconhece valor, especialmente ao nível defensivo, da equipa de Bedford.
Os XV iniciais já são conhecidos:

Newcastle Falcons: 15 Alex Tait, 14 Noah Cato, 13 Suka Hufanga, 12 Adam Powell, 11 Ryan Shortland, 10 Jimmy Gopperth, 9 Warren Fury, 1 Grant Shiells, 2 Rob Vickers, 3 Oliver Tomaszczyk, 4 Carlo del Fava, 5 Scott MacLeod, 6 Mark Wilson, 7 Will Welch, 8 Ally Hogg.

Banco: 16 Matt Thompson, 17 Jonny Golding, 18 Scott Wilson, 19 James Hudson, 20 Taiasina Tu'ifua, 21 Rory Lawson, 22 Waisea Luveniyali.


Bedford: 15 Ben Ransom, 14 James Short, 13 Ollie Dodge, 12 Mark Atkinson, 11 Josh Bassett, 10 Jake Sharp, 9 Darryl Veenendaal, 1 Ricky Reeves, 2 Scott Spurling, 3 Dan Seal, 4 Mike Howard, 5 Paul Tupai, 6 Gregor Gillanders, 7 Darren Fox (c), 8 Nick Fenton-Wells.

Banco: 16 Neil Cochrane, 17 Phil Boulton, 18 Ben Gulliver, 19 Don Barrell, 20 Luke Baldwin, 21 Ian Vass, 22 James Pritchard

*Texto: Ricardo Mouro

CONDORES MUITO FORTES PARA OS LOBITOS

É fácil e constitui prática generalizada desculpar as derrotas com a arbitragem ou com erros deste ou daquele jogador.

E se não for culpa daqueles, há sempre o treinador para ser responsabilizado pelo que se passou.

Pois bem, em Temuco, ontem ao fim da tarde, nada disso justifica a derrota da equipa portuguesa por 18-6, com 15-3 ao intervalo, e um certo sentimento de desilusão que ficou no ar - esperava-se mais, até porque pouco ou nada se sabia da oposição...

E essa foi a primeira causa do resultado - os Condores foram fortes de mais para os Lobitos, e ultrapassaram aquilo que deles se esperava!

Os chilenos foram mais fortes nas melées, no primeiro tempo, e graças a isso marcaram um ensaio que deixa marcas na equipa que recua metros e metros e nada pode fazer para o evitar...

Os chilenos foram mais fortes na defesa, em especial ao nível dos centros, com uma agressividade que marcou os nossos atacantes sempre que se depararam com aquela barreira...

Os chilenos foram mais fortes a atacar, semeando o pânico na nossa defesa, que
pareceu surpreendida com a velocidade do adversário...

Resta agora saber se o comportamento da nossa equipa nos desanimou, ou se eventualmente nos terá envergonhado.

Mas a verdade é que se houve uma certa desilusão - não há quem nestas coisas do rugby goste de perder... - em nenhum momento sentimos vergonha pelo que se estava a passar em campo, nem o comportamento da equipa nos desanimou...

Os Lobitos sofreram bastante na primeira parte - que até começou bem com um drop muito bem fabricado e executado! - mas souberam reagir no segundo tempo, equilibrando a partida, recuperando pontos nas melées, e tentando por todas as formas reverter o sentido do marcador.

Até ao último sopro do jogo!

Não vamos entrar na análise detalhada do que se passou em campo - isso é trabalho da equipa técnica que vai ter que corrigir o que esteve mal, e recuperar a moral, naturalmente abalada, dos Lobitos, para o encontro com a Namíbia.

Mas também não vamos deixar de dizer a impressão com que ficámos dos Lobitos.

A equipa pareceu-nos equilibrada, sabendo o que estava a fazer em campo - independentemente de algumas decisões menos certas na movimentação ofensiva - corajosa perante um adversário que se apresentou fisicamente muito bem, mas não conseguiu, em nenhuma ocasião, encontrar espaço e tempo para se movimentar...

A verdade é que a este nível os espaços parecem desaparecer, e o tempo parece fugir, pelo que se exige a realização de um conjunto de encontros exigentes de preparação, que, infelizmente, a nossa seleção não teve.

Reparem, a título de exemplo, que o Uruguai jogou antes da prova, com uma seleção uruguaia de seniores, com os Sub-21 da UR de Buenos Aires, e com a Argentina Sub-20, o Chile defrontou os Sub-23 de San Juan, a equipa de desenvolvimento de Mendoza, e a seleção Sub-20 da Argentina, e a Itália participou no 6 nações sub-20 defrontando a França, a Escócia, a Irlanda, o Pais de Gales e a Inglaterra...

Ou seja, as equipas quando se preparam para um Mundial, como este de Temuco, defrontam equipas mais fortes e mais competitivas, para elevar todos os seus próprios índices...

A equipa portuguesa fez uma boa preparação, mas para poder competir a este nível tem que ter horas de jogo com equipas que lhe criem problemas semelhantes àqueles com que se irão defrontar, dos quais se destaca a velocidade de execução, a redução dos espaços de utilização da bola, e a falta de tempo para tomar decisões...

E foi precisamente nestes quesitos que os portugueses falharam...

De tudo o que se disse, de tudo o que se viu em campo, fica a ideia de que no sábado tudo vai correr melhor, com o aprendizado que a equipa teve, e com as correcções que os técnicos irão certamente introduzir na actuação dos Lobitos.

E nós cá estaremos, para cantar a Portuguesa com eles!

Veja os resultados do primeiro dia da prova e os jogos dos dias seguintes:




28 de maio de 2013

LOBITOS PREPARADOS PARA SUPERAR O CHILE

Apesar das peripécias da viagem, que terminou com um voo desviado de Temuco para Constancia e quatro horas de viagem em autocarro, os Lobitos chegaram ao seu destino, depois do treino que realizaram em Santiago, conforme noticiámos em tempo próprio.

Segundo as palavras de Henrique Rocha, técnico da nossa seleção, o Município de Temuco preparou uma operação fantástica em apenas 30 dias, e o estádio onde Portugal jogará é muito bom, apesar de se encontrar completamente encharcado com a chuva que caiu durante toda a noite de domingo.

O último treino dos Lobitos foi realizado num campo sintético, e é convicção de Henrique Rocha que a equipa cumprirá o sistema de jogo e que irá superar as dificuldades colocadas pelo Chile.
Segundo o treinador nacional, a equipa está concentrada e preparada para este desafio.

Aqui fica a constituição da equipa portuguesa para este jogo com o Chile, que parece ter transmissão on line assegurada através de www.temucotv.com a partir das 23 horas de Lisboa (18 horas locais):

1. Francisco Domingues
2. José Conde
3. João Tomás
4. Frederico d'Orey
5. Eric Madeira
6. Salvador Santos
7. Lourenço Matalonga
8. Vasco Fragoso Mendes (c)
9. Carlos Sottomayor
10. Manuel Pereira
11. Francisco Lobo
12. João Silva
13. Tomás Appleton
14. João Afonso
15. Nuno Guedes

16. João Corte-Real
17. Tomás Moreira
18. Filipe Miguéis
19. João Cabaço
20. Manuel Moura
21. Bernardo Cardoso
22. Manuel Queirós

Foto: IRB

CASTRES SURPREENDE E JOGA FINAL DA TOP-14 COM TOULON

Quem disse que o Toulon só sabia defender? Que apenas contava com o jogo ao pé de Sir Jonny? Pois bem, na sexta feira à noite, pelo menos em duas situações, os homens de Bernard Laporte demonstraram o contrário.

O primeiro ensaio? De cátedra, com um movimento de ataque em primeiro tempo, uma penetração pelo centro do terreno e uma inversão com um genial passe ao pé de Michalak, para um ensaio imparável!

O segundo, um talonador Jean-Charles Orioli, que fixa a defesa como um três quartos centro e um Delon Armitage autor de uma cavalgada fantástica digna de um Serge Blanco quando da mítica vitória sobre os All Blacks em 1986, já neste recinto das meias finais da Top-14, para registar o ensaio do intervalo.

Sim, é verdade que Wilko talvez seja o maior jogador da história, sim, Botha,
Rossouw e também Fernandez, Lobbe, Masoe, Sheridan e Bastareaud são verdadeiros assassinos a defender.

E Sebastian Bruno é seguramente, apesar dos seus 38 anos, um dos melhores, se não mesmo o melhor talonador nas formações ordenadas.


Mas, frente ao Toulouse, foi a jogar que o RC Toulon venceu!
Toulon-Toulouse: 24-9. Pierre-Laurent GOU


Ninguém falava nisso. Ninguém pensava nisso. Ninguém acreditava nisso. Ninguém, excepto eles...

Sábado o Castres Olympique ulrapassou as fronteiras do impossível ao destruir
com sabedoria o tenor clermontois.

Do memorável apelo à revolta de Capo Ortega no balneário, à coesão demonstrada no terreno em todos os instantes, este Castres Olympique soube elevar os seus valores e virtudes, com fidelidade e ambição, ao mais alto nível.

Uma vitória de forte simbolismo: mesmo em tempos de armadas fortemente equipadas e de constelações de galácticos, um grupo de humildes combatentes, cuja maior parte passou pela ProD2, pelo anonimato e pela sombra, ainda pode acariciar a lua.

Mas até onde eles irão? Dentro de 80 minutos, esta extraordinária época e esta grande aventura humana tavez lhes proporcione uma eterna glória.

Para já, eles conquistaram o respeito e o reconhecimento de todos.
Clermont-Castres: 9-25. Vincent BISSONNET

Textos: Midi Olympique

27 de maio de 2013

SEVENS FEMININOS DO EUROPEU B DECORRERAM EM BRATISLAVA

Com a participação da nossa Filipa Jales, realizou-se em Bratislava o torneio correspondente à Divisão B da FIRA, o primeiro de quatro torneios que compõem o universo dos sevens femininos da Associação Europeia de Rugby.

No próximo fim de semana de 8 de Junho disputa-se em Praga a Divisão A, sendo que as duas primeiras equipas desta Divisão serão promovidas para o Grand Prix Series Feminino, por troca com as duas últimas equipas do Grand Prix desta época.

As duas jornadas do Grand Prix, em que está incluída a equipa de Portugal, realizam-se nos dias 1 e 2 de Junho em Brive, França, e nos dias 15 e 16 em Marbella, na Espanha, e o grande objectivo da equipa portuguesa é assegurar a permanência na categoria, para a época de 2013-14.

Este fim de semana em Bratislava, a Finlândia venceu a competição, batendo na final a Noruega por 25-12, depois da ter derrotado Israel na meia final por 17-0.

Por seu lado a Noruega chegou à final depois de vencer a Bulgária por 45-0, e as duas finalistas disputarão no próximo ano a Divisão A, por troca com as duas últimas do torneio da próxima semana, em Praga.

Curiosamente, e como prova do reconhecimento do seu valor, Filipa Jales dirigiu
estes dois encontros, depois de, na fase de apuramento ter apitado outras cinco partidas.

Veja os quadros do torneio de Bratislava:







Fonte: FIRA-AER

26 de maio de 2013

JEAN CLAUDE BAQUÉ - O FIM DE UMA ERA

Jean Claude Baqué, presidente da FIRA desde 1997, resignou ao seu cargo com efeitos a partir de 22 do corrente mês de Maio, sendo interinamente substituído por Jean-Louis Barthes, secretário geral da organização, até à realização da Assembleia Geral que terá lugar no fim de semana de 5/6 de Julho em Estocolmo, onde será eleito um novo presidente para exercer funções até final de 2016.

Jean Claude Baqué assumiu o lugar de presidente da FIRA numa altura determinante para a evolução do rugby mundial, quando a IRB atribuiu à organização, até então quase exclusivamente controlada pela França, o papel de To develop and manage Rugby in agreement with the Board, in a complementary and noncompeting way, nas palavras do próprio novo Presidente.

Em 1999 a F.I.R.A. perde a sua condição de federação mundial que vinha
exercendo em parceria com a IRB e passa a ser uma Associação Continental que adopta o patronímico FIRA e a designação de Associação Europeia de Rugby.

O trabalho de Baqué foi reconhecido em 2004, quando foi reeleito Presidente da Associação com a unanimidade das 40 federações representadas na 79ª Assembleia Geral da organização, e ele foi o verdadeiro pilar da modernização e democratização da FIRA-AER, onde agora todas as federações votam em pé de igualdade, independentemente da sua importância desportiva.

Aguarda-se com interesse a eleição de Julho, para sabermos até que ponto a política de Baqué será seguida, ou se vamos entrar num novo período da vida do rugby europeu e da sua importância no mundo - não nos esqueçamos que a Europa é o continente que mais federações nacionais e jogadores apresenta no conjunto do rugby mundial.

Recorde-se que Jean Claude Baqué foi homenageado pela Federação Portuguesa de Rugby no passado mês de Novembro, com o seu Colar de Honra, conforme o Mão de Mestre noticiou na altura.

Foto: http://fira-aer-rugby.com