3 de outubro de 2015

NOVA ZELÂNDIA-GEÓRGIA - ALL BLACKS VENCEM, GEÓRGIA MOSTRA MELHORIA *

* Martim Bettencourt
Com poucas mexidas, no que ao quinze mais forte diz respeito, a grande novidade do lado neozelandês foi a estreia neste campeonato do mundo de Naholo, ele que recuperou de forma “milagrosa” de uma perna partida a tempo de fazer parte dos eleitos para o Mundial. 

Já a equipa Georgiana escolheu rodar praticamente toda a equipa, sendo o seu capitão Mamuka Gorgodze o único sobrevivente do duelo contra a Argentina. É verdade, isto foi a “2ª equipa” da Geórgia…
Na conferência de imprensa de antevisão do jogo, o capitão All Black Richie Mccaw tinha avisado que é ganhando a zona de contacto que se ganham jogos internacionais, e os georgianos iam ser um bom teste nesse campo para os actuais campeões do mundo. Foi precisamente isso que aconteceu.

O jogo começou de forma quase frenética, com um avant neozelandês e recuperação de bola georgiana, estes jogam e acabam sendo atirados para a fora. Alinhamento neozelandês ganho olimpicamente, bola para os três quartos e Naholo fura a meio do campo fugindo a tudo e a todos marcando no meio dos postes. 
Estávamos no minuto 1 e poucos segundos. Uns “míseros” quatro minutos depois a agressiva defesa georgiana provoca mais um (foram cinco “handling errors” só nos primeiros quinze minutos de jogo!) erro all black que resulta num pontapé para as costas da defesa que o número quinze georgiano recolhe e marca no meio dos postes. 
7-7 era o resultado com seis minutos de jogo. 

Savea marca o primeiro dos seus três ensaios ao minuto oito e Carter, que teve fraquinho no que respeita aos pontapés aos postes, falha a conversão. 
Pontapé de penalidade para a equipa do leste e o resultado fica num incrédulo 12-10! 

Aos minutos 17 e 22 mais dois ensaios para os campeões do mundo, novamente Savea e pelo ágil Coles.

Fruto do poderio físico dos homens liderados pelo excelente Gorgodze, uma defesa muito pressionante, que deu água pela barba aos homens de Steve Hanson, e onde Daniel Carter foi alvo preferencial das duríssimas placagens georgianas, foi preciso chegar ao minuto 52´para o marcador registar novo movimento, com Kieran Read a marcar depois de uma penalidade jogada rapidamente à mão pelo sempre atento médio de formação Aaron Smith.

Atingido o ponto de bónus ofensivo com o ensaio de Read, foi altura de refrescar a equipa e começaram as substituições, que a conta gotas foram quebrando o ritmo de jogo. Até deu para Victor Vito entrar para a ponta!

Os all blacks viriam a marcar mais dois ensaios aos minutos 74´e 77´por intermédio de Savea e do recém entrado Fekitoa.

43-10 foi o resultado final. Muito longe das “cabazadas” de outros mundiais. E onde o rugby georgiano juntou mais um argumento de peso junto daqueles que decidem o destino do rugby mundial para que lhes deêm mais hipóteses junto dos grandes.

Do lado neozelandês destaco Brodie Retallick – incansável o melhor jogador do mundo de 2014. Jogou e fez jogar como só os grandes o sabem fazer.

Do lado georgiano, apesar do capitão Gorgodze ter ganho o prémio oficial de Man of The Match, acho que foi um prémio pelo comportamento da equipa, onde do um ao vinte e três orgulharam o rugby georgiano e, com certeza, todos aqueles que gostam de rugby pelo mundo fora.


3 comentários:

Duarte disse...

«É verdade, isto foi a “2ª equipa” da Geórgia…»

Desculpe, mas está a exagerar. Era uma mistura de 1ª equipa com 2ª equipa.

Manuel Cabral disse...

O que se passou foi que a Geórgia utilizou neste jogo 6 jogadores que nem sequer estiveram nos 23 dos dois primeiros jogos.
E no XV inicial mudaram 7 dos 8 avançados (apenas ficou Gorgodze), o médio de formação, um dos pontas e o defesa... E destas 10 alterações, 4 eram dos que entraram nos 23 pela primeira vez...
Então, uma coisa é certa: não sendo uma equipa composta na totalidade por reservas, a verdade é que dois terços dela nunca tinham feito parte do XV inicial... não deixando portanto de ser uma 2ª equipa da Geórgia...

Duarte disse...

Como queiras. Mas acho muito difícil dizer quem são os pilares primeira escolha, por exemplo.