* Manuel Cabral
Com 20 jogos disputados chegámos a meio caminho da fase de apuramento do Mundial 2015, e os números são impressionantes.
Ultrapassada no relvado a barreira dos mil pontos, com 118 ensaios e 81 transformações, as penalidades convertidas ficaram pelas 95 e os pontapés de ressalto foram dois.
Mas fora do relvado, nas bancadas, e mesmo contando com três partidas em Kingsholm (Gloucester) onde não cabem mais de 16.500 espectadores, e uma passagem pelo Sandy Park (Exeter) que apenas comporta 12.330 adeptos, a média nos 20 jogos ultrapassou os 49.000 espectadores por jogo, com todos os encontros de Wembley (com 90.000 de máximo) a receberem mais de 89.000 e duas das três partidas em Twickenham (máximo de 81.605) a receberem mais de 80.000!
No meio de tudo isto foi o Irlanda-Roménia que bateu todos os recordes, com 89.267 pessoas em Wembley, e o número total de espectadores em campo atingiu os 982.924, contra um máximo possível de 1.039.975!
Ou seja, uma ocupação de 94,51% do total dos lugares disponíveis! Um sucesso absoluto.
Quanto às transmissões televisivas já referimos anteriormente os 19,5 milhões que assistiram, apenas no Japão ao Escócia-Japão, assim como também já referimos os 8,7 milhões que assistiram no Reino Unido ao Inglaterra-Fiji - a maior audiência de sempre naquele território, em eventos desportivos.
Voltando a falar dos jogos, note-se que nos 20 encontros já realizados, apenas por uma vez o diferencial de 45 pontos, entre marcados e sofridos, foi ultrapassado - aconteceu no Austrália-Uruguai, que os Wallabies venceram por 65-3.
Mas vamos dar uma volta pelos grupos, para sabermos como andam as carruagens...
São cinco as selecções que ainda não pontuaram - Fiji, Uruguai, Estados Unidos, Namíbia e Roménia - e outra apenas conseguiu um ponto de bónus - o Canadá.
Assim, nos Grupos A e D parecem definidos os três primeiros - pré qualificados para o Mundial 2019 - embora ainda não se possa dizer quem vai ficar de fora dos quartos de final.
Na verdade no Grupo A tudo pode ficar resolvido na próxima rodada, com a realização do Inglaterra-Austrália - caso a Austrália vença e o País de Gales também. Mas se a Inglaterra ganhar vamos ter que esperar pela derradeira jornada para saber qual das três fica de fora...
E se os galeses já estão habituados, ingleses e australianos vão cumprir um luto rigoroso com a ausência na fase eliminatória...
No Grupo D é natural que a Itália seja afastada da qualificação, ficando por decidir a ordem dos dois primeiros apenas no dia final desta fase da prova.
Os restantes grupos estão mais complicados, e se no Grupo B o África do Sul-Escócia é um jogo determinante para os Springboks - uma segunda derrota pode deixá-los fora das eliminatórias - o terceiro lugar deve ser decidido no encontro entre Samoa e Japão, especialmente se a vitória for nipónica.
Finalmente no Grupo C a Nova Zelândia não deve sofrer nenhum abalo, mas o Argentina-Tonga pode entregar o terceiro lugar à Geórgia caso os Pumas se imponham, e ao mesmo tempo entregar o apuramento aos argentinos.
Mas como se tem visto, há muitos resultados incertos e portanto fazer previsões desta natureza não passa de um exercício - o mais significativo de tudo é que em nenhum grupo há equipas garantidas nos quartos de final, e muito menos se sabe quem fica de fora dos pré qualificados para 2019, com excepção das seis equipas referidas logo no princípio...
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