Foi hoje lançado um novo site português, RugbyVox.net, dedicado especialmente aos aspectos técnicos do rugby, que pode interessar particularmente aos nossos treinadores.
Sob a batuta de Luis Canongia Costa, nosso colaborador e assíduo comentador dos artigos publicados no Mão de Mestre, o RugbyVox também tem espaços destinados a cobrir o que se passa de mais importante no rugby pelo mundo fora, e está aberto à colaboração de quem estiver disponível para transmitir o que já aprendeu.
Mas não fica por aqui o RugbyVox, e nele você vai poder encontrar links para os vídeos dos melhores jogos que se disputam a contar para as competições internacionais mais importantes, e também das selecções adversárias dos Lobos.
Não deixe de visitar, e aproveite para aprender e ensinar...
31 de agosto de 2012
30 de agosto de 2012
VAI COMEÇAR O RABODIRECT PRO 12 2012-2013
(Publicação gentilmente autorizada por Victor Ramalho e pelo Portal do Rugby)
Sexta-feira, dia 31 de agosto, marca o início da edição 2012-13 do RaboDirect Pro12, a liga que envolve 4 equipes provinciais da Irlanda, 4 equipes regionais do País de Gales, 2 times super-distritais da Escócia e 2 representantes da Itália.
A fórmula de disputa do Pro12 é muito simples: as 12 equipes se enfrentam em turno e returno, totalizando 22 rodadas na temporada regular.
Os 4 primeiros colocados garantem vaga no mata-mata final, com o primeiro colocado recebendo o quarto colocado e o segundo colocado recebendo o terceiro colocado.
A final será disputada no dia 25 de maio na casa da equipe com melhor campanha na temporada regular.
Ao contrário da Aviva Premiership inglesa e do Top 14 francês, o RaboDirect Pro12 não conta com o sistema de rebaixamento, sendo que todas as equipes estão garantidas na próxima temporada, salvo imprevistos (como a falência do Aironi Rugby na temporada passada).
Outra diferença do Pro12 para as ligas de Inglaterra e França é o sistema de classificação à Copa Europeia de Rugby (Heineken Cup).
A classificação ao torneio continental é feita por país.
Assim, as duas equipes da Escócia e as duas equipes da Itália já estão automaticamente classificadas a todas as edição da Heineken Cup no atual modelo.
País de Gales e Irlanda contam com três vagas cada.
Assim, garantem vagas na Heineken Cup os três melhores galeses e os três melhores irlandeses no Pro12.
Tal modelo de classificação vem gerando o descontentamento de ingleses e franceses (para mais, clique aqui).
O Pro12 de 2012-13 terá uma novidade: a substituição do Aironi Rugby, de Viadana, pelo Zebre Rugby, de Parma, como um dos times italianos na competição.
A partida de abertura do torneio será na sexta-feira e envolverá justamente os novatos do Zebre Rugby, que visitarão os Dragons, de Gales.
No mesmo dia, o Ulster receberá o Glasgow Warriors e o Benetton Treviso receberá os atuais campeões Ospreys. No sábado, duelarão Connacht e Cardiff Blues, Scarlets e Leinster, e Edinburgh e Munster.
Os favoritos para 2012 são, novamente, os três grande da Irlanda (Leinster, Munster e Ulster) e o gigante galês dos Ospreys. Correm por fora outros dois galeses, Scarlets e Cardiff Blues, e os escoceses Glasgow Warriors e Edinburgh.
História
O Pro12 é o herdeiro da Liga Celta (Celtic League), competição criada em 2001 para prover a irlandeses, galeses e escoceses uma competição profissional de nível comparável ao Campeonato Inglês (Premiership) e ao Campeonato Francês (Top 16/14), tornando-se a terceira grande liga europeia.
Com a permissão do profissionalismo no rugby em 1995, cada país buscou uma solução para a nova realidade que fosse economicamente viável.
Enquanto o rugby galês adotou o mesmo modelo de França e Inglaterra, isto é, a profissionalização de seu campeonato de clubes, Irlanda e Escócia optaram por manter seus clubes amadores e apostar na profissionalização de suas seleções provinciais (no caso irlandês, com Ulster, Leinster, Munster e Connacht) e distritais (no caso escocês, com Edinburgh, Glasgow, Border e Caledonia).
O intuito principal de tais equipes de Irlanda e Escócia era a participação na nova Copa Europeia de Rugby, a Heineken Cup. No entanto, as competições nacionais desses dois países se provaram inviáveis no regime profissional, ao passo que os clubes profissionais galeses não conseguiam competir economicamente com os ingleses e franceses.
As primeiras baixas se deram no ano de 1998, quando as equipes escoceses de Border e Caledonia foram fundidas a Edinburgh e Glasgow, respectivamente.
O fato obrigou as duas novas equipes escocesas a pedirem ingresso no Campeonato Galês (Welsh Premier Division) em 1999.
A formação da Liga Celta se completou em 2001, quando as quatro equipes irlandesas se uniram a escoceses e galeses, formando uma liga com 15 equipes: os 2 escoceses, os 4 irlandeses e os 9 clubes galeses que conseguiram se manter no profissionalismo.
O nome Celtic League foi escolhido pelo fato de galeses, irlandeses e escoceses serem povos com origens celtas, sendo esse um elemento central em suas identidades nacionais.
Em 2002, a equipe escocesa do Border Reivers retornou ao profissionalismo, expandindo a competição para 16 equipes.
Em 2003, foi a vez do rugby galês sofrer uma profunda transformação.
Para garantir a viabilidade financeira e a competitividade do rugby profissional galês, a União Galesa de Rugby decidiu instituir as franquias regionais.
Assim, os clubes galeses se retiraram do profissionalismo, dando lugar a cinco equipes regionais, com os próprios clubes tendo participação na organização das novas equipes: Cardiff Blues, Newport Gwent Dragons, Neath-Swansea Ospreys, Llanelli Scarlets e Celtic Warriors.
Na temporada seguinte, o Celtic Warriors foi à falência, reduzindo a competição para 11 equipes. E, em 2007, foi a vez do Border Reivers ir à falência, reduzindo a liga para 10 times.
Em 2006, a Liga Celta passou a ser conhecida pelo nome comercial Magners League, que durou até 2011, quando a RaboDirect passou a ser a detentora dos naming rights do campeonato.
Na temporada 2010-11, duas equipes italianas passaram a integrar a Magners League, fruto de um acordo entre a Liga Celta e a Federação Italiana de Rugby (FIR), com o intuito de prover aos melhores jogadores italianos uma competição de alto nível durante o ano todo.
Os italianos optaram por ceder uma das vagas ao seu clube mais forte, o Benetton Treviso, e a outra vaga foi aberta para a candidatura de uma franquia, vencida pelo Aironi Rugby, encabeçada pelo Rugby Viadana.
A equipe durou duas temporadas, sendo substituída por uma franquia de propriedade da FIR, o Zebre Rugby.
A entrada da Itália expandiu a liga para 12 times, mas diluiu a identidade celta atrelada à competição. Por isso, na temporada 2011-12, a liga assumiu seu novo nome: PRO12.
Copa Anglo-Galesa
Paralelamente à disputa do RaboDirect Pro12, os times de Gales disputam a LV= Cup, a Copa Anglo-Galesa, que reúne os 4 times do país e os 12 clubes da Premiership inglesa. Tal competição terá início 9 de outubro e final no dia 17 de março.
Irlanda
Connacht Rugby
Cidade: Galway (República da Irlanda)
Estádio: Galway Sportsgrounds (capacidade: 9,000)
Títulos da Liga Celta/Pro12: nenhum
Títulos europeus: nenhum
2011-12: 8º lugar
2012-13: "Patinho feio" do rugby irlandês, o Connacht se beneficiou do sucesso do Leinster nas duas últimas temporadas para se garantir na Heineken Cup. A equipe do oeste da Irlanda não fez feio, vencendo o Harlequins na fase de grupos. No Pro12, o Connacht também não foi um fiasco, terminando com a honrosa oitava posição. A equipe vem mostrando evolução, mas ainda não chegou a hora de terminar na frente das demais equipes de seu país ou de brigar por um lugar nas finais. O objetivo é não ter uma campanha pior que a de 2011-12. O grande reforço foi o abertura escocês Dan Parks.
Leinster Rugby
Cidade: Dublin (República da Irlanda)
Estádios: Royal Dublin Society Arena (capacidade: 18,500) / Aviva Stadium (capacidade: 51,700)
Títulos da Liga Celta/Pro12: 2 (2002 e 2008)
Títulos europeus: 3 da Heineken Cup (2009, 2011 e 2012)
2011-12: Vice-campeão (1º lugar na 1ª fase)
2012-13: Bicampeão europeu (tricampeão no total, bicampeão em sequência), o Leinster entra em 2012-13 com a necessidade de quebrar um jejum que vem desde 2008 sem conquista a Liga Celta/Pro12. A equipe é indiscutivelmente uma das favoritas, e tem tudo para terminar mais uma vez a temporada regular em primeiro lugar. Porém, não poderá vacilar outra vez no mata-mata final, que será disputado na mesma época em que a Heineken Cup chega perto de sua decisão. Em gramados europeus, o quarto título significaria a apoteose, pois o Leinster se igualaria ao Toulouse como os maiores campeões do continente. E as chances para tal são reais.
Com relação a 2011-12, o Leinster teve apenas uma alteração significativa: a saída do brilhante segunda linha neozelandês Brad Thorn, que se transferiu para o rugby japonês. Ainda assim, o Leinster segue fortíssimo, com grande jogadores nas duas unidades. O único problema é que a idade está chegando para algumas peças importantes.
Munster Rugby
Cidades: Limerick (República da Irlanda) e Cork (República da Irlanda)
Estádios: Thomond Park (capacidade: 26,500), em Limerick / Musgrave Park (capacidade: 9,200), em Cork
Títulos da Liga Celta/Pro12: 3 (2003, 2009 e 2011) e 1 Copa Celta (2005)
Títulos europeus: 2 da Heineken Cup (2006 e 2008)
2011-12: Semifinalista (3º lugar na 1ª fase)
2012-13: Renovado com a saída de muitos veteranos, o Munster precisa voltar às glórias, já que vem sendo ofuscado nas últimas temporadas por seu rival Leinster. O Munster passou mais uma temporada sem taças, e a equipe sentiu muito com o envelhecimento de seu elenco campeão do Pro12 em 2009 e 2011, e campeão da Heineken Cup em 2006 e 2008.
Deixaram o Red Army: Tomas O'Leary (agora no London Irish) e os aposentados John Hayes, Mick O'Driscoll, Jerry Flannery, David Wallace e Denis Leamy. O Munster vem sofrendo com inúmeras lesões nos últimos anos, e seu departamento médico preocupa. Os pontos fortes do Munster seguem sendo a força de seu scrum e os chutes do sempre preciso Ronan O'Gara. Favorito a título o Munster segue sendo, mas precisará mostrar que sua renovação foi bem feita e compatível com sua grandeza.
Ulster Rugby
Cidade: Belfast (Irlanda do Norte)
Estádio: Ravenhill Stadium (capacidade: 12,300)
Títulos da Liga Celta/Pro12: 1 (2006) e 1 Copa Celta (2004)
Títulos europeus: 1 da Heineken Cup (1999)
2011-12: 6º lugar
2012-13: De volta ao posto que merece. O Ulster renasceu na temporada passada, alcançando a grande final da Heineken Cup. Na decisão, contudo, o time da Irlanda do Norte foi derrotado pelo aquirrival Leinster, dando adeus à chance de se igualar a Leinster e Munster em número de títulos europeus. Já no Pro12, o Ulster falhou em conseguir um lugar no mata-mata, que completaria a sua ascensão. O objetivo para 2012-13 é dar um novo passo adiante e voltar a ser campeão.
Para 2012-13, a linha do Ulster deverá mostrar o mesmo poderio da temporada passada, sendo o ponto alto da equipe. A baixa foi o ponta e fullback sul-africano Stefan Terblanche, que foi substituído com estilo, com a contratação do sensacional irlandês Tommy Bowe, que estava nos Ospreys. Outro sul-africano, o terceira linha Wannenburg também deixou o Ulster, que trouxe para seu lugar Roger Wilson. Por fim, o icônico abertura Ian Humphreys, já veterano, deixou a equipe, e dará lugar à jovem promessa Niall O'Connor, vindo do Connacht. O Ulster tem tudo para seguir acreditando em seu renascimento, e brigará por títulos.
País de Gales
Cardiff Blues
Cidade: Cardiff
Estádio: Cardiff Arms Park (capacidade: 12,500)
Títulos da Liga Celta/Pro12: nenhum
Títulos da Copa Anglo-Galesa: 1 (2009)
Títulos europeus: 1 da Amlin Challenge Cup (2010)
2011-12: 7º lugar
2012-13: Altos e baixos. Mais uma vez, o problema do time da capital galesa é a instabilidade. Os principais nomes do Cardiff Blues tiveram sérias lesões no fim da última temporada, desfalcando a equipe em momentos decisivos. A linha com Alex Cuthbert, Leigh Halfpenny e Jamie Roberts é de alto nível quando bem fisicamente. E a liderança do capitão e brilhante asa Sam Warburton pode ser um diferencial. Mas a perda de atletas como Paul Tito, Gethin Jenkins e Laulala deverão ser muito sentidas, com o tight 5 sofrendo com a falta de experiência. O time tem chances de chegar às finais, mas deverá correr por fora.
A grande novidade do Cardiff Blues para a temporada é o seu retorno para o antigo estádio Carduff Arms Park, vizinho do gigante Millenium Stadium. De 2009-10 A 2011-12, os Blues jogaram no moderno e maior Cardiff City Stadium, de propriedade do clube local de futebol Cardiff City. A parceria era de 20 anos enre City e Blues, mas o time de rugby considerou que a relação custo-benefício de seu antigo estádio seria mais vantajosa, retornando em 2012-13.
Newport Gwent Dragons
Cidade: Newport
Estádio: Rodney Parade (capacidade: 11,700)
Títulos da Liga Celta/Pro12: nenhum
Títulos da Copa Anglo-Galesa: nenhum
Títulos europeus: nenhum
2011-12: 9º lugar
2012-13: Grande candidato a ser o pior galês no Pro12, o Dragons terá como único objetivo superar um de seus compatriotas na classificação. Na última temporada, o time de Newport se encheu de esperança com a boa forma de seus principais jogadores, muitos dos quais revelações promissoras. Porém, os Dragões não foram capazes de manter seus destaques. Saíram da equipe ninguém menos que Aled Brew, Martyn Thomas e Luke Charteris. Agora, as apostas da equipe estão nos excelentes Dan Lydiate e Toby Faletau, além da revelação do último Mundial Junior Tom Prydie. A tendência, no entanto, é que o Dragons fica na parte de baixo da tabela.
The Ospreys
Cidade: Swansea
Estádio: Liberty Stadium (capacidade: 20,500)
Títulos da Liga Celta/Pro12: 4 (2005, 2007, 2010 e 2012)
Títulos da Copa Anglo-Galesa: 1 (2008)
Títulos europeus: nenhum
2011-12: Campeão (2º lugar na 1 ª fase)
2012-13: Atuais campeões do Pro 12, o Ospreys luta pelo quinto título da liga, tendo como meta a consolidação do time como o mais vitorioso da Liga Celta/Pro 12. No entanto, o maior objetivo do Ospreys em 2012-13 será um inédito título europeu, única falha no seu currículo. O que, todavia, parece muito difícil de ocorrer, já que o time de Neath e Swansea perdeu algumas peças-chave, como o ídolo Shane Williams e o excelente ponta e fullback irlandês Tommy Bowe. Com o time renovado, o Ospreys poderá sofrer muito até se encontrar, dificultando que se mantenha competitivo durante toda a temporada. Ainda assim, trata-se do time galês com mais gabarito.
The Scarlets
Cidade: Llanelli
Estádio: Parc y Scarlets (capacidade: 14,800)
Títulos da Liga Celta/Pro12: 1 (2004)
Títulos da Copa Anglo-Galesa: nenhum
Títulos europeus: nenhum
2011-12: 5º lugar
2012-13: Cheio de grande jogadores da seleção galesa, o Scarlets é forte candidato a uma vaga nas finais da liga. A marca da equipe de Llanelli é a juventude e a velocidade de sua linha, sempre muito perigosa com Scott Williams, George North, Josh Turnbull, Jonathan Davies, Liam Williams e Rhys Priestland. Os veteranos Stephen Jones e Sean Lamont foram as baixas no time, mas suas ausência não serão pesadas para os vermelhos. A equipe precisa apenas garantir que não haja muita oscilação ao longo da temporada, sobretudo em seu pack, que talvez seja seu ponto mais frágil. Esta é a temporada para os Scarlets voltarem a ser grandes na Liga Celta/Pro 12.
Escócia
Edinburgh Rugby
Cidade: Edimburgo
Estádio: Murrayfield Stadium (capacidade: 67,000)
Títulos da Liga Celta/Pro12: nenhum
Títulos europeus: nenhum
2011-12: 11º lugar
2012-13: Sensação na Heineken Cup e grande fracasso no Pro12. Em 2011-12, o Edinburgh priorizou a disputa da Copa Europeia, e foi premiado com uma bela campanha, alcançando a semifinal. Para 2012-13, a equipe da capital escocesa planeja brilhar novamente em alguma das competições que disputa, buscando manter a atenção que recebeu na temporada passada. O maior problema dos times escoceses é o baixo interesse do público local, que vai pouco aos estádios. Na Heineken Cup, o Edinburgh conseguiu grandes públicos, e ele espera agora solidificar esse apoio. Os Gunners contam com um terço da seleção da Escócia, mas investiram também em alguns estrangeiros. A baixa da equipe para esta temporada esteve na criação, com a aposentadoria de Chris Paterson e as saídas de Mike Blair e Phil Godman. Greig Laidlaw assumirá a centralidade na equipe, que aposta muito em sua linha para obter sucesso. Ao contrário da seleção escocesa, o Edinburgh se caracteriza pela qualidade de sua linha e pelos muitos pontos anotados a cada jogo. Para 2012-13, o objetivo é repetir a campanha de 2011-12 na Copa Europeia e correr por fora na briga pelo mata-mata final do Pro 12. O pequeno número de atletas será o maior obstáculo.
Glasgow Warriors
Cidade: Glasgow
Estádio: Scotstoun Stadium (capacidade: 5,000)
Títulos da Liga Celta/Pro12: nenhum
Títulos europeus: nenhum
2011-12: Semifinalista (4º lugar na 1ª fase)
2012-13: Ao contrário do Edinburgh, o Glasgow Warriors obteve destaque na última temporada no Pro 12, alcançando a semifinal. A equipe joga pesado, com seu poderoso pack, e espera manter uma boa solidez em 2012-13. A equipe da maior cidade escocesa perdeu Richie Gray, mas ganhou o fijiano Matawalu para apimentar a sua pouco criativa linha, além de contar agora com o veterano Sean Lamont. O objetivo dos Warriors é manter a campanha do ano passado, e conseguir uma inédita classificação ao mata-mata final da Heineken Cup. Contudo, o time é humilde, e sabe que dificilmente conseguirá manter o mesmo nível nas duas competições. Como sempre, Glasgow corre por fora.
A novidade para a temporada é a mudança de estádio. Até então, os Warriors jogavam no estádio de Firhill, de propriedade do clube de futebol Partick. Agora, eles jogarão numa casa menor, mas que não será mais dividida com o futebol, e sim com o atletismo: o Scotstoun Stadium, sede também da etapa de Glasgow da Série Mundial de Sevens. Atrair público será o desafio da temporada.
Itália
Benetton Rugby Treviso
Cidade: Treviso
Estádio: Stadio Comunale di Monigo (capacidade: 6,700)
Títulos da Liga Celta/Pro12: nenhum
Títulos europeus: nenhum
2011-12: 10º lugar
2012-13: Melhor time italiano, o Treviso luta para fazer uma campanha histórica, almejando até mesmo a classificação ao mata-mata final. As chances são muito pequenas de conseguir tal feito, mas terminaram ao menos entre os oito melhores já seria significativo para o alviverde do Vêneto. A equipe conta com alguns dos principais nomes da seleção italiana, e tem no seu scrum sua força. O importante para Treviso é seguir crescendo.
Le Zebre Rugby
Cidade: Parma
Estádio: Stadio XXV Aprile (capacidade: 3,500)
Títulos da Liga Celta/Pro12: nenhum (debutante)
Títulos europeus: nenhum (debutante)
2011-12: não participou
2012-13: Debutantes na competição, as Zebras lutarão apenas para não terminarem com o último lugar do Pro 12. A equipe mandará seus jogos em Parma, substituindo a equipe do Aironi Rugby, que jogava em Viadana - cidade a poucos quilômetros de Parma. Assim, o rugby de alto nível segue no Vale do Pó. Em sua temporada de estreia na liga, o Aironi somou apenas uma vitória. Para as Zebras, é crucial superar em muito as pífias campanhas do Aironi, mesmo que isso não significa sair da lanterna. O novo time precisa se firmar como um competidor a altura do Pro 12. Com muitos atletas da seleção italiana, as Zebras precisam mostrar contínua evolução.
Lista de campeões da Liga Celta e Pro12
1 - Ospreys - 4 títulos
2 - Munster - 3 títulos + 1 Copa Celta
3 - Leinster - 2 títulos
4 - Scarlets - 1 título
Ulster - 1 título + 1 Copa Celta*
*Em 2003-04 e 2004-05, foram disputadas duas taças: a Liga Celta, para o campeão da fase de pontos corridos, e a Copa Celta, para o campeão do mata-mata final.
Lista de países campeões da Liga Celta e Pro12
1 - Irlanda - 6 títulos + 2 títulos da Copa Celta
2 - País de Gales - 5 títulos
Texto: Victor Ramalho/Portal do Rugby
29 de agosto de 2012
MUDANÇAS MARCAM PRÉ-ÉPOCA
A época vai começar e a movimentação de técnicos, jogadores e dirigentes é grande, com especial destaque para as equipas da Divisão de Honra - naturalmente aquelas de que se houve falar com mais frequência.
Hoje vamos contar o que temos ouvido dizer, mesmo se algumas das novidades ainda não foram confirmadas pelos próprios ou pelos seus clubes ou responsáveis.
Dos clubes da Divisão de Honra, pelo menos sete mudaram de treinador, o que pode representar o início de um novo ciclo no rugby nacional, enquanto pelo menos outros sete optaram por entregar as suas equipas principais a técnicos da casa, o que pode representar a forma como os clubes estão a enfrentar a crise...
Hoje vamos contar o que temos ouvido dizer, mesmo se algumas das novidades ainda não foram confirmadas pelos próprios ou pelos seus clubes ou responsáveis.
Dos clubes da Divisão de Honra, pelo menos sete mudaram de treinador, o que pode representar o início de um novo ciclo no rugby nacional, enquanto pelo menos outros sete optaram por entregar as suas equipas principais a técnicos da casa, o que pode representar a forma como os clubes estão a enfrentar a crise...
# Ricardo
Sequeira sai de Agronomia e vai para o Belenenses
# Murray
Cox sai da Lousã e vai para Agronomia
# José Mendes
Silva sai do “banco” e vai para o Benfica
# Robert
Sadler sai da Académica e vai embora
# Carlos
Polónio e Joaquim Namorado vão treinar a Académica
# Aaron
Jones sai de Direito e vai embora
# Martim Aguiar sobe dos sub18 e vai treinar Direito, com Eduardo Acosta
# Luis
Cassiano Neves sai do CDUL e vai para o “banco”
# Manuel
Sommer Ribeiro passa de adjunto para treinador do CDUL
# Miguel
Costa deixa o CDUP e vai para o “banco”
# Marcello
d’Orey passa de adjunto a treinador do CDUP
# Jaco Dames deixa a equipa principal do Técnico e vai ocupar-se dos Sub-16 e Sub-18
# CRAV mantém a equipa técnica composta por Nuno Vaz e Miguel Correia
# Cascais mantém na frente da equipa João Bettencourt
# Albertino
Minhoto sai do “banco” e vai para o São Miguel
# José
Lima deixou Agronomia e foi jogar para o Narbonne
# Gonçalo
Uva deixou Direito e foi jogar para o Narbonne
# Francisco
Appleton deixou o CDUL e foi jogar para o Pau
# João
Junior deixa o CDUL e vai para a Alemanha
Tem mais, mas por hoje ficamos por aqui...
28 de agosto de 2012
EM FRANÇA JUSTIÇA CORTA A DIREITO
Depois de relegado da ProD2 para a Féderale 1, a equipa francesa do Bourgoin viu agora o Tribunal de Comércio de Viena decretar a liquidação judiciária da sociedade anónima que geria o clube, com base na sua situação, com um caixa com mais de 300 mil euros de passivo.
O mais significativo de toda esta questão, é a firme disposição dos orgãos dirigentes do rugby francês, e dos tribunais que julgam estas matérias, em não fazer vista grossa às situações a que dirigentes aventureiros levam os clubes desportivos.
Um clube tem que ser gerido, do ponto de vista das suas finanças, como uma empresa, e seria bom que o que se passou em França servisse de exemplo para outros países, por forma a que a profissionalização dos agentes desportivos comece pela sua própria gestão - de que serve ter uma grande equipa se não se conseguem manter as contas no azul?
NA PROD2 MASSY COMEÇA BEM
Recém chegado à segunda divisão francesa, o Massy começou o campeonato da melhor forma, com uma vitória sobre o Aix por 21-18, com Mike Tadjer a jogar de início e a ser substituído a 18 minutos do final da partida, enquanto Wilfried Rodrigues, o ponta português, jogou os 80 minutos.
O Colomiers, o outro promovido da última época, teve menos sorte, perdendo frente ao Albi por 20-22, e nenhum dos portugueses da equipa estiveram sequer entre os 22 jogadores escolhidos para a partida.
No entanto o Colomiers esteve a vencer até ao minuto 80, quando Samuel Marques - que entrou aos 59 minutos - transformou a segunda das penalidades de que dispôs e colocou o Albi à frente do marcador.
O Bézier de Francisco Fernandes também não foi feliz na estreia e perdeu frente ao Brive por 20-27, com Fernandes a ser substituído aos 55 minutos.
No último jogo que atraiu a atenção lusitana, o Narbonne não foi suficientemente forte para impedir a vitória do Pau por 17-13 e o nosso Gonçalo Uva jogou todos os 80 minutos do jogo.
Nos restantes encontros o Lyon confirmou a sua superioridade ao bater o Tarbes por 30-12, enquanto o Aurillac, vencendo frente ao Dax por 31-16, e o Oyonnax, batendo o La Rochelle por 22-12, foram as maiores surpresas da jornada.
Veja no final a lista de resultados, a classificação depois da jornada, e os jogos prvistos para o próximo final de semana.
CLERMONT PERDE NA TOP-14
O Clermont foi a Montpellier mas não conseguiu repetir o sucesso da primeira jornada, perdendo por 8-13 e não conseguindo melhor que um ponto de bónus defensivo e Julien Bardy esteve no XV inicial, mas foi substituído aos 48 minutos.
Jogando fora, Biarritz (frente ao Agen por 25-19) e Toulon (frente ao Racing por 23-21) e o Toulouse batendo em casa o Mont de Marsan por 37-22, foram as únicas equipas a manter o ritmo de vitória conseguido na primeira jornada, e Biarritz e Toulouse comandam a classificação com nove pontos, graças ao ponto de bónus de ataque que cada uma delas conseguiu - o Toulouse nesta jornada.
Note-se que estes dois pontos de bónus de ataque foram os únicos conseguidos até ao momento, o que resulta de um regulamento mais restritivo, e que vai passar a vigorar em Portugal, já esta época - não basta marcar mais de dois ensaios, é necessário que a diferença de ensaios marcados entre as duas equipas seja de três, ou mais...
O Grenoble, que deu nas vistas na primeira jornada, não conseguiu repetir o sucesso e perdeu por 30-13, mas mesmo assim teve um bom comportamento frente ao Castres que, recorde-se, foi semi finalista da Top-14 do ano passado.
O Bordéus em casa estreou-se a ganhar, frente ao Perpignan por 26-22, assim como o Bayonne frente ao Stade Français, por 24-11.
Entretanto a polémica estalou quando no Racing-Toulon, com um empate a 13 pontos, ao intervalo, o treinador do Toulon se dirigiu à cabine do árbitro, sozinho, entrou e lá esteve alguns minutos...
Claro está que esta acção não passou despercebida, e levantam-se sérias dúvidas quanto ao que se terá passado naqueles minutos.
Claro está que o treinador do Toulon afirma que nada se passou, mas a incerteza do marcador até mesmo ao final do encontro - o Toulon acabou por vencer com uma penalidade transformada por Jonny Wilkinson ao minuto 76 - dá margem para muita tinta e muita conversa...
Fique com os resultados da jornada, a classificação e os jogos do próximo fim de semana:
O mais significativo de toda esta questão, é a firme disposição dos orgãos dirigentes do rugby francês, e dos tribunais que julgam estas matérias, em não fazer vista grossa às situações a que dirigentes aventureiros levam os clubes desportivos.
Um clube tem que ser gerido, do ponto de vista das suas finanças, como uma empresa, e seria bom que o que se passou em França servisse de exemplo para outros países, por forma a que a profissionalização dos agentes desportivos comece pela sua própria gestão - de que serve ter uma grande equipa se não se conseguem manter as contas no azul?
NA PROD2 MASSY COMEÇA BEM
Recém chegado à segunda divisão francesa, o Massy começou o campeonato da melhor forma, com uma vitória sobre o Aix por 21-18, com Mike Tadjer a jogar de início e a ser substituído a 18 minutos do final da partida, enquanto Wilfried Rodrigues, o ponta português, jogou os 80 minutos.
O Colomiers, o outro promovido da última época, teve menos sorte, perdendo frente ao Albi por 20-22, e nenhum dos portugueses da equipa estiveram sequer entre os 22 jogadores escolhidos para a partida.
No entanto o Colomiers esteve a vencer até ao minuto 80, quando Samuel Marques - que entrou aos 59 minutos - transformou a segunda das penalidades de que dispôs e colocou o Albi à frente do marcador.
O Bézier de Francisco Fernandes também não foi feliz na estreia e perdeu frente ao Brive por 20-27, com Fernandes a ser substituído aos 55 minutos.
No último jogo que atraiu a atenção lusitana, o Narbonne não foi suficientemente forte para impedir a vitória do Pau por 17-13 e o nosso Gonçalo Uva jogou todos os 80 minutos do jogo.
Nos restantes encontros o Lyon confirmou a sua superioridade ao bater o Tarbes por 30-12, enquanto o Aurillac, vencendo frente ao Dax por 31-16, e o Oyonnax, batendo o La Rochelle por 22-12, foram as maiores surpresas da jornada.
Veja no final a lista de resultados, a classificação depois da jornada, e os jogos prvistos para o próximo final de semana.
CLERMONT PERDE NA TOP-14
O Clermont foi a Montpellier mas não conseguiu repetir o sucesso da primeira jornada, perdendo por 8-13 e não conseguindo melhor que um ponto de bónus defensivo e Julien Bardy esteve no XV inicial, mas foi substituído aos 48 minutos.
Jogando fora, Biarritz (frente ao Agen por 25-19) e Toulon (frente ao Racing por 23-21) e o Toulouse batendo em casa o Mont de Marsan por 37-22, foram as únicas equipas a manter o ritmo de vitória conseguido na primeira jornada, e Biarritz e Toulouse comandam a classificação com nove pontos, graças ao ponto de bónus de ataque que cada uma delas conseguiu - o Toulouse nesta jornada.
Note-se que estes dois pontos de bónus de ataque foram os únicos conseguidos até ao momento, o que resulta de um regulamento mais restritivo, e que vai passar a vigorar em Portugal, já esta época - não basta marcar mais de dois ensaios, é necessário que a diferença de ensaios marcados entre as duas equipas seja de três, ou mais...
O Grenoble, que deu nas vistas na primeira jornada, não conseguiu repetir o sucesso e perdeu por 30-13, mas mesmo assim teve um bom comportamento frente ao Castres que, recorde-se, foi semi finalista da Top-14 do ano passado.
O Bordéus em casa estreou-se a ganhar, frente ao Perpignan por 26-22, assim como o Bayonne frente ao Stade Français, por 24-11.
Entretanto a polémica estalou quando no Racing-Toulon, com um empate a 13 pontos, ao intervalo, o treinador do Toulon se dirigiu à cabine do árbitro, sozinho, entrou e lá esteve alguns minutos...
Claro está que esta acção não passou despercebida, e levantam-se sérias dúvidas quanto ao que se terá passado naqueles minutos.
Claro está que o treinador do Toulon afirma que nada se passou, mas a incerteza do marcador até mesmo ao final do encontro - o Toulon acabou por vencer com uma penalidade transformada por Jonny Wilkinson ao minuto 76 - dá margem para muita tinta e muita conversa...
Fique com os resultados da jornada, a classificação e os jogos do próximo fim de semana:
TOP-14
ProD2
Quadros: www.itsrugby.co.uk
Fotos: www.lequipe.fr - www.rugbyrama.fr
27 de agosto de 2012
UM MOURO ENTRE BRETÕES
O Mão de Mestre começa hoje a seguir os campeonatos ingleses mais importantes - a Premiership e o Championship - pelos olhos e pela pena de Ricardo Mouro, alentejano de Portalegre, "infiltrado" em terras de Sua Majestade.
Hoje Ricardo faz uma análise geral à época que se avizinha, e comenta ainda o que se vai passar na primeira jornada.
Fiquem com a nossa mais recente aquisição!
RICARDO MOURO
Em Inglaterra, a
Premiership e o Championship estão a poucos dias de distância, e as últimas
duas semanas culminaram uma pré-época intensa em que se disputou um largo
número de jogos particulares - a maioria envolveu as enquipas inglesas contra
as equipas rivais da Rabo Pro 12.
PREMIERSHIP - HARLEQUINS PREPARADOS PARA DEFESA DO TÍTULO
Numa análise à Premiership
os Leicester Tigers parecem ter perdido a hegemonía do título que já não vencem
há duas edições, mas que dominaram nos últimos anos.
Os Tigers, à
semelhança dos outros candidatos (Quins, Saracens e Saints) que também vamos
analisar, não operaram grandes mudanças à sua equipa, mantendo a estrutura que
já venceu títulos.
As saídas mais relevantes foram as de Agulla (Bath) e
Twelvetrees (Gloucester), e Tuilagi que
se vai aventurar pelo Japão.
Sem as suas primeiras
escolhas na ponta, Goneva (Fiji) e Miles
Benjamin (Worcester) foram chamados.
O fijiano que marcou quatro ensaios à
Namíbia na RWC tem dado boas indicações e Benjamim é apenas o melhor marcador
de ensaios na história dos Worcester.
Os campeões Harlequins
não mexeram na sua equipa, destaca-se apenas a entrada do talonador Dave Ward
(Cornish Pirates) considerado o melhor na sua posição em toda a Championship.
O
XV campeão deverá manter-se intacto.
Os Saracens,
gastadores em outras épocas, contrataram “apenas” a super-estrela Ashton, em
fim de contrato com os Saints, para a ponta e que já deu um ar da sua graça
apontando três ensaios na vitória contra o Stade Français (61-17).
O
sul-africano Hargreaves reforça a 2ª linha.
Os Saints têm a
difícil tarefa de renovar toda a sua linha de 3/4 .
A eficaz dupla de centros
Clarke/Downey abandonou o clube, ficando apenas George Pisi que assegura e bem
a camisola 13.
A 12 Burrel
(proveniente dos Sale) e Waldouck (Wasps) vão lutar pela posição.
Ashton saiu para
os Saracens e Ken Pisi irmão de George culmata a sua saída. Recentemente o
polivante Wilson, veio da Nova-Zelândia para aumentar as opções nas linhas
atrasadas.
No resto da Liga
será curioso ver o que equipas como os Sale Sharks se comportarão depois de
assegurarem nomes como o abertura Cipriani, enfant terrible do rugby inglês,
que formará uma dupla temível com o ex-“B&I Lion” Peel a formação.
O gigante escocês
Richie Gray 2ª linha junta-se ao pack que conta também com outro “Lion” Andy
Powel a 8, o internacional Fourie na asa e Tony Buckley na 1ª linha que perdeu
Sheridan.
O Gloucester
eterno candidato ao play-off recrutaram o talentoso Twelvetrees aos Tigers que
procura mais tempo de jogo para garantir um lugar regular na selecção inglesa.
Ben Morgan, que é neste momento a primeira escolha para a posição 8 na Inglaterra
chega dos Scarlets e Jimmy Cowen, experiente neo-zelandês com 51 test caps
reforça a posição 9.
Mike Tindall é a
saída mais sonante depois de sete anos no clube.
A 1ª jornada está
assim alinhada:
Wasps - Quins
Exeter - Sharks
Gloucester - Saints
Worcester - Bath
Saracens - London Irish
London Welsh – Tigers
No alinhamento da
primeira jornada, e como é habitual, destacam-se os derbies de Londres - os dois no mesmo
dia, sempre disputados no Quartel General de Twickenham, para o que é uma grande
festa.
Os Quins iniciam a defesa do título contra os Wasps.
Os Wasps arredados
de outros tempos de glória desde que perderam o mítico capitão Dallaglio
tiveram uma época transacta (quase) desastrosa em que para além de lutarem
contra a despromoção, lutaram também contra a bancarrota.
Muitos jogadores
experientes e internacionais deixaram o clube (Broster, Webb, Flutey, Haughton)
adivinhando-se um início nada fácil contra os campeões que apresentarão o
seu pack jovem e móvel, liderado por Robshaw (Jogador do Ano na época
transacta) secundado, e bem, por Easter e Marler, que é capaz de se juntar às
linhas atrasadas, criando uma vaga ofensiva muito difícil de defender por packs
mais pesados.
No leme o kiwi Evans (Jogador do Ano para a Associação de
Jogadores de Rugby) é ainda um dos melhores aberturas do mundo.
Haskell e Tom
Palmer juntaram-se aos Wasps na tentativa de voltarem à ribalta internacional,
e Stephen Jones abertura galês de 34 anos vem trazer experiência às linhas
atrasadas.
Os Saracens
disputam os primeiros pontos da época frente aos London-Irish que tiveram uma
pré-época onde tiveram dificuldades em obter resultados positivos.
Muita juventude na linha atrasada de 3/4 com um
renovado par de médios O’Leary (9) e Gerathy (10) garantem segurança, mas
provavelmente verão o seu pack destruído pela armada sul-africana no pack sarraceno liderado por Brits e Botha. A única mudança nos Saracens é a inclusão de
Ashton na ponta que se tornou um dos jogadores mais bem pagos em Inglaterra com
a mudança dos Saints.
CHAMPIONSHIP - A SEGUNDA DIVISÃO INGLESA
No Championship dos recém relegados
Newcastle Falcons espera-se a imediata promoção já esta época.
Não apenas por causa dos regulamentos
que a RFU impõe aos estádios para a Premiership e que nem todas as equipas
conseguem cumprir, como por exemplo um número mínimo de lugares sentados,
qualidade do relvado constante ao longo da época (equipas mais “ricas” como os
Tigers ou Saints dão-se ao luxo de mudar o tapete durante a época) e que a
equipa tenha primazia sobre os eventos no estádio (o que evita interferências
quando a Liga quer alterar jogos/horas/datas à última hora – mais relacionado
com transmissões televisivas), mas porque os Falcons reforçaram a sua equipa
quando ainda não estava decidida a sua despromoção da Premiership.
O resultado é surpreendente, Rory
Lawson formação internacional escocês vai formar uma parceria de classe notável com Gopperth a abertura. Del Fava 2ª linha internacional italiano chega do
Aironi e reforça um pack que já tem Murray (pilar), Vickers (talonador), e Wilson
a 8. Durante a pré-época e no mesmo fim de semana os Falcons aplicaram 2
cabazes de 50 a equipas rivais da liga: Leeds (52-17) e Doncaster (52-19).
A concorrência aos Falcons espera-se
que venha de Bedford, que para além de equipa satélite dos Saracens recebe
também jogadores não regulares nos “vizinhos” de Northampton, os Saints. Equipa habitualmente presente nos
play-offs de acesso ao escalão máximo, esta pré-época já derrotou os Cardiff
Blues da Pro 12 por 78(12E)-10, o que dá uma imagem da classe e valor de
algumas equipas que militam neste escalão.
Do Bristol espera-se que atinja o
play-off sem dificuldades também, tendo reforçado a sua 1ª linha e depositando
esperanças que Fautua Otto esteja finalmente livre de lesões pois é um jogador
muito dificil de parar quando embala a partir da posição centro.
Os Cornish Pirates, outro dos finalistas
do ano passado, perderam o defesa Cook para os Gloucester. Cook marcou mais de
1000 pontos pelos Pirates nas 3 épocas que lá passou.
O Leeds outrora equipa regular na
Premiership parece estar arredados da luta dos lugares de acesso à Premiership,
terminaram exactamente a meio da tabela no ano passado.
A 1ª jornada:
Nottingham – Leeds
Bedford Blues – Moseley
Jersey - Cornish Pirates
Plymouth Albion – Doncaster Knights
London Scottish – Rotherham
Titans
Bristol – Falcons
Fotos: Aviva Premiership
Fotos: Aviva Premiership
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