11 de outubro de 2015

INGLATERRA-URUGUAI - INGLATERRA SAI PELA PORTA DOS FUNDOS *

* Ricardo Mouro
Assim acabou o mundial para a Inglaterra que com 10 ensaios não disfarçou a desilusão da prestação nos quatro jogos que disputou.
Agora em Manchester, os organizadores despediram-se do seu público frente aos Teros e o jogo foi o que se esperava, o fervor e vontade do sangue latino não foi suficiente para travar a força dos ingleses.

Com muitas mudanças no XV, Lancaster meteu os miúdos a jogar lá atrás que se entretiveram a destruir a defesa uruguaia.

Mas seria, no meio de tantos petizes, o "velhinho" Nick Easter a estrela mais brilhante da noite ao apontar três ensaios e a rubricar uma exibição sólida a carregar os ingleses para a frente.
Relembrar que Easter só foi adicionado ao grupo após a lesão de Vunipola.

O jogo teve apenas um sentido apesar de um 21 - 3 ao intervalo que frustrava os fãs ingleses e o Uruguai ter começado o jogo em vantagem 0 - 3 logo no primeiro minuto.
Na segunda parte após um início com alguns erros ingleses caiu a resistência dos Teros e a Inglaterra terminaria a partida com 10 ensaios e 5 conversões.
Para além do hat trick de Easter, também marcaram Watson (2E), Slade (1E), Farrell (4C), Ford (1C), um ensaio de penalidade e o incansável Jack Nowell conseguiu também três ensaios para a conta pessoal.

Saídos do Mundial sem glória agora, ao bom estilo inglês, escrutinisam-se as escolhas de Stuart Lancaster e as decisões da equipa das Rosas em campo.
Semanas atrás Lancaster era o treinador certo e os 31 escolhidos eram os melhores jogadores, agora há quem defenda a saída do treinador, que a escolha de Burgess não foi acertada em vez de Burrell, Slade deveria ter jogado mais, Robshaw devia ter escolhido postes em vez de alinhamento e o fantasma de Steffon Armitage assombra os túneis em Twickenham.
Quando as coisas não correm bem "no reino" o nome do flanker inglês, talvez o melhor Nr 7 do hemisfério norte, ecoa nos media e não se compreende a teimosia de Lancaster em não accionar a cláusula de "em condições excepcionais" para convocar o Jogador Europeu do Ano em 2014.

Há muita juventude nas linhas atrasadas e aí o futuro parece garantido, e crédito para Lancaster ao ter promovido Watson, Slade e Nowell e ter transformado Mike Brown num defesa de excelente qualidade.
Terá a vitória sobre o Uruguai sido suficiente para Lancaster começar a preparar o 6 Nações?


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