A Itália garantiu o terceiro lugar no Grupo D e com isso assegurou a entrada directa no Mundial de 2019, mas a verdade é que a qualidade da equipa deixa muitas dúvidas, e levanta justas reclamações de Geórgia e Roménia, pelo tratamento desigual de que são vítimas.
Com a vitória por 32-22 e a marcação de quatro ensaios, os transalpinos conseguiram disfarçar a crise, mas na verdade a sua permanência como intocável no 6 Nações ficou seriamente abalada, e apenas uma mais profunda aposta na juventude pode assegurar o futuro dos italianos no topo do rugby europeu.
Na verdade a Itália já começou a fazer isso e as suas linhas atrasadas provam-no bem, com Edoardo Gori e Tomaso Benvenuti com 25 anos de idade e dois mundiais nas pernas, e Tommaso Allan, Leonardo Sarto e Michel Campagnaro, todos estreantes na prova e 22 anos de idade.
Se for possível juntar a estes valores que estarão aí sem qualquer dúvida - se livres de lesões - em 2019 e mesmo depois, um conjunto jovem e de valor ao nível dos avançados, então sim, a Itália tem condições de segurar o seu poleiro.
Começaram melhor os romenos no domingo, com 0-3 logo aos 5 minutos, mas a Itália responde quase de seguida (aos 10 minutos) e aproveitando o amarelo do segunda linha romeno aos 16 minutos, marcaram uma penalidade, um ensaio e uma transformação, registando o marcador 15-3 quando Van Heerden regressou ao campo.
Continuando a pressionar, os italianos alargaram o marcador até aos 22-3 ao intervalo, e começaram o segundo tempo da melhor foram, vencendo aos 50 minutos por 29-3.
Mas a partir daí as coisas mudaram, talvez porque os azzurri tenham tirado o pé do acelerador, mas também porque os romenos não baixaram os braços, reagiram e marcaram aos 66 minutos o seu primeiro ensaio de sete pontos, reduazindo o marcador para 29-10.
Os italianos ainda marcaram mais uma penalidade aos 70 minutos, mas depois foi a vez da Roménia atacar e marcou dois ensaios sem resposta, para um placard final de 32-22.
Lynn Howells, treinador dos romenos dizia no final do encontro que esperava que não seja necessário esperar outros quatro anos para defrontar de novo equipas do tier 1, o único meio para que a equipa possa realmente evoluir.
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