19 de março de 2012

A PROPÓSITO DA DERROTA NA UCRÂNIA

RECEBEMOS UM COMENTÁRIO DE LOURENÇO THOMAZ a propósito da recente derrota em Odessa que, dada a sua importância e atualidade, aqui publicamos em destaque.

Lourenço é um antigo internacional português, em XV e em 7's, foi convidado a representar os Barbarians Portugueses por diversas vezes, e é atualmente Presidente do CDUL.


Conhecedor profundo do rugby em Portugal, aqui fica o seu ponto de vista - estamos sempre abertos a divulgar a opinião de quem se faz respeitar!


MUDAR O RUGBY EM PORTUGAL
Pela primeira vez escrevo no Mão de Mestre e aproveito para dar os parabéns pelo mesmo, já que hoje em dia é o único sítio onde podemos saber todas ou quase todas informações sobre o rugby português "na hora".
Isto apesar de eu não ser um grande fã de blogs, porque é em blogs que uma série de cobardes aparecem para escreverem como anónimos, o que é miserável, mas enfim ...

Mas sobre este assunto, e esta derrota na Ucrânia, não quero deixar de dar a minha opinião e por isso inicio-me aqui a escrever, dizendo o que já disse várias vezes em reuniões na FPR, Assembleias Gerais e outros fóruns.

O problema é fácil e não tem nada de muito complicado e difícil, pelo menos para quem percebe o mínimo de rugby, e do que se passa no rugby português.

As pessoas podem continuar a tentar enganar-se a si próprias e dizer que a culpa é deste ou daquele, de A ou de B.
Podem continuar a fazer isso para poderem dizer mal X ou Y ou mandarem frustações cá para fora sejam elas quais forem, mas continuam a enganar-se a eles próprios.

Arranjar culpados que não são culpados, é patético! Não faz parte dos valores do rugby! Não é bom para o rugby português! É uma coisa de criança! 
Ainda por cima quando se escreve anonimamente.

Infelizmente ou felizmente (cada um vê como quer) Portugal não tem 20 jogadores no Top 14 ou na Pro D2 para ir buscar para os jogos internacionais.
Se assim fosse não haveria problema, mas ao contrário da Geórgia ou da Roménia, isso não existe no caso da Selecção portuguesa.
E portanto a nossa Selecção tem que ir buscar jogadores à Federale 1, ou Federale 2, que muito jeito nos dão, mas que não são nenhum garante de nada, a não ser em posições específicas como no cinco da frente.

Logo, não podemos por toda a pressão em ir buscar jogadores fora, porque jogadores desses com muita, muita qualidade infelizmente não abundam.
E goste-se ou não se goste de jogadores "estrangeiros" (isso é outra discussão) para já não são eles que irão fazer a diferença ... e não podemos pôr neles toda a pressão de irmos ou não a um Mundial. É o mesmo que um clube ir buscar um estrangeiro e estar à espera que ele ganhe jogos sòzinho.

O problema de Portugal vem desde há uns bons anos, e tem a ver com CORAGEM.
Coragem para olhar para o rugby português e decidir o que há para decidir.

Há anos que o Campeonato português não é competitivo, há anos que não se joga rugby em Portugal a sério: duro, competitivo, rápido, etc ...
E enquanto isso não mudar pouco existe a fazer quanto a estes resultados.

E não queiram por a culpa no Errol, Pico, Tomás, preparador físico, etc ... Não há milagres!

E enquanto não se mudarem os modelos competitivos dos vários campeonatos portuguêses, nada vai acontecer!!!
É esta a verdade!
Por mais que se queira disfarçar com outras pseudo-explicações e frustrações.

Alguém tem que olhar para o rugby português e dizer: isto está mal - muda-se, aquilo está bem - mantenha-se.
Doa a quem doer! Isto tem que ser feito.
Não se pode andar a brincar ao rugby em Portugal durante 11 meses e tentar que os jogadores cresçam num mês o que deveriam crescer num ano!

E pior, ainda é inventar que há muitos clubes fora de Lisboa que isto e aquilo.
Vamos lá acabar com esse mito de uma vez por todas!!!
A maior parte dos clubes fora de Lisboa são beneficiados em relação aos de Lisboa.
Tem apoios de câmaras, tem apoios da localidade, da sociedade, etc ... enquanto em Lisboa são sete cães a um osso.
Há que acabar com esse mito! E isto não pode servir de "disfarce" para a falta de competência que alguns clubes têm.

Todos os clubes de rugby em Portugal têm problemas, os de Lisboa e os fora de Lisboa.

Agora, há ótimos exemplos de clubes fora de Lisboa que são muito bem geridos, que já são e vão ser casos de sucesso rapidamente.

A Académica é um exemplo, eles sabem aproveitar o facto de estarem em Coimbra para terem boas condições, e como a sua direção é muito trabalhadora e muito competente, acabam por sair beneficiados por isso, e não andam para aí a "chorar-se".
O CDUP é outro bom exemplo que irá dar a volta por cima porque está a trabalhar bem. O CRAV também.
E muitos outros existem! E todos sabemos que: fora de Lisboa, dentro de Lisboa, todos temos dificuldades e todos andamos nisto porque gostamos de rugby, e do rugby português.
Se o país está como está, esperávamos o quê do rugby?
Há que trabalhar e queixarmos-nos menos. Por isso ser fora de Lisboa não pode ser uma desculpa. 

No dia em que a divisão de Honra tiver mais clubes fora de Lisboa do que Lisboa, os clubes de Lisboa têm que apanhar nas suas mochilas e ir viajar mais.
É assim a vida!!!
A única desculpa que não existe no rugby português é o campeonato não ser competitivo há anos! 

Para isso não há desculpa. Porque basta alterá-lo e pelos vistos já, pois desde há muito que não há coragem para o fazer!!!
E enquanto isso não for feito, não há volta a dar!

Chega de fantasias! Não vão vir 20 jogadores do Top 14! Não vamos naturalizar mais 20 australianos / sul-africanos / neo-zelandeses! Ou se "arranja" o rugby em Portugal ou não há rugby em Portugal. 

NÃO HÁ SELEÇÃO SEM CLUBES!!! 
E não há clubes sem competitividade, seja ela como for! Doa a quem doer, há que mudar!

Lourenço F. Thomaz

54 comentários:

José Silva disse...

Bom artigo, mas qual é a sua opinião para criar um campeonato competitivo?
E o que é um campeonato competitivo? É haver 8 equipas a discutir o titulo? É haver 4? Porque neste momento há 3 bem lançadas e que ultimamente discutem. No futebol a nossa seleção é competitiva e só há 3 equipas a discutir o titulo com diferenças enormes para o fundo da tabela.
Penso que não é por haver um "campeonato competitivo", que nem se define o que é, que se jogará melhor rugby.
Jogar melhor rugby passa por, além de jogadores bem formados desde pequenos e com boas capacidades, ter bons treinadores e equipas que treinem o "bom rugby".
Pelos vistos ou já treinam todas esse bom rugby, duro e rápido, ou então se uma o fizesse iria se destacar?
Porque o seu CDUL não joga esse rugby rápido e duro?
O mito de um campeonato competitivo tem de desaparecer. Esse conjugação de palavras que cada um lhe dá o seu significado. Pensar que reduzir o campeonato para 4 equipas ou aumentar para 12 simplesmente vai aumentar o nível, isso é ridículo. As próprias equipas e clubes é que se treinam e chegam ao nível que querem. Mas parece que é difícil serem muito superiores aos adversários.

Anónimo disse...

O Lourenço falou muito, mas não disse nada de novo. Qual é a ideia dele (ou do Cdul) para tornar o nosso rugby mais competitivo' O que há a mudar concretamente neste modelo de campeonato? O que há a mudar na 1ªliga e outras?

Anónimo disse...

Excelente artigo do Lourenço para que seja lançada uma discussão sobre o futuro do rugby nacional! Há muito que se fala em organizar o Congresso do Rugby, forum onde todos poderiam participar e falar abertamente, apresentar ideias, planos, projetos de desenvolvimento! Para quando pôr isto em prática?
Mas, não esqueçam que, no modelo vigente, é a Direção da Federação que tem todos os pdoeres para organizar um tal campeonato que, mais do que competitivo, deveria era ter um calendário adequado. As seleções devem sim estar em primeiro lugar, mas sem esquecer os clubes que são quem investe (tempo, dinheiro, dedicação) a formar jogadores. Será difícil criar um modelo, competitivo ou não, de calendários a 4 anos, em que os clubes saibam com o que contam e possam planear as suas atitivades, investimentos, etc, sem alterações, adiamentos, confusões que acontecem todos os anos. Ou seja, um calendário de competições que teria por referência ou metaa cada campeonato do mundo da IRB.Não me parece complicado mas, lá para os lados da Federação nem o mais básico campeonato, com regras claras, se consegue organizar.
Apenas para terminar, pergunto se o CDUL também não quer ganhar a qualquer custo, contratanto estrangeiros atrás de estrangeiros (ouvi falar do Davide dos Reis) e descurando aquela que sempre foi a sua formação de jovens, verdadeira escola de rugby? Basta olhar para os campeonatos dos mais novos e ver onde anda o clube.
Bem hajam.

Anónimo disse...

Os campeonatos como estão estão bem e recomendam-se. O que não está bem é haver paragens de 3 meses, quando num país pequeno como o nosso se podia perfeitamente jogar ao Sábado e a Selecção reunir a partir de Domingo para durante a semana preparar o jogo seguinte: Só aí ganhavam-se uns 3 ou 4 fins de semana.

Anónimo disse...

Somos todos iguais e cada um só pensa no seu próprio clube. Deixem-se de tretas.

Anónimo disse...

O Rugby em Portugal deveria ser para formar e exportar jogadores para jogarem como profissionais em França,Inglaterra etc. Que é o que fazem os nossos adversários no 6 nações B. Ajustar os modelos competitivos à realidade do Rugby que existe em Portugal tambem é importante mas não é suficiente se quisermos competitir no 6 nações B. Ter uma equipa na challenge cup formada pelos melhores portugueses a jogar em Portugal tambem poderia ser algo positivo.

Anónimo disse...

para reforçar o argumento do lourenço:

campeonato competitivo é um modelo de campeonato onde jogo após jogo não haja vencedores antes do jogo começar, ainda que possa haver favoritos. não faz sentido que o cdul, agro e gdd tenham apenas 6 jogos competitivos durante o ano inteiro previsto (os jogos entre eles), e o pior é que nem esses 6 jogos têm porque em 3 deles os seus jogadores estão ao serviço da selecção. nos restantes jogos não só a vitória é um dado adquirido como a conquista do ponto bónus é uma mera formalidade.
é necessário que haja bons treinadores e dirigentes à frente dos clubes para que se possam formar bons jogadores, mas a formação dum jogador acontece à medida que ele se vai pondo à prova e se vai superando. Uma vez que existem muito poucas ocasiões em que os jogadores são colocados em situações de pressão (entenda-se jogos com equipas de níveis semelhantes)é muito dificil exigir evolução a quem quer que seja visto que não há prática suficiente para que tal aconteça. dizia darwin que quando a pressão aumenta os erros acontecem, isto ganha dimensões exponenciais quando os niveis de pressao a q os jogadores sao expostos durante o ano (CN) sao substancialmente diferentes daqueles a q sao expostos internacionalmente.

soluçao? menos equipas na divisao de honra (6) e mais jogos entre as equipas da divisao de honra. se tenho pena que isto aconteça? claro que tenho mas o actual campeonato não puxa nem pelos de cima nem pelos de baixo pois o desnivel é demasiado...

Anónimo disse...

Uma pergunta:

Será que a razão porque o Rugby em PT não é mais competitvo, indepedentemente de termos clubes que trabalham melhor que outros, não será, também, porque os centros de desenvolvimento ou selecções são monopolizados, desde 2007, por 3 ou 4 clubes apenas?

Desde 2007, que se faz um trabalho bastante sério com as seleções jovens, com mais meios e mais qualidade. Contudo, esse trabalho incide sobre atletas de 3 ou 4 clubes. Passados 5 anos, esse afunilamento já chegou aos sectores seniores e os resultados são desniveladíssimos.

Vão ver os resultados entre as equipas da Divisao de honra na época 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009 e comparem com os resultados das duas últimas épocas. Alguém se dá ao trabalho de fazer isso? Manuel Cabral tem esses dados?

E se alguém quiser fazer um trabalho mas sério e mais profundo, que compare a evolução das convocatórias para as selecções jovens e centros de alto rendimento e os resultados dos clubes actualmente, desde 2007 até agora?

Vão ver que numa fase inicial, a diferença não é muita mas passados uns anos, o desnível de resultados começa a surgir e está associado à exposição a níveis de treino mais intensos e exigentes que os atletas dos clubes têm, por via da FPR.

Os clubes são sensivelmente os mesmos...e os resultados (vitória-derrota) são também mais ou menos os mesmos. O que difere é que quem perdia por 10, 20, 30 pontos de diferença, agora perde por 50-60-70.

Como podem querer competir niveladamente se há clubes que metem até os jogadores normalmente suplentes no XV "A" de escalões de formação nas Seleções ou centros de alto rendimento ao passo que têm envolvido apenas um ou dois?

Passados alguns anos essa diferença vai-se fazer notar, como é óbvio. Os jogadores que têm acesso, no seu processo de formação a mais e melhor treino ficarão, inevitavelmente, melhores jogadores do que outros que não têm acesso a essa realidade.

Imaginem uma geração de jogadores de clubes com 16 anos. O talento há de estar, espalhado pelos diversos clubes, nuns mais que outros, como é óbvio. Nos campeonatos, os resultados hão de ser mais ou menos competitivos ou não muito desnivelados (pelo menos não tanto como na Div. Honra).

Contudo, a partir dessa idade, começam trabalhos em selecções e centros de alto rendimento e nessa altura as convocatórias incidem mais sobre jogadores de uns clubes do que outros.

Como acham que vão ser os resultados entre essas gerações quando se defrontarem, anos depois, no escalão U21? E nos seniores?

A falta de competitividade está ou começa aqui.

Se quiserem reduzam o campeonato mas isso é uma solução de curto prazo e vai fechar o Rugby de competição em 4-5 clubes. Será isso que queremos? É isso que vai alterar o status quo de termos um grupo muito reduzido de jogadores com experiência e gabarito para rugby internacional?

Obrigado pela oportunidade de expor um ponto de vista,

AC

Anónimo disse...

DH, DH, DH, só vos oiço falar em DH...

A Maior Parte do Rugby Portugues Nao está na DH!

ou se trabalha toda a estrutura ou não vai dar em nada.

Anónimo disse...

O CDUL tem a sua opinião e a FPR já tem um documento enviado pelo CDUL, mas ao mesmo tempo não achamos que somos donos da razão. Cada um tem direito à sua opinião, agora há uma coisa que todos sabemos: as coisas têm que mudar.

Eu pessoalmente penso que a Divisão de Honra tem que ser 6 + 6 (uma espécie de grupo A e B). Seis equipas a lutarem pelo campeonato e 6 a lutarem por não descer. 10 jogos a doer na primeira volta e depois divide-se em 3 grupos de 4, com mais 6 jogos a doer, para se encontrar o campeão, as 2 equipas que no ano seguinte estarão nas 6 de cima, e quem desce de divisão.

Mas há pessoas que dizem que deve-se aumentar de 8 para 10 equipas na Divisão de Honra ... muito bem! Faça-se isso então. É melhor do que não fazer nada! Mas com um calendário condicionado. As equipas de topo só jogam entre si em alturas de "não Selecção", quando tiverem todos os jogadores disponíveis. Assim os jogadores de topo jogam pela Selecção mas jogam os jogos mais competitivos do seu clube. Nos jogos menos competitivos há a oportunidade para jogadores mais jovens jogarem pelo seu clube sem o penalizar, e começando devagarinho a jogarem a bom nível.

E porque não ter cad vez mais jogadores portugueses a jogar no estrangeiro? Porque não? Vão os melhores jogadores para fora e isso torna o campeonato mais competitivo porque as equipas ficam mais equilibradas. Para o ano há alguns jogadores do CDUL que irão para fora e o CDUL além de estar envolvido nisso, está a ajuda-los. E se virmos bem, apesar do Rugby não ser o futebol, o futebol tem os seus melhores jogadores a jogar lá fora, se calhar por isso a Selecção é competitiva.

E eu não quero, nem penso que devam haver 7, 8 ou 10 equipas a lutar pelo título. Isso nunca aconteceu nem vai acontecer. O que quero e que acho que todos queremos é que todos os jogos sejam competitivos ... não é entrar para dentro de campo e saber que se vai dar 60 ou 70! Isso não acontece em nenhum desporto, nem no nosso futebol.

Se o CDUL quer ganhar? Claro que quer, e muito, aliás como qualquer clube. Se não quisesse ganhar mais valia não existir. E o David dos areis vem jogar a Fase Final pelo CDUL porque internamente o CDUL decidiu no principio da época que precisava de um 2a linha experiente para a equipa e para fazer evoluir jogadores que jogariam a seu lado. E durante toda a época teve o Callum, , que infelizmente vai ser operado pela 2a vez esta semana. E por surgiu a oportunidade de poder contar com o David nesta Fase Final ... de qualquer maneira isso são assuntos internos do clube mas pode confiar que em nada prejudica o plantel do CDUL, os sub-21s, a sua formação, etc ... aliás, só os ajuda porque senão não teríamos contratado o CallumMorrinson e agora o David dos Reis.

E acabo respondendo a questão porque não joga o CDUL duro e rápido dizendo nem eu nem você sabemos se joga ou não, e se vai jogar ou não. Sabe porque? Porque tirando o primeiro jogo do campeonato o CDUL nunca jogou contra um adversário directo com a sua equipa. E por isso por mais ridículo que seja, é impossível a meio de Março saber mosse o CDUL ou outra equipa qualquer joga duro ou rápido, porque até agora isto não contou para nada. Nada se passou! Temos andado todos a espcular o que vai ser ou não vai ser ... e isso é que tem que mudar!

E agora vou deixar de responder porque é-me complicado dialogar com anónimos, faz-me bastante confusão e gabo o Manuel pela sua pachorra e perseverância.

Lourenço.

Anónimo disse...

Olá Lourenço, Não sou anónimo nem gosto de coisas anónimas. Sou Manuel Barros e estive envolvido no rugby com outras actividades. a arbitragem. Concordo completamente contigo com a necessidade urgente de alterar as coisas no campeonato da DH. Parece-me que a ideia de 12 equipas 6+6 e depois 4+4+4 é a melhor solução em termos de competitividade. No etanto, parece-me que a Selecção Nacional (SN) é definitivamente a grande charneira do Rugby em Portugal. Por isso, julgo que sería possivel nos inicios das épocas comprometer todos os clubes de forma a que os jogadores seleccionáveis pudessem dedicar-se mais à SN. Porque não inclusivamente dar-lhes mais actividade durante o ano, aumentando a competitvidade de um grupo de 40 ou 50 jogadores. Seríam os jogos da SN que trazeríam mais notoriedade, publico e sponsors ao rugby. Quanto aos árbitros, parece-me que também com jogos mais competitivos, teríamos árbitros mais eficazes. Os níveis de comprometimento seríam maiores, isto claro se estivessem reunidas as condições minimas de desenvolvimento dos árbitros. O que me parece que não é o que acontece. Enfim, esta foi a minha primeira intervenção "publica" depois de me ter retirado das lides. Digo também que não dialógo com anónimos, por isso escusam de comentar ou mandar palpites nessa condição. Por ultimo, dar os parabéns ao Manel Cabral pelo blog. é um exemplo. Manuel Barros

Anónimo disse...

A discussão em torno do número de equipas que devem compor uma competição faz sentido, e até está na ordem do dia noutras modalidades.

É claro que reduzir o número de equipas a jogar na principal divisão choca muita gente, sobretudo aquela que se preocupa essencialmente em garantir que a sua equipa anda lá por cima, independentemente da contribuição que possa ter em termos de qualidade para o Rugby Nacional. Para as vozes que já se aprestam a chamar-me elitista, recordo que fui com muita honra capitão do CDUL na nossa única época na segunda divisão, quando corremos o país de norte a sul. E merecemos lá estar. Tal como merecemos quando passámos a ser equipa de Final 4. E quando um dia formos campeões, tenho a certeza que também o vamos merecer. Também é certo que num campeonato reduzido, iremos um dia perder o nosso lugar. Para o reconquistar de novo. O desporto é feito de ciclos, mas também de equipas mais representativas.

O que não é natural é esperar-se que numa modalidade "pobre", sem grandes recursos humanos, queiramos ter um campeonato alargado, em que dois terços dos jogos são muito pouco competitivos. O CDUL, como as restantes equipas, não joga melhor porque o ambiente competitivo é medíocre. E isso deve-se essencialmente ao modelo em que assenta, sem prejuízo da necessidade que temos de qualificar treinadores, dirigentes, etc. É demasiadamente óbvio que se os jogadores jogarem regularmente contra os melhores adversários, vão evoluir muito mais rapidamente.

O Rugby nacional não se resume à Divisão de Honra. O CDUL jogou a Taça de Portugal, foi justamente eliminado pelo Belenenses. Mas aproveitou para lançar cerca de 10 jogadores jovens e sub21, que serão o nosso futuro. Claro que gostávamos de ter ganho a Taça, mas foi mais importante para o futuro do Clube e da Selecção lançar esta malta.

A solução? Passa inevitavelmente por reduzir, garantindo a promoção das melhores equipas das divisões inferiores, para que isto não se torne numa brincadeira de 3 ou 4 emblemas. Uma competição mais reduzida no tempo, sem ser afectada pela Selecção e que libertasse os jogadores posteriormente para se concentrarem nos jogos internacionais e respectiva preparação. No tempo restante, jogaríamos outras competições, onde desenvolveríamos e daríamos oportunidade aos jovens. O Cascais está a fazer um excelente trabalho na formação, mais tarde ou mais cedo estará de novo entre os grandes, tal como fez a Académica. Os que defendem o modelo alargado acabam por defender a mediocridade instalada. E assim, é natural que a Selecção sofra.

Infelizmente, não se vislumbra coragem política ou clarividência dos dirigentes para assumir uma posição que beneficie o nosso rugby.

Luís Cassiano Neves

Anónimo disse...

Tenho a minha opinião. Julgo que o primeiro passo a ser dado deverá ser assumir-se, com coragem e frontalidade, que o foco da FPR deverão ser sempre os clubes. Nestes últimos anos, andou-se a criar um grupo à parte dentro do rugby português que é a selecção portuguesa de rugby. A selecção de rugby deverá ser sempre a melhor selecção dos jogadores portugueses (em condições de serem convocados, independentemente de terem nascido ou não em Portugal)que actuam nos clubes. Sem clubes fortes não há selecção forte - ponto final.
Mesmo com a presença no Mundial e com toda a visibilidade que o rugby português adquiriu, muitos clubes ficaram pior que antes. É porque algo estava errado.
Temos que ter um campeonato forte, competitivo, aliciante para patrocinadores etc Caso isso seja feito, teremos também uma selecção forte. A selecção terá que ser sempre a continuidade do trabalho dos clubes. Nunca poderá ser um grupo à parte, como é hoje. O nosso campeonato é paupérrimo, tem que se trabalhar nisso. Como? Vejam exemplos do que está a ser feito em Coimbra e nos Arcos, por exemplo. E concordo que muitos clubes terão maior facilidade em conseguirem apoios estando fora de Lisboa do que em Lisboa. Sou de fora de Lisboa e concordo que poderá haver muito a explorar em cidades para as quais os clube de rugby poderá conferir visibilidade e promoção. Agora, é preciso trabalhar. Deixarem-se as vaidades e briguinhas de lado e arregaçar as mangas. Estamos no caminho errado, penso estar claro para todos. Os recentes resultados da nossa selecção mostram que o caminho não é por aí. Temos jogadores que poderão dar muito mais, só não acontece pois estão num campeonato fraco. Os jogadores da selecção que actuam fora de Portugal, são importantes mas não chegam. E nem sempre vamos ter um Bardy.....

Anónimo disse...

Não é criando espantalhos (caricaturas de outras opiniões) para depois os combater que se adianta o que quer que seja.
Muita coisa deveria mudar no rugby português mas, mesmo que houvesse dinheiro e vontade para essas mudanças, os seus efeitos não se fariam sentir na próxima época.
Para termos hipóteses de nos classificarmos para 2015, o que realisticamente se pode fazer no curto prazo é garantir que os melhores jogadores estejam disponíveis para todos os jogos. Todos os bons avançados (Spachuck, Fernandes, Alves, Tadjer, Campergue, Penalva, Reis, Balangué, Bardy, Béco, eventualmente mais um ou outro pilar) e formações que estão em França. Todos os bons médios que estão em Portugal (incluindo José Pinto, Cardoso Pinto e Pedro Cabral). Prioridade ao XV sobre os Sevens, durante a classificação para 2015.
O resto é muito interessante para o médio prazo, mas não para a classificação para o Mundial.
Pedro Martins

António Aguilar disse...

O Déjá Vu: Há quantos anos se fala na redução da DH ? Concordo em pleno com o Lourenço mas a questão da política dos dirigentes tem a ver com os favores por troca com os sempre imprescindíveis votos. Creio que fazia falta um Congresso do rugby para todos estes temas serem debatidos.Contudo é bom não esquecer que o Presidente da FPR tem agora plenos poderes....e muito difícilmente vai inverter o prometido.
Abraço

António Aguilar

Anónimo disse...

Não se faz omoletes sem ovos. E não há qualidade na selecção se não houver qualidade nos clubes. Concordo plenamente com o Lourenço quando diz que tem de se investir na qualidade do campeonato, dando maior importancia aos clubes que à selecção. Não é só reduzir os clubes, é preciso criar condições para um desenvolvimento sustentado a longo prazo. Nem falo de dar apoios económicos, falo em tentar organizar conferências com treinadores e peritos da modalidade a nível internacional. Se conseguirmos desenvolver a capacidade dos treinadores aprendendo com os melhores, ouvindo os seus conselhos, os clubes ganharão mais competitividade por aí. No fundo vai tudo dar aos treinos, é aí que começa a competitividade. Deixemos as questões económicas de apoio aos clubes para depois, não se constrói uma casa pelo telhado, começa-se pelas base. e se conseguirmos bons arquitectos e engenheiros, a casa mais dificilmente desaba, é mais resistente, tem maior qualidade. o problema do rugby português é um problema de fundo, não é a por remendos que se resolve.

Bernardo

Anónimo disse...

Caros Todos,
Pela primeira vez vou participar neste blog que consulto diariamente e que é hoje, podemos considerar, o jornal do rugby nacional. Felicitações ao seu mentor.
Gostaria de começar por assinalar que este artigo constitui uma autêntica "pedrada no charco", e por isso pode constituir um verdadeiro "ponto de viragem" nas orientações de organização de topo do nosso rugby. Parabéns ao seu autor e à oportunidade da sua publicação.
Sobre a organização das competições nacionais nem é necessário esboçar qualquer comentário, porque com estas interrupções artificiais a desorganização é total, os desequilíbrios competitivos são evidentes, as desmotivações nas equipas são crescentes e os pretensos equilíbrios nalguns resultados são falsos e roçam a deturpação da "verdade desportiva".
Infelizmente os resultados da selecção de XV estão a ficar muito abaixo do potencial do rugby português, pese embora a necessidade de renovação do leque de convocados, independentemente de serem jogadores a actuar em Portugal ou noutros campeonatos.
Não seria preferível olhar para os anos que antecederam 2007 e perceber porque é que funcionou na altura e não está a funcionar agora?
E, já agora, pensar como foi possível perder o enorme capital de confiança que a sociedade portuguesa e em especial os amantes de desporto confiaram à selecção nacional de rugby… será preciso intervir uma troika?
E entretanto até ocorreu um reforço das estruturas técnicas e de enquadramento da selecção... provavelmente exagerada e no mínimo sem evidenciar resultados. Há que fazer o balanço e tirar consequências…
Gostaria de finalizar esta intervenção apresentando três pequenas sugestões:
- Terminar com as interrupções absurdas de campeonatos;
- Valorizar os clubes, as equipas, os jogadores e os dirigentes e conquistá-los para os desígnios das selecções (XV e Sevens);
- Aumentar a base de recrutamento da selecção, tipo 3 jogadores por posição, e incrementar a disputa pela titularidade.
Cumprimentos a Todos,
Dinis Silva

Anónimo disse...

Sou o anónimo das Mar 19, 2012 12:48 PM.

No seguimento do que vinha a escrever, e após ler outros comentários, objectivamente falando, o que ganhamos em ter participado num Mundial de Rugby? Porque se está de novo a colocar todas as prioridades na participação em um novo mundial? O que, objectivamente, ganha o rugby portugês em participar em um novo mundial? Eu acho que seria excelente para divulgação da modalidade e para uma maior visibilidade. Isto desde que fosse feito um bom trabalho para se aproveitar toda essa visibilidade (algo que não soubemos fazer). Mas objetivo principal e final deverá ser a participação no mundial? Com isso fica tudo resolvido? Eu acho que não. Acho que o rugby português teria muito mais a ganhar com um campeonato competitivo do que em participar num mundial onde poderá disputar, no máximo, o resultado de 1 jogo...
Após termos um campeonato forte, com clubes fortes poderemos pensar numa selecção forte e com várias soluções. Após isso, poderemos pensar em mundiais e aproveitar a presença em mundiais. Repito: o campeonato português ficou igual, ou pior para alguns clubes, após a presença no mundial. Uma nova presença num mundial não irá resolver o estado das coisas (como já foi provado anteriormente).

Rugby Veritas disse...

Apenas um comentário que creio poderá contribuir para esta discussão; Enquanto para o jovem jogador Romeno, Russo ou Georgiano, a possibilidade de ir para França ou Inglaterra tentar uma carreira profissional no rugby, é tentadora e aliciante, para o jovem atleta Português, de classe média , média/alta com objectivos de carreira como advogado, economista, médico, etc. pura e simplesmente não é! Juntem a isso as pressões familiares e quanto muito vão fazer lá fora um "gap year" - sem dúvida benéfico, mas em nada comparado à via profissionalizante dos seus colegas de Leste.
Desiludam-se. Concordo que era mesmo isso que nos fazia falta.....mas não vai acontecer em números nem mínimos, nem muito menos suficientes pelas razões acima enunciadas.
Portanto, se não for pela via do aumento da competitividade das competições internas, não estou a ver como é que vamos competir de igual para igual com as "máquinas de exportação de jogadores de rugby".

Anónimo disse...

moneytalks meus caros, sem ovos não há omoletes e sem dinheiro não há desporto

Anónimo disse...

Sr. Lourenço quantos jogos das equipas de fora de Lisboa são vistos pelos seleccionadores sem se realizarem em Lisboa?será igual jogar em casa ou depois de 3 ou mais horas de viagem?...imagine se os seus atletas q são seleccionados se tivessem q deslocar duas vezes por semana ao Porto para treinar...n me parece q sejam tratados de forma igual...
Jorge Dias

Anónimo disse...

O que o rugby portugês ganha, objectivamente, em participar num novo mundial são duas coisas, ainda mais importantes, a curto prazo, do que a visibilidade mediática: dinheiro da IRB e a participação em jogos como os que nos têm sido "oferecidos" durante os internacionais de Novembro (Canadá, USA, Tonga, Namíbia).
Com os resultados desta época, duvido que na próxima época Portugal continue a ter direito a 3 jogos em Novembro e a Espanha a 1 ou zero. Talvez seja ao contrário.
E se não formos à RWC, para a IRB passaremos a ser mais uma Holanda ou uma República Checa, mais uns que não "existem".
O público deixará de ir aos jogos da selecção, o campeonato com este ou outro modelo continuará a disputar-se perante 100 ou 200 espectadores não pagantes e o rugby voltará à semi-clandestinidade.

Anónimo disse...

Prezado AnónimoMar 19, 2012 08:12 PM,

Entendo tudo o que escreve e faz sentido. A questão é, apesar disso tudo que escreveu, o que o rugby português ganhou objectivamente após a participação no mundial? Aplicamos bem o dinheiro da RWC? Esses jogos contra Canadá, USA, Tonga e Namíbia foram interessantes para a divulgação da modalidade mas a selecção melhorou com essa experiência? A qualidade de jogo melhorou? Temos um leque mais alargado de jogadores seleccionáveis e de qualidade? O nosso campeonato melhorou? Os nossos clubes têm mais condições?

Penso que uma participação num mundial é sempre extraordinário mas discordo de termos todos os objectivos centrados nisso. A FPR apenas vê isso: a selecção e a participação no mundial. Acho errado. E se não conseguirmos participar no próximo mundial(algo bem possível)? Fecha-se a porta?

Eu discordo desta política da FPR (que não é exclusiva desta direcção) em colocar todas as "fichas" na selecção e numa hipotética participação num mundial. Criou-se um grupo á parte e a maioria dos clubes continuam com enormes dificuldades. O nosso campeonato continua de uma enorme pobreza. Muitos dos nossos atletas passam um ano a meio gás pois o campeonato exige bem menos do que eles serão capazes.

Tem que se apostar em fortalecer os clubes, em encontrar um modelo melhor para o campeonato, em divulgar a modalidade e o campeonato nacional. Sem clubes não há rugby. De nada adianta ter 30 jogadores num esquema semi-profissional. Esses 30 participam no mundial e depois, muito deles, continuam por Portugal a jogar contra equipas que têm dificuldades em reunir 16 atletas para um jogo e onde a média de presenças nos treinos é de 15 ou 16 jogadores. Não pode ser.

Anónimo disse...

O dinheiro da IRB é para pagar os ordenados da federação que é que isso interessa a quem joga e assiste a rugby em portugal ?

tretas

Great_duke disse...

Lamento voltar a falar nisso, mas fala-se em equilibrio e competitividade e ao mesmo tempo temos regulamentos que permitem contratar jogadores só para os jogos finais.
O Dinis Silva falava em deturpação da verdade desportiva. Não será isto também deturpar a verdade desportiva?

Ou, num estilo bem português, toda a gente fala mas no fundo quer "é puxar a brasa à sua sardinha".
Enquanto a "sardinha" não for Portugal e forem os diferentes clubes, nunca se encontrará uma solução equilibrada porque as pessoas põem os seus interesses à frente do interesse colectivo...

Great_duke disse...

Lamento voltar a falar nisso, mas fala-se em equilibrio e competitividade e ao mesmo tempo temos regulamentos que permitem contratar jogadores só para os jogos finais.
O Dinis Silva falava em deturpação da verdade desportiva. Não será isto também deturpar a verdade desportiva?

Ou, num estilo bem português, toda a gente fala mas no fundo quer "é puxar a brasa à sua sardinha".
Enquanto a "sardinha" não for Portugal e forem os diferentes clubes, nunca se encontrará uma solução equilibrada porque as pessoas põem os seus interesses à frente do interesse colectivo...

Pedro Pinto Fernandes disse...

Desculpe mas esta sua intervenção não faz qualquer sentido. Começando logo no simples facto de os jogadores não terem melhores treinos na seleção do que nos seus clubes. Alguns deles nem sequer gostam dos treinos da seleção. Além disso as seleções são o reflexo do trabalho nos clubes e aqueles que apresentam um melhor trabalho óbviamente verão mais jogadores seus nas seleções.
O que transparece da sua intervenção (infelizmente é anónima) é que haverá clubes que são propositadamente beneficiados e que vêem os seus atletas terem acesso, ilegitimo portanto, às selecções, e que consequentemente tornam-se gradualmente melhores atletas começanco assim um ciclo em que os vencedores são sempre os mesmos. Isto além de não ser verdade é falacioso.
Vamos ver em detalhe: o Belenenses e o CDUL sempre foram clubes onde a formação foi levada a sério e portanto sempre foram clubes de proa e vecedores. Desde há uns tempos para cá estes dois clubes decidiram desinvestir na formação e atiraram-se desmedidamente para a conquista de campeonatos de séniores. Resultado? Nem uma nem outra equipa conseguiram colocar-se na final 4 em sub 16 e sub 18. No sentido oposto podemos colocar o GDD e a Agronomia. Estes dois clubes têm desde há anos a esta parte feito um trabalho sério na formação que tem como resultado o GDD ser campeão de sub 18 e vice campeão de sub 16 e a Agronomia estar frequentemente nas final 4 não descurando a sua equipa de séniores que tem sido campeã e vice campeã amiude.
Resumindo e concluindo, o verdadeiro trabalho está nos clubes e nos seus escalões de formação pois em Portugal os clubes não têm dinheiro para comprar jogadores estrangeiros e os clubes que o fazem pagam a factura na formação, o que é muito grave.
Só falei nos clubes de Lisboa mas ter-se-á que ter em atenção tanto a Académica como o CDUP que têm feito trabalho sério na formação e por isso apresentam equipas competitivas tanto nos sub 16 como sub 18.
Pedro Pinto Fernandes

Anónimo disse...

Isto é realmente giro,

Quando esta direcção entrou ia mudar tudo, ia ser uma lufada de ar fresco.... até ao momento só saiu o Manuel Paisana, os campeonatos iguais cheios de problemas administrativos, mais 2 administrativas a trabalhar na FPR.

Viagem para a ucrania sem hotel marcado ... os jogadores ficaram 2 h a espera no aeroporto... resultados maus de mais, todos os clubes contra(principalmente os maiores),fica só de fora Agronomia......

Enfim...

Anónimo disse...

só para aliviar

Grande Foto..tiranda no Antigo Campo de Rugby de Arcos de Valdevez!

1ª divisão 10 equipas
2ª divisão 10 equipas
3ª por regiões (modelo actual)

relativamente à selecção...falta trabalho e humildade! habituamo-nos mal...

Pedro Pinto Fernandes disse...

Esta intervenção além de absolutamente pragmática é totalmente realista. É de um óbvio gritante, mesmo para quem possa não gostar. O anonimato é que é pena.

Anónimo disse...

100% de acordo. Esta é a verdade. A carreira de Rugby na realidade portuguesa não é aliciante. Os jogadores gostam de rugby, gostam de jogar e alguns de treinar no duro... mas não todos.

Há que criar condições de competitividade e evolução porque assim estagnamos e corremos o risco de ser ultrapassados.

Anónimo disse...

O dinheiro da IRB é para ser usado pela FPR e pode ser bem ou mal usado. Quem decide como é que ele é usado são as direcções da FPR que os clubes, sim os clubes, escolhem.
Se não precisamos desse dinheiro então que ninguém se queixe.

Anónimo disse...

É tudo muito giro mas que tem capacidade para inverter as coisas não quer e se assim é tudo torna-se mais complicado.
E quando se falar em quem tem capacidade não é só o presidente da FPR mas sim os clubes que nele votaram.

Há certas questões que é importante reflectir entre elas, o seguinte:

- Faz alguma lógica os seleccionadores não assistirem aos treinos semanais dos clubes da Divisão de Honra, 1ª e 2ªDivisão?

- Tem sentido que a FPR gaste dinheiro a pagar a jogadores para estarem no CNT e pagar prémios de jogos?

- Esse dinheiro não deveria ser distribuído pelos clubes para que melhorem as respectivas condições de treino e comecem a catapultar um maior número de praticantes (fazendo assim aumentar o nº de jogadores federados)?

- A FPR não deveria trabalhar em função dos clubes e não em função da Selecção?

- A Selecção XV e VII são fruto do trabalho que se faz nos clubes e não o contrário, sendo assim não deveria haver uma política dirigida para os clubes?

- Quanto ao Campeonato sinceramente não sei qual será a melhor opção, acredito que possa estar relativamente bem como está no que respeita ao número de equipes participantes por divisão. Contudo, se virmos bem os resultados desnivelados velados acontecem mais entre clubes como Cdup, Benfica e Técnico, correcto?
Ora bem, Cdup está a pagar a factura de ver muito dos seus jogadores seniores abandonarem o clube por motivos profissionais (vão trabalhar para Lisboa) e pelo facto de até algum tempo o treino ser em Lousada o que faz certamente com que a pouco e pouco os jogadores se fossem desligando. O Benfica é um caso complexo, tem uma capacidade comercial e de marketing que a maioria dos outros clubes não têm (tem a marca SLB por trás que é muito forte) e não soube ou consegue capitalizar isso mesmo. Em detrimento de uma política de formação clara e concisa tem optado por ano após ano tentar apetrechar o plantel sénior com jogadores estrangeiros que pouco ou nada acrescentam ao clube e essa factura vai-se reflectindo nos resultados.
O Técnico, quanto a mim está a pagar a factura de nos anos que esteve desceu de divisão andou apostar em estrangeiros (alguns de grande qualidade) em detrimento de jogadores formados no clube, esse facto para além de gastar dinheiro gastou também tempo de formar novos jogadores e dota-los de capacidades competitivas num rugby interno


Pergunto como é que alguns clubes têm capacidade para contratar tantos estrangeiros? Percebo que até possa aumentar a qualidade do plantel e posteriormente a qualidade do campeonato mas ao continuar-se apostar incessantemente nesse tipo de contratações não estaremos a hipotecar o futuro económico dos clubes e as esperanças dos jogadores portugueses que todos os anos são formados nos diversos clubes?

Lembro ainda que o caminho que nos levou ao Mundial de 2007 não foi este.. não foi a constante profissionalização de jogadores que só por haver dinheiro vão para o CNT, não foi esse o espírito de sacrifício, bravura e de nacionalismo.

E mais, faz sentido num país onde temos enormes qualidades para a prática dos sevens e podemos aproveitar a variante para ganhar ainda mais notoriedade e incentivar os diversos clubes a participarem em torneios europeus e formar ainda mais jogadores nessa variante que terá maior projecção nos Jogos Olímpicos, não termos torneios de sevens regulares ao longo do ano? Temos que esperar pelo fim do campeonato para termos 3 ou 4 torneios de sevens onde a maioria das equipes não leva os jogadores todos porque ou estão ao serviço das selecções?

Lembremo-nos de que o rugby em Portugal é na sua maioria amador e assim deve continuar a sê-lo (porque de facto não temos massa crítica para ser doutra forma), mas aproveitemos os benefícios de existir algum profissionalismo em prol dos clubes e não exclusivamente em prol dos interesses da selecção de XV e XII.

Por fim, faz algum sentido a Taça de Portugal, ser jogada nos moldes em que foi?

Cumprimentos,
André Matos

Anónimo disse...

Caro amigo,

Do facto do dinheiro ser em parte mal aplicado não decorre que continuar a receber esse dinheiro não seja importante. A não ser que se pense que quem quer que seja que os clubes ponham na federação, o dinheiro será sempre mal aplicado. A federação é o que os clubes quiserem que ela seja.

E se jogar contra selecções que estão num patamar um pouco superior ao nosso não traz benefícios à nossa selecção, então nada beneficiará a nossa selecção.

Eu também não concordo que só se pense na selecção e na qualificação para a RWC, nem 8 nem 80. Mas sem a qualificação isto ainda vai ficar pior.

Percebo perfeitamente a necessidade dos "pequenos" clubes serem muito apoiados.

Quanto aos "grandes", pelo que se viu ainda há muito pouco tempo (e só não se continua a ver por causa da enorme crise que o país atravessa) devem andar a nadar em dinheiro. Ou não andaram a contratar estrangeiros para tentarem ganhar um campeonato sem bilhetes pagos, praticamente sem transmissões televisivas e que - criem o modelo que criarem - só interessa a escassas centenas de pessoas das quais 90% são familiares, ex-jogadores que continuam ligados aos clubes e jogadores da formação. Isto não é absurdo?

E não havia clubes da I divisão com estrangeiros pagos?!!!

Só com bons resultados da selecção é que mais pessoas se vão interessar pelo rugby. O resto é para dar alegrias a 200 ou 300 pessoas.

Pedro Martins

Anónimo disse...

sevens ? se e quando os sevens tiverem interesse o nosso ranking pode até ser mais dificil do que no xv. é que se é mais fácil para nós juntar 7 também o será para os outros.

Anónimo disse...

Este comentário revela um sentimento de total sentido da realidade , é ter cotas como se propõe , é cair no ridículo , nas seleções como nas academias é para os melhores , não para se ter uma mediocridade como sustenta.

Anónimo disse...

Como alguns anónimos falam de um apuramento para 2007 ,parede faziam parte dessa equipa , de espirito disto e daquilo , humildade etc, é absolutamente ridículo o que se diz .

O nosso apuramento foi feito por um ponto em todo lado , o espirito era igual ou pior do que agora , humildade idem .

Os factos :

. tínhamos um campeonato nacional mais competitivo
. as equipas com qual disputávamos ainda estavam no inicio do seu desenvolvimento : Rússia (investimento num campeonato nacional profissional e a exportar jogadores ) e Geórgia ( tinha começado a sua política de exportar para França e inicio de grande investimento no rugby, tinha vindo de uma guerra civil )
. a Roménia passou incómoda porque à muito que tinha muitos jogadores em França e com experiência internacional

Veja-se o resultado do apuramento para 2011
. Geórgia isolada
. Rússia em segundo
. Roménia em terceiro

Neste momento temos a Espanha que mudou de política , joga com Franceses na sua maioria ou naturalizados , e este é o resultado

Quando a Geórgia , Roménia , Rússia e agora Espanha tem um grande nº de jogadores a jogar em campeonatos mais competitivos é natural que subam em relação a nós .
Nós temos meia dúzia de luso descendentes , alguns de qualidade duvidosa e mais meia dúzia em Portugal para compor a selecção , e a verdade é que isso não chega .

Mas deixo no ar , onde está o trabalho pós mundial 2007 , alguns jogadores tiveram por eles a iniciativa de rumar a França , foi continuado ou planeado pela FPR ?, não . Deu-se continuidade a esse fluxo ?, não . O que se promoveu foi a sua concentração em Lisboa para um trabalho de exclusividade remunerado , e resto é história , campeonato nacional sem continuidade e competitividade , foi deteriorando ano após ano e o não apuramento para 2011 como resultado.

Com isto ,Onde estão os primeiras linhas , segundas , terceiras e linhas atrasadas fruto de um trabalho orientado e planeado ? não houve , foi uma política de por todos ovos num cesto em que se GASTOU , GASTOU e mais GASTOU para nada , o resultado este .

Neste contexto quem dirigiu o rugby nesse momento também deviam assumir as suas responsabilidades , o Didio , o Tomás etc , o que comandavam o barco à altura . Neste momento temo que o mesmo erro se repita , os indícios estão à vista , não existe uma visão ou estratégia para o futuro , existem uns documentos ou power points que alguns se especializaram em fazer e apresentar ,mas que daí nada resulta .


Miguel

Anónimo disse...

SEm tirar o mérito da qualificação para o mundial de 2007, tivemos muita sorte daqule 2º linha ser infantil e ter dado um pontapé ao vasco uva...

Jose Silva disse...

reduzir a DH só vai aumentar o fosso entre os primeiros 3-4 e os restantes. E depois os 3-4 jogam pouco, têm menos oportunidades de rodar jogadores e estes vao para outros clubes, treinam com niveis mais baixos, etc...

Vejamos este ano. Se o Belenenses, CDUP e Benfica (o Técnico parece da 3ª categoria este ano, desculpem) só jogassem entre eles mais os clubes da 1ª Divisão, estariam a nivelar-se por baixo. Mas o Belenenses, por exemplo, foi subindo de nivel ao longo da época.

Uma DH com 6+6 e depois 4+4+4 parece muito interessante, ou mesmo 10 ou 12, com uma fase final 5+5 ou 6+6.

As equipas mais fracas jogam com os "grandes" e têm de aumentar o seu nível. Os "grandes" podem rodar o plantel nos jogos mais acessíveis, tornando estes até mais competitivos. Isto se for um campeonato seguido, pois o rugby é um jogo duro e um jogador parar 1 fim de semana até pode ser benéfico, pois recupera das mazelas.

Ou então criar 2 campeonatos, como existe a Taça da Liga. Um campeonato principal quando não há jogos da selecção e outro quando há.

Mas acima de tudo tem de haver uma decisão de a prioridade é o Camp. Nacional ou a Selecção. Se é a Selecção os clubes têm de receber apoios por cada jogador convocado, para apostarem na formação e os jogadores nao-convodados sejam também competitivos e manter a equipa competitiva a jogar o campeonato, mesmo quando há jogos da selecção.

E embora os jogadores tenham clubes, os selecionados formam uma especie de clube nacional, disputando as 6 Nacoes B e jogando amigaveis nos "tempos mortos". Eventualmente poderiam jogar uma fase final do Camp. Nacional após o 6 Naçoes.

Anónimo disse...

Caro GD,

Sobre a contratação de um jogador para a fase final, os regulamentos permitem isso e no passado outros o fizeram. Talvez os regulamentos devessem ser mudados, mas isso não é o essencial. Isso é apenas mais um sintoma da campeonite bimba do rugby português.

Quem é que quer saber disso? Os do costume, os que vão escrever imensos posts polemizando sobre o assunto, como se o campeonato interessasse a alguém, como se os outros clubes se o pudessem fazer não fossem a correr fazer o mesmo. Não interessa a ninguém, a não ser aos que o jogam, às famílias e a mais meia dúzia.

A segunda parte do seu comentário parece-me muito mais importante.

O que os clubes querem é ganhar o campeonato. Até aqui tudo bem. Mas querem ganhá-lo a qualquer preço. Venham estrangeiros que a gente paga-lhes. Como? Contraindo dívidas ou usando o dinheiro dos patrocinadores e da formação. E agora que estamos endividados ou que estoirámos o dinheiro dos patrocinadores e da formação, queremos dinheiro!

Venham os lucros das escolas de formação que a gente usa-os, não para melhorarmos a formação (aí é só poupanças), mas sim para ganharmos mais um anel, perdão, mais um campeonato. Enquanto não tiverem um dedo em cada anel não descansam. E não se apercebem que o país não é só feito de pacóvios que se impressionam com anéis, sejam eles de ouro ou de plástico.

Os clubes, nomeadamente através daqueles que vão colocando à frente da federação, têm provado ao longo dos anos que se estão completamente maribando para o desenvolvimento global do rugby português. Vivem fora da realidade, confundem o seu minúsculo mundo com o mundo, não se apercebem que o país se interessa por uma qualificação para a RWC mas que não quer saber para nada quem é que vai ganhar o campeonato.

Pedro Martins

Anónimo disse...

Estou totalmente de acordo , neste momento o pensamento devia ser para uma política sustentada para o futuro , que possivelmente passaria pelo mundial de 2019 e os seguintes .

MT

Anónimo disse...

xv ? 6+6 ou 4+4 ou 3+3 ? é mais ou menos igual ao litro. muito importante seria dar condições (especialmente campos) aos melhores clubes do país. só esses têm conhecimentos para formar jogadores e treinadores. eles depois que tratem de fazer 3 ou 4 equipas cada um. lisboa/cascais, coimbra/lousã, porto/arcos (mais uma ou outra excepção) é que têm que puxar pelo rugby. mais do que uma "elite" na fpr o que precisamos é de 10 ou 15 "elites", uma em cada clube. o que não precisamos é de torneios de sevens de são brás de alportel a vila nova de foz côa.

Anónimo disse...

dar condições? olha outro que quer o subsidio! os clubes é que têm de criar as condições para crescerem. há ai muitos clubes recentes, com muitas condições e ninguém lhes deu nada!
Agronomia tem das melhores condições e eles próprios as criaram e desenvolveram.
Só aceitaria esses "dar condições" e apoios se fosse a FPR ou o Estado e depois a FPR pudesse usar esses campos para torneios, finais, amigáveis, selecções, etc

Anónimo disse...

Parece-me que faz algum sentido fazer-se a experiência dos 6+6, passando a 4+4+4, mas deveria ser feita nas duas divisões. Não só se mantinha o modelo mas acima de tudo, criava-se um 2ª liga mais forte. Até iria mais longe e tentaria alterar o modelo da 2ª divisão, mantendo o carácter regional, mas dando-lhe mais competição e estabilidade e criando uma 3ª divisão (actuais emergentes) - com subidas e descidas. Competição a doer em todas as provas.
Para isso será preciso dar mais condições aos clubes (a todos os Clubes). Alguns acharão que a 2ª divisão conta pouco mas neste momento tem mais equipas em competição que a DH e 1ª juntas.

Anónimo disse...

campos amigo. o cdup tem uma boa escola e anda a jogar em sintéticos a 50 km do porto e/ou nos intervalos das regionais de futebol, o benfica com outra boa escola está em queda porque teve que ir para uma zona onde não capta formação, o direito tem muita formação mas tem o campo esgotado e careca, o cdul e o belenenses com duas grandes escolas alugam sintéticos, o cascais ..., a académica está quase igual ao cdup, ... . e convença-se o meu amigo que se estes clubes não têm condições para criar "elites" chapéu.

Anónimo disse...

Quando se fala sobre aumento da competitividade do rugby português, aparecem sempre uns a dizer que isso só se consegue com o aumento da divisão de honra, outros com a sua diminuição. No entanto, se olhassem com um pouco de atenção para os ultimos 15 anos verificariam que nesse período o campeonato já foi disputado por 6 equipes, por 8, por 12. E a unica coisa que quase nunca se alterou foi o facto de que sempre existiu um fosso relativamente grande entre os primeiros e os outros. Com isso quero dizer que se calhar está na hora de vermos que se calhar o problema do nosso campeonato não está no numero de clubes, mas sim na forma como estes se organizam, como gerenciam os seus recursos humanos, se tem ou não campo, se tem ou não bons treinadores, e em que numero, etc...
Quanto a discussão de mandarmos jogadores para fora, como fazem os georgianos, Romenos e etc., é preciso ter atenção se os jogadores portugueses quererão ir como fazem os jogadores desses países. É que na sua maioria, os clubes que iriam, seriam, pelo menos numa fase inicial, de escalões mais baixos, tais como federale 1 e 2, ou 3ª divisão inglesa, ou mesmo regional (uma ou outra excepção poderia jogar acima, mas poucos).E esses clubes na sua maioria são de terras pequenas, não pagam muito. E a esmagadora maioria dos nossos jogadores vem de um estrato social médio a elevado, quase sempre tiram cursos universitários e esperam e querem bons ou pelo menos razoaveis empregos, e poucos ou quase nenhum arriscam mais do que um ou dois anos no estrangeiro a jogar num clube pequeno e a receber um pequeno salário.
Por isso digo que quando se discute o nosso rugby, há que parar de utopias, e começar a pensar no que temos e como vamos evoluir.
Por fim recordando novamente a nossa história, lembro que até meados dos anos 90, Portugal estava num patamar muito similar a Alemanha (umas vezes ganhavamos, outras perdiamos), Bélgica (umas vezes ganhavamos outra perdiamos), Polonia, Andorra, Suíça e etc... e abaixo da Urss (depois Rússia), Georgia, Espanha, Republica Checa, etc...
E com uma geração de treinadores (JP Bessa a cabeça, mas também Marques Pinto, Luis Claro, Jorge Lemos, Dídio Aguiar,Tomás Moraes, e varios outros), passou-se a apostar nos escalões mais jovens, passou-se a dar experiência internacional a um conjunto maior de jogadores, que culminaram no grande feito do apuramento para o Mundial de 2007.
Feito este que deve ser lembrado como isto mesmo, um feito e um reflexo de um longo trabalho.

Anónimo disse...

O nosso apuramento para o mundial 2015 não tem nada haver com campeonatos mais competitivos, nem com novos modelos 6+6, 5+5, 4+4+4, etc. etc., nem com jogadores dos seven a jogar nos 15, tem simplesmente haver com a qualidade dos nossos jogadores. Um lote de jogadores como aquele que houve em 2007, acontece uma vez na vida. 30-40 jogadores com a qualidade, condição fisica, amor á camisola, honra e orgulho em vestir a camisola nacional, amadores 100% (excepto 1 ou 2 jogadores)bem orientados por uma boa equipa técnica portuguesa acontece, como disse, uma vez na vida! Neste momento o rugby português não tem jogadores com a qualidade dos nossos da selecção de 2007, e tem presentemente muito jogadores a quem se paga para virem jogar na selecção, muitos luso-descendentes e estrangeiros que não sentem da mesma maneira a nossa camisola, como sentiam os nossos amadores de 2007. Esta é que é a grande questão, perdeu-se o amor á camisola, o que se percebe, e começa logo no Errol Brian, é natural que não sinta o mesmo que o Tomás Morais sentia quando treinava a selecção. Os UVas, o Pipas, o Aguilar, o Pipoca, estes mais antigos na selecção e que estiveram no mundial 2007 certamente notam a diferença que há hoje em dia no ambiente que havia em 2007. Totalmente diferente jogarem com colegas de equipa profissionais do que jogarem com amadores, que jogam por gosto e prazer! Esta é a grande diferença e grande questão! Continuo a dizer, acho quase impossivel voltarmos a um mundial porque é a regra no rugby português, a excepção foi termos ido uma vez porque tivemos uma geração de grandes jogadores, e presentemente não vejo qualidade na selecção actual.

Anónimo disse...

Convem lembrar que fomos ao mundial de França com a ajuda dum 2ª linha do Uruguai e não fomos ao da Nova Zelândia por uma errada opção numa jogada no ultimo minuto contra a Geórgia.
Aliás em futebol Portugal foi a Inglaterra em 66 e depois esteve mais de 20 anos a chupar no dedo.

Anónimo disse...

Pois, é evidente: os jogadores jogam nos clubes com colegas de equipa profissionais e não lhes faz confusão nenhuma.
Mas quando chegam à selecção:
- Eh pá, estão aqui uns profissionais, isto assim não me motiva.
- Mas olha que alguns deles jogam contigo no clube.
- Jogam no meu clube? Olha, nunca tinha reparado.

Por favor...

Anónimo disse...

Sem dúvida!!!!

Anónimo disse...

Comentário ridículo e nada corresponde À realidade , de alguém que não conhece e não quer conhecer o que se passa . Muito populista e cheio de demagogia como é hábito no nosso país . Quando a seleção estiver no mundial de 2015 talvez a teoria seja outra .

Abraço

Great_duke disse...

Uma coisa que é dita muito pouco e é uma das razões que explica haver uma concentração de jogadores de qualidade acima da média nos clubes de Lisboa é o facto de muita gente vir trabalhar/estudar para a capital pois esta oferece oportunidades que não se conseguem noutras partes do país.

Num rugby maioritariamente amador como o nosso, o emprego acaba por ter um peso grande nas decisões dos jogadores.

E isso nunca irá mudar...

Great_duke disse...

Uma coisa que é dita muito pouco e é uma das razões que explica haver uma concentração de jogadores de qualidade acima da média nos clubes de Lisboa é o facto de muita gente vir trabalhar/estudar para a capital pois esta oferece oportunidades que não se conseguem noutras partes do país.

Num rugby maioritariamente amador como o nosso, o emprego acaba por ter um peso grande nas decisões dos jogadores.

E isso nunca irá mudar...

Anónimo disse...

Mas as condições são os clubes que as têm de criar e não a FPR. Porque é que a FPR deverá dar campos a esses clubes e não dar ao Montemor, Évora, Belas, S.Miguel, Santarém ou outros que também têm muitos jogadores e formação?
Se o Loulé tem um campo próprio e o belenenses nao tem, é por mérito do Loulé e o Belenenses também tem obrigação de o fazer.
Não gastem mal o dinheiro, cobrem quotas aos jogadores, angariem mais sócios, mais patrocínios. etc.