6 de junho de 2013

GRAND PRIX SEVENS - O PRIMEIRO PASSO

Realiza-se em Lyon, este fim de semana, a primeira etapa do Grand Prix Sevens da FIRA-AER, em que Portugal participa com o peso de ser uma das melhores equipas da Europa.

O GPS é o herdeiro do campeonato da Europa que foi disputado pela primeira vez em 2002, e que se disputava em duas fases.

Na fase qualificativa cada equipa participava em dois de uma série de seis ou sete torneios, e apuravam-se 12 equipas para um torneio final, onde era então encontrado o campeão da Europa.


Portugal teve um trajecto de grande valor nessa competição, vencendo sete das nove edições da prova que se disputou de 2002 a 2010.

Claro está, como é habitual, há uma certa tendência em desvalorizar estas vitórias, com o argumento de que as principais potências não participaram da prova.

Talvez seja verdade, mas o que é certamente verdade é que Portugal das sete vitórias, derrotou a Geórgia uma vez na final (2002), a Rússia em duas ocasiões (2005 e 2006), a Itália em 2004, a França em 2003 e 2010 e o País de Gales em 2008.

Dos grandes, só faltou a Inglaterra...

E é nas prateleiras da FPR que se encontram as taças correspondentes a essas vitórias, não em Paris, nem em Cardiff, nem em Roma, nem em Moscovo, nem em Tbilissi...

Estão todas na Julieta Ferrão!


Mas enfim, em 2011 tudo mudou, e depois de conseguido o acordo das equipas britânicas para participarem num Campeonato da Europa, foi decidido que essa prova seria disputada no sistema de Séries, compostas por quatro torneios em 2011 (Lyon, Moscovo, Barcelona e Bucareste), e a partir de 2012 por três torneios (Lyon, Moscovo e Odense em 2012).

Em 2011, com a participação de 12 equipas, entre as quais a Inglaterra, o País de Gales, a França e a Itália, além da Espanha e da Rússia, sabem o que aconteceu?

Portugal voltou a ganhar!

E desta vez já não faltou a Inglaterra... Estavam lá todas...

Mas Portugal não conseguiu resistir ao maior peso da oposição que em 2012 incluía a Escócia, além daquelas equipas de 2011, e afundou-se na classificação final e ficou em segundo lugar, atrás da Inglaterra e com menos dois pontos na tabela que o novo campeão...

Um péssimo resultado...


Ou seja, o que vão agora dizer os capetas do costume sobre a competência de Portugal na especialidade, quando, mesmo com todas as grandes equipas presentes, a nossa equipa continua a ocupar lugar de grande relevo?

Façam-me o favor!

Note-se pelo contrário, que estes resultados brilhantes têm sido alcançados sem que a equipa tenha sido especialmente favorecida na sua preparação - bem pelo contrário! - e nós temos feito uma sistemática campanha nestas páginas, para que seja dada à nossa seleção de sevens o valor, importância e prioridade que se justifica plenamente.

Este ano, o GPS começa agora, nos dias 8 e 9 em Lyon, mas será interrompido até Setembro, quando se realizarão as duas restantes etapas - Manchester e Bucareste - para que tenha lugar, nos dias 28 a 30 de Junho, em Moscovo, o 7º Campeonato do Mundo de Sevens.

Como este ano Portugal ficou de fora do Nations Cup, e como não havia mais nenhuma competição, a seleção de sevens encontra-se a treinar sevens desde que acabou a Divisão de Honra, com os olhos postos especialmente no Campeonato do Mundo.
Nessa perspectiva tem havido um intenso trabalho físico - que pode ter alguns efeitos nefastos em Lyon - para que a equipa chegue na máxima força a Moscovo no final do mês.

Mas uma coisa é certa - pela primeira vez desde há muito tempo, arriscamos mesmo em dizer que nunca antes a seleção de sevens teve tanto tempo e tranquilidade para treinar sevens como desta vez,

O que, obviamente, aumenta a sua capacidade competitiva mas também a sua responsabilidade em termos de resultados...

Depois de sabermos que durante todo o ano a equipa apenas treinou em conjunto nas vésperas dos torneios, e já no local de destino, sempre queremos ver como ela se portará agora.

E mesmo sabendo que o objectivo principal é o Mundial, é natural que se exija um comportamento acima da média em Lyon, que deixe em aberto todas as possibilidades de uma boa classificação no conjunto da prova, que, como já referimos, se conclui apenas em Setembro.

3 comentários:

Anónimo disse...

Nessas ditas conquistas , até pelos os adversários na final mostra o que era o nível no passado , amador , fomos os melhores dos amadores porque nos preparávamos mais e melhor que eles , hoje já não é assim , somos amadores e os outros profissionais .

Anónimo disse...

E não foi 2007 por causa do RWC em França

Anónimo disse...

E em 2007 nao fomos porque numa das etapas tínhamos jogadores que ninguém sabe quem são: João David, Pedro Braga, Filipe Luís e Filipe Saldanha? E obtivemos maus resultados....