25 de junho de 2013

JOGADOR DO ANO DE SEVENS SERÁ ESCOLHIDO EM MOSCOVO

A escolha do jogador do ano de sevens começou a ser feita em 2004 e, sem surpresa, dos nove eleitos, quatro foram neozelandeses.

E este ano, para marcar bem a posição dos All Blacks Sevens no concerto das equipas, dois dos nomeados são neozelandeses...

Mas a África do Sul também apresenta dois nomeados, com Samoa, Quénia, Inglaterra e Fiji, a verem também, cada uma delas, um candidato na luta.

Uma novidade deste ano é a eleição da primeira Jogadora de Sevens do Ano, com cinco candidatas a discutirem o lugar, distribuídas por quatro origens apenas - Nova Zelândia (2), Canadá, Inglaterra e Holanda, com uma candidata cada.

A HISTÓRIA DO PRÉMIO
2004 foi o ano da estreia desta eleição, e a escolha recaiu no inglês Simon Amor, que representou o London Irish antes de passar pelos Harlequins, Blackheath e Coventry, e que assinou um contrato profissional com o Gloucester em 2002, ano em que representou a Inglaterra em Sevens, nos Jogos da Comunidade Britânica. Depois da sua escolha como o Melhor do Ano, Simon foi uma peça fundamental na vitória do Gloucester no Middlesex Sevens em 2005, e, mudando para o London Wasps em 2006, voltou a vencer o prestigiado torneio como playmaker da equipa.
Em 2008 Simon Amor mudou de novo, desta vez para o London Scotish, onde ainda hoje se encontra, como Diretor de Rugby desde 2011.

2005 marca a primeira eleição de um neozelandês como Melhor Jogador de Sevens do Ano, tendo a escolha recaído em Orene Ai'i, um samoano que representou a sua terra natal em sevens no ano de 1998, antes de representar a Nova Zelândia, de 1999 a 2005...
Orene jogou na Super Rugby pelos Blues - foi campeão em 2003 - antes de jogar no Japão e em França.
Em 2012 regressou à Nova Zelândia para representar Northland na ITM Cup.

Em 2006 outro samoano, Uale Mai Vala, venceu o prémio, desta vez em representação de Samoa.
Uale Mai é o mais internacional jogador de sevens de Samoa e tem a particularidade de ter representado o CR Salvador na época de 2010-11, na posição de médio de abertura.
Além do prémio de Melhor do Ano de 2006, Uale venceu o prémio de melhor jogador do torneio Hong Kong sevens de 2007, e em 2008 recebeu o prémio do Melhor Jogador (XV) do Ano na Samoa.

2007 vê outro neozelandês vencer o prémio de Melhor do Ano de Sevens, tendo a escolha recaído em Afeleke Pelenise.
Pelenesi dedicou-se desde 2005 praticamente apenas aos sevens, tendo marcado nesse ano 41 ensaios nas Séries Mundiais, 11 dos quais no derradeiro torneio, em Londres.



Em 2008 é o ano de ouro de DJ Forbes, o atual capitão da equipa da Nova Zelândia, que soma já 56 torneios das Séries disputados e mais de uma centena de ensaios.
DJ começou a sua carreira internacional nos sevens em 2006, e desde então tornou-se numa peça fundamental das equipas de Gordon Tjetens.

Ollie Phillips foi o vencedor do prémio em 2009, assinou um contrato profissional com a RFU em 2012, e apesar de não estar incluído na equipa que se encontra em Moscovo, é sem qualquer dúvida uma referência dos sevens ingleses e mundiais.
Ollie começou a sua carreira em 2004, e até 2009 participou em 17 torneios das Séries Mundiais, tendo capitaneado a equipa em 2008-09.
Depois Ollie Phillips mudou-se para o Stade Français, onde ficou por duas épocas e disputou a final da Amlin Challenge Cup em 2010.
Lesionado, fez uma breve passagem pelo Gloucester no final da época 2011-12, tendo então assinado pela federação inglesa.

Mikaele Pesamino foi o segundo representante de Samoa a vencer o prémio de Melhor Jogador de Sevens do Ano, em 2010, mas ele foi descoberto primeiro pela sua velocidade, que deu nas vistas numa competição de atletismo, e só depois se dedicou ao rugby e aos sevens.
Pesamino jogou simultaneamente ao rugby e ao Australian Rules, em que também representou Samoa em 2002 e 2005 no Australian Football international Cup.
Em 2009 estreia-se na seleção de sevens da Samoa, e depois de vencer o prémio de Jogador do Ano, assinou um contrato com o Sale Sharks na época de 2010-11.
Antes disso disputou a Air New Zealand Cup (hoje ITM Cup) entre 2007 e 2010.

2011 foi o ano de Cecil Afrika, o sul-africano que se tornou conhecido no Campeonato do Mundo de Sub-20, em 2008, e logo no ano seguinte fez a sua estreia nos Blitzbokke no Dubai, em Dezembro de 2009.
Mais tarde, no Las Vegas Sevens dessa época, Cecil teve a sua primeira lesão na final que a África do Sul venceu, derrotando as Fiji por 12-7, o que o não impediu de disputar os Jogos da Comunidade Britânica em Delhi, na India, em Outubro desse ano, e conquistar o respetivo título.
Em Dezembro de 2010, no George Sevens, Cecil Afrika sofreu nova lesão, que o impediu de disputar o Wellington Sevens, mas mesmo assim o jogador sul-africano foi o melhor marcador do ano, com 385 pontos marcados, incluindo 40 ensaios.
Agora, em plena forma, Cecil prepara-se para brilhar no Mundial de Moscovo, mesmo não tendo recebido nenhuma nomeação para o prémio deste ano.

Tomasi Cama foi o quarto kiwi a vencer o prémio de Jogador de Sevens do Ano, em 2012, depois de uma época espetacular em que marcou  nada menos que 390 pontos ao serviço dos All Blacks Sevens.
Tomasi Cama conta com mais de 60 torneios realizados com a camisola preta desde a sua estreia em 2005, e está este ano de novo presente num Mundial, apesar de não ser um dos nomeados para a repetição do prémio de melhor do mundo.

COMO SE PROCESSA A ELEIÇÃO EM 2013
A IRB nomeou oito candidatos ao prémio de Jogador de Sevens do Ano, e cinco candidatas ao prémio de Melhor Jogadora de Sevens, como dissemos na abertura deste artigo, e a decisão final quanto aos eleitos será tomada em Moscovo, em duas fases.

Num primeiro momento, a lista será reduzida de acordo com diversos critérios, entre os quais uma votação pública que está em curso - você pode votar aqui www.facebook.com/irbsevens, para o jogador homem, e aqui para a jogadora mulher www.facebook.com/irbwomens - e os nomes finais serão anunciados após o termo da fase de apuramento, no sábado.

No domingo, serão então anunciados os dois vencedores, entre os homens e entre as mulheres.

QUEM SÃO OS CANDIDATOS HOMENS
São oito, dos quais dois neozelandeses e dois sul-africanos, um queniano, um samoano, um fijiano e, (enfim!) um inglês.

Gillies Kaka é o primeiro dos neozelandeses, e a sua indicação foi algo surpreendente, já que se trata de um jogador estreante, mas que deixou uma forte impressão da sua participação nas Séries Mundiais desta época.
Gilles tem 23 anos, 1,83 mt e pesa 85 kg.

Tim Mikkelson é o segundo neozelandês indicado para o prémio, em parte devido às suas características físicas - alto, rápido e poderoso - e também às suas qualidades de líder, que o levaram a comandar a equipa, ennquanto durou a ausência, por lesão, de DJ Forbes.
Tim tem 26 anos, 1,91 mt e pesa 102 kg.

Cornal Hendriks é o único dos dois sul-africanos nomeados que estará presente, estreou-se na seleção de sevens na época 2011-12, no torneio da África do Sul, e desde então realizou 16 torneios das Séries Mundiais.
Cornal tem 25 anos, 1,88 mt e pesa 85 kg.

Frankie Horne é o outro jogador sul-africano nomeado, completou 50 torneios nas Séries Mundiais em Glasgow, é o natural capitão da equipa e homem de confiança de Paul Treu, mas, por lesão, não estará presente em Moscovo, o que torna mais difícil a sua eleição.
Frank tem 30 anos, 1,83 mt e 105 kg.

Afa Aiono é o representante de Samoa nesta eleição, e completou em Londres a sua 35ª participação num torneio das Séries mundiais, e estreou-se na equipa nacional em Dezembro de 2009, no Dubai.
Afa tem 24 anos, 1,85 mt e 96 kg.



Willie Ambaka é do Quénia, e tem todas as características que geralmente associamos aos jogadores africanos, mas a sua alcunha de Big Willie ou Lomu queniano, dizem tudo quanto à sua presença em campo, e foi recentemente contratado pelo Lyon de França.
Willie tem 23 anos, 1,93 mt e 98 kg.

Joji Baleviani é a nova estrela do rugby fijiano, e apenas com 11 torneios das Séries Mundiais disputados, ocupa já um lugar de destaque nas preferências dos que gostam do estilo de jogo dos jogadores das ilhas do Pacífico, e com os 25 ensaios que marcou nas Séries Mundiais desta época, ficou na segunda posição dos marcadores, logo atrás de Dan Norton.

Dan Norton é o único jogador do hemisfério norte escolhido para esta lista prévia, e representou a Inglaterra em 34 torneios das Séries mundiais, marcando um total de 127 ensaios, incluindo 52 nesta época, o que o levou ao segundo lugar dos marcadores ingleses, atrás de Ben Gollings que continua na frente com 220.
Dan tem 25 anos, 1,80 mt e 82 kg.

QUEM SÃO AS CANDIDATAS MULHERES

Jennifer Kish (Canadá)
Emily Scarratt (Inglaterra) 
Kelly van Harskamp (Holanda) 
Kelly Brazier (Nova Zelândia)
Kayla McAlister (Nova Zelândia) 

Fotos: www.zimbio.com, www.rugbydefined.com, www.en.wikipedia.org, www.espnscrum.com, rwcsevens.com, www.blitzbokke.com. www.worldblog.nbcnews.com, irb.com


3 comentários:

Anónimo disse...

Que tal escolher tambem o jogador português de sevens do ano?

Manuel Cabral disse...

Durante os dias do Mundial vamos por em votação o Melhor Jogador Português em Moscovo.
A votação estará aberta desde a hora do nosso primeiro jogo, na sexta feira às 14,12 h, até domingo às 18,45 h.

Great_duke disse...

É curioso ver que, exceptuando o Forbes, todos os neozelandeses que ganharam o prémio são originários das ilhas do pacifico, o que demonstra bem:
- a propensão natural que estes têm ara os 7s e
- a impeortância desse viveiro para o rugby neozelandês.

Por tudo o que fez ao longo da sua carreira (e não particularmente por esta época) votaria no Tim Mikkelson, mas acredito que a popularidade dos quenianos poderá dar o título ao Ambaka (grande jogador também).

Acho que a votação tem de ter em conta a prestação no Mundial...