3 de junho de 2013

MUDANÇAS EM ESPANHA

O Valladolid renova o título de campeão de Espanha, ao vencer a Santboiana por 27-25 na finalíssima da División de Honor, depois de ter chegado aos derradeiros minutos da partida com a desvantagem de 13-25, e com o ensaio vencedor a ser marcado mesmo no último suspiro da partida.

Mas o VRAC não irá disputar a Amlin Challenge Cup de 2013-14, já que o lugar supostamente reservado para o campeão em título será ocupado, a exemplo do que aconteceu em 2009-10, por uma seleção formada por jogadores da DH, sob inteira responsabilidade da FER, que retomará o nome de Olympus Rugby XV, não se sabendo ainda se retomará ou não as cores e o equipamento daquele ano.


Esta é uma das três grandes novidades anunciadas pela Federação do país vizinho, após a realização de um Congresso que reuniu as forças do rugby espanhol durante todo o final de semana, e que teve como consequência direta a alteração da estrutura competitiva em Espanha, numa transformação que levará duas épocas a concretizar.

Assim, já em 2013-14, enquanto a Divisón de Honor continuará a ser disputada por 12 equipas, num grupo nacional único, a División de Honor B será disputada por três grupos de nove equipas (Norte, Este e Sul) e a Primera Nacional por três grupos com a mesma divisão geográfica, mas com oito equipas em cada um.

Quanto a 2014-15, continuando a existir a divisão de topo de âmbito nacional com 12 equipas, será criada uma Segunda Divisão nacional, com os grupos geograficamente separados em Norte Este e Sul, com 12 equipas em cada um.

Os grupos regionais vão incluir equipas das seguintes regiões:
Norte:
Galicia, Asturias, Cantabria, País Vasco, La Rioja, Navarra e Castilla y León
Este:
Cataluña, Valencia, Aragón e BalearesSul:
Madrid, Extremadura, Castilla-La Mancha, Andalucía, Murcia e Canarias


A terceira novidade divulgada agora pela FER diz respeito à seleção nacional principal de Espanha, com a saída de Bryce Bevin, que deixa o cargo de selecionador nacional para que havia sido nomeado no ano passado, ficando em aberto os cargos de selecionador e treinador nacional, para os quais não foram indicados nomes.
Os treinadores neozelandeses não se deram bem pela Península Ibérica...

10 comentários:

Anónimo disse...

Não sei porque Portugal não apresenta uma equipa na Amlin Cup. No entanto a se confirmar esta noticia de uma selecção de jogadores dos clubes espanhois a actuar na competição europeia for verdade só antevejo um futuro pouco risonho para nós. Os espanhóis em Sevens já são mais profissionalizados que nós e em XV já começam a ganhar a dianteira (principalmente com esta selecção que terá certamente um ritmo competitivo muito maior).

que se dê uma aposta na geração dos 22 anos e nas que vêm a seguir por modo a termo uma selecção minimamente competitiva no futuro.

Anónimo disse...

Quanto a dizeres porque não se faz o mesmo em Portugal só há um pequenino problema. A dimensão da Espanha comparada com Portugal. O estranho era a Espanha estar atrás de nós em rugby. Tentemos o melhor, mas deixemo-nos de comparações.

Anónimo disse...

Boa Noite

A dimensão de Portugal não é um problema em si mesmo, bem como o numero de habitantes. A Irlanda, Gales, Escócia e Nova Zelândia têm duas vezes menos habitantes que Portugal. O problema é a falta de cultura desportiva de Portugal em que desporto é sinónimo de Futebol, enquanto a Espanha tem uma cultura desportiva muito desenvolvida, senão veja-se a quantidade de equipas e de atletas de topo que tem em numerosas modalidades.
Em Portugal os jovens não praticam desporto, veja-se a quantidade enorme de festivais de musica e de concertos e como as grandes empresas preferem investir neste tipo de ócio em vez de o fazer no desporto. Em Espanha são numerosas as empresas que apostam no Desporto como forma de se promoverem e em Portugal quantas o fazem? Em Espanha o apoio e os patrocínios das empresas ao mundo desportivo são uma realidade e em Portugal? em Espanha existe desporto escolar e em Portugal? Em Espanha as federações têm que mostrar resultados a diversos níveis sob pena de perderem apoios e em Portugal? O comité Olimpico em Espanha coordena o Desporto e a politica Olimpica e em Portugal? depois e como resultado de tudo isto é fácl para Espanha crescer em qualquer desporto, enquanto em Portugal como nada está construído, como o desporto resulta do esforço de carolas, os resultados estão também à vista.

Anónimo disse...

Estás enganado. A FPR candidatou-se a um lugar na Amlin Cup só que não tendo havido desistencias não há lugar para qualquer equipa portuguesa.
O Presidente já tinha afirmado publicamente que goataria que Portugal pudesse participar com a Academia.

Anónimo disse...

Em Portugal, mesmo entre os dirigentes dos principais clubes, sabe-se pouquíssimo sobre o rugby espanhol.

E,ainda em Portugal, não se sabe NADA sobre algumas manobras do passado envolvendo 1 ou 2 portugueses e vários espanhóis - na sua maioria - nada recomendáveis (é ver onde eles estão agora).

O CDUL e o CDUP, por exemplo, nunca perceberam o que se estava a tramar nas suas costas.

Por outro lado, em Espanha não se sabe NADA sobre o rugby português, ao ponto de aceitarem um dirigente dum clube - sem mandato de ninguém - como representante duma inexistente associação de clubes portugueses.

Factos:

Clubes espanhóis que disputaram a Challenge nos últimos anos:

1. El Salvador - os grandes impulsionadores da SIR (no tempo de Ernesto Candau); completa bancarrota; nunca devolveram o dinheiro aos que investiram na pseudo-franchise Los Vacceos (tb quem investiu nessa treta era como se estivessre a pagar para a substência da família do soldado desconhecido); não sabe se na próxima época poderá diputar a DH; a culpa é do... ayuntamento (município) que não apoiou a sua megalomania. Entretanto, na mesma cidade, Valladolid, o VRAC disse que não à patetice da SIR e às ilusões do professionalismo total e acaba de vencer o campeonato, sem tir ido à falência.

2. CRC Madrid, em falência após vencer o campeonato, a Taça e a SIR (uauuuuu!); pede auxílio à FER e lá vai o Olympus com um pilar lesionado disputar o 1º jogo. Na época seguinte vendem (sem aspas) o seu ligar na DH (em Espanha isto é totalmente regulamentar e sucede muitas vezes).

3. La Villa (arredores de Valência) - tinha mais estrangeiros que espanhóis; deixou de pagar ordenados; completa bancarrota; já desceu ao 2º escalão, mas as dívidas são tantas qu nem sabe se não terá que ir disputar o 3º escalão (entretanto contribuiu para enfranquecer os que trabalham a sério o rugby na região de Valencia: CAU Valencia e Los Abelles).

4. Ordizia - estes é que eram porque os clubes bascos têm fortes apoios dos ayuntamentos (municípios) e doutros poderes locais; o que é um facto é que se reforçaram muito, ganharam dois jogos na Challenge, mas... estoiraram financeiramente.

Entretanto, por cá, os entendidos continuam a pensar as futuras relações entre o rugby de Portugal e de Espanha, na quase completa ignorância sobre o que é o rugby espanhol.

Não tenho qq esperança que isto mude porque isso implicaria, por um lado, perceber como um ou dois portugueses deram cabo duma cooperação verdadeiamente útil com Espanha e, por outro, que vários outros reconhecessem que não sabiam o que andavam a fazer naquelas últimas semanas de "negociação" sobre a SIR.

O Pedro Nunes sabia (o Amado da Silva, principal responsável do lado português por toda a confusão, às tantas estava completamente perdido) e terá actuado bem, mal ou pessimamente, mas duma coisa não tem culpa.

Não tem culpa que muitos tótós, completamente desconhecedores do processo que levou à situação patética das últimas semanas, armados em grandes negociadores tivessem feito uma tristíssima figura.

O futuro do rugby português passaria por uma competição de clubes com os espanhóis, mas isso nunca acontecerá. Os nossos dirigentes são demasiado incompetentes e/ou desconhecedores do que se vai passando no rugby espanhol.

Anónimo disse...

Caro Manuel Cabral,

Onde escrevi Ordizia, queria escrever Gernika.

Onde escrevi tótós, queria escrever mal-informados e ingénuos.

Se tem dúvidas sobre o que eu escrevi, fale com o Sr. Pedro Nunes. Há coisas que ele talvez não confirme (e, nesse caso, será interessante confrontar o que ele disser com o que eu digo), mas foi um dos poucos a acompanhar o processo QUASE desde o seu início.

Desde o início só mesmo o Sr. Amado da Silva, mas esse não confirmará nada do que eu disse.

Cumprimentos,

Pedro Saragoça Martins

Anónimo disse...

Caro anónimo das 22:07H 100% de acordo, os meus parabéns por tão lúcido comentário.Gostei dessa comparação dos festivais de música e do desporto, isso infelizmente é um problema cultural que vai muito além do desporto e é por isso que estamos como estamos social e economicamente.
Pedr Martins, era bom que já que escreveste com tana certeza nos ilucidasses um pouco mais sobre quem andou a tentar negociar em Espanha em nome dos clubes Portugueses e que é que andavam a negociar. Espero que não tenham sido os mesmos que há 4 anos tantas fizeram que acabaram com a taça Ibérica.

Anónimo disse...

e que tal elaborara aqui a votação para um xv do ano?

Anónimo disse...

Afinal parece que estes comentadores não sabem nada nem do rugby espanhol, português e muito menos das negociações da SIR.
Claro que a culpa foi do Amado da Silva quando organizou a Taça Ibérica com quatro clubes e transmissões de televisao , sem qualquer apoio da Federação do Didio e quando se opôs a pagar a tal franquia e que mandou os espanhois às malvas.
O Pedro Nunes nunca esteve neste barco, quem esteve metido até ás orelhas foi o Balula.
A cegueira contra o Eng Amado da Silva não pode apagar a historia e a verdade. Se querem saber o que se passou falem com ele ou com o Balula e não inventem.

Anónimo disse...

Mas quem é este sr. Pedro Martins ? Fala a coberto de quem ? Claro que se trata de um falso anonimo.