4 de março de 2013

LOBOS - COMO SERÁ O FUTURO?

Portugal está em plena luta pela conquista de um lugar no Mundial 2015, tendo disputado já três dos 10 encontros que vão ditar a classificação dos candidatos europeus à prova.

Claro que nos referimos aos europeus não-6 Nações, já que esses, estão pré qualificados para o evento, em virtude da sua classificação final no Mundial 2011 - o rugby é a única modalidade no mundo que qualifica diretamente para um mundial com 20 participantes, 12 dos participantes do mundial anterior...

Das oito equipas que estarão presentes, depois de passarem por um processo qualificativo, sete tem acesso direto à prova, através de competições regionais - África (apura 1 equipa diretamente e 1 para a repescagem), Américas (2 diretas + 1 repescagem), Ásia (1 direta + 1 repescagem), Europa (2 diretas + 1 repescagem) e Oceânia (1 direta) - e uma última sai do processo de repescagem.

Na Europa, que é o que nos interessa, duas equipas seguem diretas para o Mundial, e a terceira classificada segue para a repescagem.

Em 2007, os Lobos passaram por este processo, foram terceiros classificados na Europa, e depois venceram o torneio de repescagem (Grupo África-América-Europa), reservando dessa forma o bilhete para França.

E agora, como está a nossa situação em relação ao apuramento para Londres 2015?

Portugal começou a prova defrontando as duas mais fortes equipas do grupo - Roménia e Geórgia - e, naturalmente, perdeu.

Apesar da maior parte dos observadores, incluindo o Mão de Mestre, considerar que o encontro com a Roménia foi um jogo que poderíamos ter vencido, o resultado não espanta, e mesmo assim amealhámos o ponto de bónus defensivo.

O mesmo podemos dizer em relação ao jogo da Geórgia, em que a derrota foi também um resultado normal, apenas podendo lamentar termos perdido o ponto de bónus nos últimos minutos do jogo.

Mas, fora estes dois adversários, a quem ganhar será um extra, Portugal tem obrigação - se pretende manter viva a esperança de ir até Londres para jogar - de vencer os três restantes opositores, nas duas partidas que efetuará com cada um deles.

Para lhe dar uma melhor ideia do que estamos a dizer, apresentamos a seguir os quadros classificativos dos últimos três biénios - 2006-08, 2008-10 e 2010-12 - em que se pode verificar que ficar posicionado no terceiro exige um mínimo de cinco vitórias em 10 jogos, e neste caso deverão entrar em linha de conta os fatores de desempate, ou, para maior segurança, obter seis vitórias em 10 jogos.

Com estas seis vitórias o terceiro lugar fica praticamente garantido, tendo em consideração que os dois primeiros da tabela, poucos jogos perderão.

 2006-08
  
2008-10
2010-12

Voltemos então ao presente.

Dos adversários que temos que derrotar - Bélgica, Rússia e Espanha - vencemos a Bélgica, e o aspeto negativo foi não termos conseguido o pontos de bónus, e temos agora pela frente duas importantes tarefas - bater a Rússia em Coimbra, já no próximo sábado, e irmos depois arrancar uma vitória a Santiago de Compostela, contra a Espanha.

Se falharmos em qualquer destas obrigações, Londres ficará mais longe...

No saldo dos três jogos já realizados, a classificação é a seguinte:


Aqui se pode ver claramente a importância que os pontos de bónus podem vir a representar na hora de fechar as contas.

Neste momento, apesar de termos um único ponto de bónus, isso foi suficiente para nos colocar à frente da Rússia e da Bélgica, e no caso dos belgas, mesmo sem qualquer vitória, o valor dos bónus é mais evidente.


21 comentários:

Anónimo disse...

Vamos ver se o ponto bonus não conseguido contra uma fraca Bélgica não nos irá fazer falta, talvez seja decisivo. Esperemos que não...

Anónimo disse...

E curioso que nos quadros apresentados nunca tivéssemos ido além do 4 lugar na melhor das hipóteses , porque agora seria diferente ? Ainda porém sabendo que o treinador que esta por trás faz parte desta equipa técnica - Tomás Morais , por isso menos esperanças tenho na qualificação , mas não deixo de desejar a melhor das sortes aos jogadores porque estes sim merecem pelo enorme esforço que colocam num pais que nada quer haver com o desporto , abraço e boa sorte para sábado

Anónimo disse...

http://critica-directa.blogspot.pt/2013/03/ha-que-aprender-com-os-bravos.html?spref=fb

Anónimo disse...

Tb é curioso que no biénio 2004-06 ficámos em 3º lugar e fomos ao Mundial com o treinador... Tomaz Morais.

Anónimo disse...

Fomos sim senhora ao mundial , sempre até à última com a maioria dos jogos na repescagem ganhos à pele , e não esquecer que quem treinava a equipa na sua maioria era Daniel Hurcade , mas detalhes à parte fomos com o Tomas Morais ao mundial e com ele já perdemos três qualificações , colocar uma estátua à porta do EN como a do Eusébio e ele que siga com a sua vida como comentador , os clubes , jogadores , já se cansaram da conversa desse senhor .já chega , está na hora de ir embora , como à troika !!

Anónimo disse...

Em Portugal passamos de bestiais a bestas tão rapidamente, e a memória é tão curta. Tomaz Morais é um treinador que marcou o rugby português e que muito contribuiu para o rugby atingir se calhar o ponto mais alto que alguma vez irá chegar. Se hoje existem pessoas que o criticam pelo que faz, que o critiquem pelo trabalho actual, por não concordar com o mesmo, mas não venham agora querer reescrever a história. Muito se elogia o rugby e as pessoas que o praticam (e com razão, vide o exemplo dos miudos da Académica a homenagear um dos seus colegas que infelizmente se encontra doente), por isso não usem o que de pior tem outras modalidades. Sejam verdadeiros rugbistas ou amantes do rugby e deixem-se de comentários patetas e raivosos

Anónimo disse...

Com o T. Morais já perdemos 3 qualificações?
Não sabes o que dizes.
Apurámo-nos para 2007 e falhámos para 2011.

Luís Canongia Costa disse...

É lamentável que se continue a criticar o Tomás Morais da forma que alguns fazem. O respeito é um valor essencial no rugby. Se acham que o Tomás não serve, apresentem alternativas para o cargo de Director Técnico nacional. Apresentem projectos. Não basta dizer mal. Não é essa a devida postura no rugby.

Viva Portugal! Vamos encher o Sérgio Conceição! Vamos puxar pela equipa! Vamos ganhar à Rússia!

PS: Respondendo ao desafio - Lobos como será o futuro? Como escrevi há alguns meses: com o alargamento da Divisão de Honra, para mim o futuro da seleção é sombrio - e infelizmente parece que não falhei nas previsões quanto ao estado de aptidão dos jogadores na presente época (intensidade com regularidade precisa-se).

Anónimo disse...

Isto não tem que ver com Tomás Morais ou não, só tem que ver com a atitude dos jogadores, que foi isso que nos levou ao mundial 2007,para além de um grupo fantástico de grande qualidade como era o de 2007.
Hoje temos mais de 1/2 equipa com jogadores profissionais, que lógicamente estão preocupados em serem selecionados ou não, porque isso vai trazer-lhes problemas no clubes, que não os querem deixar jogar por variadissimas razões. Logo esses jogadores jogam com vários "medos" de se lesionarem, não podem estar 100% entregues e concentrados nos jogos.
Não tenhamos duvidas que com o plantel da selecção de 2007 já estávamos bem melhor classificados neste apuramento, pois teriamos feito muito melhores resultados contra esta Georgia, esta Romenia e esta Belgica.

Anónimo disse...

Parece-me que a qualificação para o Mundial 2015 será muito difícil, uma vez que temos bastantes jogadores com potencial mas ainda muito inexperientes, e um conjunto de jogadores de grande valia, mas que já não tem frescura física ou disponibilidade de tempo para mais. Para além disso acho que falta um dos elementos mais importantes numa equipa de rugby, conjunto, colectivo.
Mas ao mesmo tempo, temos uma promissora geração sub 19, assim como alguns jogadores pouco mais velhos com muito potencial, que se bem trabalhados podem vir a ser uma grande equipa dentro de pouco tempo. Ao contrário do que afirma Canongia Costa acima, acho que o alargamento pode a médio prazo ser positivo, pois como se viu ainda no passado fim de semana, a maioria dos jogadores da selecção não estão num nível tão acima dos outros (na minha opinião as linhas atrasadas de Agronomia estiveram melhores do que as do CDUL), e a possibilidade que muitos jovens e segundas escolhas nos clubes tem tido, pode a médio prazo alargar muito o leque de escolhas dos seleccionadores nacionais. O Que não pode continuar a acontecer é as convocatórias só pelo nome, aqueles que se destacam devem ser chamados e se possível levados a outro nível, sejam do CRAV ou do CDUL. Mas como acima disse, nada disso irá ocorrer se ficarmos a espera de milagres, é preciso trabalhar muito, planeamento e um pouquinho de sorte.

Luis Canongia Costa disse...

Anónimo 5/3 19:36 na final da Taça houve um nivelamento por baixo das linhas atrasadas. O CDUL está a jogar muito pior do que no ano passado. A esse nível (backs) foi um jogo paupérrimo, com os jogadores a receberem a bola parados, a não atacarem a bola, consequentemente atacavam tarde os espaços dando vantagem à defesa (isto para não falar do offload, do passe longo à máxima velocidade, da adequação das linhas de corrida, "decoy runners", etc.). Viveu-se muito da iniciativa individual. Muito diferente dos CDUL-Agronomia da época passada, porque a exigência diminuiu claramente.

Anónimo disse...

Eu gostaria de saber o porque de se dizer que o nível melhoraria se a 1ª divisão só tivesse 6 equipas.
Se assim fosse, duas das surpresas deste ano, e que melhor rugby tem apresentado, estariam na 2ª divisão, o CDUP e o Técnico.
Outro questão que ninguém se recorda quando se fala nisso, é que bem ou mal, este ano 300 a 350 jogadores que jogam na 1ª divisão, não estão parados durante 2 ou 3 meses durante as competições internacionais (que só usam 10 a 15 jogadores nacionais).
Mais permitiu que jovens jogadores do CDUL, GDD, Belenenses e até CDUP tivessem mais chances nos seus clubes.
Por ultimo relembro que alguns anos atrás o campeonato já foi disputado neste modelo, e que não agradou a ninguém. Porque não deixar este modelo por algum tempo e depois sim analisar.

Anónimo disse...

Comparar o rugby de 2007 com o de hoje parece-me insensato. A equipa nacional tem uma capacidade completamente diferente. Tem outros meios e tem um conjunto de jogadores muito maior e muito melhor. Não perceber isso é não ser realista. Só que todos os outros Países também estão mais fortes.Portugal é das seis Seleções a que tem menos profissionais. Não há nenhuma equipa fraca como acontecia no passado.O apuramento é hoje muito mais difícil, o que não significa que Portugal não o consiga.
Quanto ao futuro? Parece-me que alguns criticos cronicos ainda não se aperceberam que Portugal tem hoje uma posição no ranking europeu privilegiada. Campeão de Sub-19 e Vice Campeao de Sub -18. Tirando as Seis nações, só a Georgia está ao nosso nível. Não está a Romênia, a Rússia, a Espanha ou a Belgica.
Este é realmente o futuro dovrugby português. Como se vê o Tomaz está a fazer alguma coisa.

Anónimo disse...

"A equipa nacional tem uma capacidade completamente diferente. Tem outros meios e tem um conjunto de jogadores muito maior e muito melhor. Não perceber isso é não ser realista."

Se tem, não parece, pois os resultados estão á vista. Não tenho duvida nenhuma que a equipa de 2007 estaria bem melhor classificada que a actual, pois as equipas da Georgia, Romenia e Belgica mostraram muito menos do que valiam em 2007 (Georgia e Romenia, a Belgica sempre foi pior).

Anónimo disse...

Portugal em 2007 tinha que participar no Campeonato do Mundo! Por qualidade dos jogadores e técnicos, é óbvio, e, principalmente, interesses de outra natureza que todos náo não ignoramos.

Anónimo disse...

Não tenho dúvida que esta equipa é melhor do que a equipa de 2007, a diferença é que os outros países evoluiram mais do que nós nestes 5/6 anos

Anónimo disse...

É preciso saber muito pouco de rugby para dizer que a equipa de 2007 era superior à actual. Apenas numa posição isso acontecia e tofos sabem qual é. Portugal tem hoje uma avançada de real valor internacional e um conjunto de jogadores das linhas atrasadas de igual e reconhecida valia.Quem é que tem dúvidas disso? Os resultados ? Quais resultados ? Perder com a Romenia e com a Georgia daquela maneira ? Vamos acreditar.

Anónimo disse...

Apesar de não termos jogado bem, a 3 minutos do fim estavamos a ganhar a uma Roménia que deu baile à Espanha e Rússia.
Na Geórgia, discutimos a vitória até ao último minuto.
Jogamos mal contra a Belgica, que esteve quase a ganhar à Geórgia, mas a vitória foi indiscutivel.
De que se queixam, afinal?

Anónimo disse...

A equipa de hoje não é melhor nem pior do que a de 2007, simplesmente como em tudo na vida é diferente.

Pessoalmente acho que o 5 da frente era mto melhor e mais garantias dava do que o actual.

Assim como a dupla de médios, fossem eles quais fossem.

Mas como tenho dito ao longo dos anos, nós só perdemos para as equipas de leste devido ao poderio fisico e não tecnico-tactico.
Nada mais.

Fossemos nos grandes e eles pequenos e iam ver as desiguldades nos resultados.

Ignatius disse...

Uma vez mandei um mail para o IRB a expor o meu ponto de vista sobre as equipas no Mundial.......Não era coincidente com o do mesmo IRB. Eu defendia (defendo) grupos de 4 equipas para que nenhuma fique em vantagem ao não jogar a última jornada da 1ª fase.......Defendi que deveriam ser apuradas 24 equipas divididas em 6 grupos de 4, ao contrário dos actuais 4 grupos de 5 equipas. Depois passariam os 2 primeiros dos 6 grupos e 4 terceiros classificados e seguia para os oitavos de final a eliminar até à final........Pelo facto de serem apurados 3os classificados até poderia haver surpresas agradáveis, não acham.....?????
Curioso é que obtive reposta por parte do IRB a explicar porque é que continuava como está....!!!! E que qualquer alteração será difícil a breve trecho.........Pelo menos tentei.....!!!!

Anónimo disse...

tendo em conta que a seleção está a caminho de coimbra... para começar o estágio, imagino que já vão os convocados. Porque é que não sabe quem são? como sempre, muito mistério...