11 de maio de 2014

SUB-19 EM TERCEIRO SOBE NO RANKING DA CATEGORIA

Portugal conseguiu um honroso terceiro lugar no Campeonato da Europa de Sevens de Sub-19, ao bater no jogo final a Polónia por 22-19, e tendo sofrido uma derrota apenas, contra a equipa vencedora da edição, a França.

Aliás os franceses já tinham ganho a primeira edição da prova em 2013, batendo na final o mesmo adversário que bateram este ano por 38-19, a Rússia.


A Irlanda, que marcou com esta presença o regresso às competições de sevens masculinas, venceu a Plate, após derrotar a Bélgica por 45-17, enquanto a Roménia despachou a Itália na luta do sétimo lugar, vencendo por 29-0.

Na Bowl as honras couberam à Alemanha, que derrotou a Lituânia por 38-0, e Israel surpreendeu batendo a Moldávia pelo 11º posto por 17-7.

Finalmente na Shield a Letónia levou a melhor, derrotando a Dinamarca por 41-0, e a Hungria fugiu ao último posto batendo o Monaco por 31-5.


Foto: FPR

21 comentários:

Anónimo disse...

Muitos Parabéns à nossa selecção! Que esteja aqui a semente da próxima geração de jogadores de elite, alguns deles que estarão nos JO do Rio, Esperemos...

Great_duke disse...

Não sei que fez o comentário anterior, mas gostaria de dizer que a qualificação olímpica não será uma brincadeira.

Portugal está, neste momento, a milhas de equipas altamente profissionalizadas, não só ao nivel dos jogadores especializados e unicamente dedicados ao rugby e/ou à vertente, mas também no que respeita a todo um conjunto de auxilios técnicos, médicos e tecnológicos. Vocês imaginam os orçamentos daqueles com quem competimos? Há coisas que, com a situação actual não se pode pedir...

Para não falar da guerra permanente existente no rugby português com a consequente perda de credibilidade da modalidade e mais uma série de vícios...

E isto para não mencionar os erros de estratégia (se é que ela existe)...

Se não mudar muita coisa a breve trecho (e não poderá ser só maquilagem) não só os jogos são uma miragem, como a manutenção no circuito também. O que poderá ser irreversível, dada a consequente perda de apoios financeiros e quem sabe até sponsorização.

Será o destruir por completo de um prestígio que demorou anos a construir...

Luís Canongia Costa disse...

O terceiro lugar é como Mão de Mestre refere honroso.

Mas infelizmente, depois de ver os jogos de domingo, apenas aumentei as minhas preocupações quanto ao nosso futuro nos sevens.

A nossa incapacidade perante a França, o único país de topo em Sevens presente, foi clara.

Comparando as equipas e o que fizeram, a minha conclusão é: a nossa equipa estava também abaixo da Rússia e da Irlanda. Estas duas equipas tinham os principios dos sevens melhor enquadrados, e foram bem mais agressivas na defesa - o nosso défice de qualidade no "tracking" e na placagem foi evidente. E as bases eram melhores. Duvido que lhes conseguimos ganhar.

Não será assim que podemos garantir a permanência no Circuito Mundial, e muito menos ter a ambição olímpica.

É um urgente um "back to basics", um trabalho muito duro nos "skills", porque assim não for, não vamos lá.

Anónimo disse...

Só pode ser brincadeira ganhar à Bélgica , Polónia , Italia , Hungria , mas depois jogar com a França foi o que foi , não fazer a festa , os melhores não andam por cá Inglaterra , Gales , Escócia esses é que valem e não esquecer que a Rússia ficou à frente .
Não usar já como bandeira eleitoral para o sr Presidente e Morais e companhia , especialistas de fazerem de nada algo extraordinário .

Anónimo disse...

Caro Great_duke, Portugal está a milhas de distancia, muito porque causa dos compadrios instalados. Os papás e amigos dos treinadores e seleccionadores fazem o que querem do Rugby português desde as classes mais pequenas. Portugal não é só as Equipas de Lisboa, portugal é do Algarve ao Minho.

Anónimo disse...

Tendo em conta o comentário anterior, despromovia o Duke a Marquês...uma coisa é certa na hora da verdade a "alma lusitana" resurge e permite a Portugal manter-se no World Serie (em princípio)e aos Sub19, recentemente formados, obter o louvável 3º(de certeza). A limitação financeira passou a ser um adversário extra, para as modadlidades não-futebol, antes do início de qualquer competição sendo desde logo a nossa primeira vitória. Este fardo há de nos acompanhar sempre mas estatísticamente fica provado que títulos ou participações internacionais não se medem a orçamentos e se o futebol tivesse a mesma alma com que os restantes desportistas de Todas as modalidades tem representado Portugal...Brasil seria sinónimo de Campeões do Mundo...

Joaquim Ferreira disse...

esta treta do dinheiro já irrita. Será que é o dinheiro que vai placar os adversários? Será que é o dinheiro que vai dar atitude aos nossos jogadores? Será que é o dinheiro que nos fará não perder bolas?
Será que as equipas nossas adversárias foram tendo "mais dinheiro" ao longo do ano ou a preparação foi igual? E equipas como Canada (a quem ganhamos e depois ficou num 2º) ou Espanha (a quem ficámos à frente mas subiu de nivel) não aumentaram o nível pela experiência?

é mais que claro que tudo se deve a desmotivação dos jogadores. os mesmos jogadores que antes jogavam e agora nao jogam? parece-me que os jogadores deixaram de querer ir à seleção de sevens e pronto. Os que lá estão rapidamente desmotivam.

Penso que nunca conseguiremos uma equipa dedicada exclusivamente aos sevens porque significaria que nao jogariam em portugal. mas se os clubes forem inteligentes, libertaram os jogadores e eles treinaram nos clubes quando conseguirem. Jogadores desta qualidade deveriam com 1-2 treinos facilmente se integrarem na tactica da sua equipa "local". Será que o McCaw quando joga pelo seu clube local joga mal? Ou com 1-2 treinos integra bem a equipa?

deixem-se de falar de apoios e dinheiros e preocupem-se mais com a motivação, garra e querer de quem lá anda. Depois preocupemo-nos com tacticas, treinos, saber jogar 7's etc. Só depois disso estar assegurado é que mais "apoios" (esse conceito vago) trará beneficios (melhores condições de treino, melhores ginásios, melhores preparadores fisicos, fisios, nutricionistas, melhores hoteis, mais jogos/torneiros de preparação, estadias mais longas nos torneios, etc). Eu diria que com o dinheiro que temos, "mais dinheiro/apoio" apenas iria dar um boost de 5-10% a esta equipa.

Great Duke disse...

Está claro que não me fiz entender.

As outras equipas treinam todos os dias em centros de alto rendimento. TODOS OS DIAS! Com todos os jogadores, não apenas 10 ou 11 almas penadas 3 vezes por semana, nas vésperas dos torneios. E, presumo, que não sejam todos oriundos da cidade onde treinam...

Os jogadores não estão preocupados com a Faculdade ou o emprego. ESTÃO TOTALMENTE FOCADOS NOS SEVENS! É o trabalho deles.

Isto só é possível porque há dinheiro para lhes pagar.

O Circuito Mundial significa uma disponibilidade de meses durante o ano. Não há empregador que aceite isso (daí uma das razões porque há tantas mudanças na nossa equipa).

Nós temos o dinheiro: IRB, Programa Olímpico, Sponsors. Eu pergunto-me se ele é usado para os Sevens...

A minha resposta a quem me quer despromover anonimamente e ao Joaquim Ferreira é sim. O dinheiro faz placar melhor, dá mais garra e faz perder menos bolas. Porque permite treinar mais e melhor e estar totalmente concentrado na sua missão.

Perguntem aos jogadores por que razão muitos deles já não querem jogar por Portugal ao ponto a que chegámos para Londres...

Claro que tudo o que disse pode ser estúpido e desfasado da realidade, mas o fosso para os outros começou a cavar-se quando as federações começaram a oferecer contratos (algumas vezes até bastante bem remunerados) para ter um grupo estritamente dedicado aos Sevens.

Anónimo disse...

Muito bem Joaquim Ferreira. Não foi o dinheiro que nos levou a França. Foi a garra, a dedicação, o sacrifício, a vontade de vencer e sobretudo o orgulho enorme de vestir a nossa camisola. Essa geração foi um exemplo para os vindouros, que infelizmente não tivemos capacidade de aproveitar. Um serrano de sete costados que sentiu sempre, e de que maneira, tudo o que disse atrás. José Redondo

Great_duke disse...

Boa tarde Sr. Redondo. Estamos a comparar realidades distintas. A do CEN e apuramento para o Mundial de XV que aconteceu uma vez e para a qual eu acho que o modelo amador deve continuar e a dos Sevens onde sempre demos cartas e onde estamos a perder o comboio.

Eu percebo que para quem sempre viveu na realidade dos XV (não é uma critica e não direccionada a si a quem reconheço enormes méritos, é um facto) custa a adaptação a uma outra realidade, mas a verdade é que com o modelo "da boa vontade" no final da próxima época fomos varridos para sempre do Circuito Mundial de Sevens, variante para a qual estamos naturalmente talhados.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Vi o 2ºdia do torneio e achei o nível muito fraco.
Ser 3ºclassificado é sempre melhor que 4ºmas não vi grande futuro na maioria dos nossos jogadores.
Lá fora mais uns records para o Guiness 59 pontos da França e 45 dos USA é realmente deprimente.
No Xv já vamos em 25 Bem juntinhos ao 26 que é imaginem a Korea do Sul.
Já fomos ultrapassados pela Alemanha e Hong Kong.
Já sei os rankings não provam nada e os 7`s para o ano vão ter um grande apoio da FPR,assim disse numa entrevista,"encomendada" o nosso Presidente.

Anónimo disse...

Great Duke. 100% de acordo consigo. São realidade diferentes e eu só me quis referir ao comentário de Joaquim Ferreira que penso ser o antigo internacional do CDUP e Capitão da Selecção. Relativamente aos Sevens, totalmente de acordo. Só com um grupo profissional a tempo inteiro poderemos ter a veleidade de ir ao Brasil. Disso não tenho duvidas. Mas para isso tem e haver um grupo alargado de atletas bem pago. Não nos esqueçamos que todos os Países mundiais apostam na conquista de medalhas olímpicas como forma de promover os seus valores. Continue a colocar posts no MdM pois dá-me imenso prazer lê-lo.

Great_duke disse...

Só para concluir o meu raciocínio: a disponibilidade que os Sevens requer é diferente da dos XV (falo das selecções).
Continuo a pensar que ir aos XV deve ser encarado como uma grande honra (não quero dizer que ir aos Sevens não o seja) e tratando-se de compromissos mais ocasionais não faz sentido haver remunerações. Penso que antes de 2007 era assim...
Agora para conseguirmos manter a competitividade nos Sevens torna-se necessário um compromisso constante e quase diário durante longos períodos. E não é só o circuito irb, é também o circuito fira...

E em paralelo deveriamos ter uma equipa de desenvolvimento "para ganhar calo" nalguns torneios, p.ex. Amesterdão, Dubai convites...

Luis Canongia Costa disse...

A grande questão: o rugby português tem um milhão de euros para criar uma equipa de sevens profissional?

Anónimo disse...

Ao que parece quer no xv ou nos VII , a culpa será dos treinadores ? Tenho muitas dúvidas , mas é reflexo de uma política pos mundial de 2007 de deslumbramento e de resultados imediatos sem se pensar o futuro , vejamos o nível a que se deixou chegar o campeonato nacional , a FPR trabalha para si mesma com a malta do aparelho agarrada ao lugar , não se pode admirar que os clubes sejam o mesmo , como em tudo sem ovos não se fazem omeletes e se a base vai como se pode esperar que no topo se tenha sucesso , repensar REPENSAR o futuro do rugby nacional porque pelo andar da carruagem vai- se tornar apenas rugby de convívio ou como diz o professor Bessa rugby social .

Anónimo disse...

conheço o Joaquim Ferreira, ex-internacional, que me confirmou não ter comentado nada aqui. é outro...

Great Duke disse...

Olá Luis Canogia Costa,

Serão precisos mesmo 1Mio Eur para ter uma equipa profissional?

As viagens e alojamento de 15 pessoas são asseguradas pelo IRB e penso que o mesmo se passa com o circuito Fira.

Se dividirmos esse Mio por 20 (jogadores e outro staff) dá 50.000 EUR por cabeça. Falando de Portugal, precisaremos de um investimento assim tão grande...? (esta divisão não quer dizer salários apenas, significa um custo por cabeça, incluindo todo o tipo de material e equipamento, etc)

Eu não sei, não faço ideia, daí perguntar porque avançou com esse montante.

Anónimo disse...

É óbvio que em tudo o que se passou este ano nas selecções de seniores, XV e 7s, os jogadores são quem poucas ou nenhumas culpas têm. Os verdadeiros responsáveis são a estrutura federativa com o presidente à cabeça, logo seguido por toda a equipa técnica, Tomás Morais, Pico e por aí fora.

Anónimo disse...

Os jogadores não têm culpa absolutamente nenhuma ? pode muita coisa estar mal mas a maioria não quer nada e não sabe o que é preciso suar para andar por aqueles lados , tudo lhes chega ao colo numa bandeja e os mais velhos acomodados , querem é dinheiro , equipamentos e patrocínios . Não que tudo esteja bem e que os treinadores não tenham a sua responsabilidade , mas aquela atitude não tem desculpa , perder mas com dignidade .
Parabéns ao Pipoca mas estes dois anos têm sido sofríveis de o ver jogar xv , vii e até no campeonato nacional. deve repensar o futuro também.

Luis Canongia Costa disse...

Great Duke, um milhão de euros, é um valor por baixo. Há um par de anos estive numa formação com o Ben Ryan, e se não estou em erro ele referiu que o orçamento da equipa de sevens inglesa (só masculina) era de dois milhões de libras.

Mas podemos fazer contas rápidas. 20 jogadores com um salário base médio de 2000 euros cada (um suplente da divisão de honra de futebol de equipas de fundo da tabela ganha isso liquido) representa um encargo anual de 684.880 euros (c/ TSU 22,3).

Depois uma equipa técnica profissional deve incluir: treinador principal, treinador de ataque, treinador de defesa, analista (e técnico de GPS), team manager, preparador físico, técnico de rabilitação, médico, dois fisioterapeutas, ou seja mais dez especialistas. Uns a ganhar menos que os jogadores, outros devem ganhar mais.

Acrescem os custos operacionais da preparação, incluindo os testes médicos e físicos regulares, equipamentos, material de treino, consumíveis, licenças informáticas, etc., etc., etc..

A IRB paga 15 mas se olharmos a foto de vitória dos All Blacks estão lá 17. As principais equipas já levam pessoal extra. 15 dá para o treinador, team manager e mais um ... para escolher entre analisa, preparador físico e fisioterapeuta.

Há ainda o Europeu, eventualmente o Mundial.

Com tudo isto, não há profissionalismo a sério com menos de um milhão de euros.
Minimanente a sério, porque começando a somar o milhão é curto.

Great_duke disse...

Ok. Penso que nao precisariamos de 20 jogadores pagos. Ficaria pelos 15, mais reforços pontuais em caso de necessidade, +/- como faz a França.