Depois de duas frustrantes participações em Wellington e Las Vegas, Portugal recuperou uma posição entre as oito melhores equipas, e conseguiu o apuramento para os quartos de final da competição principal (Cup).
Hoje, último dia da prova, e como aconteceu em todos os torneios do circuito deste ano, Portugal voltou a não conseguir qualquer vitória, o que começa a ser mais do que um problema ocasional e tem óbvias raízes na falta de concentração e consistência da maior parte dos seus jogadores.
Além dessa falta de concentração, verificamos hoje em algumas situações determinantes para o resultado do jogo dos quartos de final e da meia final da Plate, uma displicência que tem que ser controlada.
A questão é preocupante, porque os jogadores estão lá, sabem fazer, mas não fazem, ou fazem errado nos momentos cruciais. Porquê?
É nestes momentos que se exige uma apropriada direção e comando, que tem obviamente, faltado.
Hoje, os Linces perderam uma oportunidade de ouro de atingirem, pela primeira vez na história da sua participação no Circuito Mundial, as meias finais da Taça, e até mesmo da final.
Quem viu o jogo com o Quénia não pode deixar de notar dois momentos chave que levaram à derrota - um brinde de Pedro Leal a concluir um excelente movimento de penetração, dando a bola direitinha para as mãos de um queniano, e uma tentativa mal executada de pontapé a seguir de Pedro Bettencourt, que deu direito a uma interceção e ao primeiro ensaio dos africanos.
Claro que não foi só por aqui que entregamos o jogo ao Quénia, já que chegou a ser confrangedora a taxa de placagens falhadas, que obrigaram a um esforço suplementar cada vez que era preciso parar um adversário, com o recuo desnecessário de muitas dezenas de metros no terreno, e o consequente avolumar da força ofensiva do adversário.
Depois no jogo com o Canadá, a situação repetiu-se, e é bem sintomático do que dizemos, o ensaio perdido por Pedro Bettencourt que em vez de fazer chegar a bola a Duarte Moreira que aparecia lançado e sem oposição, em excelente posição para marcar, resolveu meter para dentro e acabou placado...
Aliás Bettencourt, que é um jogador que tem feito excelentes partidas e que ganhou o lugar à custa disso mesmo, não esteve bem nestes dois jogos, e mais uma vez, parece haver uma falta de autoridade que seja capaz de meter os jogadores na ordem - depois do erro crucial cometido contra Samoa, deveria ter havido uma intervenção pedagógica que ou não existiu, ou se existiu não deu resultado...
Enfim, o conjunto da participação vale sobretudo pelo apuramento para os quartos de final da competição principal, e pelos 10 pontos que isso vale no ranking oficial, mas fica uma forte sensação a vazio, perante o que se deveria/poderia ter alcançado.
Fique com um quadro que elaboramos com todas as participações em que Portugal chegou aos quartos de final de torneios do Circuito Mundial, e com as fichas dos jogos de hoje.
Foto: IRB/Getty Images
8 comentários:
Manuel, existe algum jogo hoje com o mesmo sistema de internet do CRAV-AGRONOMIA da semana passada??
Não discordo, em geral, do que é dito, mas, desta vez, pelo menos no jogo contra o Quénia (não vi o jogo contra o Canadá) estivémos bastante melhor do que no último dia de torneios anteriores.
PS - Garanto que não um robot mas tenho dificuldade em perceber muitos dos caracteres que setêm que reproduzir.
Acho que apesar de um ou dois erros cometidos pelo Pedro Bettencour, não deixa de ser um grande jogador, que ganhou o lugar por mérito próprio. Não devmeos deitar as culpas neste jovem jogador, que me pareceu dos jogadores mais em forma. Apenas tem de levantar a cabeçaagora e aprender com os erros.
Quanto á seleçao no geral, tem que se fazer qualquer coisa para mudar esta nova tendencia de nao ganhar nada no segundo dia, ainda por cima hoje contra duas equipas com quem podiamos ter ganho facilmente.
Não é tendência nem deixa de ser. Os sevéns são assim mesmo e a questão física é tremenda. Que culpa tem um treinador quando o melhor jogador da actualidade e um dos melhores de sempre na variante tem um erro daqueles. Estivesse ele ao melhor nivel, ou não tivesse falhado, o que é absolutamente normal em qualquer atleta e estaríamos agora a mandar loas à qualidade da equipa e do treinador. Mesmo com aquele erro eu estou muito, mas mesmo muito satisfeito pela juventude da equipa, pela aposta neste grupo e fico com um sentimento que vou mesmo ao Brasil vê-los nos Jogos Olímpicos .
O Pedro vem fazendo o mesmo erro e não é chamada a sua atenção para tal facto. Já no jogo contra Esccócia, na bola de jogo, em vez de abrir a bola para o seu lado direito, onde temos toda a vantagem, leva a bola em frente ao contacto, não a perdendo por sorte.
Para Portugal ficar como equipa residente para o próximo ano tem de ficar em que posição?
Ou já esta confirmado?
RSD
RSD das 22:19
Para garantir a cintinuação como equipa residente, Portugal terá que ficar entre os 12 primeiros do ranking do Circuito Mundial, após o torneio de Glasgow, na Escócia.
Caso fique abaixo dessa posição, terá que disputar, uma semana depois, em Londres, um torneio de qualificação com oito equipas: as 13ª, 14ª e 15ª do ranking, a vencedora das Séries Asiáticas (Hong Kong) e as quatro apuradas este fim de semana em Hong Kong: Rússia, Zimbabwé, Tonga e Geórgia. Serão apuradas como equipas residentes da época 2013-14, as três primeiras deste torneio.
uma selecção capaz do melhor e do pior. confesso que fiquei bastante agradado com as coisas boas que vimos desta selecção, veremos se com cada vez mais experiência podemos almejar a voos mais altos!
abraços
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