A penúltima ronda da Divisão de Honra acabou por resolver praticamente tudo no que respeita à tabela final, pois apenas ficou a pairar uma dúvida, a esclarecer na derradeira jornada dentro de duas semanas: quem será 2.º classificado, evitando o jogo de acesso e indo diretamente para uma meia-final em casa – Belenenses (vai à Tapada) ou Direito (recebe a Académica)?
Também verdade se diga que, mantendo-se a lógica e tudo o que ficou para trás na época, as duas equipas vão acabar por se encontrar na partida de acesso à grande final.
E convenhamos, jogar no Restelo ou em Monsanto é assim tão preponderante?
Também verdade se diga que, mantendo-se a lógica e tudo o que ficou para trás na época, as duas equipas vão acabar por se encontrar na partida de acesso à grande final.
E convenhamos, jogar no Restelo ou em Monsanto é assim tão preponderante?
Num jogo no qual faltaram, nas duas equipas, algumas das melhores peças por se encontrarem em Hong Kong no circuito mundial de sevens, os azuis receberam e bateram o líder CDUL (17-13) e com esse triunfo apanharam Direito (que folgou) na 2.ª posição, que é agora sua devido ao melhor conjunto de resultados entre si: perderam fora por 17-3 e ganharam em casa por superiores 36-14.
Perante universitários que foram mostrando, aqui e ali, que estavam em campo mesmo para cumprir calendário – e nesse particular, Seti Filo e Daniel Faleafa abusaram da descontração, só faltou jogarem de óculos de sol e bermudas… – o Belenenses saiu vencedor após 80 minutos agradáveis e com resultado incerto até ao fim.
A favor do vento, os campeões nacionais entraram melhor e aos 5' materializaram esse ascendente com uma penalidade de Carl Murray (3-0), que mostrou desacerto na hora de chutar pois apenas converteria essa e haveria de desperdiçar outras três só nos 30 minutos iniciais!
Mas logo a seguir à quarta tentativa falhada aos postes, o CDUL marcaria através do centro David Araújo, na sequência de um lance com algumas fases iniciado numa falta jogada rapidamente à mão e com o árbitro Pedro Murinello a conceder o toque de meta após consulta ao auxiliar Pedro Vieira (10-0).
Inexplicavelmente só aí os azuis acordaram – quando era a eles que o resultado interessava e a quem caberia tomar a iniciativa –, muito por força das sucessivas arrancadas do pilar Hugo Valente, tremendo de força a levar a equipa às costas. E no último minuto chegariam mesmo ao ensaio, em novo lance iniciado num Valente turbilhão e concluído com classe pelo ponta internacional David Mateus (têm a certeza que já não servia mesmo para a seleção?), para 10-7 ao intervalo.
No 2.º tempo e apesar de estar com o vento pelas costas, o Belenenses sentiu ainda maiores dificuldades face às entradas, no pack universitário, de Tiago Girão e Veltioven Tavares (que, regressado de Londres há duas semanas, mostrou algum ritmo mas seria obrigado a sair mais cedo, pareceu-nos que lesionado com gravidade num joelho).
O CDUL alugava o meio-campo adversário, empurrava tudo o que eram mêlées (que suplício para a avançada azul!) e ganhava os combates corpo-a-corpo nas formações espontâneas.
Mas, com as dificuldades do abertura (…) João Sacadura em abrir jogo lá para trás, não tiraria o mínimo proveito desse flagrante domínio.
E é um crime tamanho desperdício, que certamente não será repetido nos jogos a doer…
E para cúmulo, aos 74' seriam os azuis a marcar por Marcos Cunha, numa excelente saída de 3.ª linha de Frederico Melim (ex-CDUL...), com o lance a desenvolver-se pela direita e o passe tenso e exemplar de Diogo Mateus (este sim, que falta fez à seleção nacional, é quase um caso de polícia a sua omissão...) libertando o seu ponta para a reviravolta (14-10).
Nos últimos minutos o CDUL ainda dispôs de uma falta frontal aos postes dentro da área de 22 e – o que é que passou pela cabeça do capitão universitário? – decidiu chutar aos postes! Faltando dois minutos (o árbitro ainda concederia outros sete para lá dos 40!), a quatro pontos de distância e face ao domínio demonstrado na batalha de avançados, não seria melhor arriscar um pouco? Ou quiseram designar logo ali, em rápido conclave, o vice-líder?
Girão encarregou-se de converter a penalidade, mas já nos descontos Pedro Silva restabeleceria a vantagem azul para os definitivos, e castigadores para os campeões, 17-13.
Em Taveiro a Académica derrotou Agronomia, por 29-22, com 19 pontos de autoria do chutador Francisco Serra, que consolidou a liderança como o melhor marcador da prova.
Os agrónomos, que alinharam sem o abertura Duarte Cardoso Pinto (tentámos perceber qual a razão, mas os responsáveis agrónomos deram sumiço…) – o que diminui, logo à partida, para aí uns 80 por cento do rendimento da equipa – perdiam ao intervalo por 13-10, ainda viraram para 22-19 até perto do final, mas veriam os “pretos” voltarem para frente com um ensaio de Eduardo Salgado.
E no final suspiraram de alívio com a confirmação da presença nos play-off do título, como sextos classificados, independentemente dos resultados da derradeira ronda, pois com cinco pontos de avanço, mesmo sendo apanhados pelo Técnico, têm vantagem no confronto direto.
‘Chapeau’ para quem andou, ao longo de grande parte da época, pelas ruas da amargura classificativa…
Os agrónomos, que alinharam sem o abertura Duarte Cardoso Pinto (tentámos perceber qual a razão, mas os responsáveis agrónomos deram sumiço…) – o que diminui, logo à partida, para aí uns 80 por cento do rendimento da equipa – perdiam ao intervalo por 13-10, ainda viraram para 22-19 até perto do final, mas veriam os “pretos” voltarem para frente com um ensaio de Eduardo Salgado.
E no final suspiraram de alívio com a confirmação da presença nos play-off do título, como sextos classificados, independentemente dos resultados da derradeira ronda, pois com cinco pontos de avanço, mesmo sendo apanhados pelo Técnico, têm vantagem no confronto direto.
‘Chapeau’ para quem andou, ao longo de grande parte da época, pelas ruas da amargura classificativa…
Nas Olaias e em jogo de sentido único, o Técnico bateu o Benfica, por 52-0. Foram oito inglórios ensaios que já de nada valeram, com bis de Luís Madaleno e Bernardo d’Eça, autor de 22 pontos, o melhor marcador da jornada.
Registo para o abertura Kane Hency, que recém-chegado de Hong Kong, onde foi participar no célebre “Hong Kong Tens” (atingiu as meias-finais), ainda entrou para fazer o gosto à mão e marcar o seu ”ensaio da ordem” (já são oito!).
Registo para o abertura Kane Hency, que recém-chegado de Hong Kong, onde foi participar no célebre “Hong Kong Tens” (atingiu as meias-finais), ainda entrou para fazer o gosto à mão e marcar o seu ”ensaio da ordem” (já são oito!).
Na Coutada e numa partida igualmente sem história, o CDUP venceu o CRAV, por 43-0, apontando seis ensaios, com bis de Afonso Rodrigues (leva 10 marcados) e Eduardo Macedo e 13 pontos de Rodrigo Figueiredo, que sobe sobe na tabela dos marcadores de pontos, na qual já é 3.º.
Devido à paragem da Páscoa, a última jornada realiza-se só dentro de duas semanas.
E logo a seguir avançam os decisivos ‘play-offs’, no qual já se conhece um duelo para o título, com Agronomia (4.º) a receber o CDUP (5.º).
Na luta pela manutenção os confrontos já estão definidos: Técnico (7.º)-Benfica (10.º) e Cascais (8.º)-CRAV (9.º).
*Texto: António Henriques
Fotos: Fernando Nana Soares/Rugby Photo Store, António Simões dos Santos/Rugby Photo Store,
9 comentários:
Uma pequena correção; dos 22 pontos do Técnico atribuídos ao Bernardo D'Eça 12 foram obtido pelo Duarte Marques que transformou 6 dos 8 ensaios.
E quem gostaria de ver os Pretos descer mais ainda e bater no fundo, este resultado com o Agronomia foi um balde de água gelada.
Força Pretos.
Não tivesse o 8 da Académica marcado aquele ensaio que revirou o rumo do jogo e tinha sido mais uma derrota da Académica.
Duas pequenas correcções: Afonso Rodrigues bisou e leva 11 ensaios na prova, já Rodrigo Figueiredo marcou 18 pontos (5+2+2+2+2+2+3)
O ensaio do número 8 é de mele, logo é um esforço colectivo.
Rodrigo Figueiredo marcou 18 pontos (1 Ensaio, 5 Transformações e um drop.
Ninguem poe isso em duvida, não relevei o facto de ser o 8 ou outro qualquer, mas neste caso o ensaio foi do que joga a 8. Alem disso qualquer ensaio é um esforço colectivo, menos aqueles que são marcados pelas vedetas de certas equipas que jogam sózinhas. Olha que na minha andam lá muitas.
Concordo, A menos que o rugby tenha passado a jogo individual, os ensaios são sempre fruto do esforço colectivo. Os que se marcam e os que se deixam marcar :)
boa vitória do Belém, no meio de duas equipas depenadas de alguns elementos o Belém tinha que ganhar para conquistar o 2º lugar e não comprometeu.
em relação ao local, acho que faz diferença, não me parece que seja ao acaso que o Belém esteja invicto nos jogos em casa...
no jogo do Benfica esperava que os encarnados dessem uma prova de vitalidade, afinal o Técnico passeou-se como bem quis. veremos quando for a doer o que fazem ambas as equipas.
abraços
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