* Paul Tait
A possibilidade de expandir o Campeonato do Mundo de 20 para 24 equipas foi sugerido no passado mas ganhou mais apoio recentemente depois da declaração do CEO de World Rugby, Brent Gosper. O australiano comentou que ''com o crescimento do desporto e os novos mercados que conquistamos a discussão está focado em considerar a expansão e não a contração''.
Uma mudança radical poderia resultar em mundiais de rugby tendo mais equipas e, por isso, os países anfitriões precisarão de mais estádios para utilizar ou correm o risco de ter demasiados jogos em alguns estádios para atender às exigências.
As nações anfitriãs individualmente têm um impacto notável sobre a decisão final de quantos estádios serão utilizado para Campeonatos do Mundo diferentes.
Na Austrália 2003 havia 11 estádios, na França 2007 e Nova Zelândia 2011 houve 12 e na Inglaterra 2015 haverá 15.
Entre todos os Mundiais, aquele que teve mais sucesso de vendas foi de o de 2007 quando aos 10 estádios franceses se juntaram o Millennium Stadium de Cardiff e Murrayfield de Edimburgo para completar os 12.
Entre todos os Mundiais, aquele que teve mais sucesso de vendas foi de o de 2007 quando aos 10 estádios franceses se juntaram o Millennium Stadium de Cardiff e Murrayfield de Edimburgo para completar os 12.
A França conseguiu vender 97% dos ingressos nos jogos na sua terra.
Essa estatística é muito superior a todos os outros mundias de rugby realizados até hoje.
O Escócia-Portugal, por exemplo, contou com mais espectadores na cidade de St. Etienne do que o Escócia-Romênia na cidade de Edimburgo.
O segredo foi a distribuição cuidadosa de jogos internacionais pelo país e fazendo com que cada cidade recebesse três ou quatro jogos.
O segredo foi a distribuição cuidadosa de jogos internacionais pelo país e fazendo com que cada cidade recebesse três ou quatro jogos.
Na Nova Zelândia 2011 isso mudou, com cidades incluindo Napier, Palmerston North e Whangarei recebendo apenas dois jogos cada.
O país também foi forçado a transferir os jogos de Christchurch depois do terremoto que devastou a cidade sete meses antes do torneio.
No Inglaterra 2015 não se repetiu a politica seguida em França pelo facto das autoridades não terem conseguido a mesma liberdade de datas de utilização dos estádios que a França teve em 2007.
No Inglaterra 2015 não se repetiu a politica seguida em França pelo facto das autoridades não terem conseguido a mesma liberdade de datas de utilização dos estádios que a França teve em 2007.
Como resultado grandes cidades incluindo Birmingham, Leeds, Manchester e Newcastle vão ter oito jogos entre elas, a mesma quantidade de jogos que serão jogado no Millennium Stadium no País de Gales.
Perguntas permanecem sobre o uso do estádio galês e se o estádio terá a lotação esgotada para justificar o uso de um estádio não inglês no torneio.
Perguntas permanecem sobre o uso do estádio galês e se o estádio terá a lotação esgotada para justificar o uso de um estádio não inglês no torneio.
Aliás sem o Millennium Stadium a capacidade da Inglaterra sediar o evento é discutível.
Por isso um mundial expandido poderia ser muito complicado para a Inglaterra organizar, por falta de estádios disponíveis.
Se a Inglaterra tivesse preparado um Campeonato do Mundo mais parecido com o França 2007, talvez os problemas fossem mais graves.
Se a Inglaterra tivesse preparado um Campeonato do Mundo mais parecido com o França 2007, talvez os problemas fossem mais graves.
Antes de organizar o Mundial, a França jogou numa variedade de estádios fora de Paris, mas a Inglaterra jogou exclusivamente em Twickenham desde que garantiu o direito de organizar o evento em 2009.
Entre os três países confirmados até agora para licitação do Campeonato do Mundo de 2023, a Irlanda poderia enfrentar um perigo considerável pelo facto que a sua seleção tem a mesma tradição que a Inglaterra tem de jogar exclusivamente num estádio só.
Entre os três países confirmados até agora para licitação do Campeonato do Mundo de 2023, a Irlanda poderia enfrentar um perigo considerável pelo facto que a sua seleção tem a mesma tradição que a Inglaterra tem de jogar exclusivamente num estádio só.
Mais preocupante ainda, para a Irlanda, é a dificuldade de ter mais de doze estádios de tamanhos e condições adequados para possibilitar um torneio de 24 seleções na sua ilha.
A expansão parece ser prejudicial para a candidatura da Irlanda.
A expansão parece ser prejudicial para a candidatura da Irlanda.
O Mundial da FIFA de 1994, por exemplo, tinha 24 equipas que jogaram um total de 54 partidas, mais do que o número actual de 48 em Mundiais de rugby.
A sistema de ter seis grupos de quatro foi seguido por uma rodada de Oitavos de Final, Quartos de Final, Meias Finais e Final.
Essa estrutura será provável se o Campeonato do Mundo de rugby contar com mais equipas.
Enquanto a Irlanda iria sofrer, tanto a Itália ou a África do Sul beneficiariam por terem utilizado muitos mais estádios do que Irlanda em jogos internacionais.
Enquanto a Irlanda iria sofrer, tanto a Itália ou a África do Sul beneficiariam por terem utilizado muitos mais estádios do que Irlanda em jogos internacionais.
O formato iria resultar numa redução de 40 para 36 jogos na fase de grupos e oito jogos a mais na fase de mata-mata.
A Itália ou a África do Sul seriam capazes de espalhar os jogos da fase grupal e nos Oitavos de Final antes de compactar as partidas restantes em menos cidades.
A Irlanda, por outro lado, teria de recorrer a muito mais jogos em menos cidades.
Assim a Irlanda iria replicar o modelo de 2015 enquanto África do Sul e Itália poderiam escolher estádios com mais liberdade e ter mais acesso a eles.
Assim a Irlanda iria replicar o modelo de 2015 enquanto África do Sul e Itália poderiam escolher estádios com mais liberdade e ter mais acesso a eles.
O mesmo é valido para a Argentina, um país com um recorde detalhado de jogos de rugby internacionais em todo o país.
De facto só em 2014 Argentina jogou em mais cidades do que o total de cidades em que a Irlanda jogou em toda a sua história desde 1875.
A possível expansão de Copas do Mundo de rugby de 20 para 24 participantes não alterará a força da opção de ter o maior evento do rugby na América do Sul pela primeira vez.
A possível expansão de Copas do Mundo de rugby de 20 para 24 participantes não alterará a força da opção de ter o maior evento do rugby na América do Sul pela primeira vez.
O histórico da Argentina organizar grandes eventos desportivos tem como resultado uma variedade de estádios espalhados pelo país de Nível 1, Nível 2 e Nível 3 e eles já tem sido utilizados para sediar jogos de rugby.
A África do Sul está tentando hospedar o Campeonato do Mundo pela segunda vez, enquanto a Itália estaria contra a Argentina e a Irlanda, que já sediou jogos nas Copas de 1991 e 1999, na primeira licitação e quer que a Europa organize o seu quinto Mundial.
A África do Sul está tentando hospedar o Campeonato do Mundo pela segunda vez, enquanto a Itália estaria contra a Argentina e a Irlanda, que já sediou jogos nas Copas de 1991 e 1999, na primeira licitação e quer que a Europa organize o seu quinto Mundial.
Conforme se descreve no vídeo que apresentamos abaixo, a Argentina tem estádios adequados para sediar um Campeonato do Mundo de rugby.
O que, combinado com uma variedade de outros fatores, torna a opção convincente.
Sem comentários:
Enviar um comentário