1 de maio de 2014

OS MELHORES DO APURAMENTO DISPUTAM MEIAS FINAIS DA PRIMEIRONA

Agora não há como esconder forças e fraquezas! Chegou a hora das melhores equipas mostrarem qual é realmente o seu poder no seio da Primeirona, e quem está em melhores condições para enfrentar outros desafios.

Foi longa a caminhada, e se a Lousã chegou até aqui sem qualquer derrota, não muito longe ficou o Groundlink Caldas que apenas perdeu frente aos serranos mas conseguindo faturar o ponto de bónus.

E se logo a seguir veio o Évora que perdeu somente com os dois da frente, o Benfica pode-se gabar de ter sido, a par com o Groundlink Caldas, quem não sofreu duas derrotas com os primeiros.


Ou seja, se nas Caldas os chaparros têm no sábado a possibilidade de garantir que não chegam ao final da época sem ganharem, pelo menos uma vez, a um dos dois da frente, na Lousã o Benfica tem a oportunidade de quebrar a invencibilidade do líder!

Na verdade estas meias finais dão o devido destaque aos quatro da frente, e isso só pode ser motivo de destaque e satisfação!

Vamos então aos jogos!


O Benfica chegou a este campeonato manchado pelos péssimos resultados do ano passado, e a sua primeira grande tarefa era restabelecer os laços da equipa, criar um novo espírito e abrir o caminho para o futuro de uma nova geração, onde a experiência e conhecimento dos mais antigos ganhasse raízes e se desenvolvesse.
Esse objectivo foi conseguido, e mais do que os resultados desportivos, foi essa a grande vitória de José Mendes e do seu grupo de trabalho.

Estar nos play off foi o objectivo definido para esta época. A partir daí tudo o que vier é ganhar experiência para o futuro.
O jogo de sábado, é mais uma etapa, nomeadamente para os jovens jogadores serem confrontados com desafios, que exigem uma atitude mental forte,e capacidade de superação permanente.
Não quero deixar de realçar o contributo dos jogadores mais experientes, no extraordinário suporte aos mais jovens, nesta fase de relançamento e renovação do rugby do Benfica.
É com o espírito de jogar para ganhar, respeitando o adversário, que vamos estar na Lousã do primeiro ao ultimo minuto. José Mendes.


A Lousã abordou o Nacional de uma forma agressiva, afirmando desde o primeiro dia a sua intenção de chegar na frente ao termo da Fase de Apuramento, e conseguiu atingir o objectivo com o bónus de não ter sofrido qualquer derrota, o que representa uma grande atitude da equipa que poderia calmamente ter-se deixado adormecer à sombra dos resultados e da garantia de presença no Play-off, mas não foi isso que aconteceu, dando à prova uma seriedade que talvez nem sempre tenha estado presente no passado.
A Lousã conseguiu quase tudo o que poderia ganhar esta época, só faltam dois passos para a época perfeita!

A meia-final com o Benfica é um jogo que está a ser aguardado com enorme expectativa pelos lousanenses. 
A exemplo do que vem acontecendo desde a primeira jornada nos jogos da Lousã a bancada vai estar cheia dum público que se começa a habituar a ver rugby com respeito pelos adversários. 
Naturalmente e face ao desenrolar da competição tudo indica que a Lousã é favorita, mas isso não invalida que a experiência duma equipa treinada pelo experiente treinador José Mendes e com as tradições dum Benfica não possa haver surpresa. 
Só espero que o jogo decorra com normalidade e respeito mútuo dos atletas e sobretudo que ao contrário da última visita do Benfica à Lousã onde conseguiu um empate, não haja tantas e tantas paragens - algumas simuladas, diga-se - e que poderá tornar o espectáculo sensaborão para os apreciadores. José Redondo.


O Évora é a única de todas as finalistas a ter terminado o campeonato da 1ª Divisão, ou correspondente, nos últimos 12 anos, pelo menos, sempre entre os quatro primeiros classificados, tendo vencido a prova em 2002/2003 (a exemplo do que acontecera em 1992/1993), mas sem que com isso tenha conseguido subir à divisão principal, já que em 2003/2004, por efeito da redução de 12 para oito equipas na então chamada 1ª Divisão A.
Então, embora durante a Fase de Apuramento o Évora tenha ficado claramente atrás dos dois primeiros, é sempre preciso contar com os chaparros...

O Groundlink Caldas foi a grande sensação dos últimos 13 meses do rugby da Primeirona, desde que começou a pôr em prática um projecto de crescimento em parceria com o seu patrocinador principal, a Groundlink, que apontava para a subida de divisão a médio prazo.
Acontece que a realidade correu melhor que a encomenda, e os pelicanos estão por mérito próprio entre os candidatos ao título e ao correspondente direito a subir ao escalão principal do rugby nacional.
Agora tudo pode acontecer e ninguém ficará surpreendido se os clubes da Divisão de Honra tiverem que passar a incluir uma viagem às Caldas da Rainha, no seu calendário...

Atingir esta fase do Campeonato Nacional é o reflexo de todo o trabalho que os atletas e a equipa técnica desenvolveram ao longo da época e a confirmação pela positiva da aposta que o clube e o seu parceiro, Groundlink, fizeram quando se lançaram neste projecto.
Esta é uma primeira final que o clube atinge na I Divisão e por isso mesmo um grande momento de festa.
Como em qualquer jogo que o Groundlink Caldas Rugby fez esta época, os jogadores estão absolutamente focados e concentrados num único resultado. A vitória.
É para esse resultado que têm trabalhado e se têm esforçado nas últimas semanas e é isso que lhes tem sido exigido pela equipa técnica.
A motivação é elevada e a concentração é total.
Irá ser sem dúvida um jogo de elevado nível e mais não seria de esperar, quando se tem pela frente uma equipa com a história e a tradição do CR Évora.
Apesar da ambição de todos estar apontada para a vitória no dia 10 de Maio, qualquer que seja o resultado no dia 3, o Groundlink Caldas Rugby já atingiu um dos objectivos da época. 
Ficar entre os 4 primeiros. 
Claro os jogadores querem e merecem mais. E podem! António Vidigal.

EM TEMPO
A Federação Portuguesa de Rugby depois de mais uma confusão, em que deu a escolher aos clubes, para realização da final da Primeirona, entre as 20 horas de sábado no Estádio Nacional, ou o adiamento do jogo por uma semana, recuou em toda a linha e marcou aquela final para o Estádio Universitário, às 16 horas de sábado, dia 10 de Maio.
Fica assim arrumada mais uma palhaçada da gestão Amado da Silva.

1 comentário:

António Ferreira Marques disse...

Em primeiro lugar congratular-mo-nos pela disputa da final no EUL Engº Pinto de Magalhães - mais do que uma decisão de puro bom senso é uma honra para os finalistas, qualquer que sejam. O EUL é o berço do Rugby Português e qualquer equipa e jogador poder ter a oportunidade de disputar um jogo decisivo naquele palco, será certamente um momento único.
Quanto às duas meias-finais, permitam-me "opinar" o seguinte:
- vão estar presentes, incontestavelmente, as 4 melhores equipas que disputaram o campeonato;
- os dois jogos opõem pares de equipas com características de Rugby mais aproximadas - mais clássico, entenda-se anglo-saxónico, o do jogo Lousã-Benfica, mais continental, leia-se "francês" e académico o do jogo Caldas Groundlink-Évora, do que resulta que teremos uma final entre dois conceitos de jogo.
- Espera-se - deseja-se - forte presença de público e respeito pelo jogo e seus intervenientes - TODOS.
- Como "supporter" do Caldas espero, naturalmente, a vitória dos Pelicanos, resultante de uma prestação colectiva - EQUIPA.

Uma última nota para os potenciais adeptos do Évora que se desloquem às Caldas. Espero que possamos retribuir o "tratamento" - estou a falar, também, dos "comes e bebes" com que fomos brindados - aquando da nossa deslocação recente. O Rugby social é precisamente esta 3ª parte.

António Ferreira Marques