3 de maio de 2014

PORTUGAL EM GRUPO DA MORTE, MOSTRA FRAQUEZAS...

É sempre com grande alívio que chegamos ao fim de um dia em que a nossa selecção nacional de sevens nos desilude.

E para que fique claro, não estamos a falar das derrotas sofridas, mas antes da forma como elas aconteceram, sem dignidade, sem honra, sem demonstração de capacidade.

Como disse o comentador de serviço à transmissão da etapa, lamento por eles...

Porque na verdade são eles que ficam marcados pela mediocridade da sua presença.


É verdade, e temos que ter isso em consideração, que defrontamos apenas as duas primeiras equipas do ranking e a sexta da mesma tabela, mas isso não justifica de forma alguma a sucessão de erros individuais a
que assistimos.

Estivemos mal nas reposições de bola, estivemos mal a defender, estivemos mal na manutenção da posse da bola, estivemos mal na transmissão da bola, estivemos mal na luta no chão, estivemos mal a atacar...

Claro que nós sabemos que a equipa treinou pouco, e esperamos que com o correr dos jogos durante estas duas semanas, melhore o entrosamento, que melhorem os movimentos colectivos, mas a falta de treino colectivo não desculpa toda a longa série de erros individuais a que assistimos...

Esta semana foi tema de conversas, no Facebook, a questão da nossa equipa não ter Gps, video analyzing online, post game..., mas que me desculpem, primeiro é preciso garantir o básico.

E esta equipa, está ainda longe de dar essas garantias.

Hoje tivemos a sorte da Espanha não ter sido apurada, o que podia muito bem ter acontecido, e nos colocaria numa situação complicada.

Amanhã, às 11,14 da manhã, quando defrontarmos os espanhóis nos quartos de final da Bowl, é obrigatório não apenas ganhar, mas mostrar que merecemos o lugar que ocupamos como residentes do Circuito Mundial.

Já sabemos, e sempre o denunciámos nas nossas páginas, que a equipa não teve as melhores condições de treino - muito longe disso - e que sofreu com a subalternização em relação à selecção nacional de XV.

Mas só se pode queixar quem dê provas de poder fazer alguma coisa de positivo, como equipa, quando tiverem essas condições - já o disse e repito com maior veemência: chegou a ser confrangedor assistir a tanta asneira.

Vamos esperar que as coisas melhorem e que a equipa possa produzir mais, quer, e especialmente, no aspecto individual, quer no aspecto colectivo.

Note-se que este comentário não demonstra qualquer falta de consideração pelos nossos jogadores, antes pelo contrário.
Desconsiderá-los seria tratá-los como meninos mimados que não podem ouvir as verdades.
Temos por todos eles a maior consideração, como temos pela equipa técnica que os acompanha, e é especialmente por isso que os criticamos quando seria mais cómodo fingir que nada de errado aconteceu, olhar para o lado e dar umas palmadinhas nas costas.

Amanhã lá estaremos, frente ao televisor, a sofrer e a apoiar!


OS RESULTADOS GRUPO A GRUPO
GRUPO A
O grupo de Portugal era claramente o mais difícil de todos, como facilmente se comprova verificando a soma das posições no ranking das três melhores equipas de cada grupo: No Grupo A soma nove pontos (Nova Zelândia-1º, África do Sul-2º e Samoa-6º), contra 22 pontos do Grupo B (Inglaterra-4º, Canadá-7º e França-11º), 20 do Grupo C (Fiji-3º, Argentina-8º e Quénia-9º) e 30 do Grupo D (Austrália-5º, Escócia-12º e Estados Unidos-13º).
Como é lógico, quanto mais baixa for a soma das posições das equipas, melhores elas são, mais forte é o grupo...
Então, não é surpresa nenhuma, a sequência de derrotas que Portugal sofreu e a passagem aos quartos de final da Taça (Cup) dos All Blacks e dos Blitzbockes.

GRUPO B
Também neste Grupo se apuraram as duas equipas mais cotadas, embora os canadianos tenham conseguido passar à frente da Inglaterra, embora as duas equipas terminem com o mesmo número de pontos e tenha sido necessário recorrer aos factores de desempate.

GRUPO C
A maior surpresa do dia veio deste Grupo, com o Quénia a deixar a Argentina para trás, e a passar à fase seguinte da Cup juntamente com a Fiji, que passeou o seu poder e venceu a fase.
De notar além do terceiro insucesso dos argentinos que já não se apuram desde Wellington, que também o País de Gales não foi além de uma vitória na prova.

GRUPO D
Na Escócia mandam os escoceses! E a equipa da casa honrou com certeza as tradições do País, e conseguiu o apuramento na primeira posição, à frente da Austrália, que sucumbiu logo no primeiro jogo.
Os Estados Unidos, que no Japão e em Hong Kong conseguiram o apuramento para a Cup, e com isso uma vantagem de 13 pontos sobre Portugal, não estiveram ao nível dessas duas etapas e acabaram por ser com Portugal e o Japão, uma das três equipas só com derrotas.
A Espanha começou muito bem, com uma vitória sobre os Estados Unidos, mas depois perdeu claramente frente aos dois da frente.

Fique com o quadro dos resultados e dos jogos dos quartos de final, lembrando que Portugal defronta a Espanha às 11,14 horas.


JOGADORES UTILIZADOS POR EQUIPA
Apresentamos agora um pequeno quadro com o número total de jogadores utilizados por cada equipa durante toda a época, que poderá servir para uma reflexão sobre quem utiliza mais jogadores e a relação que isso poderá ter com a posição que elas ocupam no ranking (Após a sétima etapa).


Fotos: www.facebook.com/lsearacardoso/

7 comentários:

Anónimo disse...

O grupo era muito difícil, e com esta equipa da maneira que tem vindo a jogar, só mesmo um cataclismo faria com que Portugal se apurasse.

Obviamente que não estava à espera de grandes resultados frente à Nova Zelândia e à África do Sul... Mas contra Samoa, e tendo em conta que as prestações dos samoanos têm vindo a decair nos dois últimos torneios, tinha uma ligeira esperança que conseguisse-mos um resultado positivo... Mal eu sabia o quanto eu estava enganado!

As verdades têm de ser ditas: é confrangedor ver jogar esta esta equipa. É verdade que a preparação não tem sido a adequada, que são poucos a treinar, que não se conseguem criar rotinas... Mas concentração, brio, e dedicação exigem-se a uma equipa que é apelidada de "Os Lobos"!!

Amanhã o jogo com a Espanha é decisivo. Espero que o melhor destes jogadores venha ao de cima e que dêem provas que, de facto, merecem estar entre a elite...

Anónimo disse...

É triste ver os mais experientes a comprometerem tanto

Anónimo disse...

Parece que vão ser chamados, para a etapa de Londres, 2 jogadores que nunca treinaram com o grupo. A ser verdade bem podem mandar os treinadores à vida. Poupam dinheiro e aliviam assim os problemas financeiros da FPR. Quando fôr para fazer a convovatória passará a ser por inscrição. Os 12 primeiros a inscreverem-se têm lugar assegurado. Provavelmente os resultados não serão piores do que estes a que estamos a assistir..

Anónimo disse...

Olhando as estatisticas dos grupos em Glasgow:
Pontos a favor (5-1 ensaio em 3 jogos) pior equipa.
Pontos sofridos 2ºpior equipa.
Diferença de pontos pior equipa.
Ensaios marcados pior equipa.
Ensaios sofridos 2ª pior equipa.
Diferença ensaios marcados/sofridos pior equipa.
Fase final pior equipa.
Não acham que já chega!!!!!!!!

Anónimo disse...

Confrangedor. Tirem-nos daquele pesadelo. Imagino a alegria com que vai estar a treinar está semana. Ainda por cima se estivesse nalgum paraíso, mas agora em Londres. Nem para compras vai dar. E muitos a pensarem nos jogos de XV pelas suas equipas.

Anónimo disse...

Confrangedor. Tirem-nos daquele pesadelo. Imagino a alegria com que vai estar a treinar está semana. Ainda por cima se estivesse nalgum paraíso, mas agora em Londres. Nem para compras vai dar. E muitos a pensarem nos jogos de XV pelas suas equipas.

Anónimo disse...

Infelizmente foi muito pouco o que Portugal fez, mas temos que ver que é impossivel fazer melhor sem treinar sem ter uma equipa preparada , etc etc etc.
Embora a FPR diz que apoia os sevens, isto não passa de uma grande mentira, se não vejamos:
- foi feito algum trabalho com as universidades dos jogadores para estes serem disponibilizados sem prejuízo dos alunos/jogadores.
- foi feito algum trabalho de planeamento para a epoca toda sobre as disponibilidades dos jogadores para os torneios.
- que trabalho foi feito para arranjar todas as condições aos jogadores para treinarem as horas dos treinos.
- que compensações foram dadas aos jogadores para as alterações das suas vidas profissionais e estudantis
- qual a verdadeira disponibilidades dos jogadores
- quantos jogadores iniciaram o grupo de trabalho em Setembro, e foi avaliado a disponibilidade dos mesmo.

Muitas duvidas e certamente muito pouco trabalho foi feito.
A equipa esta completamente partida, jogadores que acham que devem ter tudo e ainda não fizeram nada.

Na minha opinião basta, vamos acabar de mentir e dizer que não queremos os sevens para Portugal.
Sejam verdadeiros