15 de maio de 2014

ESTADOS UNIDOS ENFRENTAM CRISE DE ABERTURAS *

* Paul Tait
Depois de conseguir confirmar um jogo em casa contra os All Blacks no Outono, o foco do rugby norte americano já mudou de junho para novembro.

Os Estados Unidos receberão a melhor equipa do mundo e atual campeã mundial, no sábado 1 de Novembro. 
Será a primeira vez deste 1980 e só o terceira deste 1913, que os All Blacks defrontam os americanos, na América.


O jogo será no Soldier Field, a casa do Chicago Bears, campeã do Super Bowl de 1986, um estádio significativamente maior do que todos os outros que o USA Eagles vão utilizar contra outras seleções este ano. 
SOLDIER FIELD
No mês que vem os EUA recebem a Escócia, o Japão e o Canadá nas cidades de Houston, Los Angeles e Sacramento. 
O jogo contra a Escócia será no BBVA Compass Stadium, o local que quebrou o record de assistência no ano passado. 
Contra a Irlanda 20,181 torcedores assistiram a uma partida que a equipa de casa quase venceu.

Este ano as autoridades estão querendo quebrar o recorde duas vezes: contra a Escócia em Houston e contra a Nova Zelândia em Chicago. 
BBVA COMPASS STADIUM
Junto com o sucesso do IRB Sevens em Las Vegas é possível concluir que existe uma base para sediar o Campeonato do Mundo no futuro, possivelmente no ano 2031. 
No fim, a meta a longo prazo dos EUA e da IRB, é essa. 
Mas para que isso aconteça ambos querem que a seleção norte americano tenha um nível superior ao actual.

O caminho para conseguir uma seleção melhor já começou e, na verdade, já dura há sete anos. 
A mudança foi no Mundial de 2007. 
A partir daquele ano não mais foi considerado aceitável só a classificação e participação co Campeonato do Mundo.
O foco passou a ser, vencer jogos. 
Depois do mundial o presidente da USA Rugby, Nigel Melville comentou que a seleção deveria ter derrotado Tonga e Samoa. 
Os EUA perderam os seus quatro jogos, mas jogou bem em três deles, e o ponta Taku Ngwenya marcou o melhor ensaio do torneio.

Deste 2007 a USA Rugby está ativamente envolvida em ajudar os seus jogadores a conseguirem contratos profissionais. 
Com isso o nível dos jogadores e do seleção melhorou, com os EUA a derrotarem a Roménia e a Geórgia na Europa em 2012 e 2013. 
Ou seja, os resultados sugerem que o objetivo está sendo realizado e, com tempo, a diferença entre EUA e membros do Tier 1 como Escócia e Itália poderá diminuir o suficiente para os norte americanos vencerem.

Os jogos internacionais de Junho não serão oportunidades para avaliar a qualidade atual da seleção e suas chances no próximo Mundial. 
O treinador, Mike Tolkin terá acesso à maioria dos seus jogadores mas não a todos. 
No caso de abertura ele terá que resolver um problema. Tolkin terá que escolher um jogador fora de posição, um antigo membro do seleção ou um estreante.

Os aberturas titulares de 2013 não jogarão contra Escócia, Japão ou Canadá. 
Toby L'Estrange está fora por seis meses com uma perna fracturada, que sofreu jogando pelo London
TOBY L'ESTRANGE
Welsh na RFU Championship, enquanto Adam Siddal não poderá jogar por causa de uma concussão.

Durante seu tempo como treinador Tolkin usou quatro jogadores como titulares na posição de abertura. Entre eles nenhum tem chances reais de jogar na seleção no mês que vem. 
Além de ter L'Estrange e Siddal lesionados outros dois não perderam simplesmente os seus lugares como não jogam como titulares deste 2012.

Tolkin começou 2012 com Will Holder como titular. Ele enfrentou o Canadá em Kingston, Ontário, no primeiro jogo, mas ficou no banco no jogo em Glendale, Colorado, contra a Geórgia e também contra a Itália em Houston. 
Substituindo Holder nestes jogos esteve Roland Suniula que tinha jogado como titular contra a Irlanda, Rússia e Itália no Campeonato do Mundo de 2011 mas perderia seu lugar depois da partida em Houston e desde Junho de 2012 só jogou no banco.

Depois de Junho de 2012 os EUA jogaram novamente no IRB International Series em Novembro em Colwyn Bay, País de Gales. 
Os EUA enfrentaram Rússia e Tonga com o estreante Toby L'Estrange. 
O nativo de California jogou bem e foi mantido por Tolkin pela maior parte dos jogos, incluindo os mais recentes contra o Uruguai, em Março.

L'Estrange, entretanto, perdeu os jogos de Novembro passado. 
Ele tinha jogado como titular contra o Maori All Blacks em Philadelphia.
O defesa contra o Maori All Blacks foi Adam Siddal, que jogou como abertura nas vitórias sobre a Geórgia e a Rússia em Tbilisi e Londres.

Siddal jogou como titular sem uma especialista no banco e a mesma política foi utilizado contra os Teros em Montevideu e Atlanta. 
Siddal perdeu os jogos por causa de lesão e, sem ele, L'Estrange foi substituído por Shalom Suniula que jogou bem, oferecendo mais opções no ataque do que L'Estrange, principalmente em Atlanta.

O problema para os Estados Unidos é que a sua equipa B, USA Select XV, não conseguiu produzir aberturas. 
L'Estrange foi titular em 2013 no Americas Rugby Championship na Canadá e o seu reserva, Chris Saint, ainda não jogou na seleção. 
O processo de reconhecer outros jogadores não é impossível mas, mesmo assim, está extremamente complicado considerando que falta tempo e que não existem outros que tenham jogado na posição, com Tolkin.

Com apenas dois jogos internacionais, Shalom Suniula está em vias de ser confirmado como titular para
SHALOM SUNIULA NO HK 7'S
enfrentar a Escócia no dia 7 de Junho. 
Além de Suniula Tolkin, poderiam ser mudadas as peças e jogar o centro do Glasgow Warriors, Folau Niua como abertura. 
Além dele outra alternativa será Will Magie, que jogou na Inglaterra esta temporada pelo Ealing, o clube que foi rebaixado para a terceira divisão inglesa, ou Joseph Cowley da Life University que também nunca jogou na seleção.

No caso que Shalom Suniula ser escolhido é provável que Chris Wyles ou Folau Niua seja utilizado como chutador. 
Existem outras opções incluindo os jovens Magie e Cowley ou Madison Hughes, o defesa de Dartmouth College. 
Hughes impressionou na IRB Junior World Trophy em 2012. 
Ele foi o defesa da equipa e o maior pontuador no torneio.

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