6 de maio de 2014

SEGUNDONA SUL/LISBOA PERDE MAIS UMA EQUIPA

Com três faltas de comparência durante a fase de apuramento da Zona Su/Lisboa do Campeonato Nacional da 2ª Divisão, duas das quais aconteceram nas duas últimas jornadas da prova, e de acordo com o Regulamento Geral de Competições em vigor, o Ubuntu foi desclassificado da competição, e todos os jogos que realizou serão anulados.

Lamentamos que tal tenha acontecido, até porque a equipa tinha dado provas de ter evoluído e parecia ser uma das revelações do ano - acabou por ser, mas não da forma que esperávamos - e mais este abandono, depois do que se passou com o Elvas e com o Oeiras, chama a atenção para a questão das competições para equipas emergentes e dos cuidados que se devem ter na sua implementação e organização, sob risco de termos equipas que sentem não ser suficiente aquilo com que se deparam nas provas para aquele escalão, mas depois, quando confrontadas com as "exigências" da Segundona, verifica-se que não estão suficientemente maduras para a subida de escalão.


É um assunto que merece os maiores cuidados e aguardamos com expectativa o que a FPR irá fazer em relação a ele, claro que visto em conjunto com uma organização da 2ª Divisão, que urge tratar.

Assim, com a desclassificação do Ubuntu, a vitória da FCT em Borba por 96-0, e a derrota do Técnico B em Belas por 26-12, as classificações ficam ordenadas como os quadros abaixo indicam, embora faltem realizar os encontros da primeira volta do Técnico B frente à FCT e ao Belas.

As equipas apuradas para as meias finais são o Vila da Moita e a FCT, mas atenção que estas são classificações e conclusões do Mão de Mestre, carecendo ainda de confirmação oficial quando forem publicados os quadros respectivos no site da Federação.



5 comentários:

Anónimo disse...

Lamentável!!!

Unknown disse...

A meu ver, quando o campeonato não tem um ritmo competitivo certo, há fases em que, quer se queira quer não, há quebras nos treinos, quer em número de atletas quer em qualidade de treino dos atletas que vão aos treinos. A motivação para treinar 3 vezes por semana com jogos todos os fins de semana ou com intervalos entre jogos que chegam a ser de mais de um mês é diferente.
Este facto, não sendo uma desculpa nem uma justificação para haver três equipas a desistir, também não ajuda nada a manter a motivação dos atletas envolvidos no campeonato...
José Maria Perdigão, jogador do Clube Rugby de Borba

Anónimo disse...

É realmente lamentável a forma como a FPR trata a segunda divisão. Estas desistências são o reflexo disso! A maioria dos clubes da segunda divisão vivem cheios de dificuldades a todos os níveis e a estrutura federativa não apresenta o mínimo de cuidado e atenção aos clubes desta divisão: calendário com paragens de mais de um mês, sem árbitros, alteração do número de equipas a meio da competição, sem qualquer tipo de fiscalização…
Esta divisão é a base do rugby português, está repleta de jovens e deveria ser olhada de outra forma!

António Velez Cadete, Clube Rugby de Borba

Anónimo disse...

Vejo aqui os comentarios dos jogadores do Borba, e penso que tem toda a razão.
Sem apoios, a jogarem sem arbitros, a fazerem 400 km de 15 em 15 dias, e terem períodos sem competição de 3/4 semanas e sempre presentes!
Num periodo de crise, compreendo que os apoios(entenda-se apoio FPR) sejam menores, mas se jogamos "torneios" para seleção sénior "evoluir", que se desconhecem os custos reais, não era possível arranjar umas verbas para equipas como o Borba terem árbitros nos jogos em casa? Já nem falo de subsidio de deslocação, essa maluquice, ou umas bolas, ou um apoio técnico (treinos pelo corpo de treinadores da FPR)
Enfim, umas maluqueiras dessas.......
Paulo Miguel

Unknown disse...

Infelizmente tenho um certo receio que cenas destas continuem por esse Pais fora. A situação económica do Pais também não ajuda.
A falta de atenção dada pela FPR ao Campeonato da 2ª Divisão tem sido uma constante nos últimos tempos pois a Segundona é tratada, por ser o degrau mais baixo, muito mal. Sempre defendi o encurtar das 3 divisões atuais e a criação – ou melhor a reforma dos emergentes – numa 4 divisão.
Por outro lado, é preciso reconhece-lo, já praticamente não há jogos em árbitros, a Formação desenvolvida pela FPR é bastante melhor, etc
Independentemente da igualdade devida aos clubes, não faz muito sentido neste momento termos equipas como o UBUNTU, ou Prazer de Jogar e UTAD a competir com Guimarães e Vila da Moita. Guimarães e Vila da Moita só crescem como clubes quando puderem competir, a médio/longo prazo, com clubes do mesmo nível. Isso permite que os Clubes mais pequenos, sem as condições ainda suficientes para jogarem a outro nível possam jogar, de 15 e de 7, num modelo mais simples, sem grandes condicionantes administrativas, etc. Os emergentes este ano parece que tem corrido, pelo menos, minimamente bem, pelo que pergunto porque não aproveitar essas sinergias para formar equipas mistas, troca de jogadores para todos puderem jogar 15, etc. Parece-me um erro forçar os clubes que podem e querem dar o salto a terem de jogar com adversário que aparecem com 12 jogadores, mas que provavelmente irão gostar muito da 3ª parte…
Mas os erros não resultam só da gestão da Competição – que apesar de tudo me parece melhor (e também me parece que muitas vezes são os próprio clubes que não permitem que se vá mais longe). Resultam muito da má preparação geral dos clubes; má gestão e o velho espirito “Marialva” decerto Rugby Português, Rugby tipo anos 70’ jogado com uma Mini nas mãos, alegremente a cantar cações brejeiras e onde o êxito se mede pelo 3ª parte e pela quantidade de cerveja servida. E é essa realidade que é imposta a miúdos a partir dos 15 anos…
Dever-se-ia excluir certas atitudes, mais parecidas com Praxes Universitárias que com Rugby como desporto inclusivo. A Bebedeira, a praxe, a desculpa da 3ª parte para os excessos, a inclusão de qualquer pessoa que apareça – com a desculpa que somo poucos, pelo que se aceitam pessoas mais interessadas em dizerem que são do rugby, do que sê-lo. E com isso a qualidade das equipas e dos clubes vai baixando. O rugby Português parece-me cheio de DUX’s diversos.
Atenção que nada tenho contra o chamado Rugby social, acho importantíssimo desde que bem gerido e acompanhado. Agora não conseguimos ter “Sol na Eira e chuva no Nabal” sempre….Até acredito que o mesmo clube possa ter as duas vertentes em simultâneo, mas não acredito que esta base do rugby social se sobreponha ao resto. São desculpas que, nós adultos, usamos para coisas que não faríamos noutras circunstâncias.