Os dois primeiros da fase de apuramento não permitiram qualquer veleidade aos seus adversários, e confirmam de forma indiscutível a supremacia que representam no rugby nacional com a disputa da sua terceira final consecutiva, apenas no campeonato nacional.
Quando muito se fala da questão da falta de competitividade do nosso rugby, e quando se anuncia publicamente a redução da principal competição nacional de 12 para seis equipas, melhor seria que se procurasse saber e entender porque os restantes clubes portugueses do dito topo, não conseguem melhores resultados...
A propósito da alteração da forma de disputa da principal competição - que eventualmente trará também alterações às restantes divisões - convém esclarecer que a transformação da DH que hoje tem 10 equipas, em dois grupos de seis equipas, não significa o aumento daquela competição para 12 participantes, mas realmente quer dizer que se reduz a competição de nível 1 para seis e a de nível 2 para outras seis, passando a actual 1ª Divisão a representar o nível 3 do rugby nacional.
Já no passado se fez uma manobra semelhante, com a transformação da 1ª Divisão na época de 2003-2004 em dois grupos, A e B, com oito equipas em cada um, para dois anos depois, mantendo a mesma forma de oito + oito, se passar a chamar a esses mesmos grupos de Divisão de Honra e 1ª Divisão...
Agora a treta é a mesma, apenas se podendo imaginar que no futuro o novo grupo B manterá a designação de Divisão de Honra, e o novo grupo A passará a ser um qualquer Super Seis, empurrando o nome de 1ª Divisão realmente para o terceiro nível do rugby nacional...
Por este andar não tardará o dia em que a 1ª Divisão se disputará a um nível tão baixo que os seus participantes serão o Mija-Na-Escada e o Brinca-Na-Areia...
Mas como apesar de ainda não oficialmente comunicada a decisão já foi tomada, preparem-se os clubes como Benfica, Sporting, Caldas, Santarém, Vila da Moita, Vitória de Setúbal, São Miguel, Montemor e o vencedor da actual 2ª Divisão, para esclarecerem adeptos, Câmaras e população, como terminaram uma época com direito a disputarem o segundo nível do rugby nacional, para em Outubro aparecerem a disputar o terceiro...
E como Académica, CRAV, CDUP e Lousã - curiosamente todas de fora de Lisboa e arredores - irão justificar que deveriam fazer parte da elite e afinal estarão a disputar o nível 2...
E como Académica, CRAV, CDUP e Lousã - curiosamente todas de fora de Lisboa e arredores - irão justificar que deveriam fazer parte da elite e afinal estarão a disputar o nível 2...
Ou seja, todas estas equipas vão ser promovidas de cavalo para burro...
Os patrocinadores de todas elas vão adorar a ideia...
CDU LISBOA 20-8 AGRONOMIA RUGBY
No Estádio Universitário o primeiro tempo do jogo não correu da melhor maneira para o campeão nacional, que embora entrando em campo melhor que o adversário, e dominando os primeiros 20 minutos, não conseguiu melhor que três pontos como resultado duma penalidade, para a partir daí a condução da partida passar para as mãos de Agronomia, que teve mesmo algumas oportunidades para marcar ensaio, mas acabou por não conseguir melhor que o empate a três pontos, em cima da meia hora.
O CDUL acabaria por marcar nova penalidade antes do intervalo, para os 6-3 com que se atingiu o período de descanso, para entrar com uma nova disposição e um velho Gonçalo Foro no segundo tempo, para marcar dois ensaios e arrumar a questão, apesar da resposta tardia dos agrónomos a fixar o marcador em 20-8, assegurando a terceira presença seguida do CDUL na mais importante final que se disputa em Portugal.
GD DIREITO 41-12 AEIS TÉCNICO
Numa partida que parece não trazer nenhum caso desagradável para o rugby nacional, um Direito de luxo esmagou por completo um Técnico sem chama nem alegria, dominando completamente a partida e perto da meia hora de jogo já venciam por 22-0, para chegarem ao intervalo com o marcador em 27-7.
Na segunda parte os advogados continuaram a dominar, e mesmo aliviando o acelerador aumentaram a vantagem para um resultado final de 41-12.
Note-se que o período de descanso entre a última jornada da fase de apuramento e a meia final de ontem, permitiu a recuperação de algumas peças importantes do Direito, com destaque para Vasco Uva e Adérito Esteves.
Presente nas últimas seis finais da competição, vencendo quatro e perdendo duas para o seu adversário do próximo final de semana, a equipa de Monsanto vai tentar recuperar o título que o CDUL venceu na época passada em em 2011-2012.
1 comentário:
O CRAV disputou a DH com 10 equipas CONTRA A SUA VONTADE, como foi publicamente explicado pelos seus dirigentes.
O Lousã não quer participar numa DH a 10 equipas, como, aqui mesmo, explicou o seu presidente.
As opções destes e doutros clubes também devem ser tidas em conta. Eu já ouvi vários clubes a manifestarem-se a favor do formato 6+6. Ainda não ouvi nenhum a manifestar-se contra.
Por que não o fazem pela voz autorizada dos seus dirigentes?
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