26 de maio de 2014

VILA DA MOITA E GUIMARÃES VÃO MEDIR FORÇAS NA FINAL *

* José Silva
Numa inversão dos resultados da 1ª mão das meias-finais, e com o fator casa a ser fundamental visto as equipas ganharam sempre em casa, Guimarães a norte e Vila da Moita a sul, anularam a diferença pontual que tinham para se encontrarem na final de 31 de Maio.

Em Guimarães os Bravos acabaram o tempo regular com um empate na eliminatória que foi finalmente, quebrado na 2ª parte do prolongamento.

Na Vila da Moita, o clube local cilindrou o Famalicão até chegar a uns expressivos 46-0, acabando o jogo com 46-12.


Na Cidade Berço a missão que os Bravos tinham não era fácil, visto que teriam de anular uma diferença de 21 pontos perante os Estudantes da Faculdade de Ciência e Tecnologia.
Os Bravos entraram apostados em resolver cedo o jogo, e apesar de 3 penalidades falhadas nos primeiros 15 minutos, conseguem o primeiro ensaio aos 20' que foi convertido.
Animados pelo público presente montam vaga, após vaga de ataques, um sufoco extremo aos adversários que mal conseguiam respirar – uma lesão do seu playmaker a meio da primeira parte com certeza que não ajudou.
Nesse período conseguem fazer um segundo ensaio, igualmente convertido.
E o caudal continuou, mas o jogo do Guimarães seguia sempre as mesmas coordenadas, pelo que iam sendo repelidas pelos sulistas.
A atrapalhação e falta de calma era tanta, que, certa vez, quando alguém se esqueceu da bola, roubada por um estudante da FCT, após correr 70 metros, foi parado, in-extremis, pelo jogador/treinador Jeremias Soares.
Perante esse cenário os Universitários perceberam o jogo que teriam de fazer para parar as ofensivas do Guimarães.
Ao intervalo 14-3 por conta de uma penalidade transformada pelo FCT.
Na segunda parte repetiu-se a formula, com o Guimarães a atacar de todo o lado, nem sempre com a calma necessária e a FCT a defender de um forma muito inteligente e sempre à espreita de um erro para complicar as contas.
Aos 15' novo ensaio do Guimarães, por Paulo Machado, infeliz nos pontapés mas, muito eficaz nas perfurações e side steps, quando os Bravos ligavam o fusível.
E o tempo ia correndo, os Bravos mais nervosos, os Estudantes com outra penalidade tentavam controlar o jogo, o público ansioso....
E aos 28' o Guimarães, à força, lá conseguiu o ensaio que igualava a contenda, pelo que a partir desse momento os ânimos foram ficando mais exaltados, a adrenalina e o interesse aumentou – sejamos francos, o jogo no todo foi muito mauzinho – apesar do intenso domínio do Guimarães; tivéssemos nós acesso à estatística e daria uns 70% quer posse de bola quer territorial, à equipa da casa.
Nos últimos 5 minutos assistimos a um amarelo a um jogador do FCT e a uma penalidade frontal, dento dos 22 ...falhada.
No prolongamento nada de novo excepto o necessário ensaio, de novo não convertido, a dar a vitória final aos donos da casa, bastante contestada por alguns elementos do FCT, com queixas dirigidas ao trio de arbitragem.

No geral a equipa de Jeremias Soares, apesar de muita falta de discernimento e calma em momentos chaves do jogo (e o desperdício em pontapés falhados de, pelo menos, 20 pontos) foi lutadora e sofredora quando bastou para chegar à final.
Já vimos o Guimarães a fazer muito mais e melhor do que apresentou ontem – muito mérito, portanto para a equipa da FCT – e é conhecido o quão curto é o seu plantel, mas foi, parece-nos uma justa vencedora do jogo de ontem (claro!) e da eliminatória.

A equipa de João Dias Costa pareceu-nos nervosa nesta deslocação à cidade Berço e pouco mais mostrou que uma defesa bem montada e corajosa.
Pareceu-nos uma equipa montada para defender os 21 pontos que tinha de vantagem.
Nota-se que há por ali qualidade, e viram-se alguns pormenores que atestam isso mesmo mas esperava mais desta equipa.
Lutaram até ao fim, e, parece-me que com um pouco mais de calma poderiam ter feito diferente.
Em campo, tal como o Guimarães, arriscou pouco, seguindo sempre o mesmo guião e não se adaptaram ao jogo.
Também mostrou um banco curto, no final do jogo já não havia pernas para mais.

O que nos dizem de Guimarães;

“GRUFC apura-se para a final num jogo escaldante

A equipa de rugby de Guimarães conseguiu, no passado sábado, alcançar o objetivo proposto pelos seus responsáveis no início da época, o acesso à final do campeonato nacional da segunda divisão. Jogo que dará ao vencedor a subida à primeira divisão.

Numa eliminatória jogada a duas mãos, o GRUFC trazia para o derradeiro jogo uma desvantagem de 21 pontos, graças a um jogo menos conseguido na capital, que acabará com um resultado favorável ao Clube de Rugby da Faculdade de Ciências e Tecnologia de 41-20.

Mas vamos ao tal jogo escaldante. Os Bravos de Guimarães tinham pela frente uma missão muito difícil e só uma entrada em campo com uma atitude avassaladora poderia inverter a desvantagem acumulada. E assim foi. O jogo começou com uma enorme pressão dos homens da casa sobre o FCT que percebeu que a viagem a Guimarães seria provavelmente mais difícil do que inicialmente esperariam. Mas só aos 20 minutos é que os vimaranenses passaram para a frente do marcador com um ensaio convertido, colocando o resultado num curto 7-0. Como resposta, e sem muitas mais oportunidades para pontuar, a equipa de Lisboa converteu uma penalidade e fez o 7-3, obrigando os Bravos a correr atrás do prejuízo, relembre-se que havia uma desvantagem de 21 pontos da primeira mão. Antes do intervalo o resultou foi dilatado para 14-3 com um novo ensaio e respetiva conversão para GRUFC. A equipa e todo o público presente nas Pistas Gémeos Castro percebia que o sonho da reviravolta estava apenas a 10 pontos, previa-se uma segunda parte excitante.

Com apenas 40 minutos para inverter o resultado, a ansiedade foi responsável por uma entrada menos conseguida dos Bravos, o coração já falava mais alto. Mas quando faltavam 20 minutos para terminar a partida, houve novo ensaio para equipa de Guimarães provocando uma reação digna de registou por parte do público que apoiou a equipa efusivamente. Quando restavam apenas alguns minutos para jogar, o GRUFC marcou novo ensaio e viu premiada toda a atitude de sacrifício, raça e muita humildade, conseguindo anular os 21 pontos de desvantagem. Com uma penalidade convertida para cada lado, o jogo chegou aos 80 minutos com o resultado empatado a 27-6 (41-20 da primeira mão). Houve necessidade de jogar o prolongamento. Mais dez minutos para cada lado. Com o estádio ao rubro, e não era para menos, já que se jogava o acesso à final do campeonato nacional, provavelmente por cautela de ambas as equipas, na primeira parte, não houve lugar para qualquer alteração no marcador, mas estava guardado para os minutos finais o momento mais alto da tarde. Numa jogada com várias fases de construção, em que quase todos os Bravos tocaram na bola, e quando o cansaço já estava evidente em todos os jogadores, o GRUFC chegou ao ensaio que valeu a realização do sonho, o acesso à final, no próximo sábado, no Complexo do Jamor. O adversário será a equipa de Rugby de Vila da Moita que venceu nas meias-finais o Clube de Rugby de Famalicão.

Nota para o público que se deslocou até às Pistas Gémeos Castro para apoiar incondicionalmente o GRUFC e provar que o rugby em Guimarães começa e ganhar expressão.”


Na Vila da Moita os locais teriam de quebrar uma diferença de 13 pontos conforme a derrota trazida de Famalicão.

Um Resultado de 46-0 registada aos 75 minutos, não deixa grande margem para dúvidas sobre o potencial do RVM, que, vai assim, no seu ano de estreia nestas andanças à final da Segundona.

2 comentários:

Anónimo disse...

Como conseguem dizer que foi um jogo mauzinho quando o Guimarães começou o jogo a -21-0, dos jogos mais empolgantes que se viu nesta divisão de sempre com duas equipas merecedoras de umas palavras de apreço pois só assim o rugby irá evoluir, criando esta atmosfera a volta dos jogos, grande apoio das bancadas e muita gente, que continue a evoluir que em Guimarães mais tarde ou mais cedo cumprirá todos os seus grandes sonhos.

Anónimo disse...

As finais são No universitário. Há Portugal-Grécia no Jamor.