24 de março de 2014

RESULTADOS DESNIVELADOS JUSTIFICAM REDUÇÃO DE DIVISÕES?

Em dia de luto em memória de Carlos Nobre, um nome que já faz parte da história do rugby em Portugal, o resultado do jogo entre o São Miguel e o Groundlink Caldas foi mais um motivo de tristeza.

A par dos pelicanos, também a Lousã e o Benfica conseguiram resultados muito expressivos, a demonstrar a fraqueza do rugby nacional, que não tem - sem sombra de dúvida - mais que uma dezena de clubes verdadeiramente empenhados na competição.

Perante este estado é urgente apostar no rugby interno, e acreditamos que a solução não é diminuir o número de equipas em cada divisão, pois isso não resolve o problema, apenas o esconde.


Se formos diminuir de novo, vamos isolar mais as melhores equipas, que aos poucos perdem o contacto com o rugby no país, e empurrar definitivamente para o rugby social as restantes - as equipas só crescem quando postas em confronto com as mais desenvolvidas, e se for preciso que o trabalho da federação passe por apoiar aquelas que precisam de apoio para crescer, então vamos a isso, pois se for bem feito ganha todo o rugby português.

Então a solução passa por criar condições para que, pelo menos e para já, todas as 28 melhores equipas progridam e criem verdadeiros hábitos de competição, de forma a que as duas divisões de topo, com 10 equipas cada, sejam mais equilibradas, e com isso, mais competitivas.

Vamos então aos jogos da jornada 16


O primeiro dos jogos com resultado desnivelado. O Vitória de Setúbal é um exemplo daquilo que se disse. O que ganharão os sadinos se forem empurrados para um degrau mais abaixo? Nada.
E o que ganhará o rugby português? Nada
O Vitória não é uma equipa nova, já cá anda há muito tempo, e se está com problemas - e está! - é preciso ajudá-lo a resolvê-los.
Porque não ganha apenas o Setúbal - ganha o rugby português!


O mais desnivelado dos resultados. Um número que creio nunca antes ter sido alcançado no rugby português. Onde está o São Miguel que dominou a fase de apuramento da Segundona Sul/Lisboa, e apenas cedeu a liderança na final do campeonato?
Os buldogues não foram capazes de se adaptar ao ritmo e exigências da Primeirona, e apesar de matematicamente ainda poderem assegurar a manutenção na divisão, isso não é nada provável, e ficou demonstrado que nem todas as equipas que têm um excelente comportamento numa divisão, estão preparadas para dar um passo em frente.
Nós acreditamos que, se desde cedo na hierarquia das competições, se exigir aos clubes que cumpram um determinado conjunto de quesitos - terem equipas de formação, terem equipas B's, terem um mínimo de jogadores em prática efectiva, etc... - elas cedo também serão forçadas a decidir qual a via que querem seguir.
E se a via for a da competição, então há que exigir!
Claro está que isto tem que partir de uma escolha certa para o modelo da Segundona, que tem que abraçar o rugby regional, e um rugby intermédio entre o regional e o nacional, e finalmente um nível já absoluto e exigente, onde as equipas que querem progredir, serão confrontadas com nas tais exigências, muito semelhantes ao que se deve impôr na Primeirona.
E não vale a pena atirar pedras ao telhado do São Miguel e apenas a título de exemplo, cita-se um conjunto de equipas que passaram pela Divisões acima da Segundona e não resistiram, uns deram um passo atrás, outros desapareceram mesmo - Agrária de Coimbra, Rugby da Linha, Costa da Caparica, Vilamoura XV, Rugby Clube de Coimbra, Belas, UTAD - ou do outros que passaram pela Segundona e desapareceram - ISEP/REI, Amora, Fabril, Universidade Lusófona, Núcleo de Rugby da Lousã, Núcleo de Rugby Ídolos da Praça, Juromenha, Prazer de Jogar, Marinhense, Lousada, Samouquense...
São 18 clubes/equipas, que não aguentaram competir nos últimos 14 anos, uns por um motivo, outros por outro, todos estes precisaram de ajuda numa altura qualquer. E o que fez quem devia ter feito alguma coisa? Nada!


Num dia de particular emoção na Sobreda, com a presença de Carlos Nobre em canda movimento, em cada palavra, em cada instante, o Benfica conseguiu o último dos resultados desnivelados da jornada, e que também serve de exemplo.
O Loulé e o Groundlink Caldas, beneficiaram em 2012-2013 do alargamento da Divisão de Honra, os louletanos porque não eram supostos subir de divisão, os pelicanos porque era suposto descerem de divisão...
Quanto à evolução do Groundlink Caldas, não vale a pena falar, pois os números falam por si, mas quanto ao Loulé a situação é diferente, e o clube atravessa problemas que bem mereciam ajuda institucional, embora a equipa não corra o risco de descer, no actual esquema das 10 + 10 equipas nas duas principais divisões.
Mas se as divisões forem reduzidas, o Loulé também desce, e quem ganha com isso? Ninguém!
Será que é melhor ostracizar estas equipas, ou promover o seu crescimento, a sua consolidação?
Agora duas coisas são certas.
A primeira que o rugby português para crescer precisa de mais equipas realmente envolvidas em competição.
E a segunda é que a omissão no movimento de reforma que se adivinha, por parte destas equipas - e não se iludam mesmo aquelas que parecem ter uma posição segura - as condena irremediavelmente ao abandono e ao isolamento, por mais algumas décadas...


O Sporting conseguiu um importante ponto de bónus frente ao Évora, e por pouco não conseguiu mais, mas está agora mais perto do play-off do título.
Os leões aos poucos vão conseguindo impôr-se na divisão, e embora não apostemos neles para a vitória final, a verdade é que acabam por ter tido uma época positiva, o que muitas promovidas não conseguem no seu primeiro ano acima da Segundona.
É outro caso em que a redução das divisões vai prejudicar, porque se forem criadas divisões de seis equipas - ou sub divisões, chamem-lhes o que quiserem - o Sporting vai provavelmente parar ao quarto grupo ou divisão, o que altera substancialmente o calendário do clube na sua caminhada para a divisão principal...
Aliás o mesmo se aplica ao Benfica, Lousã e Groundlink Caldas, os principais candidatos neste momento à vitória final, que em caso de triunfo na Primeirona, simplesmente não irão jogar verdadeiramente na divisão principal, chamem-lhe o nome que lhe chamarem


O Santarém obteve a mais importante vitória do fim de semana, e apesar da resposta da Agrária, só um conjunto inexplicável de casos estranhos o poderá levar de novo à Segundona - como por exemplo, uma redução das duas primeiras categorias...
Mas a Agrária também obteve um importante ponto de bónus, que a levam a ter quatro pontos de vantagem sobre o São Miguel em relação a quem, em caso de igualdade, estão em a vantagem.
Partindo do princípio que  os conimbricenses não conseguem mais nenhum ponto nas duas jornadas que faltam - em que jogam em casa com o Setúbal e com o Sporting, por troca de campo na 9ª jornada (ver caixa de comentários) - e que o São Miguel não consegue pontuar em Loulé, onde joga no próximo fim de semana, apenas uma vitória com bónus de ataque dos buldogues sobre o Santarém na última jornada, lhes tira a permanência.
Mas basta a mais pequena redução de qualquer das divisões principais, para que todo o esforço destas equipas tenha sido em vão, porque o seu destino seria sempre uma divisão de um nível mais baixo...

46 comentários:

Anónimo disse...

Bem se calhar o melhor mesmo é criar uma primeira divisão com 20 equipas...
Os clubes é que têm que decidir se querem rugby competitivo ou rugby social, a maior parte dos jogadores não têm o rugby como uma prioridade e se tiverem que trabalhar mais do que aquilo que fazem para evoluir desistem, não querem

Anónimo disse...

completamente de acordo, reduzir é a única alternativa.

Anónimo disse...

O Évora marcou 5 ensaios

Anónimo disse...

Bom dia,

alguém me consegue arranjar o boletim do Montemor - Direito?

equipas, score, substituições, arbitro e etc?

muito obrigado

Anónimo disse...

Concordo. Reduzir só vai criar mais problemas. Deve-se manter as 10 equipas senão as que forem despromovidas perdem o interesse e já são tão poucas equipas em competição...

António disse...

Eu penso que a Agrária receberá o Vit Setubal e Sporting na sua casa.
Se não me engano, houve uma inversão de campos na 9ª jornada da primeira volta entre Agrária e Sporting.

Manuel Cabral disse...

Santarém - Agrária = Ensaios 3-3

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 11:17 tem razão, o jogo será em Coimbra. Como diz houve troca de campo na jornada 9.
Vou alterar o texto.

Anónimo disse...

Para mim reduzir equipas é a morte do artista; quanto mais poderiam era aumentar, nunca diminuir. Sem dúvida temos que olhar para o râguebi cá dentro em vez de pensar em competições internacionais.
Um aspecto que para mim foi prejudicial, pelo menos na 1ª divisão, foi o facto de terem existido várias paragens que dificultou o desenvolvimento das equipas.
No início da época da 1ªdiv houve uma paragem de três semanas de qualquer tipo de competição para alguns e duas para outros porque numa dessas 3 semanas jogaram um segundo jogo para a taça de Portugal após 5 jogos do campeonato. Outras paragens de uma ou duas semanas, percebe-se.

Anónimo disse...

As paragens matam qualquer competição que não seja feita por profissionais. O trabalho de campo nos treinos vai todo por água abaixo, porque muitos dos atletas não treinam e os que lá vão têm treinos de menor nível. Parar campeonatos da 1ª divisão quando jogam as selecções é uma imbecilidade. Foi feito na época passada (dois meses parados) e voltaram a repetir este ano. Andam a brincar connosco e qualquer dia vamos todos para o rugby social que dá muito mais gozo e menos despesa.

Anónimo disse...

Sou da opinião que a redução de equipas será um enorme erro e um retrocesso. Contudo, penso que a análise, para se diminuir o fosso entre os clubes, não deverá ser vista como macro mas como micro. Tem que partir de dentro dos próprios clubes. Existem excelentes jogadores na maioria dos clubes portugueses, mesmo naqueles que podem ser considerados como parte de uma segunda linha. O que acontece é que muitas das vezes esses jogadores não estão devidamente acompanhados pelos restantes colegas no que respeita a compromisso, trabalho, entrega e coração. Aqui não é trabalho apenas para a federação - que obrigatoriamente tem que dar mais apoio aos clubes que mais precisam e apresentam potencial - mas também para os treinadores e jogadores do próprio clube para elevarem o nível de exigência e de compromisso. Se existe um compromisso no começo da época o mesmo terá que ser para se cumprir. Rugby é para ser jogado por homens de palavra. É amador mas implica um compromisso. Aqui é que se deve fazer a verdadeira divisão no rugby português, muito antes de se começar a falar em profissionalismo. Existem aqueles que querem jogar por diversão e socialmente e aqueles que, mesmo duma forma amadora, querem respeitar os colegas da equipa e participar num campeonato. Não é mais tempo de se ter 10 tipos num treino de uma equipa da primeira divisão ou até da honra (acreditem que acontece ainda hoje). A decisão de participar num campeonato deve partir do próprio clube que deve receber um compromisso da parte dos seus jogadores. Querem jogar e competir? Os jogadores que analisem se têm condições para isso antes de darem a sua palavra. Se apenas se querem divertir existem outras divisões, o rugby universitário ou podem ir fazer uns passes para a praia ou para o parque. Feita esta análise é que se poderá saber quantos clubes estão dispostos a competir em Portugal. Se são apenas 10…é muito mau mas é que o que há. Se são mais, muito melhor mas que cumpram de verdade e que contribuam para elevar o nível do Rugby em Portugal.

Anónimo disse...

Eu sou de acordo do contrário... Vou vos perguntar uma pergunta simples e peço ao responsável pelo site que também me dê algum feedback, o que ganhou Portugal ao jogar com equipas, e volto a repetir a palavra, equipas, muito superiores à nossa selecção? O que ganha a S.Miguel ao obter este último resultado? Não faria sentido nivelar as equipas e a melhor subia para a divisão acima? É que o que aqui já foi dito num comentário anterior, grande parte dos jogadores destas equipas jogam rugby com objectivos diferentes que jogadores do Cdul, Direito, Agronomia, Tecnico, Belém, etc... "É um rugby de amigos", um divertimento como outro qualquer.
Acho que se tem que pensar realmente no que será mais vantajoso para todos e julgo que o campeonato nacional está a perder muita qualidade...

Abraço

Manuel Cabral disse...

Qualquer análise que seja feita tem que ter em consideração que os dois últimos anos foram anos de transição.
Na verdade, nos anos anteriores o número de equipas nas duas principais divisões era:

2011-2012 = 8 + 8 - Apenas uma equipa da 2ª Divisão entrava neste número, por troca com a última das 16 primeiras
2012-2013 = 10 + 8 - Além de uma equipa habitual da 2ª divisão, foi preciso manter a última das 16, e meter mais uma suplementar da 2ª Divisão
2013-2014 = 10 + 10 - com o alargamento da 1ª Divisão, não desdeu a última das 18 e além de subir a habitual da 2ª Divisão, subiu mais uma.

Significa isto que entre os anos de 2011-2012 e 2013-2014, não só não desceu nenhuma equipa para a 2ª Divisão, como subiram 4 equipas para a 1ª Divisão, como resultado do aumento de 16 (8+8) para 20 (10+10) equipas.

Claro que o choque foi muito grande! E só este ano vamos entrar no ritmo normal = das duas principais divisões, desce uma só (a 20ª) para a 2ª Divisão e sobe apenas uma da 2ª para a 1ª Divisão.

Naturalmente que às quatro que subiram nos dois anos anteriores, e às duas que não desceram, se exigiu um esforço de adaptação suplementar, mas o resultado nem sequer foi assim tão mau, já que mesmo no segunda ano da transição, o mais difícil, o nível da 1ª Divisão foi bem razoável, mesmo tendo havido alguns resultados mais desnivelados.

E como prova disso, temos que após a jornada 16, temos apenas 16 pontos de diferença entre o 1º e o 4º classificado, e temos 8 pontos de diferença entre o 5º e o 7º classificado.

Quanto às 3 últimas equipas, uma vai descer, como acontece quando se atinge a normalidade, e as outras duas pergunto eu:

Vamos deixar cair o Santarém, que está em vias de ter o seu campo próprio, é um clube antigo e com tradição, ou vamos ajudá-lo e fazer com que ele melhore?

E quanto ao penúltimo, seja o São Miguel ou a Agrária?
É preciso lembrar que qualquer destes dois clubes atravessa uma fase de crescimento que se aproxima cada vez mais da sua maturidade, com escolas próprias, que no caso da Agrária já constitui a sua 1ª equipa quase exclusivamente de jogadores formados nessas escolas, e no caso do São Miguel, isso vai acontecer dentro de muito pouco tempo.

Então, o que será melhor? Apoiar estes dois clubes - penúltimo e antepenúltimo - ou mandá-los de volta para a 2ª Divisão?

E quanto ao último da 1ª Divisão, que vai descer porque não conseguiu adaptar-se com a velocidade que se exigia, e ao campeão da 2ª Divisão que vai encontrar um mundo novo pela frente, e aos semi-finalistas da 2ª Divisão?
Vamos condená-los ao isolamento, para que todo o trabalho que fizeram ao longo doas anos, se perca de novo e eles voltem à estaca zero, ou vamos arranjar maneira deles se tornarem mais competitivos, mais consistentes?

Se apoiarmos as nossas equipas espalhadas pelo país, dentro de poucos anos, em vez de termos, como tínhamos em 2011 apenas 6 a 8 equipas competitivas (umas 6 na DH e mais 2 na 1ª Divisão)ou 10 a 12 como tens hoje (8 a 9 na DH e mais 3 ou 4 na 1ª Divisão), terás 9 ou 10 na DH e 7 ou 8 na 1ª Divisão. Ou seja, entre 16 a 18 equipas...

Mas se reduzires, voltas para trás, e terás não mais de 6 a 8 equipas competitivas no total...

Anónimo disse...

Só como curiosidade, informo que quando a Académica desceu pela 1a vez de Divisão, no célebre campeonato em foi 6o em 12 equipas da fase regular e foi forçada a um play-off com os últimos e... desceu, ganhou em Tondela por 178-0, em 92/93. Portanto acima dos 166-0 de ontem. Foi um jogo que o Batata (internacional J Bento jogou de calças de licra para não se magoar no pelado).
Desconheço se existem resultados mais desnivelados em provas oficiais em Portugal.
Abraço, José Maria Marques

Anónimo disse...

Redução da Div de Honra para 6: sou contra! Serei eventualmente a favor de 8, com final four a duas mãos para os de cima e os do grupo da descida (este play-off em que teoricamente o sexto classificado da fase regular pode ser campeão é ridículo) mas só depois de um programa de apoio ao aumento da competitividade das outras 16 que jogariam em 2 grupos iniciais Norte e Sul, com uma final four a duas voltas para subirem 2, que permitiria uma base da pirâmide bem mais competitiva. Sem base alargada não há evolução. E os senhores que olham para estas decisões com visão enviesada pelos custos de deslocação à "província" (vão ao Norte duas vezes no ano enquanto os outros clubes todos viajam o ano inteiro de 15 em 15 dias, mas são esses que se queixam, custa-lhes muito fazer 500 km de autocarro...) que ponham a mão na consciência pelo mal que querem fazer ao rugby português... Tornar o rugby um circuito de vaidades só em Lisboa era matar de vez o rugby português. Estou aberto a que me convençam que estou errado, Abraço, José Maria Marques

Anónimo disse...

Querem desenvolver o rugby nacional nos proximos anos? Seria de colocar uma primeira fase de campeonato por regioes NORTE/CENTRO e LISBOA/SUL/ILHAS, depois apurar 3 equipas de cada região para disputar o campeão nacional. Terminava o macrocefalismo e desenvolvia-se o rugby nacional. Nos primeiros 2 anos podia não ser justo, mas depois abria-se espaço para o crescimento de outras equipas nacionais fortes. É como no futebol, enquanto existir benfica-porto-sporting poucos mais clubes podem aparecer... e naõ sei se o aparecimento de benfica-aporting-fc porto não vai piorar cada vez mais o nosso rugby...eu acho que sim.

Anónimo disse...

A minha opinião, já aqui a deixei várias vezes, é a de que a FPR não tem nem capacidade nem orçamento para acorrer a todos. Doa a quem doer, não se pode querer ir ao mundial e, ao mesmo tempo, andar-se preocupado com as dificuldades de clubes regionais que, apesar da sua história mais ou menos brilhante, não têm qualquer relevância para a competitividade nacional.

No futebol, que tem uma Federação rica, quem quer que o seu filho passe do social para o competitivo inscreve a criança nos programas de talentos e, se se confirmar a sua qualidade, inscreve, pagando do seu bolso, a criança num clube de nível superior, sabendo de antemão que a quota não é bem a mesma...

Não soubemos capitalizar o boom de miúdos que nos bateram à porta depois do mundial 2007 - nem os clubes, que não souberam apostar num crescimento franco, nem abrir escolas de talentos, como forma de captar os melhores, nem a FPR abriu níveis intermédios de competição com concurso de miúdos que, sendo bons, ficaram "entupidos" pela quantidade de jogadores séniores com idade para já não o serem...
Nada foi feito ao nível dos 7's, num país que tem tempo seco 9 meses por o ano... Como resto, metemos tudo no mesmo saco e viu-se o resultado na mudança de geração...
Acredito que já estivemos mais longe da criação de uma Liga de Clubes, co-financiada, com gestão autónoma e proveitos próprios onde só tem lugar a Elite dos clubes verdadeiramente competitivos, como acredito que brevemente existirá uma associação de rugby de praia que verdadeiramente leve este desporto às bases, num país com mais de 1000km de costa.
Querem um bom exemplo do que acabei de dizer e que tem tido bons resultados em Portugal? A dinâmica das equipas de veteranos! É um gozo do caraças e não custam 1 centavo à FPR. Já cá temos torneios de enorme prestígio e nicles de organização FPR, com os seus respectivos patrocinadores e tudo.

A FPR tem que ser muito mais pequena, de acordo com os praticantes que, de facto, temos e de acordo com aquilo que o rugby é no nosso país: a 14ª modalidade em número de praticantes...

É apenas a minha ideia e vale o que vale...

Tiago Sousa e Silva

Unknown disse...

Sou da opinião que insistir em encher as divisões principais com os clubes mais fracos, com o argumento que pode ser um retrocesso, é um erro. As divisões devem ser reduzidas! Oito equipas na divisão de Honra é o máximo aceitável na nossa realidade. Se não for altamente competitiva não vale a pena, pois aos clubes ditos mais pequenos, ser-lhe-á dada a oportunidade de jogarem numa divisão inferior, séria, responsável e acompanhada, também altamente competitiva. E por ai fora, até umas terceiras e quartas divisões – regionais, claro. O que acho que se deve evitar são resultados de 166-0 – o que aprendeu o São Miguel com estes resultados? Não estaria melhor o São Miguel num grupo com a Agraria, Loulé, Santarém, Famalicão, Guimarães, Vila da Moita, Belas, Bairrada, etc – se durante 3/4 de anos estes clubes possam jogar regularmente com um bom nível com certeza que estrão melhor do que hoje.

Que os clubes só evoluem a jogar com equipas melhores, tudo muito bem, mas apostar cegamente nesse caminho sem olhar para trás parece-me um erro. Para o ano estaremos a defender que Famalicão , Bairrada, Guimarães, Belas, Vila da Moita e FCT só tem a ganhar se subirem de divisão? E vamos acabar com um Honra de 14 equipas e uma 1ª divisão com 14?

joao quintela

Anónimo disse...

Julgo que redução, aumento ou diminuição das 10 equipas na liga de honra, por si só, não fará nada. Tem que haver sempre incremento da qualidade do rugby pelo país, que não pode contudo ser, na minha opinião, em estragar as equipas que já são mais competitivas. O que seria, para melhorar o nivel do rugby europeu, retirar 3 residentes do torneio das 6 nações e colocar lá outras seleções europeias, piorava-se tudo! Nem se pode sequer comparar o rugby ao futebol, pois na nossa modalidade os adeptos estão mais dispersos pelos clubes, têm é de começar a apoiar esses clubes, na secretaria, nos treinos, na captação de jovens jogadores, etc. Devem os clubes do interior forçar a FPR para fazer protocolo com os diversos ministérios de forma a facilitar ajudas da parte das freguesias e das CMs. Deve-se fazer qualquer coisa em vez de estar sempre a dizer que os outros deviam fazer por nós. Basta seguir os bons exemplos que o nosso pais tem, por todo o lado.

Anónimo disse...

Alguém me explica porque param campeonatos abaixo d DH quando jogam as Seleções

Anónimo disse...

Acho que se está a dar muita importancia ao resultado do Caldas com o São Miguel.

As divisões como estão, estão bem. O objectivo é que as equipas do meio da tabela trabalhem para chegar ao nivel das que estão no topo, o mesmo se aplica ás equipas do fundo da tabela, têm que ter o objectivo de trabalhar para chegar ao meio da tabela.

Os clubes têm que trabalhar com objectivos reais. Se restringirmos uma divisão aos unicos clubes que têm como objectivo ganhar o Campeonato Nacional, então fechamos a competição a 4 ou 5 clubes. O resto faz uma liga á parte.

Não me parece que seja esse o caminho para a evolução da modalidade.



Vejamos o caso do Montemor:

(posso estar errado com as datas)
Á 4 anos quando estavam na 2ª divisão, o objectivo era subir para a 1ª.
Á 3 anos, quando chegaram á 1ª divisão, o objectivo era a manutenção/play off.
Á 2 anos, apontaram o objectivo de subir para a divisão de honra.
Presentemente estão na divisão de honra com o objectivo da manutenção.

É um bom exemplo de progressão e evolução.

Podemos ver exemplos mais "maduros" de evolução em equipas como o CRAV, ou Cascais e CDUP.

Todas elas evoluiram, só precisam de mais tempo para consolidar.

Queremos muitas equipas a nivel nacional com bom nivel de Rugby, ou queremos 4 ou 5 equipas com um muito bom nivel de Rugby?

Haverá sempre equipas mais fortes e equipas mais fracas. Um resultado de 166-0 não é de facto um resultado normal, mas temos de atender ás circunstancias da equipa do São Miguel.

Se formos analisar os ensaios marcados, ha uma progressão relativamente normal na tabela, só havendo grande diferença entre os 4ºs e os 5ºs.

Não me parece assim muito fora do normal.

PS: Será que o São Miguel que subiru este ano á 1ª divisão este ano, era derrotado pelo Caldas que subiu á primeira divisão á 2 anos?

Anónimo disse...

Bom Dia


Parece-me óbvio que o pretendido é que existem diferentes divisões para que o nível de jogo dos clubes que as integram sejam mais ou menos o mesmo.

Parece-me óbvio que na DH existem resultados demasiado desnivelados para se dizer que o nível das equipas é idêntico.
Parece-me igualmente evidente que na primeira existem resultados demasiado desnivelados para se dizer que o nível das equipas é mais ou menos o mesmo.

Parece-me igualmente evidente e quem fez desporto sabe do que falo, que resultados muito desnivelados não ensinam nada e apenas contribuem para a baixa estima da equipa e para a desmotivação dos jogadores.

O que faz as equipas evoluírem é sentirem que podem ganhar os jogos e que para isso precisam de trabalhar, que precisam de ter atenção ao pormenor, e se todas as equipas de uma mesma divisão fizerem isso é óbvio que o nível de todas elas vai subindo.

Quando acontece o que acontece presentemente em que a metade debaixo da tabela já entra em campo a saber que vai perder os jogos, em que os jogadores já entram desmotivados, acontece o que está a acontecer na DH e na Primeira Divisão.

Foi um erro o alargamento, ninguém lucra com ele e ele apenas contribui para o aumento dos custos dos clubes.

A DH devia voltar aos oito clubes e a Primeira também.
A titulo de exemplo o que seria mais equilibrado e interessante de ver Um CRAV vs Lousã ou um Direito vs CRAV? Um Groundlink Caldas vs Montemor ou um Montemor CDUL?

Portugal não tem estrutura para divisões de 10 clubes e nisso esta direcção da FPR está completamente certa, esteve errada foi no tempo e modo como propôs essa redução.

Não creio que um Lousã ou um Caldas tenham interesse em subir e em perderem em casa 60 ou 70 contra um Técnico, isso afasta as pessoas dos campos, faz com que os miúdos não vibrem. Tenho quase a certeza que Lousã ou Caldas preferem jogar com CRAV; Montemor; Benfica; Évora; Sporting, porque esse é o seu nível de Rugby presentemente e é aqui que podem e devem evoluir.

O São Miguel o que ganha em ter os seus jogadores a sofrerem derrotas tremendas? provavelmente nada, duvido mesmo que para o ano consiga ter equipa sénior, porque o pior que lhes podia ter acontecido foi o que aconteceu este ano, que exemplo a formação tem nos séniores? e os séniores como convivem com estas derrotas? mal, isso eu sei, mesmo muito mal.

José Silva disse...

Eu sou do S. Miguel e prefiro estar na 1ª e jogar com mais fortes do que estar na 2ª e ganhar quase todos os jogos.

Mas é óbvio que os de cima ganham pouco com dar cabazes. Como os de baixo preferem jogar com mais fortes e jogar nos limites e sentir para onde quero ir.

Da mesma forma que o CDUL não deve ver interesse em jogar com o Montemor, o S. Miguel não vê interesse em jogar com o Kellerman. Mas o Montemor já preferirá jogar com o CDUL em vez do S. Miguel.

Eu só vejo uma solução: a tal história de grupos de 6+6+6+6. Ou seja, os 8 primeiros jogam entre eles, os 8 segundos entre eles, etc.
Os 6 primeiros fazem play-off do titulo, os 2 últimos juntam-se aos 2 ou primeiros e fazem play-off de subida/descida (os 2 primeiros ficam na DH) e os outros 6 fazem play-off de descida/classificação. E isto igual para 1ª/2ª divisão.

Sendo assim, os melhores da 1ª jogariam com os "piores" da DH. E seria um play-off equilibrado, dando oportunidade (p.ex. neste ano) ao Caldas/Lousã de jogarem com Montemor e Crav. Os 6 melhores faziam um play-off altamente competitivo.

E o mesmo em baixo.

O que aconteceria, a DH poderia manter-se igual (Montemor/Crav vencem Caldas/Lousã) e 1ª idem idem. Ou até haver 2 subidas/descidas.

Pelos argumentos que não tem interesse um clube levar 80-100 pontos, então o Mundial não tem interesse. Será que no TOP14 ou no Super Rugby não há cabazes?

O que se passou S. Miguel - Caldas é claramente um exagero mas foi uma infelicidade do momento (Caldas na máxima força, S. Miguel com muitos lesionados). Não é uma desculpa, apenas um facto.
Claro que poderá demonstrar que o S. Miguel não tem um plantel equilibrado ou composto.

Mas estará o S. Miguel longe do Santarém e da Agrária (jogos entre os 3 sempre com PB defensivo)?

Será que o S.Miguel não ia ganhando ao Sporting (marca 2 ensaios conta 1 de penalidade do SCP) e Setubal em casa? E onde estão esses clubes na classificação?
O mesmo exercício faz-se ao Santarém e Agrária!

A subida/descida faz parte do jogo e haverá sempre alguém que tem de subir e descer.

Por outro lado, há que imprimir já um certo nível e compromisso de treino na 1ª Divisão, onde os jogadores treinam bastante e têm rotinas e compromissos de competição.

Para terminar, mesmo que o S.Miguel desça, a equipa não acaba! Se fossemos por aí já teria acabado...

Anónimo disse...

Tudo isto é muito bonito de teorizar mas a verdade é que em nenhum campeonato de nenhum modalidade o equilíbrio entre todas é possível.

Neste momento na divisão de honra as equipas efetivamente tendem a equiparar-se, nomeadamente no formato atual do campeonato onde alguns clubes perdem jogadores importantes.

Agora é sabido também que alguns clubes tem um plantel muito curto logo as lesões de jogadores primordiais é efetivamente determinante para os maus resultados.


A diminuição do numero de equipas não permite que alguns jogadores (q facilmente poderiam jogar numa das equipas da 1ª metade da honra) possam jogar a um nível superior só porque jogam na Académica, Cascais, Crav, Montemor ou Cdup.

Ou vocês acham q os jogadores entram em campo assim tão desmotivados? Se assim fosse, não ia jogar! não se esqueçam q são todos amadores

Anónimo disse...

Temos 8 clubes com um nivel interessante na DH. Temos mais 2 clubes da DH e 6 da 1ª Divisão com nível semelhante. Quem diz que as equipas evoluem se os atletas jogarem convencidos que podem vencer , TEM TODA A RAZÃO. Nada pior na nossa modalidade que os resultados desnivelados, porque ao contrário doutros desportos o desnível representa sacrifico físico enorme para quem perde. Por isso 8 na DH e 8 na Primeira libertaria muitas equipas para fazerem uma Segunda com algum nível e sobretudo regional com uma fase final.

Anónimo disse...

Claro que eu gostaria muito se tivéssemos uma DH com 10, 12 ou 14 equipas competitivas (competitivas não significa que todas estivessem a lutar pelo título).

E uma I divisão com mais 10, 12 ou 14 equipas.

Mas o que eu vejo é isto: equipas da DH (!!!) que não conseguem apresentar 23 jogadores em todos os jogos; às vezes nem 20 conseguem.

Muitas lesões? Com certeza, mas é para essas situações que devem lá estar os jogadores dos sub 21/23 e até alguns júniores mais desenvolvidos física e psicologicamente.

Trabalho, estudos? Percebo totalmente, mas é tudo uma questão de organização da vida pessoal e de opções.

Não se pode ir treinar e jogar às vezes e ao mesmo tempo querer que o clube esteja nas divisões superiores.

Se os jogadores e dirigentes soubessem o que se treina nas outras modalidades amadoras, em clubes que não têm qualquer ambição de subida, não acreditavam.

Também conheço um clube de futebol de bairro que, apesar de ter mais de 100 anos, está na II distrital. Tem todos os escalões e todos os fins de semana apresenta o número máximo de jogadores em todos esses escalões. É uma questão de brio. Ou pensam que eles não trabalham, não estudam, não têm família?

Por favor, abram os olhos para os nossos defeitos e reconheçam-nos. Só depois poderemos evoluir.

Para já, todo o que for mais de 8 clubes na DH e outros 8 na I divisão é de mais.

Mas o ideal seria 6+6 na DH e 8 na I divisão, desde que os clubes cumprissem alguns mínimos: por exemplo, na DH, menos de 23 jogadores, falta de comparência; na DH todos teriam que ter sub14, mais sub16, mais sub18, mais ou sub 21 ou equipa B.

PSM

António Ferreira Marques disse...

Interessantíssimo debate.
Partilho mtas das opiniões colocadas, e, em particular, pela sua inovação a proposta de José Silva.
Resumindo:
a) PRINCÍPIOS:
- o Rugby português tem que ter dimensão nacional;
- o compromisso tem que ser um "must"; compromisso dos clubes com o seu projecto, dos jogadores para consigo próprios e para com o grupo/equipa, da FPR com a modalidade, o "regulador" desportivo, i.e. o Estado com a política desportiva que a sociedade determinar, etc. etc.
- a modalidade tem que evoluir para um nível de maior competitividade; só assim podemos ambicionar lutar e vencer com outras nações.
b) COMO?
- parece evidente que uma solução de 8 equipas na DH + 8 equipas na 1ª D e 2 a 3 zonas na 2ª D c/ 8 a 10 equipas por zona,incluindo equipas B das 8 participantes da DH (jogadores sub-21 ou sub-23) COMPROMISSO OBRIGATÓRIO, permitiria entre 22 a 38 clubes no total do país;
- Para garantir um período no mínimo de 6 a 7 meses de competição anual,e uma competitividade "em dois períodos" a DH e a 1ª D teriam uma 1ª fase de "todos contra todos" - 14 jornadas e uma 2ª fase c/ 2 grupos - os 4 primeiros e os 4 "últimos", i.e. + 10 jornadas;
GANHOS: possibilidade dos diferentes clubes "refocarem" os seus objectivos - numa 1ª fase testam o projecto, numa 2ª fase mantêm um nível competitivo de acordo com as capacidades
NOTA: em alternativa a sugestão de José Silva, mto interessante, poderá dar uma melhor resposta à questão da "competitividade".
c) AVALIAÇÃO
Todas as propostas publicadas, e outras eventuais, deveriam ser escrutinadas - custos, viabilidades organizativas, potenciais apoios,etc., etc. e debatidas ao nível mais alargado. COMO?
Como já anteriormente proposto, por diversos amantes do Rugby, um Forum do Rugby poderia ser um meio adequado.
A ORGANIZAR POR QUEM? sou de opinião que a iniciativa deveria partir dos Clubes, e em particular daqueles que têm projectos inovadores
NOTA: sou adepto do Caldas Rugby Club (entre outros ... mas mais vincadamente deste)e admirando o projecto do Groundlink Caldas lanço aqui o repto aos seus responsáveis para darem o primeiro passo ... um Forum do Rugby no Oeste - tempo britânico teríamos de certeza , mas tb boa mesa.
Uma última palavra para a confiança no futuro do Rugby em Portugal, desporto que pelos princípios que o formam é determinante para uma sociedade como a nossa. O MdM e as diferentes opiniões/contributos que expressa são a prova desta confiança.

Anónimo disse...

Porque é que acham que quer Groundlink Caldas, quer o Lousã já disseram que não estão muito interessados em subir este ano? Acham que eles não têm dinheiro? acham que é por causa das viagens? no caso do Caldas até teriam que fazer menos viagens, então é porquê? porque ambos sabem que para ajudar a desenvolver o Rugby na formação a equipa sénior não pode levar cabazes, porque os miúdos gostam de vibrar com as vitórias dos ídolos dos séniores, isso dá-lhes motivação, porque sabem que o publico e a comunidade em geral adere mais se a equipa ganhar do que se a equipe perder e ambos os clubes sabem também que neste momento não podem ainda competir para um dos seis primeiros lugares da DH, sabem também que o segredo de atacar a DH está em ter muitos miúdos na formação e apostar na sua qualidade.
Pode bem acontecer que no final desta época ambos os finalistas da Primeira Divisão recusem a subida.

Falei outro dia com o dono da Groundlink e ele disse-me que via com muita preocupação uma eventual subida porque o plantel era curto e apesar da formação das Caldas estar a evoluir bastante ainda não tinha a qualidade e a quantidade desejada para fazer face a uma DH, sabia que a equipa tem doze jogadores com qualidade para estar em qualquer equipa da DH e inclusivamente alguns na SN e mais sete que podem jogar na DH mas a equipa não tinha ainda trinta ou quarenta jogadores nessas condições. A solução para ele era esperar mais um ano ou então ir ao estrangeiro buscar jogadores, a França e ao Reino Unido, uma vez que tem empresas lá e pode-lhes pagar o que eles recebem lá e traze-los para trabalharem cá.

Acho que quer Lousã, quer o Caldas, as duas revelações e os dois projectos mais inovadores do Rugby português em muitos anos, estão a ser muito realistas e revelam uma clarividência total na forma como estão a abordar o problema. Eu diria mesmo que se Lousã e Caldas vão á final e depois ambos recusarem a subida, a reavaliação do formato competitivo terá que ser aberta de forma formal pela FPR.

Anónimo disse...

Conheço o Presidente do Lousã o José Redondo. Almoço com ele uma vez por mês. Tenho-o ouvido falar do bom campeonato que a equipa está a fazer. Posso garantir que até hoje nunca falou no título. Há tempos falei-lhe na subida e ele com uma pinta do caraças mudou logo de assunto. Sei por outra pessoa que ele já garantiu lá na Lousã que se o Lousã for campeão aceita a subida. Cheira-me a promessas tipo Passos Coelho. O que também sei por ele é que os jogos deste ano tiveram sempre assistências com mais de 300 pessoas e no caso do Caldas e do Benfica foram às 500 e 700. Estava orgulhoso nisso. Nem jogos de futebol metem tanta gente. Realmente dá que pensar se ele está certo ou errado, depois de vermos tantos projectos irem por água abaixo.

António Ferreira Marques disse...

Volto à opinião.
O tema desta notícia, não esqueçamos, prende-se com a justificação, ou não, para uma redução do número de equipas nas diferentes Divisões, e tem sido interpretado nas Divisões dos campeonatos de seniores.
Mas, na verdade, o que se discute é toda a estrutura competitiva do Rugby português, i.e. os escalões da formação, enquanto base de todo o edifício competitivo, e a estrutura/organização/política das selecções, como seu topo, têm tb que ser discutidos e equacionados.
Partindo pela base:
QUESTÕES:
i)competições nacionais ou regionais/zonais?
- uma fase inicial por zonas/regiões - na formação o início de cada ano traz novos praticantes que têm que ser integrados/ensinados nas bases do jogo, daí uma competição de maior proximidade pode se uma resposta;
- uma segunda fase já com um nível nacional, integrando para além das melhores equipas, tb "selecções"/equipas de regiões para aproveitamento de talentos individuais.
ii) que apoios?
- certamente que esta questão tem sido estudada nos diferentes anos e a diferentes níveis; existem estudos? quantificáveis? se não porque não lançar projectos de investigação nas Faculdades de Desporto sobre o tema? Podem ser temas de teses!
NOTA: o Desporto tb tem bases científicas e académicas.
iii)como potenciar a formação?
- os Clubes para competirem na DH teriam que se comprometer c/ "programas de formação" a 3-5 anos, incluindo a constituição de equipas B (sub21 ou sub23)- apoios da FPR através de contratos programa c/ o Estado e "benefícios fiscais" para apoios empresariais [SIM BENEFÍCIOS FISCAIS PARA APOIOS EMPRESARIAIS, SEMPRE É MAIS SALUTAR QUE "GOLDEN VISAS" PARA ...]
- um verdadeiro "survey" de toda a realidade do Desporto Escolar; Aqui o Estado (os seus agentes) tem a obrigação de ter "políticas", leia-se "estratégias" - o que interessa mais a uma sociedade, promover "espírito de equipa" ou "individualismo"? promover praticas (tb desportivas) de reforço da "inteligência", da "iniciativa" ou ... outras?
Enfim, considerem estas ideias como simples contributos.
É nos momentos mais negativos que se podem descobrir novos rumos, e o Rugby português, que parece estar num momento negativo - os resultados do "topo", tem, se calhar soluções já em curso, de renovação; há que encontrar estas soluções.

Anónimo disse...

Um forum qualquer pode organizar. A coisa mais simples é colocar os clubes num anfiteatro, com uma mesa a moderar e mais qualquer coisa. ISTO ASSIM NÃO DÁ. não se vai chegar a qualquer conclusão, podem até aparecer ideias, registam-se, podem vir até a ser testadas ... mas não fará nada ou quase nada na estrutura do rugby. AQUI O QUE É PRECISO É UM FORMATO DE FORUM/REUNIÃO MAIS INOVADOR. Proponho que a FPR peça aos clubes que apresentem uma proposta de forum e escolhe-se aquela que for a que permita obter melhores resultados/trabalhos e fundamentalmente compromissos. Esse forum será na localidade do clube que ganhar o concurso. O medo é aparecerem GÈNIOS que dão umas larachas e amnha se for necessário já estão a critar quem tem de implementar as ideias. Quantas pessoas e clubes não apoiaram esta estrutura da FPR e que hoje sao os primeiros a criticá-la?? Isto não é possivel!!! Uma reunião destas tem de garantir responsabilidades de quem omite opinião. Tem muito receio que um projeto deste não d~e em nada se não for bem pensado e bem feito. Porque qulquer um organiza já um forum na sua terra!!!

Anónimo disse...

Na maior parte das equipas em Portugal, mesmo na divisão de honra, facilmente se passa de ter 30 gajos num treino, para ter 12 ou 13 duas semanas depois. Basta vir um jogo que é longe, começar a altura de testes e exames, coisas que não estão a correr bem e a malta desmotiva, o nível que os clubes podem apresentar num jogo pode variar muito de uma semana para a outra devido a isto. A maior parte dos clubes tem um pequeno núcleo forte de jogadores à volta dos quais gira a equipa, e onde bastam faltar 2 ou 3 peças para começar a descambar. Certamente que o caso do S. Miguel será algo deste género. Isto é muito dificil de controlar e não se pode andar a aumentar e diminuir divisões com base em resultados pontuais muito desnivelados, ou uma época em que uma equipa já não está tão bem como era costume e leva cabazes a época inteira.
Muitas das alterações de qualidade de equipas depende do compromisso de quem lá está e que se pode alterar radicalmente de um ano para o outro. Em 12 anos de rugby nunca me lembro de uma equipa do montemor em escalões de formação que se pudesse bater com as melhores do mesmo escalão etário, ao contrário do Évora,e veja-se onde estão as 2 equipas com um historial tão diferente. De certo que o que aconteceu em montemor, antes de lhes cairem 10 miudos prodigio formados na academia XPTO foi a sua equipa sénior e a sua estrutura que assumiu o compromisso, trabalharam todos e chegaram onde estão, na nossa realidade, sem falar das melhores equipas, isto é o fundamental! Há que viver com este facto inerente a uma modalidade amadora. Mantendo o mesmo grupo de jogadores, muita coisa muda consoante o compromisso e a atitude dentro do grupo, e não há federação que valha para remediar estas inconstâncias.

Anónimo disse...

Caro anónimo de27 de Março de 2014 às 01:45,

O que diz mostra que muitas equipas não têm um número suficiente de jogadores empenhados para puderem disputar as principais divisões.

E, claro que concordo quando diz que não há federação que valha para remediar esse problema.

Primeiro uma estrutura mínima (quantos jogos se disputam na I divisão com os bancos meio vazios?) Depois tentar chegar às divisões principais.

Por outro lado, testes e exames existem para os atletas de todas as modalidades. Nas outras não se passa o que se passa no râguebi.

PSM

Anónimo disse...

Perder por 3-0 no Voleibol, 10 a zero no futebol, ou levar 70 ou mais no basquete, não tem os sacrifícios físicos do rugby. Aqui, um grande diferencial ou a prespectiva antecipada disso acontecer leva muitos atletas a simularem tudo o que é possível para não comparecer. Para isso começam por faltar aos treinos dessa semana

Anónimo disse...

Caro Anónimo de 27 de marco as 1:45

" Em 12 anos de rugby nunca me lembro de uma equipa do montemor em escalões de formação que se pudesse bater com as melhores do mesmo escalão etário, ao contrário do Évora,e veja-se onde estão as 2 equipas com um historial tão diferente." Não percebo este seu comentário se calhar deve ser por ter só 12 anos de rugby. O evora ja foi campeao Iberico no escalao de junior, nesse mesmo ano foi tambem campeao nacional e ainda nesse mesmo ano foi campeao nacional tambem em juvenis e durante alguns anos disputou sempre os primeiros lugares nos escaloes de formação.
O montemor subiu este ano o CRE ja esteve nessa divisão o problema no cre é q não tinha campo/condiçoes e perdeu muitos atletas por isso, alguns ate para o montemor, outros para agronomia, cdul.... As equipas do interior vão ter sempre mais dificuldade porque os atletas acabam por ir estudar para lisboa...

Anónimo disse...

"Não percebo este seu comentário se calhar deve ser por ter só 12 anos de rugby. "

Não sei que fenómeno social é este que é bastante frequente nesta comunidade, em que se preocupam primeiro em atacar alguém e raramente a ser construtivo. Estava a falar da minha experiencia na modalidade, julgo que 12 anos a acompanhar as competições de sub-16 a sub-21/23, participando durante parte desses anos nas mesmas, será uma amostra relativamente representativa.
E apesar de o senhor ter interpretado precisamente o oposto do que estava escrito, eu não estava a dizer nenhuma barbaridade.

António Ferreira Marques disse...

De volta à opinião.
O topo da estrutura competitiva do Rugby português, i.e. a política das selecções.
Questões:
i) Apostar no Rugby de XV ou de VII?
O Rugby, para mim, é o Rugby de XV; contudo:
a) os VII têm cada vez mais visibilidade,
b) serão modalidade olímpica,
c) Portugal têm uma posição no ranking mundial que não deverá ser desperdiçada.
Assim:
- Selecção de VII "profissional", entenda-se com grupo de técnicos e jogadores em dedicação desportiva exclusiva, ou dito de outra forma c/ condições o mais possíveis idênticas aos dos restantes competidores na cena dos torneios internacionais; a reflectir/encontrar respostas:
* apoios;
* disponibilidades de jogadores e respectivos clubes - que feed-back para os Clubes?
COMPROMISSO: os "profissionais" obrigados a agir no desenvolvimento a nível das classes de formação - treinos, participação (como divulgadores/"padrinhos de equipas", etc.) em jogos/torneios, etc. etc.
GANHOS: será certamente a maior força de divulgação da modalidade e um modo de atracção de "investimentos" - comunicação social, empresas, etc..
- Selecção de XV c/ "scounting" competente a nível nacional e tb a nível de jogadores de ascendência portuguesa noutros países + "captura" de valores estrangeiros que queiram abraçar o projecto (não faremos diferente do resto do mundo, completamente globalizado a este nível); a reflectir/encontrar respostas:
* equipe técnica? nacional ou buscar um staff de grande competência no estrangeiro?
* apoios
* programas no prazo de cada mundial
GANHOS: alargando o leque dos potenciais internacionais tb se ganha no nível de exigência dos jogadores nacionais a competirem nos campeonatos internos.
São mais questões que soluções e, de certo modo questões que se têm vindo a repetir. Reforça a necessidade de um debate alargado, profundo e organizado ... Forum?
Se não cansar mto os participantes no MdM voltarei à questão de como encontrar um tempo e um modo (e um espaço) para esta discussão.

Anónimo disse...

Não vale a pena andarmos aqui com "paninhos quentes" armados na "Santa Casa da Mesericordia" a tomar contas dos pequeninos, dos pobrezinhos e dos desfavorecidos.
Independentemente das condições materiais, de localização, financeiras, existe uma premissa muito básica ATITUDE COMPETITIVA. A maioria dos clubes portugueses não a tem, confunde a galhardia e cavalheirismo, que tem que existir no rugby, com o "não importa se perdemos se ganhamos" e com falta de competitividade, o "cu não tem nada que ver com as calças". Podemos ser cavalheiros e competitivos e podemos ser uns labregos e arruaceiros e calões demais para nos esforçarmos por vencer.

O que se passa no Rugby português é que existem muitos jogadores, demasiados, que se dizem jogadores de Rugby para impressionar as miúdas, outros que se dizem jogadores de Rugby para dar uma imagem de durões mas depois quando doi, quando faz frio, faltam aos jogos e aos treinos. Por isso as oscilações nos números de jogadores durante a época.
Isto corrói as equipas, aliado ao facto de muitos clubes não estarem de todo voltados para a competição, não terem atitude competitiva e mais grave nem sequer terem a mínima ideia do que isso é, Isto faz com que o Rugby de competição e as equipas que o querem praticar não evoluam. As equipas do Rugby Social são uma espécie de "lastro indesejado" que nunca se irão transformar em algo de útil no Rugby de competição, assim como as que querem praticar o rugby de competição são inconfortáveis para as outras (é óbvio que o São Miguel não pode estar na mesma divisão que um Lousã, Groundlink Caldas, Benfica ou Évora e o mesmo se passa com uma Agrária).
O facto de se querer, como muito bem disse a FPR (podem ter muitos defeitos mas aqui puseram o de do bem na ferida) misturar Rugby Social com Rugby de competição só fará com que todos andem descontentes e que ninguém evolua como deve evoluir.

Parem com os alargamentos, façam mais divisões para que os clubes que as integram tenham índices competitivos e qualidade mais próximos uns dos outros e assim todos terão mais hipóteses de evoluir e de estarem confortáveis no "seu rugby". Reduzam a DH a 8 porque o os dois últimos estão muito longe do andamento dos cinco ou seis primeiros.
Reduzam a Primeira a oito clubes porque os seis primeiros (a que se juntam dois vindos da DH)nada têm que ver com os quatro últimos desta divisão e depois faça-se uma terceira divisão com oito clubes e finalmente uma quarta divisão dividida em Norte e Sul.

Isto não resultava em mais jogos (porque não existem mais equipas) apenas resulta em juntar numa mesma divisão equipas com rugby idêntico, permitindo-lhes evoluir na base que podem ganhar qualquer jogo assim como o podem perder. Ganhava-se em espectáculo e ganhava-se estou certo em qualidade técnica.

Sobre o facto dos miúdos aos vinte anos virem para as universidades e se perderem, isso é verdade mas passa-se em todos os desportos não só no rugby e teremos que conviver com isso e ir arranjando soluções locais para o contrariar, nós não podemos querer mudar o ritmo do mundo apenas temos que nos adaptar a ele.

José Caetano disse...

Boa tarde.
Desde já comprimento o Sr. Manuel Cabral pelo excelente trabalho que tem desenvolvido através do "Mão de Mestre", qualquer amante da modalidade visita diariamente este blog de referência em Portugal.
Agora expresso a minha opinião acerca do que se passa no rugby nacional, todos falamos no alargamento ou redução do numero de equipas nas 2 primeiras divisões nacionais dando como bote expiatório o Presidente da Federação o que a meu ver esta errado pois os resultados tão dilatados que temos visto devem-se ao facto de as equipas treinarem e terem objetivos diferentes,equipas estas que são lideradas por presidentes que não estruturam um clube para o futuro mas sim para o presente. Exemplos: Vitoria de Setúbal que a cerca de 3 anos esteve a disputar a final da 1 Divisão com a Académica com um total de 6 estrangeiros. Onde estão agora pergunto eu?
Os clubes têm de partir para luta criando rendimentos próprios através de patrocínios locais, criando um base sólida (camadas jovens)e principalmente terem atletas dedicados a causa que gostem realmente de jogar rugby.
No que diz respeito ao scounting gostava de saber quantos membros da federação vem a província ver o rugby local, ver os atletas com enorme potencial que por ali desfilam ao som de bancadas cheias de um publico entusiasmado que durante a semana anseia por ver a sua equipa de rugby jogar em casa no sábado.
Já agora pergunto sem fanatismo algum, quantas vezes foi o Francisco Reis, João tavares e José Miguel da Lousã chamados para integrarem trabalhos de Seleção este ano?
Quantas vezes é que a malta da agraria viu um representante da federação a ver os seu jogos?
São este tipo de coisas que o rugby Serrano não tem acesso e vai valendo a boa vontade e dedicação de João Alberty e José Redondo para manter isto a andar.

Anónimo disse...

Respondendo á questão do anónimo das 11h19:

O Vitória de Setúbal encontra-se na mesma divisão que disputava á 3 anos, mas em vez de disputar o primeiro lugar do campeonato com 6 estrangeiros, disputa o playoff de subida com atletas da formação.

José Caetano disse...

Meu caro anônimo da 11:19..

Disputar o playoff?? Parece que não estamos a ver o mesmo campeonato as equipas que em principio vao disputar o playoff de subida são : Lousã, Caldas, Benfica, Évora.. a não ser que ache que tem equipa ou estrutura para chegar as meias-finais.

Anónimo disse...

Caro José Caetano, independentemente das hipoteses, o Vitória, o Sporting e o Loulé estão a disputar lugares do playoff de subida. Quem ficar em 5º e 6º irá disputar com Lousã, Caldas, Benfica ou Évora a subida á divisão de honra.

De certo que estamos a ver o mesmo campeonato, mas aparentemente uns vêm melhor que outros.

Anónimo disse...

Tem razão o comentário das 14.46. Parece-me que o Setúbal ficará num dos primeiros 6 lugares e se assim for nada o impede de ser Campeão Nacional

Unknown disse...

Este anonimo (era bom acabar de vez com o anonimato, não?) das 08H55, meteu, e bem, o dedo todo na ferida. Esta é a nossa realidade que só irá piorar devido as condições financeiras cada vez piores das pessoas. Há que perceber de uma vez por todas que nem toda a gente/Clubes estará talhada para disputar a Divisão de Honra, ou a Primeira divisão, e não possam por isso, ter um contributo importante para o Rugby em Portugal. Não devemos meter tudo no mesmo saco.
Se o Pais é pequeno demais para ter 4 ou 5 divisões, também será para misturar Rugby de competição com Rugby Social. Não faz sentido equipas da mesma divisão ganharem por 100 pontos de diferença…
Deve-se criar novas divisões de modo a todas serem mais competitivas, mas deverá haver cuidados redobrados para acompanhar, incentivar, ajudar e “encaminhar” as equipas dessas divisões mais baixas e não as deixar cair na maior bandalheira.
Num exercício meramente indicativo podemos imaginar a Honra com os atuais 8 primeiros classificados; a 1ª divisão com CRAV, Montemor, Lousã, Caldas, Benfica, Évora , Setúbal e Sporting.
Uma 2ª divisão com 10 (eventualmente 12) equipas, numa primeira fase regional com Loulé, Santarém, Agrária, São Miguel, + Guimarães, Famalicão, Bairrada, Vila da Moita, FCT e Belas, onde, por exemplo os dois primeiros disputariam com os dois últimos da primeira a subida, permanência, etc
A partir desse ponto passava-mos a grupos regionais com as restantes equipas da atual competição – Aveiro, UTAD, Braga, Tomar + Borba, Ubuntu, sobredense, Oeiras - a juntar a equipas que existem nos emergentes (e este ano já competiram 12 equipas nos Torneios)e as novas que poderão surgir. Este rugby “social” não teria de ser necessariamente mau…basta haver apoio, organização para as coisas correrem bem. Seriedade, claro, mas com toda a flexibilidade e bom senso para por toda esta gente a jogar todos os Sábados – se não têm 15 juntam-se ao clube do lado e formam uma equipa sem grandes problemas administrativos…

Anónimo disse...

Faço muitos comentários aqui a coberto do anonimato, como o das 08h55m, muitas vezes existem outros comentaristas a dizerem que concordam comigo, fico contente mas a razão porque o faço debaixo do anonimato é porque assim se toma atenção ás ideias expressas e não ao comentarista e isso é uma das vantagens do anonimato.

Ninguem me irá conotar com isto ou com aquilo porque ninguém sabe quem sou, nem ninguém me virá propor convites para isto ou para aquilo.
Escrevo o que quero e sou livre, brincando com Ary dos Santos posso dizer: "podem-me chamar Demagogo,mau profeta, falso médico, ladrão, prostituta proxeneta, mau jogador, cobarde, espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Comentarista castrado, não!"

O Rugby está cheio de pessoas boas e cheio de pessoas com excelentes ideias com vontade de as aplicar, vamos apoiá-los.

Que tenham um Bom Fim de Semana, eu pela minha parte vou dormir porque estou estoirado e preciso mesmo de descansar, esta semana foi infernal e a próxima não deve ser melhor.


Anónimo disse...

Sendo o Rugby (como todos os desportos) enquadrado num regime competitivo de apuramento onde se procura os melhores para competir com os melhores (HkC, W7S, RWC, JO) e sendo a FPR altamente dependente de financiamentos condizentes com o Rk IRB. Sabendo que eventualmente apenas 1% da comunidade/ jogadores rugbystica portuguesa amadora se predispõe a dedicar-se à modalidade prioritariamente além das demais obrigações (família, trabalho, estudos), como é possível criar selecionados de alta competência internacional? Vejo apenas uma solução face à falta de verbas que condicionam qualquer tipo de projecto diferenciador ou exponencial... Alta Competetividade Interna!!... a partir daqui é que é necessário pensar o rugby português, não a partir dos problemas dos clubes de rugby portugueses... esses 'apenas' tem a principal tarefa de envolver o maior número de pessoas e interesses na sua região de influência, procurando quantidade e posteriormente qualidade, só com números gordos podemos crescer.
Assim já vale a pena haver o debate das competições internas.