8 de março de 2014

DERROTA NA RÚSSIA CONFIRMA AFASTAMENTO DO MUNDIAL 2015

Os Lobos foram derrotados em Sochi por 34-18 e estão agora oficialmente fora do Mundial 2015, mas como consequência da derrota da Bélgica na Roménia por 29-10, também já não correm nenhum risco de rebaixamento.

O jogo de Sochi foi marcado por dois períodos de desacerto português, no princípio de cada meio tempo, que os russos aproveitaram para marcar a quase totalidade dos seus pontos.

Assim, nos primeiros 12 minutos de jogo, a Rússia obteve 14 pontos como resultado de dois ensaios transformados,  e nos primeiros oito minutos do segundo tempo marcaram os três ensaios (17 pontos) que registaram nesta metade do encontro...


Ou seja, em 20 minutos de jogo os russos marcaram 31 pontos, e fora daquela janela apenas converteram uma penalidade...

Portugal esteve melhor que o esperado em termos de avançados, e sempre que conseguiu manter a posse da bola e a circulou por todos os seus jogadores, criou perigo para a Rússia, que sendo claramente uma equipa ao alcance de Portugal, é no entanto mais consistente no desenvolvimento do seu jogo de avançados e parece ter evoluído no seu jogo das linhas atrasadas.

No final da partida a Rádio Mestre ouviu Marcello d'Orey sobre o que se passou em Sochi.

2014.03.08
Entrevista
Marcello d'Orey



RESULTADOS E CLASSIFICAÇÃO
RÚSSIA *34-18 PORTUGAL
ROMÉNIA *29-10 BÉLGICA
ESPANHA *17-24 GEÓRGIA



SALDO MEDÍOCRE
Desta forma, e quando falta apenas disputar uma partida do Europeu das Nações (a Espanha, em Lisboa, no próximo fim de semana) verifica-se que a equipa dirigida por Frederico de Sousa se não vencer a Espanha, o melhor que pode conseguir é igualar o pior que Errol Brain fez nos três anos em que esteve à frente da selecção nacional.
Mas se Frederico de Sousa não conseguir pontuar frente aos espanhóis, então será necessário recuar até 2008 para encontrar um registo igualmente medíocre da nossa equipa representativa...
E pelo que se viu hoje em Madrid, Frederico de Sousa vai precisar de muitos pensos rápidos para conseguir um bom resultado.
Isto é, se os pensos rápidos estiverem para aturar as suas contínuas manifestações de má educação...



OS OBJECTIVOS FALHADOS
Com a derrota na Rússia, mais um dos objectivos de Amado da Silva na presidência da FPR se perde, juntando-se a um largo conjunto de insucessos na área das nossas selecções que não há como escamotear.

Na verdade, Amado da Silva começou por prometer que as equipas técnicas das selecções seniores se manteriam inalteradas durante todo o ciclo da sua presidência, mas isso não aconteceu, tendo procedido à troca de Errol Brain por Frederico de Sousa, na selecção de XV, e de Frederico de Sousa por Pedro Netto na selecção de sevens.

Depois, estabeleceu como objectivo da selecção nacional senior um lugar entre os três primeiros do Europeu das Nações e uma posição acima da 20ª do ranking da IRB, e não conseguiu nem uma coisa, nem outra.

Outro dos cavalos de batalha de Amado da Silva, era a participação na Nations Cup, e como é sabido, Portugal em 2013, não conseguiu segurar o seu lugar naquela competição.

A classificação para o Mundial era o maior dos objectivos do consulado de Amado da Silva e também a sua tábua de salvação, e esse também já era...

É bom que se tenha consciência que Amado da Silva falhou TODOS os objectivos traçados para os Lobos, mas não foi apenas nos objectivos para a selecção de XV que Amado da Silva não conseguiu cumprir.

Quanto aos sevens masculinos, e apesar da classificação para o Mundial de 2013 e como equipa permanente do Circuito Mundial (o que não constava dos seus objectivos iniciais), não se atingiu o objectivo de ficar classificado entre os 12 melhores do ranking mundial e ainda está em curso a possibilidade de apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Já no que se refere aos sevens femininos, existe ainda a possibilidade de apuramento para os Jogos Olímpicos, mas estamos muito longe de atingir o 4º lugar do ranking da FIRA (não conseguimos passar do oitavo lugar), outro dos objectivos estabelecidos por Amado da Silva.

Ou seja, em relação às selecções nacionais, Amado da Silva falhou claramente ao traçar os seus objectivo, resultado de um óbvio desconhecimento da realidade nacional, ou pior, de uma descarada demagogia.

O DESNORTE E O EXPERIMENTALISMO
Se a tudo isto juntarmos o completo desnorte no respeitante às competições nacionais, onde os clubes foram impedindo Amado da Silva de concretizar os seus objectivos - redução da DH - ou o experimentalismo que o presidente foi incapaz de manter ou desenvolver - torneios inter regionais de selecções, taça patrocinador - ou uma inédita crise com os árbitros que quase paralisou o rugby nacional, e que afinal parece ter tido uma resolução sem qualquer dificuldade, ou ainda as afirmações que Amado da Silva tem feito em reuniões com os clubes, que estes se devem organizar junto das Associações Regionais, mas nem pensem em apoios financeiros da FPR que estão reservados para a selecção nacional (e outras aventuras como os Lusitanos XV, dizemos nós...) fácil é concluir que chegou a altura de pensar seriamente na substituição de Amado da Silva na gestão das coisas do rugby português, por alguém que seja capaz de conduzir o barco ao cumprimento dos objectivos, sendo estes estabelecidos em função da realidade do rugby nacional e de acordo com os reais interesses do desenvolvimento da modalidade em Portugal, e não como fruto de um sonho de uma noite de verão...

Aliás é urgente que se comece a tratar disso, pois se Amado da Silva for homem de palavra e cumprir aquilo que afirmou publicamente, não será candidato a novo mandato à frente da FPR.
Felizmente, dizemos nós...


24 comentários:

Anónimo disse...

miseravel. Está na altura de toda a corja de abutres que fazem parte da selecção desde os sub16 até aos séniores irem dar uma volta de uma vez por todas.

Anónimo disse...

Muito boa análise. Reparei no comentário feito acerca da má educação do selecionador. Sinceramente, tenho pena que apenas agora, quando ele estará possivelmente de saída, se façam esse tipo de comentários. Quem esteve ligado ao rugby, jogou e foi colega ou adversário deste selecionador, com certeza que já tinha bem presente que se tratava de um personagem arrogante, antipático e muito pouco dado a receber e acolher novos jogadores. Isso era muito claro enquanto ele era jogador da seleção e do Direito. Dado a este histórico sobre o seu perfil, o nome dele deveria ser de imediato contestado quando se falou na possibilidade de ele vir a ser selecionador. Fala-se agora dele maltratar jogadores em frente ao grupo, de não fomentar um bom convívio no grupo etc Mas isso não era esperado já?? Não pactuo com ataques pessoais mas, neste caso concreto, essa personalidade influenciou diretamente o ambiente e os resultados da seleção. Foi um erro de casting, com toda a certeza.

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 18:15
Durante muitos meses evitámos falar de certos assuntos para não perturbar o andamento dos trabalhos da selecção nacional, nunca deixámos que as nossas convicções pessoais ou o frontal descontentamento com as decisões tomadas, pudessem minimamente prejudicar o caminho das nossas selecções.
Mas agora já não há qualquer motivo para isso.
Quem está no comando definiu como bem entendeu os objectivos, sacrificou todo o rugby nacional por causa deles, e agora chegou o momento em que tem que prestar contas do seu insucesso.
E há coisas que não podem passar sem referência, e essa é uma delas. Como podemos ter um treinador nacional que trata os portugueses que vivem e jogam no estrangeiro de "pensos rápidos"?
Confesso que quando vi a primeira referência a essa expressão não acreditei, pensei que era mais uma boca dum idiota qualquer...
Mas enganei-me, não era de um idiota qualquer, era do treinador principal da equipa representativa do meu país!
E o que dizer dos ataques e da forma como Errol Brain foi tratado no final da campanha internacional de 2012-13?
E nós estamos perfeitamente à vontade para falar no assunto, pois quando ele foi contratado manifestámos a nossa estranheza por se escolher um treinador sem qualquer experiência fora da Nova Zelândia e desconhecedor do tipo de problemas que iria enfrentar em Portugal, ou na Europa.
Mas isso não é, não pode ser, motivo para tratar uma pessoa que se dedicou durante 3 anos a um trabalho minado por dentro desde o princípio, e o executou no melhor das suas capacidades e em função das limitações que lhe foram impostas - e não nos referimos apenas à acção de Frederico de Sousa, que desde cedo demonstrou bem que ambicionava o seu cargo de treinador principal.
Mas afinal acaba por estar tudo dentro da mesma linha de raciocínio, onde não existe lugar para o espírito do rugby, para a diferença de que tanto queremos nos orgulhar.
Fazer ao Errol Brain o que lhe fizeram, desde o seu adjunto ao seu presidente, é tudo o que nós não queremos para o rugby.
Como não queremos a mentira, o ocultamento de situações, o perdão por motivos de força maior.
E quem tem estado por trás de toda esta maneira de ver e tratar o rugby em Portugal, deve sim, sair.
Porque como tu dizes, foi um erro de casting, que começou em Janeiro de 2010 quando Amado da Silva foi eleito pela primeira vez - o que infelizmente a sua actuação à frente dos destinos da FPR nos obriga agora a reconhecer.

EnGdoPau disse...

Uma correção. No quadro por baixo do título «SALDO MEDÍOCRE», em 2013, Portugal teve 1V 1E 3D com 7 pontos e não 2V 1E 2D com 10 pontos.

Anónimo disse...

Grande analise feita pelo MDM, como é de esperar, Obrigado.
Embora na minha opinião não será necessário ir a 2008 pois embora em termos de resultados não foi o melhor, mas foi um trabalho serio e construtivo, foi ano de mudança.
Todos esperam de Amado da Silva tenha palavra ( o que seria a 1 vez) e com todos os objetivos falhados só tem uma solução sair da Julieta Ferrão rapidamente, levando com ele o seu grande amigo JP Bessa, o apagado T Morais, o ressabiado F Sousa ( contra tudo e todos), os treinadores dos sub 16, sub 17 e outros.
Mas isto tem que ser rápido pois temos 3 anos ate ao inicio da nova qualificação de XV.
Esperemos que para o bem do Rugby Português ja na próxima assembleia geral o Sr Julieta Ferrão apresente a sua demissão e deixe assim iniciar um projecto nacional e internacional.
Mas parabens aos jogadores, este sim, mesmo por vezes ofendidos, e mal tratados pelo F Sousa e mesmo pelo presidente, tiveram sempre lá e orgulhosos por usar a camisola.

Jojo disse...

Para além de todas as "guerras" existentes, há um comentário que me sinto na obrigação de fazer, teria de haver uma gestão dos jogadores de nível internacional (que infelizmente não é de grande quantidades, como muitos países que defrontamos) que não têm as possibilidades que a generalidade dos nossos adversários possuem, temos rquipas sobretudo amadoras a enfrentar profissionais!!! Essa gestão devia ser direccionada mais para os Sevens do para o rugby de XV, na minha opinião... que vale o que vale!

Manuel Cabral disse...

Comentário das 19:01, obrigado pelo reparo, já devidamente corrigido.

Anónimo disse...

Sem contestar falhanços, sem contestar o que se diz do Seleccionador Nacional, sem contestar as constatações dos factos e do que foi dito longo dos últimos anos, pergunto: O Presidente da FPR sai e quem é que vem?

Dizer que quem está deve sair, do Presidente, aos treinadores, aos assessores aos directores técnicos e se quiserem secretárias e mulheres a dias, é o mais fácil, o que é difícil é apresentar soluções suficientemente consensuais num desporto de pequena dimensão mas claramente fragmentado em "quintas", é aqui que está o problema, é aqui que será interessante observar se o problema é este Presidente ou se o problema são as "quintinhas e capelinhas" do rugby nacional

Manuel Cabral disse...

Anónimo da 19:37.
Esse é um aspecto muito importante.
É esse o grande desafio que se põe aos poucos clubes portugueses - querem que o rugby cresça, ou estão bem assim?
E se querem que o rugby cresça, é imprescindível que se procurem soluções de consenso e não confrontos, que se olhe para os diversos sectores que constituem o conjunto do rugby nacional - escolas, emergentes, competições regionais, competições nacionais, seleções - e não que se sacrifiquem todos apenas a um deles.
Que tendo em consideração o valor de cada clube se olhe para eles como fazendo parte de um puzzle onde a fraqueza de uma peça prejudica todo o conjunto.
Ou seja, é preciso que os clubes principais entendam que sem os clubes pequenos não há evolução nem crescimento...

Anónimo disse...

Anónimo das 19:37
Penso que desde de sempre quem comanda a FPR é o presidente. É ele que escolhe as equipas técnicas , os seus adjuntos, e mesmo não devendo ate alguns jogadores isto a nível internacional. A nível nacional também é ele que tem a ultima palavra em relação aos campeonatos, aos apoios para os clubes, ao DTN, aos centros de treino que ele acabou ou são uma falsidade, etc.
O Sr Julieta tem concentrado todos os poderes de decisão quer seja internacionais quer nacionais.
E como parece ser um grande conhecedor, qual foi a evolução a nivel nacional? qual foi a mais valia de ter contratado o Erroll brain e depois o ter deixado cair a meio de uma qualificação, para ja não falar do ter despedido pagando uma indenização por erro papeis? Qual a mais valia de ter um DTNacional que tem um bom ordenado mas não é nacional é só das seleções sub's. Qual a mais valia de ter um assessor (JP Bessa) que para além de estar ultrapassado, está a espera de ser ele o próximo DTN ou treinador nacional?
E as contas da FPR, em que estado estão? ( ja sabemos que o passado é que foi mal em contas),...
Qual a razão para não termos patrocinador de equipamentos ? o proprio disse que iria trazer novos patrocinadores .
Chega de desgoverno, sabemos que é dificil estar a frente da FPR, mas não é difícil fazer pior.
è o momento de toda a verdade vir ca para fora, que os culpados sejam punidos, e que deixem trabalhar a serio para 2019 e para 2016 JO.

Anónimo disse...

A mim o que me preocupa nao e tao so os resultados pois acho que mesmo melhor enquadrados dificimente la iriamos.
O que me preocupa e o que vem ai, o caso Joao Costa ja esta branqueado e vai servir para limpar toda a gestao destes ultimos anos, quanto se perdeu em prestigio internacional, quanto se perdeu em partocinios, quanto se perdeu em apoios do estado.
Como e que um homem, que e isto pode ser facilmente ser provado com a leituras das suas cronicas, sempre incendiou o Rugby Portuges pode agora ser o seu mais alto representante.
Dizem voces que tratou mal o EB claro que tratou mas o que esperavam de um homem que so sabe ganhar de qualquer maneira e sejamos honestos nao sabe nada de Rugby.
Ferias em Franca a procura de jogadores, pagas pela FPR, quais sao os novos jogadores resultantes dessas viagens.
O completo desnorte da gestao dos Lusitanos, ja agora quando foi atribuido o premio do logotipo, eu nao sou contra, sou contra e nao lancar jogadores novos nesses jogos e poupar aos desgaste os mais velhos. Acham que os resultados seriam diferentes , pior os resultados dos Lusitanos interessam para alguma coisa.
Por fim o tesourinho, andar a pesca de jogadores na hora do embarque.
E na convocatória seguinte esta la toda a malta.
Querem a prova do que digo e assim o Pipoca pediu escusa de 2 torneios por causa do nascimento do filho o que lhe foi autorizado e esta dispensa e normal para 2 torneios por causa dos custos de substituicao de jogadores.
Ha uma lesao em Las Vegas e com ele agora disponivel, a crianca ja tinha nascido, mandam outro jogador.
No fds seguinte esta na bancada contra a Georgia e a partir dai parace que deixou de ser util ao Rugby.
Ja esta a treinar nos 7's mas nao deve demorar para ser corrido.
O Presidente manter a palavra, mas voces chegaram hoje de Marte

Anónimo disse...

novamente digo o que disse ás 19h37m, não vale a pena repisar sobre a falência do projecto deste presidente, não vale a pena bater mais, pois isso apenas significa que ele ainda está em jogo, que ele ainda conta.

Vamos falar do pré eleições, qual o perfil que o candidato deveria ter? será o presidente pago? quanto deve receber? exerce a sua actividade pro bono? quem é que o pode fazer?

Qual o destino que se quer dar ás selecções? qual deverá ser a politica de formação? deve-se apostar tudo no centro de excelência do Jamor ou deve-se desinvestir aqui e apostar mais na formação no resto do país mesmo sabendo que o resultado das selecções será pior? Qual deverá ser o modelo de desenvolvimento? e esse modelo de desenvolvimento está enquadrado financeiramente?

Os Sevens devem ou não ter um core de jogadores pago? e se sim quanto? existe dinheiro da IRB e do COP para isto? se não, onde se vai arranjar o dinheiro? Como se garante que jogadores de fora de Lisboa possam vir a esta selecção?

E o rugby feminino? e o apoio aos clubes emergentes? e a formação de dirigentes, técnicos e árbitros?

É isto e muito mais que nos deveria preocupar a partir de agora e não olhar o passado mas sim olhar o futuro. Tenho a certeza que os clubes saberão exigir aos quadros dirigentes da FPR que assumam as suas responsabilidades mas será igualmente preciso que se pense o Day After.

Uma chamada de atenção o mundo não acabou hoje, existem selecções jovens, existem os sevens com dois torneios no final do mês, não vamos agora deitar tudo abaixo, denegrir técnicos que fazem o seu trabalho conforme lhes mandam e jogadores jovens e menos jovens que dão o seu melhor ao serviço da selecção, apenas e só porque o que interessa agora é incendiar Roma.

Anónimo disse...

Finalmente o Mão de Mestre começou a abrir o livro e a escrever aquilo que muitas vezes comentámos, mas nunca foi publicado.

Entendemos que foi para não destabilizar, para manter serenas as coisas.

Agora é hora de clarificação e parabéns por esta publicação.

Já sabemos que o Sr Mal Amado é arrogante, prepotente, o típico ditadorzinho, que tudo fez e decidiu quantas vezes ao arrepio da lei e dos regulamentos. Resta-lhe um pouco de vergonha, se a tiver: arrume as malas e deixe o lugar, cumpra a sua palavra.

Os estragos que fez ao rugby português vão levar uns tempos a curar. Mas, leve com ele os seus assessores, o Sr Bessa, o Sr Morais, os DT Regionais, pois não se sabe exactamente o que fazem e para que servem.

É tempo de mudança, é tempo de limpeza, é tempo de pegar na esfregona e limpar a casa. É também tempo de alternativas e de encontrar alguém que, com uma equipa, tome conta dos destinos do rugby.

Com a mesma garra, espírito de sacrifício e luta pelo todo, pela sobrevivência do rugby nacional.

Anónimo disse...

Apenas é preciso algum cuidado porque nem sempre os que mais criticam serao melhores do que aqueles que la estao. É PRECISO DISCUTIR UM PERFIL E UM PROJETO PARA CADA LUGAR E DEPOIS FALAR DE NOMES. Existem, na minha opiniao, varias pessoas na estrutura que cumprem bem os seus objetivos e alguns ate nem pactuam com as lideranças existentes. Daqui a pouco isto parece uma guerra russia-ucrania e tambem nao pode ser.É fundamental que o rugby saia de Lisboa, é preciso dar-lhe uma perspetiva de desenvolvimento nacional, apoiando clubes emergentes. E isso pode fazer toda a diferença daqui a 3/4 anos. Uma seleccao com jodadores e tecnicos de lisboa e arredores, já diz so por si, como esta pobre o nosso rugby e torna inviavel o futuro.

Anónimo disse...

A FPR necessita de ter pessoas de qualidade provada, e quando discordam com o que o seu chefe diz devem dizer construtivamente, não é calar e serem Yes man's como tem sido ate agora muitos dos tais competentes.
Quando dissem que devemos ter treinadores de fora de Lisboa, para mim nao estao a ser justos, pois H Rocha, H Garcia, J Luis entre outros são de fora de Lisboa.
Plano para os próximos 5 anos ja existe e como todos os planos pode nao agradar a todos mas sim a maioria.
Vamos trabalhar seriamente e com um objectivo O DESENVOLVIMENTO DO RUGBY NACIONAL.

Anónimo disse...

Caro Manel não vou ser eu que vai lançar mais achas para a fogueira. Gostava apenas de reforçar a ideia de um Encontro Nacional de Rugby, onde todos os agentes, ligados à modalidade, se possam representar e, olhos nos olhos, apontar o caminho para o futuro do desenvolvimento da nossa modalidade. Esse Encontro, na minha opinião, serviria para que começássemos todos a remar para o mesmo lado. Gostava de saber a opinião do Mão de Mestre sobre esta sugestão e se está disposto a apoiá-la. Abraço Kiko Pimentel.

Anónimo disse...

Pois é. Estes comentários sao mesmo à portuguesa. Toda a gente sabe tudo. E no entanto...talvez nao seja bem assim. Vou contar um caso que se passou comigo. Treinei uma equipa sénior fora de portugal com varios jogadores internacionais. talentosos. Mas arrogantes e com a mania que sabiam mais que eu (nao sabiam), e com a mania que eram donos da equipa (nao eram, e nao gostaram de ser postos no banco ou fora do match day 23 por nao cumprirem com as suas obrigacoes). Eles fizeram a minha vida num inferno e eu andei sempre chateado. Hoje, um par de anos depois foram todos postos na rua pelos senhores que se seguiram. Olho para o que se passa na nossa seleccao e penso: eu já vi isto em qualquer lado...

Anónimo disse...

Caro anónimo de 9 de Março de 2014 às 20:41,

É pena que não assines. Sem assinares, com o nome verdadeiro, até tu facilmente compreenderás que o que escreveste vale zero.

Pedro S. Martins

Anónimo disse...

Caro Kiko Pimentel,

Acho que percebo a sua ideia, mas receio que um Encontro Nacional de Rugby, fosse inútil.

Nunca iremos todos remar para o mesmo lado. Há interesses variados, alguns deles financeiros (por mais mesquinhos que sejam), que o impedem.

Desculpe, mas já não temos o direito a continuar a ser ingénuos.

Nesse encontro falar-se-ia muito, mas como as consequências seriam nulas, seria um blablabla em que quase todos diriam: desenvolvimento, sim; selecções, sim; formação sim; sevens, sim; XV, claro que sim; femininos, sim; etc, sim; & etc, mas é claro que sim!

O que eu gostaria de ver era formarem-se grupos de verdadeiros adeptos do râguebi, alheios às quintinhas que dominam, por interesses muito estranhos e ao mesmo tempo muito mesquinhos, o nosso râguebi.

E que esses grupos, congregados à volta de ideias comuns e não em amiguismos, nepotismos e trocas de favores, elaborassem DIFERENTES projectos para o futuro do râguebi português.

Como sou realista, sei que apareceria um pseudo-projecto a dizer que sim a tudo e que prometendo favores concretos ganharia as eleições.

Mesmo assim, acho que valeria a pena a apresentação de verdadeiros projectos para clarificar as águas e para obrigar os futuros (prováveis) vencedores a comprometerem-se com um mínimo de seriedade.

Pedro Saragoça Martins

Anónimo disse...

A ser verdade o que se diz sobre a situação financeira da FPR é bom que todos estejam conscientes que nenhum projecto resiste ao confronto com a realidade se não tiver a situação financeira em conta.

É por isto que todas as ideias podem ser muito interessantes mas é preciso que analizar com bastante cuidado o próximo relatório de contas da FPR e pedir todos os esclarecimentos sobre eventuais zonas de sombra.

Anónimo disse...

Já há uns meses atrás referi o saco de gatos da FPR.
Ao contrario do que muitos pensam o mal não está só no Presidente mas sim nos jogos de interesses sociais e económicos que estão em causa.
Até 2007 quase todos os as remunerações eram quase simbólicas e os colaboradores tecnicos que eram pagos eram em número reduzido.
Todo o outro trabalho era feito pro bono de Norte a Sul.
A partir de 2007 gente houve que passou a viver do Rugby e da visibilidade que o Rugby lhe dava e o valor das remunerações dos tecnicos disparou para valores absurdos tendo no presente chegado a valores absurdos.
Nos bons tempos do inicio do excepcional trabalho do Tomas Morais em que ele na pratica fazia tudo, e se calhar até era mal pago, quem mais recebia na FPR algum ordenado significativo? quanto recebiam os jogadores, quanto recebiam os directores de equipa, e estou a.falar de todas as Seleções.
Agora o Dtn ganha o Pico ganha os adjuntos do Pico ganham , o director de equipa ganha , o Pedro Neto ganha o Diogo Mateus ganha , os jogadores ganham, os fisios ganham, o Bessa ganha o Presidente o ganha o gabinete de comunicação ganha.A estrutura do pessoal administrativo foi emagrecido e logo a seguir engordado.
Isto para fazer valer a ideia que se o dinheiro que entra é cada vez menor como é que se paga a esta gente toda.
Porque se toda esta gente deixar de ser paga ou radicalmente reduzida a folha salarial, desportivamente nada vai piorar e se voltarem à realidade amadora do Rugby em Portugal os que trabalham pro bono aparecem e vo dinheiro que houver pode ser gasto em formação que é aí que está o nosso futuro.
Alguém está surpreendido com o Tomas a não dar o tempo que dava, com o Pico a ser arrogante e mau gestor de uma equipa, o Bessa ser dono da verdade e o Cabé não saber para que lado a bola anda.
A solução é facil, recuperar para o Rugby as pessoas que não precisam dele para se promover, que a folha salarial seja equilibrada e que os clubes aceitem e acreditem que o projecto que for apresentado é para fazer evoluir não para regredir e que mesmo continuando a olhar para o seu umbigo mas olhem para o umbigo maior.

Anónimo disse...

Mais um tesourinho da comunicão da FPR.
"Com esta vitória, a Rússia garantiu o 3º lugar do Grupo 1A e o consequente acesso à repescagem para o Mundial de 2015, enquanto que Portugal disputará, no próximo dia 15 de Março e em Lisboa, o 4º lugar da tabela com a Espanha"

O que garantirá NADA!!!!!!!!
E ainda recebem para escrever isto?

Anónimo disse...

Caro Pedro S Martins. Obrigado pelo teu comentário ao meu comentário. Só mesmo em Portugal afirmar que as ideias valem zero dependendo de quem as diz (nesta caso autor anônimo). Com gente assim não se vai a lado nenhum. As ideias valem o que valem. Eu não sei o que se passa na selecção, mas acho estranhos que todos saibam e que a sabedoria vá toda no sentido de queimar o treinador. Eu, quando assim é, começo logo a pensar exactamente o contrário, por experiência longa. Mas pensar da trabalho.

Anónimo disse...

caro anónimodas 7:22 , não me lembro de nenhum treinador Português a treinar uma equipa Estrangeira, ainda para mais com jogadores Internacionais, talvez o professor Totas tenha treinado em Itália mas não me parece que tenha sido uma equipa assim com tantos internacionais