2 de março de 2014

PRIMEIROS VENCEM E SÃO MIGUEL ESTREIA A GANHAR

Depois das vitórias deste fim de semana as quatro primeiras da tabela classificativa estão já com a presença garantida no play-off final - quando faltam disputar quatro jornadas e dois jogos em atraso - e podem agora começar a preparar os jogo a a eliminar que vão definir o sucesso ou não de toda uma época desportiva.

Os primeiros empataram nas Caldas e agora a liderança vai depender do resultado do jogo Évora-Lousã, a disputar no dia 15 de Março - aliás como o Santarém-Setúbal - enquanto o Benfica e o Évora ainda podem pensar num dos lugares da frente, mas que, a acontecer, significaria uma quebra de rendimento impensável dos um ou dos dois primeiros.

O São Miguel conseguiu o melhor resultado do fim de semana ao obter a sua primeira vitória da época, mantendo bem acesa a luta pela fuga ao rebaixamento - o oitavo tem 11 pontos, o nono tem 10 pontos e o décimo tem sete pontos...-  onde os buldogues, os charruas e os cavaleiros terão que andar de olho uns nos outros para conseguirem atingir o objectivo.

Sem desvalorizar os restantes encontros, é natural que a classificação no fundo da tabela acabe por ser determinada pelos encontros entre o Santarém e a Agrária (22 de Março) e entre o São Miguel e o Santarém, na última jornada...

Vamos à ronda dos jogos desta 14ª jornada.


Com algum público, o jogo entre as duas melhores equipas da Primeirona talvez merecesse mais assistência, mas o tempo húmido e o Carnaval afastaram muita gente do Campo de Rugby das Caldas da Rainha, onde se assistiu a uma partida muito intensa e disputada com uma igualdade final que reflecte as virtudes e defeitos das duas equipas, muito equilibradas, ainda que com princípios de Rugby muito diferentes.
Começou melhor a Lousã, e logo aos 2 minutos beneficiou da primeira penalidade, contudo não convertida já que o habitual chutador, João Tavares, não esteve em dia sim, tendo saído lesionado na segunda parte.
O Groundlink Caldas com uma novidade táctica inicial - troca entre o abertura e o defesa em função dos momentos do jogo - cometia erros técnicos, principalmente na ligação médios/linhas atrasadas, tendência que se manteve ao longo da partida e, que de certa maneira, condicionou todo o jogo dos pelicanos
Mesmo quando ganhava vantagem nas formações ordenadas e alinhamentos, a sequência do jogo à mão dos Caldenses, lento e previsível era muito bem contrariado pela defesa agressiva e muito junta da Lousã, terminando em erros que penalizavam o jogo exigível para contrariar a solidez dos serranos.
Aos 13 minutos a Lousã beneficiou de segunda penalidade, novamente não transformada, o que já não aconteceu cerca dos 21 minutos e de que resultaram os primeiros três pontos dos visitantes e da partida, por intermédio do seu médio de abertura.
Assistiu-se, então, a uma reacção do Groundlink Caldas, que protagonizou o seu melhor período no jogo. 
Boas iniciativas a partir de pontapés tácticos com penetrações ou saídas do, hoje a nº 8, Frederico Melim, a partir de formações ordenadas e alinhamentos bem captados pelos seus dois saltadores, mas finalizadas com erros técnicos... passes para a frente sobretudo. 
O ensaio da equipa casa esteve à vista por duas vezes, uma das quais desperdiçada com erro de passe na vantagem a 5 metros, a lembrar situação idêntica também no final da primeira parte no jogo da primeira volta, na Lousã. 
Dessas situações resultaram três penalidades para o Groundlink Caldas, uma aos 33 minutos convertida por Bernardo d'Eça, levando ao empate a 3-3 com que se atingiu o intervalo.
A segunda parte iniciou-se tal como a primeira com melhor entrada da Lousã e continuação do jogo previsível e com muitos erros técnicos de parte do Groundlink Caldas. 
Se na primeira parte referimos uma novidade táctica na equipa da casa, na segunda parte há também que referir uma atitude táctica da Lousã, ao acalmar a intensidade do jogo, a partir de um bloco defensivo de grande qualidade e de algumas paragens por limitações físicas. 
Adiantou-se entretanto a Lousã, cerca dos 67 minutos com um excelente pontapé de penalidade pelo seu médio de abertura, a castigar mais um erro dos pelicanos após alinhamento. 
Acreditando na vitória os serranos, que refrescavam o seu XV ainda que também na sequência de alguns impedimentos físicos, criaram um par de situações difíceis na defesa Caldense.
Nos últimos dez minutos assistiu-se a uma forte reacção da equipa da casa. 
Boas iniciativas com fases sucessivas de ataque por parte dos avançados, excelente réplica defensiva do Lousã e, como corolário algumas abertas para penetração dos 3/4 da casa ... não concretizadas novamente por falhas técnicas no passe e recepção, mas que deram origem a três penalidades, das quais apenas uma foi transformada por Bernardo d'Eça. 
Tal como na primeira parte o ensaio esteve perto, mas a bem organizada e colectiva defesa da Lousã saiu premiada.
Em resumo, resultado justo, dois Rugbys completamente diferentes, com um sabor amargo para o Groundlink Caldas que apenas terá que se queixar de alguma falta de capacidade em acelerar o jogo e de erros técnicos demasiados e um sorriso para os serranos que fazem da união e do espírito de luta a sua melhor arma.


A vitória do Benfica teve dois resultados imediatos, com a confirmação matemática daquilo que já se sabia há algum tempo - o apuramento dos encarnados para o play-off - e a descida dos leões ao último lugar de acesso à fase final, mas agora com o Setúbal na sua frente com mais um ponto, e o Loulé atrás de si, com menos dois pontos...
Com o empate entre os da frente, as águias recuperaram dois pontos e estão agora apenas a seis pontos da Lousã (que tem um jogo a menos) e oito do Groundlink Caldas, e não parece fácil que estas diferenças sejam ultrapassadas.
Da mesma forma no que diz respeito ao terceiro lugar - que disputa a pré-eliminatória em casa contra o sexto colocado - também não será fácil que os cinco pontos que separam Benfica de Évora sejam vencidos 
e se tivéssemos que fazer um vaticínio em relação a estas posições, diríamos que estão bem assim, e que não vale a pena mexerem-lhes...
Já do lado dos leões, a música é outra, e com 20 pontos ainda em jogo (25 para o Setúbal...) com um ponto apenas de desvantagem para o quinto, e uma vantagem de apenas dois para o sétimo, tudo pode acontecer, mas também pode ser que fique tudo quase decidido após o Loulé-Sporting do próximo fim de semana, embora leões e algarvios tenham ainda que defrontar dois dos primeiros (Évora e Lousã, e Benfica e Évora, respectivamente), e os sadinos devam fazer o mesmo com três dos quatro primeiros (Évora, Lousã, Groundlink Caldas).


Os chaparros asseguraram desde já a presença no play-off final, e é absolutamente improvável que vejam fugir por completo a vantagem de 19 pontos que levam de vantagem sobre o quinto classificado, da mesma forma que nãos erá nada fácil conseguirem recuperar os cinco pontos que têm de atraso em relação ao terceiro, com quem, aliás, ainda terão que jogar.
Quanto aos cavaleiros dos cinco jogos que ainda vão fazer, dois são com os dois da frente, Groundlink Caldas e Lousã, um é com o Setúbal com quem perderam na primeira volta por três pontos apenas, e os dois restantes são contra os seus adversários directos na luta pela manutenção.
e devem ser esses dois jogos s determinar o futuro das três equipas do fundo da tabela...


Depois de terem vencido o jogo da primeira volta por 23-10, os algarvios foram perder ao Vale da Rosa por 26-17, e com isso saíram da zona de qualificação, embora ainda possam sonhar com o regresso ao grupo da frente, para o que o jogo do próximo fim de semana pode decidir muito, quando defrontarem o Sporting em casa.
O Setúbal recuperou bem da derrota da semana passada e com isso regressou ao quinto lugar, embora o pontito de vantagem não seja motivo de repouso, antes pelo contrário, mas é de esperar que sirva de estímulo para as jornadas que se seguem.
Ontem quem começou melhor foram os sadinos, colocando forte pressão sobre os forasteiros, que cometeram diversos erros e sofreram um amarelo permitindo que o resultado ao intervalo tivesse uma expressão inesperada de 21-3 favorável ao Setúbal.
A segunda parte começou com algumas confusões e mais dois amarelos para o Loulé, mas aos poucos os algarvios foram conseguindo reverter a situação, apesar de acabarem por oferecer o quarto ensaio à equipa da casa, e tendo aí, provavelmente, perdido a possibilidade de vitória ou mesmo de bónus defensivo.
Os últimos 15 minutos forma mais positivos para os louletanos, que conseguiram os seus dois ensaios, mas era tarde demais e a vitória ficou com o Setúbal, que acabou por ser a equipa mais equilibrada durante os 80 minutos e que soube aproveitar melhor as circunstâncias do próprio jogo.


Finalmente a vitória! Depois de tanto sofrerem, os buldogues conseguiram, mesmo ao chegar ao finalzinho, o balão de oxigénio de que necessitavam para se manterem vivos na prova e poderem lutar até final pela manutenção.
E quando dizemos até final significamos isso mesmo, já que pode acontecer - existem fortes possibilidades - que tudo se venha a arrastar até à última jornada, quando receberem no 1º de Maio, o Santarém.
A Agrária deixou fugir a possibilidade de deixar a questão praticamente resolvida, e têm agora um encontro de extrema importância contra o Santarém, em Santarém, que é apenas mais uma pedra do puzzle em que se transformou esta fase final da prova, aumentando o interesse e a competição entre as equipas, que não podem ir de férias antecipadas...


12 comentários:

Anónimo disse...

O chutador da lousa a que se refere,chama-se José Miguel Almeida,não João Tavares

Anónimo disse...

Excelente resultado dos "serranos" que continuam "invictus" perante os super craques e aspirantes a campeões da divisão de honra nos próximos anos. É certo que lhes bastará vencer uma vez, na final, mas ter os pés assentes na terra não faz mal a ninguém.

Anónimo disse...

O Realista informa:

- O Groundlink Caldas garantiu matematicamente o quarto lugar.
- O Groundlink Caldas só jogando mesmo muito mal não vai conseguir um dos dois primeiros lugares e assim ser um dos quatro melhores no final.
- O Groundlink Caldas garante assim o segundo objectivo da época (o primeiro falhámos).
- O Groundlink Caldas está contente por ter comprovado que está num nível de qualidade mais elevado em relação ao início da ápoca.
- O Groundlink Caldas está feliz por ter comprovado que já está ao nível do Lousã.
- O Groundlink Caldas está feliz por ter comprovado que em alguns aspectos já está superior ao Lousã.
- Pela primeira vez e isto só aconteceu depois do jogo com o Lousã, percebemos que sermos campeões está ao nosso alcance, apenas dependendo de nós.
- Depois deste jogo sentimos que podemos ser campeões uma vez que o Lousã não cresceu desde o início de época e nós estamos agora ao seu nível. Sermos campeões passou a ser o nosso objectivo oficioso desde Sábado (sem esquecer o Benfica e o Évora que podem causar moça).
- O única razão porque não estamos completamente felizes é porque deveríamos ter acreditado mais que era possível ganhar ao Lousã, deveríamos ter entrado no jogo com menos medo, deveríamos ter acreditado mais em nós e no nosso valor como equipa, se o tivéssemos feito talvez o resultado tivesse sido outro. Salva-se o aspecto de termos percebido que o Lousã pode ser vencido por equipas como o Évora, Benfica e Caldas, desde que estas equipas entrem no jogo a acreditar nisso.

Anónimo disse...

sabado vi finalmente o meu S. MIGUEL ganhar e bem um jogo , será sol de pouca dura , com os lesionados e tocados , seria melhor o minhoto inscrever-se para ter 15 jogadores para jogar contra o "seu" BENFICA
temo que será o maior massacre desta época

Anónimo disse...

comprova-se muita coisa para os lados das caldas. Por cá restanos ficar felizes por servirmos de "modelo" para alguns, isso apenas enaltece o trabalho que temos feito ao longo dos anos :) Quanto a serem melhores ou serem do mesmo nível, e como eu gosto de manter as cenas simples e baseio-me apenas nos factos, basta somar 1 + 1 para chegarmos à conclusão que claramente ainda existe uma diferença significativa entre estas duas equipas.

Anónimo disse...

caro anónimo das 21h40m

eu somei 1+1 e não vi essa diferença...mas isto sou eu que nunca fui bom a matemática e sempre precisei de explicações, podia-me ajudar sff.

Anónimo disse...

Eu percebi o que o anonimo quis dizer com somar 1+1 em confronto directo a Lousã continua com saldo positivo Caldas pois tem uma vitoria e um empate com o Caldas.

Anónimo disse...

Pois esse é o problema de quem só sabe somar 1 + 1.
O Caldas não tem uma derrota e um empate com o Lousã, o Groundlink Caldas tem duas derrotas e um empate com o Lousã. O problema para o Lousã é que não ganha jogos ás equipas que ocupam os quatro primeiros lugares á muito tempo. O problema, do Lousã, é que qualquer uma das outras três equipas subiu de rendimento e qualidade de jogo enquanto o Lousã estagnou. As outras equipas já se aperceberam disso e agora sabem que podem ganhar ao Lousã. Concretamente no caso do jogo com o Caldas foi confrangedor ver a pouca condição física dos jogadores da Lousã, a sua pouca resistência ao embate. A Lousã não conseguiu criar uma única jogada de perigo, limitando-se a defender (esteve excelente neste capitulo).
Receio bem que o Lousã tivesse começado o campeonato com vitórias sobre as quatro primeiras equipas, depois tivesse passado aos empates e acabe o campeonato com as derrotas.

Anónimo disse...

Só para esclarecer uma pequena questão. O Rc Lousã perde por lesão o seu primeiro centro Urryel ainda antes de começar o encontro, na 2a parte perde o 2o centro José Miguel Almeida também por lesão, como se não fosse suficiente perde também os dois pontas (sim os dois!!!) e o formação e mesmo assim consegue empatar o jogo tendo estado sempre a ganhar até perto do fim. Podem dizer o que quiserem, no fim cá estaremos para fazer as contas!!

Anónimo disse...

Gostaria de aqui salientar mais um ponto interessante em relação ao jogo RC Lousã e Caldas: podemos ver que a Lousã utiliza 22 jogadores no jogo contra o Caldas enquanto estes apenas realizam uma substituição o jogo todo, ou seja apenas 16 jogadores. Será que o rendimento do club das Caldas está assim a subir tanto ou a falta de confiança nos jogadores da casa é grande? Será que jogadores frescos não podiam ter feito diferença para aumentar essa tanta diferença como referem do clube das Caldas em relação ao Clube da Lousã? Será que a politica adotada tem sido a melhor? o que acontecerá a este clube depois? algum desses inteligentes que são tão ponderados a somar 1 + 1 que me explique sff.

Anónimo disse...

Respondendo ao anónimo das 17h41m, no primeiro jogo com o Lousã tínhamos seis dos jogadores principais lesionados e não nos desculpámos com isso por termos perdido, assumimos que isso faz parte do rugby.
No segundo jogo com a Lousã tínhamos 12 jogadores principais lesionados e no total 18 lesionados, a ponto de terem existido sub 18 a fazer a sua estreia neste jogo com o Lousã, perdemos e não nos desculpámos com isso, aceitamos que isto faz parte do Rugby.
O Évora quando perdeu connosco também tinha uma série de lesionados, perdeu e não se desculpou com isso, provavelmente sabe que isso faz parte do rugby.
É esta a diferença entre as boas equipas de rugby e as outras, também na atitude o Lousã começa a perder e a mostrar-se mais fraco.

Ao anónimo das 17h52m provavelmente porque ao contrário das outras equipas como o Benfica e o Évora que jogam rugby e fazem o adversário cansar-se, o Lousã devido supostamente á sua fraca condição física fazia o árbitro interromper o jogo a cada 5 minutos com isso é difícil fazerem a equipa adversária cansar-se.
Sobre a qualidade da formação do Caldas, nós temos um jogador da formação na Selecção de Sevens e o Lousã? o Groundlink Caldas jogou com nove jogadores formados no Caldas e o Lousã com quantos da formação jogou?
Não substituímos porque não houve necessidade e porque temos alguns jogadores a recuperar de lesões e não houve necessidade porque o Lousã não conseguiu cansar.

Anónimo disse...

Ao das 18.34. Se o Caldas jogou com 9 jogadores formados nas suas fileiras então posso concluir por aquilo que sei dos atletas que estiveram no relvado que o resultado final foi: Caldas 9 Lousã 18. Dos 22 da Lousã que estiveram em campo 18 foram formados naquela vila serrana. A estatística é tramada.