9 de março de 2014

PRIMEIRONA BATE RECORDE DE ENSAIOS

Com 53 ensaios registados na mesma jornada - uma média superior a 10 ensaios por partida - é bem natural que tenha sido estabelecido um recorde de número de toques de meta realizados, numa jornada em que os três primeiros defrontaram os três últimos, e cada um encarou o jogo à sua maneira.

Na verdade enquanto os da frente lutavam para manter as vitórias acompanhadas de ponto de bónus - o que claramente conseguiram! - os do fundo da tabela nem tomaram conhecimento da jornada, preocupados sim com os próximos jogos que vão determinar qual deles pega o bilhete de ida para a Segundona.

Enquanto o quarto da tabela também não deixou os seus créditos por mãos alheias, e venceu também com bónus de ataque, embora com números mais modestos.


E o Sporting, na sua viagem ao Algarve conseguiu uma importante vitória, embora sem bónus de ataque, que lhe permitiu subir de novo ao 5º lugar, por troca com os sadinos, enquanto o Loulé, vencido na partida, comprometeu a possibilidade de entrar no grupo do play off.


Uma nota final para informar que se devem realizar no próximo fim de semana - em que não há jornada marcada - os dois jogos em atraso na competição, o Santarém-Setúbal e o Évora-Lousã, acertando-se dessa forma o respectivo calendário.


Um perfeito dia de verão em Coimbra, com o termómetro a lamber os 25°.
Jogo sem história, tal a diferença entre as duas equipas, apesar do Groundlink Caldas se apresentar sem alguns habituais titulares, por lesão ou doença.
Os pelicanos viram ainda David Mateus sair nos primeiros vinte minutos, com luxação nasal; esperemos que não comprometa a sua participação na próxima dupla etapa do Circuito Mundial de Sevens, enfraquecendo os nossos Linces.
Uma primeira parte com quatro ensaios para os pelicanos, dois transformados, e uma penalidade convertida para os charruas, mesmo ao cair do pano, e uma segunda com mais oito ensaios, seis dos quais transformados. 
O líder da competição aproveitou ainda para rodar a equipa, com entrada de alguns jovens que se integraram no grupo sem dificuldade.
A Agrária tem pela frente um encontros muito importante - contra o Santarém já na próxima jornada - que pode decidir o futuro da equipa na Primeirona...


No mais dilatado dos resultados da jornada, os serranos marcaram 16 ensaios recuperando a liderança das tabelas dos marcadores de pontos e de ensaios, e mantendo a distância de dois pontos para o Groundlink Caldas, que poderão ser ultrapassados se no jogo em atraso a Lousã não perder...
O Santarém tem agora duas semanas movimentadas, defrontando o Setúbal e a Agrária em casa, antes de encontrar, em Lisboa na última jornada o São Miguel.
Apesar da vantagem de quatro pontos sobre os buldogues, os cavaleiros precisam de pontuar antes do derradeiro encontro, para evitarem um eventual desastre.


Mais um jogo sem história, em que a nota de maior saliência foi a exibição de Filipe Grenho, que abriu o marcador logo aos 50 segundos de jogos e teve o comando das operações do dia, voltando a marcar decorridos apenas três minutos de jogo, aumentando o resultado - e a sua conta pessoa, pois foi o chutador de serviço - para 14-0.
Recorde-se que Filipe Grenho é um antigo internacional de sevens, tendo representado Portugal por 22 vezes, entre 2001 e 2007.
Os buldogues estão mais preocupados com os jogos que têm pela frente, com especial destaque para a recepção ao Santarém na última jornada, mas também com a deslocação ao Algarve na penúltima jornada, onde esperam conseguir nem que seja um ponto de bónus, pelo que o resultado de hoje não os deve ter afetado.


Um jogo bastante disputado, em que os chaparros, como tem vindo a acontecer, com uma equipa bastante jovem, tiveram alguma dificuldade em impôr o seu jogo, quer pela boa réplica do Setúbal, quer pela sua falta de experiência, sem que, no entanto, o resultado final tenha estado em causa.
Com 12-0 ao intervalo e dois ensaios marcados, num jogo nem sempre bem jogado, as equipas regressaram para a segunda parte com uma nova disposição, e os sadinos começaram melhor marcando o seu primeiro ensaio.
O Évora reagiu então e teve o seu melhor período, marcando mais três ensaios, mas o Setúbal não baixou os braços e terminou o jogo obtendo o segundo toque de meta na bola de jogo.


Os leões foram a Loulé buscar uma importante vitória contra um adversário directo, e beneficiando da derrota do Setúbal em Évora, recuperaram o quinto lugar na tabela, que tinham perdido na semana passada.
Mas a distância de três pontos apenas que separa as duas equipas, não dá qualquer garantia ao Sporting de poder manter a posição - até porque os sadinos têm o tal jogo em atraso com o Santarém... - embora seja improvável que venha a ser ultrapassado pelo Loulé, que está a seis pontos de distância.
Os algarvios devem ter perdido aqui a possibilidade de se qualificarem para o play-off, embora estejam já fora do radar do rebaixamento, e possam encarar o resto da prova com alguma descontração e total tranquilidade.


Foto: Rugby Clube de Loulé/Facebook

6 comentários:

Anónimo disse...

Ainda demasiado éférréá nesta rapaziada ...

Anónimo disse...

Com aquela trapalhada toda que foi a aprovação de regulamentos depois de a época ter começado, uma dúvida se me coloca: a descida é directa, saindo o último classificado ou há também play-off para a descida de divisão?

Anónimo disse...

Directa

Anónimo disse...

Esta jornada é o retrato do Rugby do "país real", o que se passou espelha bem que na primeira existem planteis muito curtos, pouco empenhados, a jogarem o chamado rugby social e quando chega a esta altura as equipas de baixo abdicam de jogar o jogo pelo jogo mas jogam a olhar para a tabela e para o calendário.
É obvio que o Santarem, o São Miguel e a Agrária, não estiveram em jogo este fds, eles maribaram-se para os seus, não se aplicaram porque agora apenas interessa os jogos entre eles (talvez se o Santarem ganhar a Agraria na próxima jornada e ganhar o ponto de bónus com o Setubal no jogo em atraso, ele regresse ao campeonato).

É esta pobreza de jogos na Primeira divisão entre primeiros e últimos e a pobreza de jogos entre primeiros e últimos na DH que faz pensar que as Divisões com 10 equipas não trazem nada de bom, o Montemor não aprendeu nada ao ter levado 93 do CDUL e o Santarem não aprendeu nada ao ter levado 102 do Lousã.

Acham que os jogadores gostam de jogar jogos destes? eu assisti a um deles e o que se passou foi que ao intervalo a maioria dos jogadores da equipa que estava a vencer por muitos estava a pedir para sair.

Agora que se fala num novo ciclo, agora que parece ser a altura para questionar o modelo de desenvolvimento e o modelo competitivo do rugby português, talvez fosse altura de pegar na proposta que a FPR fez aos clubes e pensar nela, sem pressas de tempo, sem politicas á mistura. Acredito que a proposta era uma proposta que merecia ser discutida mas com tempo e não na forma como foi apresentada e pelas razões apresentadas. Também eu estive contra a proposta na altura porque não era o timing certo para a discutir mas com o final do campeonato e com este fim de ciclo talvez seja.

Anónimo disse...

Excelente réplica dos verde e brancos que ainda vão ter uma palavra a dizer nesta competição. Não acredito que tenham estaleca para fazer frente a Caldas e Lousã mas, a confirmar-se o apuramento para os Play-off, o CRE e SLB que não cantem de galo antes da madrugada. Resultados de Santarém, S. Miguel e agrária não refletem o trabalho que se tem feito nestes clubes. Vamos ver como se sai o Santarém nos jogos contra os adversários directos e que vão ditar qual dos três é relegado para a segunda. Espera-se um campeonato disputado até à ultima jornada.

Anónimo disse...

Não creio que o Sporting tenha qualquer hipótese contra Benfica ou Évora, no Rugby em 90% dos casos ganha a melhor equipa e os números dizem que o Sporting não tem qualquer tipo de comparação com Benfica e Évora.

Em todo o caso é este o espirito do Rugby, acreditar sempre que é possível e o Sporting já provou que acredita sempre, mesmo quando são os únicos a acreditar e por vezes isso torna-os melhores que o adversário.