16 de setembro de 2012

PUMAS A UM PASSO DA VITÓRIA MAS WALLABIES ACABAM MELHOR

Quando Julio Farias marcou o (controverso) segundo ensaio dos Pumas, e alguns minutos depois Juan Martin Hernandez marcou uma penalidade que colocou os Wallabies a 13 pontos de distância (19-6) quase todo o mundo acreditou que tinha chegado a hora dos argentinos.

Mas nem todos se conformaram com isso, e num esforço final, a que os homens de azul celeste não resistiram, os australianos deitaram para trás das costas os inadmissíveis erros de Quade Cooper e, em certa medida, o pé torto de Berrick Barnes, e a 12 minutos do fim deram início a uma recuperação que aproveitou a quebra física dos Pumas e marcaram 17 pontos sem resposta, para saírem vencedores (e aliviados!) dum jogo em que as honras vão, na sua maior parte, para os derrotados.

Bem vistas as coisas, a vitória acaba por ser da equipa que criou mais oportunidades de marcar, e não fora alguns pontapés que não acertaram no alvo, a expressão da vitória teria sido maior.

No entanto ficou bem claro que a Argentina merece em absoluto um lugar entre estas equipas, e assim que conseguir 80 minutos sem quebras de ritmo - a que não serão alheias as dificuldades de banco da equipa - vai com toda a certeza deixar marcas profundas no Império da SANZAR.

Para já deixou à mostra a falta de argumentos que justifiquem o facto de durante nove anos - desde 2003 - não terem sido criadas condições para outros encontros entre Pumas e Wallabies, a menos que os australianos já tivessem entendido que os sul americanos se estavam a aproximar perigosamente do seu nível.

É curioso ver os comentários de Enrique "Topo" Rodriguez - o pilar Argentino (13 vezes entre 1979 e 1983) que representou a Austrália (26 vezes entre 1984 e 1987) e ainda vestiu as cores do Tahiti num jogo contra a França - que considera os Pumas favoritos para a vitória na edição 2014 do Rugby Championship...

Nós não diríamos tanto, mas continuamos a acreditar numa vitória argentina ainda este ano, e num caso muito sério nos jogos fora de casa na próxima época - quanto aos jogos em casa este ano já fala/vai falar por si só...

Quanto ao jogo deste fim de semana, fica marcado, como já referimos, pelos sucessivos erros de Quade Cooper e também pela excelente reação australiana nos momentos cruciais do jogo - o amarelo a Patrick McCabe logo no início do jogo, e os tremendos 20 minutos finais - que lhes entregaram um jogo que tinha estado (quase) sempre nas mãos do adversário.





























Nova Zelândia-África do Sul
Os All Blacks continuam a somar vitórias, mas a verdade é que quase sempre com grande dificuldade,  e sempre como resultado do seu maior rigor e consistência, afinal aquilo que os distingue dentro e fora do campo.

Este fim de semana não foi diferente, e só nos últimos 20 minutos a sua superioridade veio ao de cima, depois de terem beneficiado de sete pontapés aos postes falhados (em nove tentados) por Morne e Frans Steyn.

Mas não se confunda o que digo - os Blacks são realmente melhores do que a concorrência, mas essa diferença está, quanto a nós, na disciplina, consistência e num banco que dá todas as garantias de manutenção da qualidade quando é necessário recorrer a ele....

Apesar disso, no jogo com os Spingboks a equipa sentiu as dificuldades de Piri Wepu que esteve uns bons furos abaixo do que se poderia (e deveria) esperar dele, chegando a comprometer a equipa em algumas fases da primeira parte.

A chamada ao intervalo de Aaron Smith pode significar mais do que uma simples substituição tática, e a sobrevivência de Weepu no grupo de trabalho pode mesmo estar posta em causa...

Aaron marcou um excelente ensaio e a sua atitude durante os 40 minutos, as suas declarações após o jogo - garantindo que aprendeu a lição por ter quebrado o protocolo disciplinar da equipa - garantem-lhe a devolução da camisola número 9 provavelmente por muito tempo...

Fique com o quadro dos resultados e a classificação ao cabo de quatro jornadas disputadas:











Fotos: www.uar.com.ar e www.planetrugby.com

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