14 de setembro de 2012

ARGENTINA - PARA QUANDO A PRIMEIRA VITÓRIA?

A questão hoje é muito diferente do que era antes de ter início a primeira edição a quatro do melhor campeonato de rugby do mundo.

Na verdade o Tri-Nations atingiu tal notoriedade que a admissão de mais um participante fazia perigar o seu equilíbrio e a sua importância - seria a Argentina capaz de aguentar o embate sistemático com os três primeiros do ranking mundial, sem dar vexame, e sem que esse vexame acabasse por jogar contra o próprio princípio do alargamento?

Depois de três jornadas, os Pumas deixaram bem claro que não vão passar vexame nenhum, e que o momento da sua primeira vitória vai chegar em breve - resta saber quando isso irá acontecer.

NOVA ZELÂNDIA - ÁFRICA DO SUL
A história deste jogo começa com a exclusão de Aaron Smith do XV inicial dos All Blacks, e sua relegação para o banco de reservas.

A substituição de Aaron por Piri Weepu até poderia ter passado despercebida, já que Weepu cumpriu muito bem a sua tarefa, quando foi, na semana passada, chamado para entrar em campo a meio do segundo tempo do jogo com a Argentina.

Mas Steve Hansen, treinador dos All Blacks, quis deixar bem claro que a substituição para o jogo deste final de semana se ficou a dever a uma questão disciplinar.

Na verdade Aaron Smith quebrou o protocolo disciplinar dos campeões do Mundo, depois do jogo de Wellington, e, apesar de não ter sido revelado do que se tratou, Hansen foi absolutamente claro ao declarar que a consequência de uma quebra no protocolo da equipa, implica a retirada do XV inicial para o jogador infrator.

Fora de campo, como dentro dele, os All Blacks são um exemplo - e era bom que outras seleções nacionais seguissem o mesmo comportamento e o mesmo rigor.

Mas a verdade é que esta substituição pouco significa em termos de rendimento da equipa, e pode mesmo ser um incentivo extra para Piri Weepu no sentido de segurar o lugar.

Do lado dos Springboks a grande preocupação é secar Richie McCaw e a sua influência no desenvolvimento do jogo no chão dos neozelandeses, e para isso vai entrar o asa do Bath, François Low - como refere Ricardo Mouro na sua crónica sobre a Aviva Premiership.

E deve ser aí que o jogo se vai decidir, mas apesar da preocupação e cuidado dos Springboks, a vantagem deve cair para o lado dos All Blacks.

E se no caso da Argentina a pergunta é quando irá acontecer a primeira vitória dos Pumas na competição, no caso da Nova Zelândia a pergunta é quando irão os Blacks perder o seu primeiro jogo depois do Mundial de 2011....


AUSTRÁLIA - ARGENTINA
O factor surpresa, que pode ter dado um empurrão aos Pumas nos jogos com os Springboks e os All Blacks, terminou.

Hoje os Pumas são olhados de igual para igual, por qualquer dos seus adversários no Rugby Champioship, e não vai ser a Austrália que vai baixar a guarda e devolver essa vantagem para o lado dos Pumas.

Os Wallabies começaram a sua participação na prova com duas derrotas contra a Nova Zelândia - nada de novo e a situação não pode servir para catalogar os australianos.

Aliás, no terceiro jogo, contra os Springboks, em especial no segundo tempo, as coisas correram de forma claramente diferente, e se a exibição não calou definitivamente os mais críticos, a verdade é que abrandou em muito as vozes mais discordantes.

A vitória sobre a África do Sul foi um tónico importante para a equipa de Will Genia, mas a sua lesão - que o vai manter afastado dos campos por mais de seis meses - é com toda a certeza mais uma dor de cabeça que Robbie Deans vai ter que resolver.

A Argentina tudo fará para conseguir nesta visita à Austrália a tão ambicionada primeira vitória, mas a verdade é que acreditamos que esse momento venha a acontecer na terra dos pampas - quem sabe se no jogo de volta com os Wallabies...

Os Pumas vão entrar em campo com duas alterações na equipa - entram o médio de formação Martin Landajo e o defesa Lucas Amorosino - e o mais significativo e importante é que se mantém todo o pack avançado, sem alterações.

E a verdade é que tem estado na consistência do grupo dos oito da frente a maior força dos Pumas e o duelo entre os conjuntos dos avançados deve determinar o caminho do jogo, dependendo da quantidade e qualidade das bolas que forem destinadas às linhas atrasadas o seu vencedor.


(Alterações nos XVs iniciais marcadas com um asterisco)

1 comentário:

Luis Costa disse...

De acordo com a imprensa neo-zelandesa, o Aron Smith não respeitou o horário de recolher.