Aviva
Premiership 1ª Jornada:
Abriram-se as hostilidades na Premiership e de
que forma, muitos ensaios marcados e muita emoção para os fãs de rugby para os
quais este foi um grande fim-de-semana.
Wasps -
Quins
A liga abriu com o embate entre os Wasps e os
campeões Quins.
Os leitores podem não crer, mas após o jogo estive o
fim-de-semana todo a pensar como descrever este jogo.
Os Wasps começaram bem,
muito bem diga-se, mostrando uma absurda falta de respeito pelo estatuto de
campeões dos adversários.
Aos 2mins de
jogo o ponta Wade combina bem com o outro ponta Varndell e as vespas de Londres
põem os Quins em sentido com um ensaio convertido pelo abertura Nicky Robinson.
10 mins depois e novo ensaio por Varndell, oferecido por Wade já na área de
ensaio - Robinson converte e junta mais 2 penalidades. 20-0 aos 12mins!
As
coisas não corriam bem aos Quins, muito trapalhões nos avançados e a 3ª linha
dos Wasps comandada por Haskell a 8 estava intratável no breakdown.
Os avançados
dos Quins não conseguiam aliar-se nas linhas de ataque bem comandadas por
Evans, na única vez que isso aconteceu na 1ª parte, uma jogada bem apoiada por 3/4
e avançados, o ponta Williams descobre um espaço na defesa adversária e ensaia
para conversão de Evans.
Mas o desespero continuava para os avançados dos
Quins, mais uma bola perdida no breakdown e duas fases depois Wade está de novo
na linha de ensaio (não convertido), 28-7 aos 24mins.
Os campeões carregam
desesperadamente e Evans adiciona 2 penalidades antes do intervalo, 28-13.
No
recomeço a perder por 15 os Quins carregam nos Wasps mas Easter que teve uma
tarde para esquecer, perde uma bola no contacto e 3 passes depois o 2ª linha
Wentzel corre 40 metros sem oposição e ensaia, Robinson falha uma conversão que
parecia fácil.
55 minutos e mais do mesmo, os avançados experientes dos Wasps
deram uma lição aos seus adversários e Wentzel oferece um ensaio ao pilar Payne
que ensaia no canto, Robinson adiciona a conversão e a pouco mais de meia hora do
fim os Quins estão a 27 pontos de distância.
Após este ensaio, muitas substituições ocorrem nos Quins, incluindo o
formação Care que nunca consegui pegar no jogo.
A partir daqui Evans decide que
o jogo não está perdido, o recém entrado Guest contraria bem uma tentativa de
alívio ao pé do adversário, e consegue ficar com a bola e ensaiar entre os
postes.
Evans é pura classe e numa arrancada fenomenal consegue rasgar a defesa
dos Wasps e oferecer a bola aos seus 3/4s e Brown ensaia no canto.
4 minutos
depois Evans recebe a bola do formação e descobre um buraco na defesa e com um
pontapé a toda a largura do campo Brown recebe e só tem que colocar a bola na
área de ensaio. 40-32 aos 64 minutos.
O jogo estava ao rubro com os Quins
acampados nos 22 dos Wasps, mas quando chegavam a 5 metros da linha de ensaio,
um erro, um avant, uma bola perdida (muitas vezes por Easter) desesperava os
fãs dos Quins.
Perco adjectivos para descrever o jogo de Evans quando aos 67
minutos ensaia e converte, 40-39.
Aos 77 minutos os Quins beneficiam de uma
penalidade a 45 metros dos postes para, quem mais!, Evans converter e ganhar o
jogo para a sua equipa. 40-42.
Evans teve uma exibição de sonho e prova que é,
neste momento, o melhor jogador da Premiership.
Destaque também para Wade dos
Wasps que no ano passado foi o melhor marcador de ensaios e procura que seja
esta a sua época de afirmação.
Saracens
– London Irish
Ainda em Twickenham depois do jogão anterior a
tarefa para novo espectáculo de rugby estava dificultada.
Era interessante ver
como os “exilados” se iriam comportar perante a experiente armada sul-africana
dos Saracens que estreou Ashton na ponta.
O jogo começou com pouca emoção e os
avançados dos Saracens liderados por Brits iam dominando e ganhavam algumas
penalidades aos seus adversários que Hodgson aproveitava para por pontos no
marcador (minutos 6 e 14).
O flanker dos Irish, Treviranus vê um cartão amarelo
por carga perigosa de ombro sobre Hodgson que precisou de um par de minutos
para recuperar do embate.
Mais 2
penalidades para os Sarries e uma para os Irish levam o resultado para o
intervalo em 12-3.
Na 2ª parte Ashton resolveu justificar o seu salário e
mostrou que não há outro jogador como ele na Premiership a descobrir espaços na
defesa, ensaio aos 42 minutos que Hogdson converte.
Aos 50 minutos Ashton assiste Barritt com um
sublime toque ao mesmo tempo que é esmagado por um adversário e Barritt só tem
que voar para a linha de ensaio, 26-3.
O show de Ashton continuou e novo ensaio
após boa combinação da linha atrasada sarracena, Hodgson converte 33-3.
Os
Irish nunca conseguiram opor-se à qualidade de jogo dos Saracens e sem
Corbisiero (pilar) que está lesionado a mêlée foi também muito castigada.
Aos
77 minutos Mordt acaba com o que restava dos Irish com novo ensaio convertido.
Final 40-3.
Gloucester
– Northampton
Sempre um jogo emotivo quando estas duas
equipas se encontram e este não foi excepção.
Um jogo à Saints, a começar muito bem, a dominar o adversário, mas a
acabar em sofrimento e com dois jogadores no “sin-bin”.
O “tal” George Pisi
(centro) que vos falei na crónica de apresentação ensaiou por duas vezes, sendo
que Tindall (agora jogador-treinador) sentiu muitas dificuldades para o parar, e
o estrante Waldouck a seu lado anulou Twelvetrees.
Por outro lado, o capitão do Saint, Hartley, também ensaiou, e Lamb converteu todos os ensaios.
Mas uns Saints faltosos permitiam a Burns
adicionar pontos e manter Gloucester na esperança de um bom resultado.
Até aos
72 minutos os Saints controlavam bem o jogo por 24-12 mas um ensaio de
penalidade por infração na mêlée (Doran-Jones e o estreante Van Velze já
estavam amarelados) e foram 8 minutos a sofrer até aos 80. Final 19-24.
Worcester
– Bath
Os Worcester normalmente encontram-se nas
lutas do últimos classificados.
Muito esforçados contra uns Bath sempre
robustos, levaram a sua vontade de vencer ao extremo causando muitas
penalidades que custaram a vitória no último minuto.
Percival ainda ensaiou aos 69 minutos mas do
lado de Bath Olly Barkley converteu 8 das 11 penalidades concedidas pelos
Worcester, incluindo uma aos 80 minutos que colocou o resultado em 23-24 e deu
a vitória a Bath.,
Exeter
Chiefs – Sale Sharks
Esperava-se mais dos Sharks depois do
investimento na equipa.
Cipriani começa no banco dos Sharks mas aos 31 minutos
é chamado devido a lesão do centro Tuitopou, com MacLeod a passar para centro.
O Exeter marcou 6 ensaios, mais que suficientes para o pontinho de bonús, e os
Sharks nem um ponto marcaram com Cipriani ao leme.
Do lado de Exeter o abertura
argentino Ignacio Mieres deu uma lição de humildade a Cipriani com 16 pontos
(1E, 1C, 3P). Final 43-6.
London
Welsh – Tigers
Baptismo de fogo para a estreia na Premiership
para a rapaziada de Londres contra uma das melhores equipas do campeonato, os
Tigers.
Na primeira parte o domínio dos avançados de Leicester foi evidente e
dois ensaios da “locomotiva” Waldrom (nº 8) convertidos e mais uma penalidade
(infracção na mêlée) ditaram que os Welsh perdiam por 17-0 aos 23 minutos.
O
que perdiam em talento, os Welsh ganhavam em garra e coragem, e enquanto houve
“gás” ainda conseguiram dois ensaios e uma penalidade, até ao intervalo, dando
algum interesse ao jogo. 13-17 ao intervalo.
Com a fisicalidade do jogo e as
substituições, os Welsh perderam algum ênfase e os Tigers apenas cumpriram. Seguiram-se
ensaios de Parling, Salvi e Goneva para o resultado final de 13-38.
Veja o quadro dos resultados, a classificação e os jogos da 2ª jornada
Championship
No Championship a primeira jornada disputou-se
sem surpresas e os favoritos venceram os seus adversários.
Na 6ª feira Nottingham recebeu e bateu o Leeds por 34-29 com bónus ofensivo.
Sábado os de Bedford confirmaram que
são uma da melhores equipas da liga e 7 ensaios contra Moseley ilustram o resultado mais desnivelado da jornada, 50-6.
Os Cornish Pirates, outro dos favoritos foram baptizar os de Jersey com um hat-trick de Evans, final
6-20 para os Pirates e o Plymouth
venceu sem bónus ofensivo o Doncaster
que conseguiu já na recta final um pontinho de bónus defensivo, 27-22.
Sábado, dia de jogo grande confirmou os Newcastle como favoritos, a despacharem outra das boas equipas desta
liga, o Bristol com 20-37 e ponto de
bónus ofensivo.
Os London Scottish cumpriram os mínimos e bateram
os Titans de Rotherham por 26-20.
Jacques le Roux
O
nosso “lobo” Le Roux não jogou na estreia da sua equipa, o Coventry que milita na National League
1 (3º escalão). Jogou em casa contra o Ealing,
uma das equipas mais fortes, senão a mais forte da liga e principal candidata à
subida. O resultado foi de 13-37.
*Texto: Ricardo Mouro
Quadros : It's Rugby
Foto: ESPN scrum
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