6 de outubro de 2010

A FESTA DO RUGBY CONTINUA


VAI COMEÇAR O NACIONAL DA 2ª DIVISÃO COM 21 EQUIPAS EM BUSCA de um lugar ao sol da subida de escalão.

Quatro zonas, de Norte a Sul, que prometem algum equilíbrio competitivo, mesmo que uma ou outra equipa não vá chegar lá.

É a festa do rugby a correr o país, numa prova que nos vai levar até ao final de Abril, quando se joga a grande final.



Conforme anunciámos no princípio da semana, os comentários do Mão de Mestre sairão da pena de Eládio Rbeiro, agora fisicamente recuperado, depois de um merecido descanso lá para os lados do Marão...

Aqui ficam as suas opiniões

Grupo Norte Centro

O candidato "natural" e principal favorito à passagem à segunda fase nesta zona mora em Famalicão, com um plantel semelhante ao do ano passado e com a manutenção do ex-internacional Marcello D'Orey como treinador principal os Famalicenses apostam este ano em chegar à final 4 e com um golpe de sorte tentar a subida.
Depois do Famalicão temos um grupo de duas equipas, o CRAV B e o Guimarães RUFC.
A qualidade da equipa dos Arcos deverá variar consoante as necessidades da formação principal do clube, que terá um calendário duro e poderá repescar alguns atletas que habitualmente jogam na segunda equipa.
Quanto ao Guimarães o amadurecimento da equipa após ano e meio a competir e a continuação do internacional Francisco Fragateiro deverá dar mais hipóteses ao aguerrido conjunto da cidade berço que poderá ainda assim ter a juventude e pouca experiência do plantel como pontos negativos.
Com menos hipóteses de disputar o play-off parecem estar os conjuntos da Escola de Rugby do Porto e a AAU Aveiro.
Do Porto chega um conjunto já sem os habituais Varetas, agora recrutados pelo recém promovido CRAV, e se a juntar a esta perda de peças influentes juntarmos a escassez de plantel verificada ao longo do transacto ano pode estar aqui um conjunto de factores negativos que prejudicarão a malta da ERP, ainda assim um conjunto a ter em conta para as contas de apuramento.
Ainda que poucas informações tenhamos da AAU Aveiro este é um conjunto que volta á competição oficial depois de um hiato de várias épocas, e deve misturar alguns homens da terra com muitos universitários, devendo ainda ainda sentir muita diferença dos jogos que fez nos emergentes para uma competição mais séria.

Grupo Centro

A zona Centro parece ter o conjunto de clubes mais renhido, ainda mais com a descida voluntária da Agrária a esta divisão.
Naturalmente devíamos apontar esta equipa com mais rodagem como favorita a vencer o grupo, mas a Bairrada e principalmente o Caldas não deverão concordar com este rótulo.
Esta será uma corrida a três, mas sem esquecer os conjuntos da cidade de Tomar e a equipa B da Lousã que poderão baralhar as contas deste grupo.
Na Escola Agrária mora um conjunto habituado a um rugby de outro nível, mas que devido à sua descida poderá ceder jogadores a outras formações.
Das Caldas vem uma equipa que chegou à final do play-off de subida e por certo quererá estar mais uma vez no Jamor para a festa do rugby e talvez arrebatar o titulo que deixou fugir para o Montemor na época passada.
Da Aldeia do Rugby, Moita da Anadia, o Rugby Clube da Bairrada apresenta uma equipa veterana habituada a discutir a segunda fase com regularidade de algumas épocas a esta parte.
Em Tomar joga uma equipa aguerrida, com alguma experiência e um plantel jovem cheio de jogadores "elegíveis" para as selecções jovens.
Na Lousã a equipa B poderá servir para rodar os mais jovens como o internacional sub 18 Albertino Santos entre outros, sendo que daqui tanto se poderá esperar uma equipa fortissima, principalmente nos jogos em casa como equipas com pouca experiência, sobretudo nas deslocações
Finalmente o Marinhense é uma equipa em iniciação com um plantel reduzido, será a equipa que lutará para não sofrer derrotas muito pesadas, como aconteceu no jogo da Taça frente ao São Miguel

Grupo Lisboa

Mais um grupo que á partida não terá uma equipa mais forte, mas sim um conjunto de equipas capazes de lutar de igual para igual com resultados divididos, à semelhança do ano anterior.
O grupo aliás apenas sofre uma alteração com a equipa do Clube de Rugby do Técnico a regressar após um ano a jogar no campeonato de equipas B dos clubes Lisboetas, com o estatuto de clube satélite.
Técnico aliás que poderá ser um dos favoritos a vencer esta fase, contando para isso com muita experiência e com um plantel que se treinará em conjunto com a equipa A habituada a outras rotações, como demonstrou no jogo da Taça contra o Beira Mar Gaiense.
Em rotação alta e em rota de colisão poderão estar os outros dois principais candidatos à subida, falamos de Santarém e Belas.
Os dois clubes, que nutrem aliás uma rivalidade muito acesa e que no ano passado se defrontaram com resultados muito equilibrados poderão aspirar novamente a subir de divisão.
O Santarém, com uma nova equipa técnica, com muita experiência, regada com alguma irreverência dos jovens talentosos que por aqui vão surgindo.
O Belas também com um conjunto homogéneo e muito sólido, com muita experiência e jogadores que inclusivamente já rodaram em clubes maiores, pode ser capaz de contrariar ambas as formações anteriores e mostrar que pode por mérito próprio estar na final 4.
O Tecnologia, a manter a base do ano anterior poderá ser o outsider a baralhar as contas. Não estando a lutar de igual com as outras equipas (toda a gente sabe o problema que atravessam as equipas universitárias com as entradas e saídas constantes de jogadores), poderá fazer algumas gracinhas, sobretudo em sua casa onde se mostram um conjunto muito forte.
A grande pecha desta equipa poderá ser a contrariedade do campeonato ter o seu pico em Janeiro, época de exames para estes guerreiros universitários.
Ao Oeiras cabe a dificil tarefa de contrariar os resultados dos anos mais recentes, que têm sido bastante abaixo dos resultados alcançados no inicio da década e que na fase regular do ano passado se cifraram por derrotas em todos os encontros disputados.
O Oeiras poderá este ano melhorar mas ainda assim será certamente o principal candidato ao último lugar da tabela.
A equipa poderá, no entanto, beneficiar da vinda de alguns jogadores da extinta equipa do Cascais Rugby Linha que se têm espalhado por diversas formações da região.

Grupo Sul

É talvez neste grupo que reside a maior incógnita. Embora seja fácil apontar o Elvas como o candidato natural á passagem à segunda fase, ainda por cima sem o Montemor que subiu meritoriamente à 1ª Divisão, não podemos de todo apontar o seu acompanhante.
A equipa de Vilamoura poderá querer voltar ao fulgor de outros tempos depois de uma época afastada das competições.
Restará saber se o núcleo duro da equipa que jogava na 1ª Divisão se manteve para que o XV algarvio possa sonhar com o retorno ao segundo escalão do Rugby Nacional.
O Loulé e o Beira Mar FCG que no ano passado apenas averbaram vitórias na fase regular nos jogos entre si, competirão com o retornado Rugby São Miguel com pequenas hipóteses de se apurarem para a segunda fase de apurados.
O Clube de Rugby de São Miguel é a grande incógnita da competição, ficando por saber se a provável inexperiência do seu plantel poderá ser equilibrada com os vastos conhecimentos de alguns eventuais retornados dos bons velhos tempos.
A sua estréia nas competições, na Marinha Grande para a Taça, correu da melhor forma, faltando agora saber se a equipa conseguirá manter aquele nível competitivo.

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