15 de outubro de 2010

DESISTÊNCIAS NA SEGUNDONA


FOMOS SURPREENDIDOS NOS ÚLTIMOS DIAS COM A NOTÍCIA da desistência do RC Elvas, ontem, e do Vilamoura XV, hoje mesmo, o que cria uma situação difícil no grupo Sul da 2ª Divisão.

Na verdade, reduzida a três equipas, a época das equipas resistentes vai ser pouco mais que nada.



Vejamos o exemplo do Loulé: jogou na semana passada contra o Beira Mar, só volta a jogar na 5ª jornada (13/14 Novembro) contra o São Miguel e na 6ª jornada, já na segunda volta, com o Beira Mar de novo, e finalmente na 10ª jornada (21/22 Janeiro) com o São Miguel de novo...

Será possível manter uma equipa nestas circunstâncias? Ou simplesmente estas equipas irão desistindo por sua vez, dada a inexistência daquilo que justifica a sua própria constituição?

Infelizmente estas desistências apenas vêm juntar mais achas para a fogueira da organização dos clubes de rugby portugueses, e da sistema competitivo que está em vigor.

Levantámos esta questão ainda ontem a propósito da Primeirona, e acreditamos que ela seja a mais importante com que o nosso rugby se debate.

Não vale a pena tomar medidas sobre medidas, punir, remediar.


É essencial que se estude esta questão, o que fazer para garantir que se constitui um grupo sólido de clubes e de equipas da base ao topo - cosmética para fins de promoção ou de patrocínio, não vão resolver o problema.

E os maiores clubes, com melhores estruturas, podem dizer ou pensar que isto nada tem a ver com eles - ERRADO!

Tem tudo a ver com eles, pois sem clubes na base, não haverá clubes no topo...

Se querem um desporto com penetração nos media, com visibilidade que atraia os investidores, será necessário abandonar uma atitude de sobranceria e alheamento, e colaborar ativamente na resolução de tudo isto.

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