Na verdade, das restantes seis equipas apenas o CDUP parece destacar-se, enquanto que em relação às outras cinco ainda é cedo para se ter uma ideia mais exacta.
CDUP-Cascais
O guia invicto da Primeirona recebe o Cascais, que tanto consegue bons resultados – a vitória sobre a Lousã, em casa – como decepciona quem os vai ver jogar – derrota perante o Setúbal, fora – mas mesmo conseguindo fazer uma boa exibição não deverá ser capaz de ultrapassar a carapaça do CDUP, que parece lançado numa corrida a solo.
Os portuenses que têm demonstrado uma boa consistência ofensiva, marcando mais de 30 pontos em cada jogo, além de terem conseguido conquistar todos os pontos de bónus de ataque que estavam ao seu dispôr, apresentaram, no entanto, algumas debilidades defensivas que permitiram ao Setúbal e à Lousã, marcarem-lhes três e dois ensaios respectivamente.
Se o CDUP não estiver atento pode ser surpreendido, já que as linhas atrasadas do Cascais têm imenso potencial, e a equipa dispõe de um chutador versátil e eficaz, precisando no entanto de garantir pelo menos o equilíbrio nas formações estáticas, o que não se apresenta nada fácil.
Évora-Setúbal
A equipa de Setúbal desloca-se a Évora na esperança de pontuar, repetindo o êxito do ano passado, quando venceu por 17-10, depois de ter perdido na semana passada, em casa, frente ao Montemor.
No entanto, e apesar da excelente vitória frente ao Cascais, os sadinos não têm hoje o poder da época finda, pelo que a vitória dos donos da casa deverá acontecer, consolidando os pontos conquistados perante os mouflons, na segunda jornada, num jogo muito equilibrado.
O Évora terá aqui uma oportunidade de subir na classificação, e não a deverá perder.
Montemor-Lousã
O Montemor, que recebe a Lousã no primeiro de três jogos que vão dar a conhecer a verdadeira capacidade da equipa na 1ª Divisão, beneficia nesta sua subida à Primeirona do fato de não ter que estar preocupado com a descida, o que lhe permite fazer um trabalho de consistência das suas potencialidades, em dois anos, e não no habitual ano de tudo ou nada, das equipas promovidas, e, como já referimos anteriormente, sem que isto queira dizer que se houvesse descida de Divisão este ano, o Montemor estivesse na luta pela fuga a essa despromoção.
Talvez fosse uma boa medida a aplicar nos Nacionais - um campeão nacional em cada ano, mas subidas e descidas só de dois em dois anos, como acontece com os campeonatos do Europeu de Nações, organizados pela FIRA.
Depois de duas vitórias sobre os vizinhos sadinos, uma para a Taça, outra para o Campeonato, os alentejanos parecem capazes de igualar as, à partida, melhores equipas da Divisão – a derrota em Évora não deslustra - e podem beneficiar duma campanha menos feliz dos serranos, que depois da vitória folgada em casa contra o Setúbal, não mais se encontraram, perdendo em Cascais e em casa, frente ao líder.
Foto: CDUP no Facebook
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