11 de novembro de 2013

GARRANOS NA FRENTE COM TEMPERO DA TRADIÇÃO *

*José Silva
Num fim de semana recheado de rugby em Portugal, com a selecção nacional a fazer a sua apresentação na época e com novo treinador, a Segundona apresentou um conjunto de jogos um pouco por todo o país, do Alentejo ao Minho.


E nesta segunda jornada jogaram todas as equipas em prova, cenário que só se repetirá lá para o fim de semana de 22/23 de Fevereiro, já que a ausência de última hora de um dos previstos participantes na Zona Centro/Norte assim o determina.



No jogo maior da jornada os Bravos foram à Aldeia do Rugby “arrancar” uma vitória a ferros enquanto nos outros jogos os resultados não espantaram.

Vamos por partes;


No difícil campo da Moita, Anadia, encontraram-se dois potenciais candidatos aos lugares da Final Four, pelo que foi com alguma expectativa que fomos ver o jogo.
Início bastante confuso, com as duas equipas “a medo”, a estudarem-se mutuamente.
Aos 11’ formação ordenada dentro dos 22 do Guimarães e com uma saída de 3ª linha, bola chega ao “Capitão” que marca o primeiro ensaio da equipa da casa.
O Guimarães tentou por várias vezes converter em pontos algumas faltas dos Bairradinos, mas foram tantos os falhanços que tiveram de mudar de chutador várias vezes ao longo do encontro (converteram 2 em 8).
Nesta fase do jogo foi fácil de ver alguma inexperiência do Guimarães que por mais de uma vez se viu a atacar na ponta com 2x1 e até 3x1, e tomava sempre a opção errada!
A juntar a isso uma Bairrada adormecida, apática, irreconhecível (que diferença de atitude tiveram os Sub-18 no jogo anterior, que apesar de “levarem” um cabaz do Direito, mostraram garra e atitude (e prazer) no campo.
Aos 36 minutos num alinhamento bem perto da linha de meta, bola muito bem lançada para o final do alinhamento onde um poderoso “Bravo” surgiu no “Peel off”, ninguém avançou para o derrubar, e marcou ensaio.
Ao intervalo tudo empatado.
No início da segunda parte o Guimarães tomou as rédeas ao jogo e aos quatro minutos marcou um ensaio após penetração de 40 mts do seu 15, dando ao apoio para marcar na ponta; e na recepção do pontapé de recomeço novo ensaio!
Balde de água fria para os homens da casa.
A partir dai o Bairrada finalmente acordou e aos 20’ nova saída de 3ª linha para o lado fechado, com o 8 a fixar o adversário e oferecer o ensaio fácil ao ponta.
Os Bravos reagiram bem e aos 23’ num pontapé a seguir bem para dentro da área de 22 aproveitaram um pequeno deslize do 15 do Bairrada, para ganhar a bola e marcarem novo ensaio.
Aos 30’ jogada de insistência do Bairrada com um pontapé cruzado de Pedro Heleno a “desmarcar” o ponta, que beneficiou de um ressalto favorável para um bonito ensaio.
Com o Bairrada à distância de um ensaio convertido foram uns 10 minutos finais sufocantes, em que tudo tentaram para vencer um jogo que esteve ao seu alcance.
Jogo muito emotivo, em especial na segunda parte, nem sempre bem jogado; muita luta de parte a parte, boa entrega das equipas.
Foi pena um período de falta de ambição da equipa da casa que deverá ter deixado um amargo de boca bem grande nesta derrota.
Os homens de Guimarães saíram da Moita com um sorriso de satisfação e alívio nos lábios.
Uma nota especial ao árbitro da partida – João Costa, talonador da Académica - que fez uma muito boa arbitragem controlando bem e valorizando ainda mais o jogo.
(apesar de tudo não se percebeu muito bem um episódio de uma conversão da Bairrada que bateu no poste, mas como houve carga antes do tempo, recomeçou o jogo com Penalidade a favor do Bairrada. E será que contou a conversão? – Pelas minhas contas o Bairrada converteu dois e não três pontapés).

O favorito Famalicão teve um final de tarde sossegado, apesar de um assumido mau início de jogo, o que não impediu o avolumar do resultado até aos 7-1 finais em ensaios, o que demonstra a diferença das equipas.
Sem mais informação recebida dos clubes.

As viagens longas começam a fazer efeito nas equipas universitárias e os de Aveiro quiseram ir bater o pé aos Transmontanos só com 18 jogadores incluindo alguns Sub-18 do clube satélite.
Os da casa apresentaram seis suplentes e utilizaram-nos todos.
Segundo informações recebidas os da casa foram mais dominadores em todo o lado, o que o resultado de 5-2 em ensaios comprova.
Vitória da UTAD com ponto bónus, na estreia dos jogos em casa depois da excelente réplica que deram aos Garranos na jornada inaugural. 


 
Estreia difícil do Braga contra o actual Líder (não Oficial, claro) da prova.
Os 10 ensaios encaixados demonstram bem a diferença de ritmo no momento entre as equipas, bem evidente nas fotos do encontro...
 


Fotos: Paulo Roberto, CRAV

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