19 de novembro de 2013

SPORT CLUB DO PORTO CONSOLIDA LIDERANÇA NO INTER REGIONAL FEMININO DE 7'S *

* Álvaro Figueiredo
A quarta etapa do Torneio Inter-Regional de 7’s femininos (TIR) teve lugar no passado Domingo, 17 de Novembro, em Arcos de Valdevez.

O clube da casa, o CRAV, organizou a jornada de forma excepcional, não tendo sido acompanhado pela FPR, que não enviou qualquer delegado nem garantiu a presença dos árbitros no torneio. 

Mais uma vez, tiveram que ser os clubes a organizar entre si as arbitragens, tarefa ingrata para os treinadores mas assumida por quase todos, num esforço louvável em prol do rugby feminino no Norte e Centro do país.


Esta etapa tinha, à partida, alguns moitivo de interesse extra, nomeadamente, se o Sport CP conseguiria reforçar a liderança, se o CRAV e a Agrária confirmariam o crescendo de forma, como iria o Bairrada reagir ao mau resultado da Lousã e
se como iria o RC Lousã comportar-se na série 1, depois das boas indicações que deixou na Série 2. 

O quadro competitivo desta jornada ficou assim repartido em duas séries: a primeira com um grupo A (Sport CP, Bairrada e Tondela) e um grupo B (CRAV, Agrária A e RC Lousã); 
a segunda séria com apenas 1 grupo (Agrária B, Braga e Aveiro). 
O último de cada grupo da série 1 disputou a permanência com os dois primeiros da série 2 e os dois primeiros de cada grupo da série 1, disputaram o acesso à final, em meias-finais.

O torneio começou com o CD Tondela a surpreender e a superiorizar-se ao Sport CP nos momentos iniciais do primeiro jogo, tendo estado em vantagem e obrigando as portuenses a aplicarem-se a fundo para conseguirem dar a volta ao resultado. 
A equipa de Tondela, ainda muito jovem e cheia de potencial, tem progredido de torneio para torneio, no entanto, fruto da inexperiência das suas atletas, não consegue ainda impôr-se e superar-se perante os adversários teoricamente mais fortes.

Assim, o primeiro lugar do grupo A foi decidido no jogo entre o Sport CP e o
Bairrada. 
Neste jogo, Sport CP x Bairrada, a equipa nortenha mostrou-se sempre superior, mesmo tendo perdida a capitã Daniela Correia devido a uma entrada violentíssima, obrigando a atleta do Porto a ser transportada para o hospital com suspeitas de traumatismo cervical, o que, felizmente, não se confirmou. 
O Bairrada também ficou privado da Daniela Andrade, que tal como na Lousã, foi expulsa pela forma como se dirigiu ao árbitro. 
O resultado final de 17-7, não espelha a intensidade do jogo, com muitas emoções à mistura.

O grupo B acolheu três equipas em franca evolução. 
O RC Lousã devido à ausência do RC Caldas, teve que jogar, prematuramente, na série 1, onde a jovem equipa, apesar de forma como tem crescido, não teve argumentos para as duas outras equipas. 
Naturalmente, o CRAV e a Agrária A venceram o RC Lousã, ficando a decisão da classificação do grupo relegada para o último jogo, no qual a equipa minhota bateu a Agrária por 20-0.

Na série 2, o Braga Rugby mostrou ser a equipa mais forte, não perdendo qualquer jogo.

Como na Lousã, o Sport CP encontrou a Agrária e o CRAV defontrou o Bairrada,
nas meias-finais. 
A equipa de Coimbra dificultou ao máximo a tarefa à equipa de Nuno Gramaxo, que fez um mau jogo, mas acabou por perder por 5-15, avançado a equipa do Porto para a final. 
Já o Bairrada impôs-se ao CRAV por 26-0, com a equipa da Moita a não cometer os mesmos erros de há duas semanas. 
A equipa minhota acabou por conquistar o 3º lugar, ao vencer por 22-5 as conimbricenses.

Chegou então o jogo final, com o Sport CP fragilizado pela perda da Deolinda e
algumas emoções mais fortes à mistura devido ao último jogo do grupo A. 
Mas cedo se percebeu que a fragilidade da equipa portuense era aparente, que sem erros defensivos e sem cometerem falta, e bastante assertivas na procura da bola, impediram o Bairrada de jogar. 
Com a Catarina Ribeiro e a Duda a assumirem a organização da equipa, o Sport CP foi convertendo em ensaios o seu domínio do jogo, vencendo a final por 19-0.

Agora segue-se a etapa de Coimbra, com a incógnita constante da presença de árbitros e o Sport CP na liderança da classificação geral, agora com 10 pontos de vantagem sobre a equipa da Moita.





Fotos: Foto Beleza-Arcos / Sport Club do Porto

2 comentários:

Anónimo disse...


Entretanto, a Sul, a jornada de ten's organizada pelo RC Loulé contou apenas com a presença do CR Técnico que, no único jogo disputado, venceu por 81-0.

Prossegue, assim, a lenta agonia do rugby feminino,como dá para ver. Nem ninguém da FPR aparece, não há árbitros designados, nada, um ostracismo como nunca se viu.

E se a Norte as coisas lá vão funcionando, graças à boa vontade dos clubes e dos treinadores, a Sul, onde curiosamente está a maioria das jogadoras com experiência internacional, os níveis de competitividade baixam vertiginosamente...

Daí que não se augure um grande desempenho para o próximo campeonato da Europa FIRA-AER.

A falta de competitividade, a preparação física e mesmo o abandono de algumas jogadoras que se começa a verificar, sem falar da política de terra queimada da FPR, leva a dizer que o rugby feminino está pela hora da morte!

Mas, por onde andam as verbas atribuidas pelo IRB para o rugby feminino? Existe, pelo menos um plano para tentar um (sabemos que quase impossível) apuramento para os Jogos Olímpicos de 2016?

Ou servem para pagar salários ou outras despesas da FPR?

Enfim, muitas e outras questões se poderiam colocar, mas como sempre não há respostas.

Anónimo disse...

Acho que a grande diferença de participação está facto de no Norte se estar a jogar sevens e no Sul, porque a FPR quis fazer a vontade a algumas equipas, jogam Tens. Se no Sul se jogasse sevens estou convencido que haveria mais quorum e mais competição.