12 de setembro de 2013

HEINEKEN CUP E CHALLENGE CUP CHEGAM AO FIM?

Depois de um ano inteiro de negociações entre os clubes ingleses - com os franceses atrelados - e a ERC, a entidade que rege as duas importantes competições de clube da Europa, a Heineken Cup e a Challenge Cup, parece que não foi possível chegar a acordo, sendo esta época a última em que se disputam as ditas competições - pelo menos nos moldes em que as conhecemos.

Mas comecemos pelo princípio - na sequência de um acordo assinado em 2007, e válido até à época que se inicia, as competições europeias assumiram a forma actual e pela qual se tornaram famosas.


No entanto, os clubes ingleses há muito que demonstravam o seu desagrado pela maneira como os negócios estavam a ser conduzidos, com especial destaque para os direitos televisivos.

De tal forma que, com o aproximar do termo do contrato, e dentro dos prazos nele estipulados (em Julho de 2012), os ingleses não só denunciaram o acordo existente - situação que poderia ser revertida, se a ERC alterasse alguns dos seus procedimentos - como fizeram mais e assinaram com a BT um contrato de direitos sobre as transmissões dos seus jogos, incluindo os daquelas competições, declaradamente em oposição ao contrato que a ERC mantinha, e prorrogara, com a Sky Sport.

Claro se torna, ao conhecerem-se os valores envolvidos - o acordo entre a Premiership inglesa e a BT é no valor de 152 milhões de libras esterlinas, pela globalidade dos direitos sobre todos os jogos das equipas inglesas... - que muito provavelmente os interesses desportivos não são o mais importante desta questão...

Mesmo assim, convém realçar que os ingleses, com o apoio dos franceses, querem a redução do número de equipas participantes - para duas competições com 20 equipas em cada uma - e exigem o fim das quotas das equipas célticas, que teriam que passar a ser apuradas, com base no mérito demonstrado em competições nacionais de clube, seguindo o exemplo do que já acontece com a Premiership e com a Top-14.

Atendendo à evolução que aconteceu no rugby irlandês, escocês e galês, isso não será fácil de conseguir, pois exigiria uma profunda alteração do que se passa agora, com um regresso ao passado de que o País de Gales parece ser o mais desejoso - os seus tradicionais e fortes clubes perderam muita importância desde que as equipas "regionais" foram constituídas e gostariam certamente de ver restaurado o antigo sistema com base clubista.

Agora, que foi anunciada a ruptura final das negociações, aguarda-se o próximo passo, e nesse sentido já os sul-africanos se adiantam, querendo uma parte do bolo europeu, mas não será fácil que tal venha a acontecer, já que se sabe que a Super Rugby vai ser alargada, e a sexta franquia dos africanos está desde já garantida.

Restam as equipas da Currie Cup, ou eventualmente novas franquias, mas certamente que nunca seriam constituídas pelos melhores jogadores e serviriam apenas para segundos planos...
Será que os europeus aceitariam isso?

2 comentários:

Anónimo disse...

Amlin Challenge Cup acabar?
Com todo o respeito pelo trabalho que tem feito, e que aprecio e agradeço, mas este post é uma palhaçada!

O que se passa, e é rapidamente verificável através de uma leitura de notícias de sites especializados neste desporto, é um descontentamento por parte dos clubes ingleses e dos clubes franceses acerca da qualificação para A HEINEKEN CUP!E SÓ isso!

Eles não se queixam da Amlin!!

O que acontece é que as equipas da Rabodirect Pro 12 não se qualificam através da classificação final na tabela geral mas sim através da tabela do seu país, ao estilo das conferências do SuperRugby. Isto leva a que haja equipas com lugar cativo na HC... (exactamente como refere "Mesmo assim, convém realçar que os ingleses, com o apoio dos franceses, querem a redução do número de equipas participantes - para duas competições com 20 equipas em cada uma - e exigem o fim das quotas das equipas célticas, que teriam que passar a ser apuradas, com base no mérito demonstrado em competições nacionais de clube, seguindo o exemplo do que já acontece com a Premiership e com a Top-14.")

Depois disso há a questão dos direitos televisivos e etc claro. Mas o grande problema levantado pelos ingleses e pelos franceses é este. E do que tenho visto das notícias a Amlin não está em causa.

Cumprimentos e o resto de um bom trabalho

Manuel Cabral disse...

Nem vou comentar o teu estilo arrogante e que demonstra total ignorância.
Explica-me só como será uma Challenge Cup, ou qualquer outra competição europeia, sem as equipas inglesas e francesas...
Deve ter muitos patrocinadores, muita cobertura televisiva e muitos espectadores no campo...
Simplesmente não será!
E os ingleses e os franceses querem duas competições com 20 equipas em cada uma. Ou seja uma alteração global, envolvendo as duas competições europeias e não apenas uma. (neste momento a HC tem 24 equipas e a ACC 20)

Depois aconselho-te a ler o seguimento deste post e que transcreve o comunicado da ERC...

A propósito, as equipas da Rabo Direct não se qualificam para as competiçõs da ERC pelas classificações dos seus países, pela simples razão que as não disputam...
Leinster, Munster, Ulster e Connacht são equipas regionais irlandesas que apenas participam nas competições transfronteiriças, aliás como os Ospreys, Scarlets, Newport Gwent Dragons e Cardiff Blues, que são equipas regionais e não participam nos campeonatos do País de Gales, ou o Edimburgo ou os Glasgow Warriors da Escócia que também não participam nas competições nacionais, ao contrário do que tu dizes.
E os ingleses e franceses querem acabar com isso.

Para que conste e tu fiques a saber, das 12 equipas da RaboDirect apuram-se 10 para a Heineken Cup (24 equipas) - 3 galesas, 3 irlandesas, 2 escocesas e 2 italianas. Classificam-se ainda as equipas que vencerem a Heineken Cup ou a Amlin Challenge Cup, o que pode aumentar a participação para 12 equipas da RaboDirect. Ou seja, TODAS.
Quanto às equipas inglesas, para a HC, classificam-se as seis primeiras da Premiership, podendo haver mais uma se for a vencedora da Heineken Cup ou da Challenge Cup, enquanto de França se apuram outras seis da Top-14, nos mesmos termos dos ingleses.
Apura-se ainda o vencedor da LV=Cup.
Para a Amlin Challenge Cup qualificam-se as restantes equipas da Aviva Premiership, da Top-14, da RaboDirect, mais quatro italianas, uma romena e este ano uma portuguesa.

Neste contexto nenhuma das competições é viável sem as equipas da Aviva Premiership e da Tops-14 (26 equipas no total)

E uma competição com as equipas remanescentes está, à partida, condenada ao fracasso financeiro - ou seja, não existirá.