* António Henriques
Cinco meses depois da conquista do título de campeão nacional diante do CDUL, Direito voltou ao Jamor para derrotar de novo o seu adversário, agora por 14-8, levando para Monsanto a nona Supertaça da sua história.Tal como uma trabalhadora formiga que labuta a fundo, amealhando no verão para aguentar o duro inverno, também ontem no Jamor Direito aproveitou os primeiros 50 minutos de bom sol para se exibir de molde a construir uma almofada pontual favorável que lhe seria suficiente para resistir, quando o CDUL, sob chuva impiedosa e em jeito de desesperada cigarra, decidiu por fim atacar com todas as suas armas.
Mas aí as condições de bola e terreno já eram adversas para quem queria marcar, ainda por cima quando pela frente deparou com uma equipa defendendo de forma coesa e sem abrir a mínima nesga.
Castigo pesado para os universitários, mas que lhes pode servir de boa lição.
O jogo começou com os campeões nacionais – desfalcados do lesionado capitão Vasco Uva, enquanto no CDUL a maior ausência era a do centro Frederico Oliveira – mostrando mais conjunto e entrosamento, para lá de outra determinação perante universitários encolhidos como que a ver o que o jogo ia dar.
E o jogo dava, para lá do domínio advogado nos alinhamentos – que lhes seria precioso para a obtenção do seu único ensaio –, um n.º 8, Vasco Fragoso Mendes, em grande momento, que à la Kieran Read ia castigando, em demolidoras arrancadas, os adversários que apanhava pela frente (pena foi ter sido pouco apoiado nalgumas dessas cavalgadas...).
Aos 10' VFM galgou uns bons 20 metros e já nos 22 contrários, apesar de bem acompanhado por Luís Sousa, o lance perder-se-ia com a oval a sair pela lateral. Touche perdida pelo CDUL e do ruck decorrente Luís Sousa surgiria a fazer o primeiro da tarde (5-0).
O jogo finalmente equilibrava-se, com Pedro Cabral a favor do vento (15') e Pedro Leal contra (18' e 24') a trocarem penalidades, alargando a vantagem de Direito (11-3).
Só perto da meia hora e depois de nova brilhante cavalgada de VFM (mais uma vez mal apoiado e concluída em falta atacante), o CDUL começou a empurrar o jogo decisivamente para a área de 22 de Direito, onde estacionou largos períodos.
O jogo começou com os campeões nacionais – desfalcados do lesionado capitão Vasco Uva, enquanto no CDUL a maior ausência era a do centro Frederico Oliveira – mostrando mais conjunto e entrosamento, para lá de outra determinação perante universitários encolhidos como que a ver o que o jogo ia dar.
E o jogo dava, para lá do domínio advogado nos alinhamentos – que lhes seria precioso para a obtenção do seu único ensaio –, um n.º 8, Vasco Fragoso Mendes, em grande momento, que à la Kieran Read ia castigando, em demolidoras arrancadas, os adversários que apanhava pela frente (pena foi ter sido pouco apoiado nalgumas dessas cavalgadas...).
Aos 10' VFM galgou uns bons 20 metros e já nos 22 contrários, apesar de bem acompanhado por Luís Sousa, o lance perder-se-ia com a oval a sair pela lateral. Touche perdida pelo CDUL e do ruck decorrente Luís Sousa surgiria a fazer o primeiro da tarde (5-0).
O jogo finalmente equilibrava-se, com Pedro Cabral a favor do vento (15') e Pedro Leal contra (18' e 24') a trocarem penalidades, alargando a vantagem de Direito (11-3).
Só perto da meia hora e depois de nova brilhante cavalgada de VFM (mais uma vez mal apoiado e concluída em falta atacante), o CDUL começou a empurrar o jogo decisivamente para a área de 22 de Direito, onde estacionou largos períodos.
Mas, incompreensivelmente, em duas faltas frente aos postes, quando se esperaria a opção por fáceis pontapés, o capitão Pedro Cabral escolheu, primeiro uma mêlée e na seguinte, Seti Filo não esperou por ninguém para jogar à mão.
Ambos os lances resultariam em nada.
E que falta viriam a fazer esses pontos entregues de mão beijada...
E só com um homem a mais (amarelo a Luís Sousa) o CDUL conseguiria marcar, com o ponta Vasco Navalhinhas a corresponder a uma inteligente solicitação ao pé de Cabral, materializando por fim tanto domínio, para 11-8 ao intervalo.
A abrir a 2.ª parte, aos 48’ uma falta de Carl Murray, que lhe valeu 10' de exclusão – reduzindo por algum tempo a sua equipa a 13 homens, pois Lourenço Machado vira amarelo à beira do intervalo –, permitiu a Pedro Leal alargar para 14-8 a vantagem de Direito.
E ninguém pensaria que estes seriam os derradeiros pontos a serem marcados nesta final.
Foi aí que a chuva resolveu fazer a sua aparição – e de que maneira, pois do céu começou a jorrar um dilúvio sobre o relvado – e a partida mudava por completo.
E só com um homem a mais (amarelo a Luís Sousa) o CDUL conseguiria marcar, com o ponta Vasco Navalhinhas a corresponder a uma inteligente solicitação ao pé de Cabral, materializando por fim tanto domínio, para 11-8 ao intervalo.
A abrir a 2.ª parte, aos 48’ uma falta de Carl Murray, que lhe valeu 10' de exclusão – reduzindo por algum tempo a sua equipa a 13 homens, pois Lourenço Machado vira amarelo à beira do intervalo –, permitiu a Pedro Leal alargar para 14-8 a vantagem de Direito.
E ninguém pensaria que estes seriam os derradeiros pontos a serem marcados nesta final.
Foi aí que a chuva resolveu fazer a sua aparição – e de que maneira, pois do céu começou a jorrar um dilúvio sobre o relvado – e a partida mudava por completo.
Tirando partido do banco mais rico de opções, o novo técnico do CDUL, Damien Steele – que ainda está em adaptação a uma nova realidade… – começou de imediato a rodar a equipa – utilizou todas as oito opções que dispunha contra apenas uma (!) de Direito: lesão de Luís Salema, ainda na 1.ª parte, fez Martim Aguiar fazer entrar Miguel Leal – e com esta injecção de gente fresca o jogo inclinou-se em definitivo para o extremo reduto dos advogados, onde todos os oito homens do pack avançado cumpriram os 80 minutos – o que deve ser caso único no rugby actual e merece que lhes seja tirado um enorme chapeau!
Pedro Cabral falharia aos 61’ uma penalidade daquelas que até de calcanhar se marcam.
Pedro Cabral falharia aos 61’ uma penalidade daquelas que até de calcanhar se marcam.
E mesmo contra 14, por exclusão de António Ferrador, atacando de todo o lado (canal 1, canal 2, canal 3, FOX, AXN,…) o CDUL não mais conseguiria ultrapassar a linha defensiva rival, face à agressiva defesa de Direito que ia obrigando os universitários a largarem bolas em catadupa face às duras placagens que sofriam.
Era chegada a altura em que cada 'turn-over' conquistado pelos homens de Monsanto, seguido de pontapé a afastar o perigo, era saudado pelos adeptos afetos aos advogados como se de um ensaio se tratasse.
E no final mereceram suspirar de alívio e festejar segunda final consecutiva ganha ao poderoso rival, desta feita sem lugar a uma exibição fantástica mas sim à custa de litros de suor e entrega.
Era chegada a altura em que cada 'turn-over' conquistado pelos homens de Monsanto, seguido de pontapé a afastar o perigo, era saudado pelos adeptos afetos aos advogados como se de um ensaio se tratasse.
E no final mereceram suspirar de alívio e festejar segunda final consecutiva ganha ao poderoso rival, desta feita sem lugar a uma exibição fantástica mas sim à custa de litros de suor e entrega.
Em jeito de formiguinha.
Veja o quadro resumo da competição em http://www.historico.maodemestre.com/p/super-taca-resumo.html
Fotos: Rugby Phot Store/António Simões dos Santos e Rugby Photo Store/Aguinaldo Vera-Cruz
Veja o quadro resumo da competição em http://www.historico.maodemestre.com/p/super-taca-resumo.html
Fotos: Rugby Phot Store/António Simões dos Santos e Rugby Photo Store/Aguinaldo Vera-Cruz
4 comentários:
é o normal, da epoca de campeoes para esta de agora perderam homens nos avancados e nunca os substituiram tirando o Seti: Girao,Melim,Coimbra, Junior, Velti, Vasconcelos, Mike Dias, David dos Reis...agora esperam que os Vilaxes da vida dem musculo e rigidez...
Grande jogo do pilar Bruno Raposo!
Grande jogo de DIREITO!!
Sebastião Villax é um dos jogadores que deixa tudo o que tem em campo. UM AUTÊNTICO GUERREIRO.
O comentário de 29 de Setembro é de uma injustiça tremenda, só podendo vir de alguém que não vê o jogo como deve de ser, ou por ser ressabiado ou por não nutrir simpatia por S.Villax.
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