18 de junho de 2012

AS CONTAS DA TAÇA DAS NAÇÕES

Terminou da pior forma a participação portuguesa na Taça das Nações, com a terceira derrota em outros tantos desafios.

Depois de batida pelos Jaguares Argentinos e pelos Emergentes Italianos, os Lobos tinham ontem a possibilidade de se reconciliarem com as vitórias, e fazerem esquecer um ano em que a dominante foram mesmo as derrotas...

Mas não, um Uruguai enfraquecido com a saída de oito dos jogadores que estiveram envolvidos no último Sul Americano em que ficaram na segunda posição logo atrás da Argentina, com uma equipa com uma média de idades de 25 anos e menos de 190 internacionalizações no total, dominou completamente um Portugal com 27 anos de idade média e quase 490 internacionalizações no total.

Ou seja, os cinco portugueses com mais de 50 jogos internacionais realizados por cada um, não foram capazes de suster os sete uruguaios com menos de 10 jogos por cabeça, e, apesar da enorme vantagem de 8 kg por jogador no pack avançado que a equipa lusitana apresentava, quem dominou quase todas as formações, foram os sul americanos.

A derrota de ontem por 7-35, no entanto, não constitui grande surpresa, já que perder com os uruguaios é uma coisa absolutamente normal, pois em oito encontros que se tinham já realizado, Portugal apenas vencera dois - ou seja, a afirmação do presidente da federação que "vamos ter que ganhar a Nations Cup", não foi baseada em factos ou fundamentadas esperanças, não passou de uma bazófia ou declaração de conveniência, e os resultados conseguidos são disso a prova concludente.

Hoje não vamos aprofundar o nosso sofrimento, vamos deixar secar as feridas e ficamos simplesmente com a ficha do jogo, o conjunto dos resultados e a classificação final da Taça das Nações.



Foto: IRB

15 comentários:

Unknown disse...

Provavelmente é tarde demais para termos uma selecção que possa competir para um lugar no próximo Campeonato do Mundo. Os estragos foram enormes. A degradação já estava a vista na campanha do ano passado, mas foi necessário batermos no fundo, com o jogo contra a Ucrânia, para convencer os mais renitentes defensores desta orientação técnica. Estes últimos jogos só vieram confirmar o que era evidente - já era tarde para este género de "experiências".
É necessário aproveitar este intervalo para substituir a equipa técnica, libertando o Pico para a campanha de Sevens onde já demonstrou capacidades.
Não me lembro de uma sucessão de derrotas tão longa. Comparar esta equipa com aquela que enfrentou Tonga, Canada, os EUA!!! Falta coesão, coordenação, convicção... FALTA TUDO! Andamos para trás cinco anos em muito pouco tempo. Só vejo uma pequena hipótese de começarmos de novo a fazer boa figura, em tempo útil para os próximos jogos internacionais- e nem sei se é ainda viável- trazer de volta Murray Henderson, que já conhece grande parte dos jogadores, que nos deixou uma avançada em franca evolução e só não teve mais influência porque o seu campo de acção foi limitado pelo Director Técnico. Para além desta medida de emergência- porque reconheço que é disso que se trata- faço minhas as palavras de João Paulo Bessa no blogue dele.
um abraço David

Anónimo disse...

É inadiável uma "chicotada psicológica" que só tardaria por tardia. A campanha das 6NB foi miserável e lastimável a forma como Errol Brain "destruiu" uma equipa que se batia di igual para igual com Tonga, EUA e Canadá e a transformou numa manta de retalhos que hoje não consegue sequer fazer 3 fases de jogo seguidas, mais parece uma equipa de principiantes tal o número de faltas que comete. A queda no ranking da IRB também não augura nada de bom, com quebra de apoios financeiros e prevalência dos convites futuros para jogos-teste a serem dirigidos para Espanha.
URGENTE, por isso, intervir nomeando nova equipa técnica com capacidade de liderança (inexistente) e que baseie o re-emergir dos Lobos num XV base. Não é possível um país com uma base de atletas de elite tão curta fazer tantas "experiências" de jogo para jogo. O resultado foi a destruição de um modelo de jogo que tanto sucesso estava a trazer aos Lobos. Imperdoável...

Anónimo disse...

É uma pena o que se está a passar. Contudo, chamo a atenção para algo ainda mais importante que temos vindo a perder: o espírito de equipa, a garra e a humildade(em alguns jogadores). Já aqui referiram uma vez, trazer para treinador uma pessoa como Frederico Sousa não faz sentido. Quem jogou Rugby entenderá muito bem ao que me quero referir.

Anónimo disse...

é verdade , quem jogou com ele sem nada receber e o viu nunca virar a cara à luta, outros tempos verdade , conhecido como um guerreiro e com grandes capacidade de liderança por aqueles com quem jogou ou jogam por ele , esses percebem bem , talvez o sue currículo como jogador e treinador te digam alguma coisa , é normal que quem jogou contra ou está do outro lado não gosta , mas do Mourinho também não gostam e ele lá anda a ser o melhor do mundo .

Um abraço Pico , segue em frente porque estás no bom caminho .

Anónimo disse...

É de facto pena tudo isto e tentei escrever aqui algumas linhas do meu pensamento, mas não cabia.

Optei por abrir um tema no forum:
http://maodemestre.forumatic.com/viewtopic.php?f=2&t=26

Penso que o problema não é o Errol Brain (ou pelo menos essa não é a questão central).

Luís Costa

Anónimo disse...

De facto, muito mau! De Lobos não têm nada, de cordeirinhos têm muito! Mas a culpa não é deles, é de quem não lhes consegue transmitir a mistica e honra de jogarem por Portugal!
Rua com Errol Brian, Pico e restante staff tecnico-fisico!
Que saudades dos amadores e portugueses Lobos de 2007!

Anónimo disse...

O problema da selecção é nos ultimos an0s tentarem profissionalizar uma desporto que é impossivel profissionalizar. Acabem com o CNT a ver se os resultados não aparecem logo. Peguem nesse dinheiro e metam mas é os puto bons a jogar lá fora pq é a unica maneira de aprenderem mais qualquer coisa. O nosso camponato é horrivel, não se joga nada, os jogadores cada vez são mais fisicos e menos inteligentes e menos humildes. Rugby em Portugal mão pode deixar de ser um hobby onde quem quer ser melhor tem que o ser por sacrificio e não por dinheiro para ir ao ginásio ou ir treinar.

Anónimo disse...

Deste um exemplo feliz, o Mourinho não era um jogador destacado mas tinha outras qualidade que fizeram e fazem dele o melhor treinador de futebol do muno.O Pico era um jogador de bom nível para o campeonato português mas desde logo se via que não tinha condições e perfil para um dia ser treinador. Um jogador que não comunica que nem se dava ao trabalho de conversar e receber os que chegavam à selecão e ao clube dele, nunca poderia ser um treinador. E mais, para se ser treinador tem que se gerar empatia e tem que existir carisma para isso. Ou se tem ou não se tem. O Pico com certeza que não tem essas qualidades.

Anónimo disse...

Ponham essa malta no ginásio a injectar deca nas nalgas durante 2 ciclos...e tá feito!! é só ganhar jogos!!!

Anónimo disse...

Só existe um caminho, que é fomentar o rugby pelo país. O erro continua a ser a aposta na macrocefalia do rugby nacional. Estes desaires fomentam uma certa desmotivação em meios onde se tem feito um esforço brutal para manter um pequeno clube a funcionar.

Anónimo disse...

Se é preciso fazer um esforço grande para manter um pequeno clube a funcionar é porque na àrea onde ele se insere não há grande interesse pela modalidade, há que ter muito cuidado com populismos , dizer que se quer levar o rugby a todo o País é muito bonito mas depois acontecer como tem acontecido ao ongo dos anos em que se dá material de treino a clubes que depois nem conseguem equipas para competir em detrimento de ajudas a clubes que têm jogadores e equipas e que sobrevivem de maneira muito dificil não faz sentido. Li aqui algures falarem na falta de humildade da maioria dos jogadores podem ter a certeza que esse é sem dúvida um dos problemas, é vê-los nos campeonatos da 7s a malta dos ginásios assim que acabam os jogos vai de tirar as camisolas para se andarem a mostrar , ridiculo, depois a técnica e a imaginação não se trabalham nem se incentivam , é ver os critérios de seleção nas camadas jovens e por peso e altura, alguns vê-se que nem querem ser jogadores que andam ali só por andar e depois pôem de parte grandes jogadores só porque não têm as medidas que eles acham que devem ter.

Anónimo disse...

Quem não conhece bem o Pico e o vê de perto fica com uma ideia errada dele.

Ele é um bom treinador e de bom trato.Tem um belo senso de humor. Fez um bom campeonato europeu de sub 21 em Madrid e a miudagem gostou. Liderou a Academia do GDD, em Monsanto, com muito bons resultados e tinha uma belíssima ligação com os putos.

Ganhou o campeonato Nacional com os Seniores, mantendo o bom trabalho do Daniel Hourcade.

Depois veio o tal presidente desestabilizar ao levá-lo para o Estádio Nacional.

Anónimo disse...

a verdade é que nos ultimos anos o rugby português tem vindo a aumentar, e parece-me ser cada vez mais um desporto apreciado, pelo povo português! creio que não ser ai que reside o problema do rugby nacional, mas sim na falta de qualidade dos dirigentes e equipa técnica que não são capazes de selecionar, e treinar de forma coerente os seus jogadores que indubitavelmente têm aumentado o nivel técnico e fisico pessoal, mas como equipa não jogam! em relação à falta de humildade é uma realidade, mas esse comentário dos 7's roça o ridiculo, é a prova viva que nunca participou num, ou pelo menos nunca deu o litro debaixo de 30º, mas isso é um pormenor que nem sequer tem relevância

Anónimo disse...

Felizmente o Junho este ano não foi quente senão eles não andavam em tronco nu. Andavam era nus...que sacrifício estes torneios de Sevens.

Anónimo disse...

Concordo com o Anónimo das 07:17: "Se é preciso fazer um esforço grande para manter um pequeno clube a funcionar é porque na àrea onde ele se insere não há grande interesse pela modalidade".
Arcos tem 0,7%, a Lousã 0,82% e Coimbra AAC (235) + Agraria (147) 0,27% jogadores/população, 2011).
Lisboa tem 0,106%.
O resto é pior, por exemplo o Porto CDUP (328) + Prazer (42) são 0,029%.