Ao analisarmos os dois calendários propostos pela FPR não conseguimos entender porque se associa a cada uma delas uma data diferente para o início da DH, já que pensamos que o correto é primeiro decidir qual a proposta de organização que será adoptada, para depois se escolher a data de início da competição.
E ainda no capítulo calendário, é incompreensível que na Proposta de calendário associado à proposta B - que, note-se, introduz a norma que durante a campanha internacional as melhores equipas apenas jogam com as mais fracas - a prova seja interrompida durante quatro semanas, em virtude da realização de jogos internacionais...
Com a introdução do calendário condicionado qualquer interrupção deixa de fazer sentido, e é por si só contraditória com o espírito da coisa.
Além disso, sendo esses quatro fins de semana utilizados, a época terminará mais cedo, resolvendo um dos aspetos mais penalizadores da Proposta B.
Em resumo, a Proposta B é sob o nosso ponto de vista a mais adequada, notando-se os seguintes pontos:
1 - O alargamento de oito para 12 equipas não deve ser feito de uma vez só e sim articulado e arrastado no tempo (no máximo de cinco anos) conjuntamente com a 1ª Divisão;
2 - O sistema de pontuação deve ser absolutamente igual para todos os jogos, já que se trata de uma só competição em que todos jogos contra todos;
3 - O calendário deve ser todo corrido, pois os interesses das equipas que fornecem jogadores à seleção nacional, já foram devidamente acautelados com a organização condicionada do calendário.
Finalmente uma nota apenas para dar conta da forte inclinação francófona que leva à proposta de adopção de uma fase eliminatória final semelhante à utilizada em frança, e também de um sistema de pontos de bónus semelhante ao francês.
Esperemos que os clubes se apresentem de uma forma pragmática à reunião de segunda feira, abdicando das posições que defenderam individualmente e concentrando-se no que se encontra em cima da mesa - se assim for, é possível que se estabeleça uma base real para o desenvolvimento simultâneo do rugby regional e do rugby das seleções.
E quanto à Federação Portuguesa de Rugby apenas se exige uma coisa - que não se limite a ouvir o que os clubes lhe vão dizer na segunda feira, mas que leve adiante a proposta que os clubes escolherem, mesmo que o sistema escolhido não seja o seu preferido.
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