27 de junho de 2012

AINDA A PROPÓSITO DAS PROPOSTAS FEDERATIVAS

A importância do tema justifica a insistência no mesmo, e como parece que a reunião que primeiro fora marcada para hoje à tarde foi adiada para segunda feira dia 2 de Julho, vamos avançar um pouco mais na demonstração dos méritos da Proposta B da FPR, já que não é novidade para ninguém, que o Mão de Mestre é frontalmente contra a redução preconizada na Proposta A

Ao analisarmos os dois calendários propostos pela FPR não conseguimos entender porque se associa a cada uma delas uma data diferente para o início da DH, já que pensamos que o correto é primeiro decidir qual a proposta de organização que será adoptada, para depois se escolher a data de início da competição.

E ainda no capítulo calendário, é incompreensível que na Proposta de calendário associado à proposta B  - que, note-se, introduz a norma que durante a campanha internacional as melhores equipas apenas jogam com as mais fracas - a prova seja interrompida durante quatro semanas, em virtude da realização de jogos internacionais...

Com a introdução do calendário condicionado qualquer interrupção deixa de fazer sentido, e é por si só contraditória com o espírito da coisa.

Além disso, sendo esses quatro fins de semana utilizados, a época terminará mais cedo, resolvendo um dos aspetos mais penalizadores da Proposta B.

Em resumo, a Proposta B é sob o nosso ponto de vista a mais adequada, notando-se os seguintes pontos:

1 - O alargamento de oito para 12 equipas não deve ser feito de uma vez só e sim articulado e arrastado no tempo (no máximo de cinco anos) conjuntamente com a 1ª Divisão;
2 - O sistema de pontuação deve ser absolutamente igual para todos os jogos, já que se trata de uma só competição em que todos jogos contra todos;
3 - O calendário deve ser todo corrido, pois os interesses das equipas que fornecem jogadores à seleção nacional, já foram devidamente acautelados com a organização condicionada do calendário.

Finalmente uma nota apenas para dar conta da forte inclinação francófona que leva à proposta de adopção de uma fase eliminatória final semelhante à utilizada em frança, e também de um sistema de pontos de bónus semelhante ao francês.

Esperemos que os clubes se apresentem de uma forma pragmática à reunião de segunda feira, abdicando das posições que defenderam individualmente e concentrando-se no que se encontra em cima da mesa - se assim for, é possível que se estabeleça uma base real para o desenvolvimento simultâneo do rugby regional e do rugby das seleções.

E quanto à Federação Portuguesa de Rugby apenas se exige uma coisa - que não se limite a ouvir o que os clubes lhe vão dizer na segunda feira, mas que leve adiante a proposta que os clubes escolherem, mesmo que o sistema escolhido não seja o seu preferido.

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