10 de setembro de 2015

O MUNDIAL 2015 VISTO DO LADO DE FORA - O GRUPO A *

* Pedro Sousa Ribeiro
O Grupo A, integrado por Austrália, Inglaterra, País de Gales, Fiji e Uruguai, será possivelmente aquele em que a previsão de classificação final será mais incerta.

Retirando o Uruguai, a equipa seguramente mais débil, as outras quatro têm aspirações a obter um posicionamento nos dois primeiros lugares e assim, uma qualificação para os quartos de final.

A Inglaterra, como nação sede do Campeonato do Mundo, aspira certamente ao primeiro lugar do Grupo.
Para isso contará com o apoio do seu público nos três jogos que disputará em Twickenham, a sua casa.


Fez três jogos de preparação, e se os dois primeiros com a França, não deram indicações muito positivas, o terceiro, com a Irlanda, mostrou que a Inglaterra tem uma equipa preparada para alcançar os estágios finais da competição.

O jogo inaugural com Fiji, será certamente um importante teste.
Fiji, que venceu recentemente a Pacific Nations Cup e derrotou claramente o Canadá num encontro de preparação, tem um jogo baseado numa circulação contínua da bola, e vai certamente colocar dificuldades à Inglaterra.

Esta, por seu lado, irá usar a potência do seu bloco de avançados para destroçar a defesa fijiana.
O poder da Inglaterra, com maior ou menor dificuldade, acabará por se impôr.

A Austrália e o País de Gales têm também legítimas esperanças de não se quedarem pela fase de grupos.
A Austrália é sempre um competidor de peso e a sua recente vitória no torneio do hemisfério sul, o Rugby Championship, é um bom indicador da sua condição actual.
Ultrapassada que parece estar a debilidade da sua formação ordenada, manifestada em anos anteriores - mas que se mostrou muito mais sólida nos recentes jogos - a Austrália dispõe de uma terceira linha e de linhas atrasadas que lhe permitem as melhores esperanças.

Por outro lado o País de Gales não foi muito convincente nos jogos de preparação, e no último deles perdeu o seu influente jogador Leigh Halfpenny, o seu chutador habitual, devido a lesão que o manterá afastado por alguns meses...
E ainda a possível ausência, também por lesão, do seu habitual e influente médio de formação, Rhys Webb.
Estas duas baixas constituem uma tremenda perda para a equipa galesa.

Pese embora as aspirações legítimas de Fiji, os jogos entre a Austrália, Inglaterra e País de Gales, todos eles disputados em Twickenham, irão decidir o posicionamento final do Grupo A.
O primeiro dos três jogos, Inglaterra-Pais de Gales no dia 26 de Setembro, será vital para as aspirações da ambas as equipas.
Creio que a Inglaterra se deverá impôr.

O segundo jogo, Austrália-Inglaterra, no dia 3 de Outubro, poderá decidir o primeiro lugar do grupo, e aqui parece que tudo estará em aberto. A Inglaterra irá tentar usar o poder dos seusavancados, sem desprezar a capacidade ofensiva do seu três de trás.
O duelo das duas terceiras linhas na conquista das bolas no chão e a decisão dos dois pares de médios, deverão ser a chave que irá determinar o vencedor.
Sem esquecer os dois chutadores que poderão, também eles, ser decisivos.

No terceiro jogo, Austrália-País de Gales, em 10 de Outubro, poderá ser para os galeses o tudo ou nada.
Mas a desilusão poderá pender para o lado dos galeses o que deixará os nativos do principado num estado depressivo.

Uma palavra para o Uruguai que, alcançado que foi o seu objectivo de participar na fase final do Campeonato do Mundo, tentará impedir que as diferenças pontuais cheguem, em três jogos, aos três dígitos e ter um bom resultado quando defrontar Fiji.



Preparemo-nos para ver emocionantes jogos no grupo A.

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