* Pedro Sousa Ribeiro
A Austrália iniciou a sua participação no Campeonato do Mundo com uma vitória sobre Fiji por 28-13, mas sem no entanto obter o ponto de bónus.
Fiji demonstrou novamente, tal como o havia feito no jogo com a Inglaterra, que pode competir com as equipas do nível 1.
Fiji perdeu logo nos minutos iniciais o seu ponta Waisea Nayacalevu por lesão tendo a Austrália se adiantado no marcador aos 8 minutos através de um pontapé de penalidade de Bernard Foley.
Por volta dos 20 minutos, Fiji teve momentos de grande pressão com dois fortes “driving mauls” tendo como consequência apenas a obtenção de um pontapé de penalidade e os respectivos três pontos.
A Austrália replicou prontamente tendo obtido dois ensaios no espaço de quatro minutos, ambos por David Pocock, o segundo dos quais quando Fiji estava reduzido a 14 jogadores na sequência da suspensão temporária de 10 minutos aplicada ao seu pilar Campese Ma’afu por falta no chão.
Antes do intervalo, que se atingiu com o resultado de 18-3, a Austrália obteve ainda mais três pontos, na conversão de um pontapé de penalidade por Bernard Foley.
Neste primeiro tempo a terceira linha australiana em todo o terreno e Israel Folau lançando vários ataques foram as suas armas mais fortes.
No início da 2a parte a Austrália aumentou a vantagem com um ensaio do pilar Sekope Kepu, mas Fiji replicou com um pontapé de penalidade na sequência de uma melée ganha sob introdução adversária e um ensaio aos 59 minutos pelo seu médio de abertura Ben Volabola.
Nos últimos dez minutos a Austrália teve que jogar com 14 por suspensão temporária de Tevita Kuridrani mas resistiu bem à pressão dos fijianos.
No computo geral pode dizer-se que a Austrália cumpriu parcialmente a sua função mas demonstrou dificuldades em duas áreas de conquista de bola: as “melées“ e os alinhamentos.
Nas primeiras sofreu sempre forte pressão dos fijianos tendo mesmo perdido uma introdução e perdeu três alinhamentos de sua introdução. Antevêem-se dificuldades nestas fases nos próximos e decisivos jogos com a Inglaterra e o País de Gales.
Fiji tem na circulação de bola e principalmente em situações de “off-load” os seus pontos fortes, mas não conseguiu, mesmo assim, ultrapassar a bem organizada defesa australiana muito bem orquestrada por Matt Guiteau.
David Pocock foi a figura do jogo não só pelos dois ensaios marcados mas também por uma contínua e forte presença em todo o jogo.
A aspiração de Fiji de alcançar os quartos de final desvaneceu-se, restando-lhe lutar pelo 3º lugar que permite a qualificação directa para o próximo Campeonato do Mundo.
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