23 de setembro de 2015

FRANÇA-ROMÉNIA - FRANCESES EM SERVIÇOS MÍNIMOS LEVAM BÓNUS *

* Manuel Gaivão
O França - Roménia desta noite terá sido, porventura, o pior jogo do Mundial até ao momento mas a verdade é que os franceses, para além da vitória, asseguraram o ponto de bónus ofensivo.

O jogo começou equilibrado com a Roménia a querer mostrar aos franceses que não estava ali para fazer figura de corpo presente e a conseguir criar algum perigo com um alinhamento a 5 metros da linha de ensaio. 
Todavia, seria a França a primeira a marcar através de uma penalidade convertida por Morgan Parra aos 8 minutos.
Esta seria a primeira de muitas penalidades marcadas por Jaco Peyper ao longo do encontro, fruto de uma certa indisciplina que já tinha caracterizado o jogo da França frente à Itália.

Reagiram os romenos que, a partir de um novo alinhamento nos 5 metros perfuraram a defesa francesa para ver o seu ensaio ser negado (e bem) pelo TMO pois não chegou a haver toque de meta. Mas ficava um aviso para os franceses. 
Ainda assim, a jogada acabaria por dar 3 pontos à Roménia através de penalidade de Vlaicu (20m).

Continuava uma certa tremideira francesa e, depois de um drop tentado e falhado, a Roménia tem uma penalidade a seu favor que lhe poderia ter dado a liderança no marcador. Vlaicu, infeliz, falhou.

E foi então que perto da meia hora de jogo o pilar romeno Ion viu o cartão amarelo por derrube do maul adversário e, num ápice, os franceses marcam dois ensaios junto à linha lateral, o primeiro por Guitoune e o segundo por Nyanga (ambos convertidos por Parra). 
Aos 34 minutos a França, aproveitando a superioridade numérica, pune uma Roménia que até ali tinha sido bastante coreácea.

Até ao intervalo apenas uma nova penalidade convertida por Vlaicu merece destaque. Resultado ao intervalo: 17-6.

Se a primeira parte não tinha sido bem jogada, a segunda não foi melhor. A Roménia mostrou algumas boas iniciativas no ataque mas sempre infrutíferas e defendeu com coragem quando teve de o fazer, enquanto a França, parca de ideias, pouco dinâmica e, por vezes, com uma leitura de jogo deficiente parecia não conseguir ir mais longe.

Contudo, tal como na primeira parte, bastou um período de maior intensidade e criatividade da parte francesa, para surgirem dois ensaios num curto espaço de tempo (67 e 69 minutos) - bis de Guitoune e Fofana a marcarem. 
Parra e depois Kokott transformaram os ensaios e a França, em serviços mínimos, metia o ponto de bónus no bolso.

A Roménia acabava, aos 74 minutos, por ver o seu trabalho recompensado com um ensaio de maul por Valentin Ursace, transformado por Vlaicu. Aos 79m, Fickou marcaria o último ensaio da França, também ele transformado por Kokott, estabelecendo o resultado final em 38-11.

Num jogo em que ambas as equipas erraram muito mas em que a França teria a responsabilidade de não cometer tantos erros, salva-se a eficácia a 100% dos seus chutadores, Parra e Kokott; mas ainda há um caminho longo a percorrer pelos franceses se quiserem ir mais além que os quartos de final.

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