23 de setembro de 2015

ESCÓCIA-JAPÃO - COM 192 PLACAGENS ESCOCESES VENCEM NIPÓNICOS *

* Manuel Cabral
Muita expectativa ao redor deste jogo, especialmente pela vitória do Japão sobre a África do Sul no passado sábado.
Mas a Escócia fez o trabalho de casa, defendeu de forma verdadeiramente notável, e marcou sempre que o Japão cometeu erros ou imprecisões.

Primeiros 10 minutos divididos territorialmente, mas a Escócia aproveitou as duas penalidades concedidas pelo Japão e adiantou-se no marcador para 6-0.

A Escócia não concedeu nenhuma penalidade até aos 11 minutos de jogo, mas quando o fez, ainda no meio campo do Japão, os orientais conquistaram um excelente alinhamento a cinco metros da área dos escoceses, e a partir daí os japoneses conquistaram a bola, e com um maul dinâmico só pararam na área de validação do adversário, com Amanaki Mafi a marcar o ensaio e Ayumu Goromaru a converter.

Entretanto o capitão Greig Laidlaw, herdeiro de um dos nomes mais venerados do rugby escocês, seu tio Roy Laidlaw, continuava a capitalizar em pontos as faltas do Japão, e punha a Escócia de novo na frente com 9-7 no marcador e depois para 12-7 aos 20 minutos.

Aos 23 minutos um amarelo para Kotaro Matsushima colocou o Japão em desvantagem numérica, mas os escoceses não conseguiram capitalizar essa vantagem e foram mesmo os japoneses a estar melhor nesse período.

A equipa nipônica teve então alguns momentos em que as suas vagas ofensivas se sucederam, e desta vez foram os escoceses a defender bem e a evitar o pior.

Já com o contador de tempo no vermelho a Escócia esteve perto de marcar, mas o resultado não sofreu alteração até ao intervalo.

O segundo tempo começou com clara vantagem dos japoneses que puseram a área escocesa em perigo, mas aos 45 minutos a lesão de Mafi foi um enorme rombo na estrutura do Japão.

O Japão converteu nessa altura mais uma penalidade para os 12-10, mas três minutos depois foi a Escócia a aproveitar com uma intercepção um ingénuo passe de um jogador nipónico, e a conseguir o seu primeiro ensaio através do ponta John Hardie, que não foi convertido. 17-10.

Na reposição em jogo o Japão voltou ao ataque e se não conseguiu entrar na área de validação dos escoceses, muito se fica a dever aos sistemáticos foras de jogo da defesa britânica, conseguiu pelo menos a consolação de mais uma penalidade convertida.

Mas foi aqui, aos 53 minutos de jogo que o domínio mudou de mão e a Escócia, por Bennett, voltou a marcar, desta vez no meio dos postes. 24-10.

E foi aos 64 minutos que a Escócia matou o jogo, ao interceptar mais um passe japonês dentro dos seus 22 metros, com Seymour a correr o campo todo e a marcar debaixo dos postes. 
Uma transformação fácil para Laidlaw, e o marcador a mostrar, a 15 minutos do final, uns claros 31-10 favoráveis aos escoceses.

Menos de cinco minutos depois, Mark Bennett bisa, furando uma esburacada desefa do Japão, e o marcador a tomar proporções que se calhar os japoneses não mereciam. 38-10, o ponto bónus ofensivo garantido para a Escócia, com 10 minutos para jogar.

Com o Japão destruído, os escoceses não abrandam, e livres da pressão do resultado, continuaram a jogar e a somar pontos, agora por Russell, com transformação de Laidlaw, para aos 74 minutos fecharem o marcador nuns inesperados 45-10.

Vitória mais que justa da Escócia, dominando um Japão que cometeu demasiados erros que conduziram a este castigo pesado, apesar da sua superioridade territorial.

Muito bem esteve a Escócia, bem melhor que o Japão que por seu lado esteve muito abaixo do que a vitória sobre a África do Sul anunciava.

Nota final para as 104 placagens feitas pelo Japão, e em especial, para as 192 que os escoceses tiveram que fazer, e ainda para o título de Man of the Match para Greig Laidlaw, o capitão escocês, que por sinal bem conhece Kingsholm, já que representa actualmente a equipa de Gloucester.


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