19 de setembro de 2015

INGLATERRA-FIJI - VITÓRIA INGLESA MAS DONOS DA CASA PRECISAM MELHORAR *

* Pedro Sousa Ribeiro
Jogo de abertura do Campeonato do Mundo 2015. Twickenham repleto. 81.000 espectadores . Grande ambiente. Elevada expectativa recaía sobre a Inglaterra. E Fiji, recente vencedora da Pacific Cup, como poderiam resistir ao maior potencial da Inglaterra ?

A primeira parte mostrou uma Inglaterra pouco afoita e , surpreendentemente com dificuldades nas formações ordenadas. 
Fiji com uma defesa muito agressiva, com um excelente jogo no chão, ganhou alguns “ turn-overs”, não deu espaço aos centros ingleses que lhes permitisse perfurar a sua defesa. 
A Inglaterra, depois de ter aberto o marcador com a transformação de um pontapé de penalidade, apenas conseguiu o primeiro ensaio depois de um “driving maul” apos touche, ter obrigado Fiji a conceder um ensaio de penalidade. 
Além dos sete pontos sofridos, o médio de formação de Fiji foi penalizado com um cartão amarelo. Nesse período a Inglaterra alcançou o seu segundo ensaio depois de terem conquistado uma bola num alinhamento com introdução de Fiji e que deu espaço para os seus três quartos desenvolverem uma jogada que possibilitou ao defesa Mike Brown o segundo toque de meta,

Logo apos a sua reentrada em jogo, o médio de formação de Fiji, na sequência de uma formação ordenada, conseguiu num raid individual, atingir a área de validação de Inglaterra e, numa primeira decisão, o árbitro assinalou ensaio. 
Mas, após recurso ao vídeo-árbitro verificou-se que o jogador fijiano havia largado a bola antes do toque de meta. 
E assim o ensaio não foi validado. 

Da formação ordenada sequente, Fiji conquistou a bola, apesar da introdução ter sido inglesa, e obteve o seu único ensaio. Um pontapé cruzado do seu médio de abertura, a bola apanhada no ar pelo seu poderoso ponta Nemani Nadolo já dentro da área de validação, e ensaio.

A primeira parte terminou, sem que a Inglaterra se tenha superiorizado claramente, com o resultado de 18-8.

Na primeira metade da segunda parte o jogo desenvolveu-se de um modo similar à primeira parte. Um pontapé de penalidade para cada lado a diferença pontual manteve-se nos dez pontos. 
Na segunda metade apareceu uma clara superioridade inglesa fruto das substituições efetuadas na sua equipa que proporcionaram uma muito maior capacidade de conquista de terreno. 
Os irmãos Vunipola, foram os maiores contribuintes para essa superioridade da Inglaterra, alem da renovada primeira linha. E apenas nos últimos dez minutos a Inglaterra conseguiu quebrar a resistência de Fiji obtendo dois ensaios, o último dos quais na jogada final, ensaio esse que obrigou também a uma consulta ao vídeo-árbitro.

O resultado final de 35-11 foi um pouco exagerado para Fiji que demonstrou que se pode bater com as equipas de primeiro plano do rugby mundial. 
A sua prestação nas fases estáticas de conquista ( formações ordenadas e alinhamentos ) sofreu grandes melhorias em relação ao passado, quando tinham sempre grandes dificuldades nessas áreas.

Por outro lado a Inglaterra esteve abaixo da exibição no jogo-teste com a Irlanda e terá que melhorar grandemente para enfrentar os dois difíceis adversários que vai ter pela frente no Grupo A.


1 comentário:

Claudio disse...

Tal como nos anos anteriores a diferença entre grandes e médias equipas se faz nos últimos 20 minutos...