19 de junho de 2012

RESCALDO DE UM ANO POUCO DIFERENTE DOS OUTROS

Os últimos 12 meses vão ficar na memória dos portugueses do rugby, pelas oito derrotas sofridas pela seleção nacional de seniores, Os Lobos, em 10 jogos disputados.

Mas a verdade é que tendo sido mau, o ano que agora terminou foi menos mau do que aquele que se seguiu ao Mundial de 2007, quando a nossa seleção realizou sete jogos e apenas venceu um.

E qualquer destes dois anos ficou muito longe dos resultados obtidos após o Mundial de 2003, quando a nossa equipa nacional disputou seis jogos, tendo vencido quatro.

E se formos comparar os resultados obtidos entre os Mundiais de 2003 e 2007, por um lado, e entre 2007 e 2011 por outro, vamos também verificar que as diferenças não são assim tão grandes, pese embora a diferente sorte que tivemos em 2007 e 2011.

Mas para que se entenda melhor o que realmente é o rugby português, vamos agora ver o que se passou nestes nove anos, pós Mundial de 2003, ano a ano.

Repare que medimos os anos sempre entre Julho de um ano e Junho do ano seguinte, com excepção dos anos a seguir aos Mundiais, que consideramos terem início precisamente a seguir ao evento, e que no ano de 2007 não foram considerados os jogos disputados naquele Mundial.




Da análise destes quadros podemos verificar que desde o mundial de 2007, apenas por uma vez o número de vitórias foi superior a metade dos jogos realizados, e isso aconteceu precisamente no primeiro ano em que Errol Brain esteve a frente da nossa equipa (2010-11).

Visto no seu conjunto, talvez se comece a entender que a situação do nosso rugby não é nova, e que não houve um real progresso desde o ano de 2007 a esta parte - ou seja, não se retiraram resultados práticos do boom pós Mundial de França.

Veja estes resultados, pense neles e faça os seus comentários, para que todos possamos partilhar as suas ideias.

40 comentários:

Unknown disse...

Houve uma melhoria significativa no rendimento da selecção nacional durante o período 2009- Junho de 2011, seguido de uma degredação progressiva a partir de então.
Mas não fiamos demasiado nas estatísticas- é evidente a falta de motivação e convicção dos jogadores, a desorganização em campo e a falta de aproveitamento de "experiências" bem sucedidas (Balangué,Beco, Fernandes, Campergue, Rebelo) - é altura de mudar de rota!
Não estou totalmente de acordo, no entanto, com as críticas dirigidas ao trabalho do Pico - que tem tido a dupla responsabilidade de treinar as selecçôes de XV e de sete. O desempenho da selecção de sete, com a integração de novos jogadores, tem sido satisfatório. Penso que o Pico deve continuar exclusivamente com a responsabilidade da equipa de "sevens".
abraço David

Anónimo disse...

Como é possivwl dizer-se isto : O desempenho da selecção de sete, com a integração de novos jogadores, tem sido satisfatório.

Aonde, em q torneio, ou no quê é q foi satisfatória ?! Uma equipa a jogar como se estivesse a jogar XV, resultados miseráveis, aposta sistematica nos mesmos jogadores (cansados e às vezes em véspera de jogos importantes no campeonato nacional), desorganização nas convocatórias ... ...mas acima de tudo , exibições pauperrimas ... ...

como é possivel dizer-se q foi satisfatoria??!!Foi das piores, de longe, dos ultimos anos!

Unknown disse...

Conseguiram qualificar-se como "core team IRB" pela primeira vez, e ficaram em segundo lugar em Lyon no primeiro torneio do Campeonato Europeu atrás de Inglaterra e a frente do Pais de Gales, campeão do mundo em título, da França e da Escócia, que fazem parte do grupo de equipas profissionais que tem entrada directa nos torneios da IRB.
Acho que é tudo menos desprezível! Não se deve esquecer que todas as outras equipas participantes evoluiram de forma espectacular - Espanha, p.ex.
abraço David

Anónimo disse...

o problema é exatamente esse: a falta de progresso!
seria natural que a maior experiência internacional, o aumento de recursos (sempre escassos) que existiu, e a maior exposição intrenacional dos Lobos (ex: janelas de novembro e junho) ficassem visiveis nos resultados. E assim foi até dada altura: Tonga, EUA e Canada. Mas depois começou a ser visivel o desnorte. A degradação, infelizmente, é também extensível aos VII não obstante a qualificação para as world series, devida sobretudo à categoria individual de alguns jogadores e não à qualidade do coaching pois é visível a ausência de qualquer plano/padrão de jogo nos "Linces".
é urgente mudar de rumo e isso começa por uma "chicotada psicológica" antes de começarem as campanhas do mundial e as world series. Precisa-se liderança serena no banco dos Lobos e dos Linces.

Anónimo disse...

Só mesmo quem não se deu ao trabalho de ir aos dois torneios até agora disputados pode achar que há mais para além dos 15 ou 16 jogadores que habitualmente vão aos 7s, tirando os habituais do belém, o Sérgio Franco e o velti não vi mais nenhum jogador que se destacasse pela positiva. claro que mesmo assim acho uma vergonha os técnicos da FPR não estarem nos torneios a observar jogadores

Anónimo disse...

Observar o quê? Torneios de pouquíssima qualidade, que nem para treino servem. Seria uma perda de tempo.

Manuel Cabral disse...

Só para esclarecer que esta foi a primeira vez que houve um "concurso" para Core Team - até agora as equipas residentes eram escolhidas pela IRB, nem sempre com critérios claros...

Anónimo disse...

-Há seleções no 6NB que exportam jogadores às dezenas para campeonatos profissionais (Georgia por exemplo, e Roménia hoje muito menos).
-Há seleções no 6NB que têm campeonatos internos profissionais (Russia e no caso da Roménia as melhores 4 ou 5 equipas são tambem practicamente profissionais)
-Há seleções no 6NB que têm todos os anos uma equipa a competir na Amlin Cup (no caso da Romenia com uma seleção dos melhores jogadores a jogar na Romenia e no caso da Espanha umas vezes um clube outras vezes com o mesmo formato da Roménia).

Depois há Portugal que nuns casos por não poder, noutros por não querer, não faz nada do descrito acima e ficamos muito admirados por cada vez estarmos mais longe da elite.

Anónimo disse...

não é só observar estes torneios, é alargar as chamadas para estágios e treinos, não trabalhar sempre com os mesmo, é observar os treinos dos clubes, é organizarem-se.Quanto ao apuramento para "residentes, é atirar areia para os olhos dos incautos, pela razão que todos sabemos e que o M.C. refere.
Todos vimos pela tv a falta de plano de jogo, o amontoado que os nossos jogadores eram nos jogos enquanto QUALQUER outra equipa, mesmo as mais fracas, se dispunham no terreno como equipa organizada para esta variante.E isso é culpa de quem ?

Anónimo disse...

Penso que tendo boa ou má qualidade, os torneios de 7's nacionais refletem o nosso nível, e por isso é ou deveria ser obrigação dos treinadores nacionais estarem presentes em todas as etapas, afinal são pagos para isso. Para além disso, se os mesmos estivessem presentes, e usassem os mesmos para escolher as suas equipas, provavelmente os jogadores com potencial para esta variante estariam mais dispostos a participar nas mesmas.
Por ultimo uma questão que ainda não vi debatida no mão de mestre, que prende-se com o tamanho da nossa época. A mesma começou em Stembro e vai terminar só no fim de Junho. Ora, se tivermos em conta que os nossos jogadores não são profissionais, não tem acesso a bons serviços de fisioterapia e recuperação, veremos que continuando com o mesmo modelo, muito brevemente os jogadores começarão a estourar. Aliás como se viu no fim desta época, em que vários dos nossos melhores jogadores, apresentaram-se muitos furos abaixo, francamente camsados, fartos ou lesionados

Anónimo disse...

pelos vistos no passado fomos campeões do mundo e eu nunca percebi , e quanto a jogarmos melhor também nunca percebi devo andar detraído à muito tempo .

talvez agora a selecção é para desenvolver jogadores aos clubes , pelo que percebo é para jogar os melhores , não os supostos que se acham e depois andam aqui a tentar denegrir tudo e todos , os ressabiados do costume que se escondem no anonimato .

Anónimo disse...

Vou introduzir aqui um outro ponto que penso que ainda ninguém abordou com propriedade e profundidade. Refiro-me ao perfil do jogador de rugby português. De nada adianta estarmos a discutir se o melhor será os jogadores jogarem em campeonatos mais fortes no exterior ou se o melhor será tornar o nosso campeonato mais competitivo e com mais "profissionalismo". A questão que se tem que fazer é a seguinte: a grande maioria dos jogadores que hoje actuam no nosso campeonato querem isso? Estão dispostos a isso? Tenho a certeza que existe uma minoria que poderá estar disposta a apostar numa carreira mais a sério no rugby (um número bem limitado) mas os outros (mesmo alguns que hoje jogam nas selecções) não estão minimamente dispostos a isso. Não se trata apenas das condições que possam ou não existir. Mesmo que se pague um salário razoável muitos não trocariam a carreira profissional para a qual estudaram por uma experiência num clube estrangeiro longe de Lisboa, longe da namorada, da família, dos amigos e das discotecas. Como outros não estão dispostos a mais jogos a sério, mais treinos a sério e a mais empenho. Para muitos jogadores, estão bom como está.
O rugby em Portugal ainda é um desporto de "meninos". Ou seja, geralmente são atletas que têm boa estrutura familiar e razoáveis condições de vida. O rugby é um complemento da sua vida académica, profissional e social. Não é uma prioridade. Quando escrevo "meninos" é neste sentido, não quero nunca desvalorizar o trabalho e empenho de muitos jogadores portugueses que sacrificam bastante a sua vida para se dedicarem ao rugby. Contudo, mesmo com esse empenho, para quase nenhum o rugby é a prioridade na vida e, no caso de muitos, nem querem que venha a ser. Quantos atletas portugueses estariam dispostos a fazer o que fazem muitos dos estrangeiros que estão em Portugal? Os argentinos, romenos, sul-africanos etc que embarcam numa experiência em outro país (mesmo com um nível baixo de rugby) com o sonho de se tornarem profissionais de rugby? Quantos? Alguns que o tentaram fazer, voltaram rapidamente a Portugal.
É preciso trabalhar-se a mentalidade dos nossos jogadores e saber-se para onde se pode caminhar. A verdade é que, hoje em dia, não há qualquer expectativa de carreira para os jogadores que jogam em Portugal. É apenas um hobby mais a sério. É preciso investir-se na ida dos melhores para campeonatos competitivos. Esses é que poderão provar se será ou não possível os portugueses levarem os rugby a sério e ter uma carreira. Poderão ser o exemplo para outros. Hoje em dia, quem começa no rugby sabe que o melhor que lhe pode acontecer é jogar a titular numa equipa portuguesa num campeonato fraquissimo e ter umas idas à selecção (que está a ficar com um nível ainda mais fraco que há uns anos atrás). O que se quer do rugby em Portugal? É essa a questão chave. No caminho que estamos, irá continuar a ser apenas um hobby para um conjunto de atletas que se divertem com o jogo. O que não é nada mau..Mas é isso que se pretende? Chega? Para isso não é preciso nem investir o que se tem investido...

Anónimo disse...

Em vez de se pagar 800 euros a uns 30 jogadores (que continuam a trabalhar a tempo inteiro nos seus empregos), acho que se devia tentar profissionalizar um grupo menor (15?) pagando-lhes mais (1500 euros?) e exigindo-lhes dedicação inteira ao rugby (exceptuando os estudantes que teriam que ter um estatuto próprio e que ganhariam menos).
Esse grupo seria completado com uma meia dúzia dos que quisessem continuar amadores mas mesmo assim conseguissem jogar a bom nível e com os luso-descendentes.

Anónimo disse...

Boa analise do perfil do jogador Português, a juntar a isso o perfil de muitos clubes que é identico.

Anónimo disse...

nao são 30 jogadores e nao sao 800 euros

Anónimo disse...

Então quantos são?

Anónimo disse...

Não são 30, quantos são?
Não são 800 euros, quanto é?

Anónimo disse...

Apenas como sugestão, porque não se pega na exposição feita pelo anónimo "19 de Junho de 2012 23:41" e se tenta discutir os pontos apresentados? Parece-me fundamental e uma forma de se tentar começar a construir "a casa pela base".

Anónimo disse...

Gostei de ler o "Anónimo 19 de Junho de 2012 23:41", pois coloca alguns aspectos essenciais. Comungo da ideia que falta uma mentalidade profissional em Portugal (em geral).

Poucos são os que encaram o rugby como uma futura profissão. A vida de um jogador de rugby profissional tem exigências que poucos estão dispostos a suportar. Especialmente ao nível dos grandes clubes. Ainda há dias, no forum, dei o exemplo do Victor Gresev, duas vezes o melhor jogador em campo no mundial, considerado o melhor jogador russo produto do seu rugby, que foi para os London Wasps e que fracassou redondamente. Não tinha o ritmo necessário, nem a mentalidade exigida. Jogou um jogo na Anglo Welsh Cup, menos do que qualquer jovem da academia (nem para a equipa B serviu). Não se espere ir para os grandes clubes sem assumir o profissionalismo por inteiro, sem estar preparado para "morrer" em campo (nos treinos e nos jogos). Em equipas de segunda linha (como o Narbonne) há mais possibilidades, até porque as academias são mais fracas, mas não deixa de ser um desafio de adaptação.

A mentalidade de guerreiro da equipa de 2007 tem vindo a desaparecer, mas também já não chega, quando o rugby evolui grandemente de ano para ano. Já não chega o "amadorismo" valente de então.

A profissionalização avança por todo o lado. As equipas técnicas nacionais já não importam só o head coach, mas os adjuntos adequados às necessidades de desenvolvimento. Veja-se o trabalho do Neil Kelly na Roménia desde o início do ano. Na Nations Cup vimos pela primeira vez a Roménia com um jogo de qualidade das linhas atrasadas - muito má notícia para nós. O Lynn Howells para aceitar liderar a Roménia, exigiu o Neil Kelly - que com ele tinha trabalhado no Doncaster -, porque quem por lá existia não tinha conhecimento do trabalho técnico ao mais alto nível, e era essencial mudar a maneira de jogar da Roménia.

Nós, amadores, contratámos um treinador reconhecido, tudo bem, mais um preparador físico desconhecido, gostaria de saber porquê, e não temos nenhum especialista de nível internacional em áreas para nós essenciais como a formação ordenada e as linhas atrasadas. Depois queremos milagres.

Depois há aquele problema que tantas vezes o João Paulo Bessa gosta de levantar: a falta de competividade do nosso nacional. Há que ter a coragem de assumir que a Divisão de Honra, neste momento, tem de ser reduzida para seis equipas. A competividade não de treina.

E devemos começar a preparar-nos para a nova perspectiva de uma terceira competição europeia de clubes para os países da "2ª divisão".

Se não mudamos, seremos passados pela Bélgica, Ucrânia, Chile, e por ai fora.

Luis Costa

Anónimo disse...

Em muitos desportos em Portugal, há atletas que não sendo profissionais, treinam muito mais do que qualquer jogador de Rugby. Penso que o profissionalismo não é o cerne da questão. Desde muito cedo, independentemente do nível, há por esse país fora criança, jovens e adultos que treinam diariamente várias horas e alguns bidiariamente, sem receberem um tostão. Têm trabalhos ou estudam, tal como os jogadores de rugby. Muitos deles nunca serão nada a nível nacional mas mesmo assim treinam. É ir ao Estádio Nacional ou ao Estádio Universitário em Lisboa e ver e ouvir os atletas veteranos que lá nadam a correr. É só perguntar a um miúdo da natação ou do triatlo quantas vezes por semana ele treina e qual é o seu estilo de vida. Treinam porqwue é a cultura do seu desporto, porque os treinadores assim o exigem e porque gostam ou aprendem a gostar. Após muitos anos do meu tempo de jogador, a realidade mudou muito pouco. Estou 100% de acordo com a análise do jogador Português, efectuada pelo anónimo do dia 19 de Junho de 2012, 23:41.Era assim no meu tempo (há mais de 22 anos atrás)e continua a ser assim , mais coisa menos coisa. Não é forçosamente mau que assim seja.Há sempre lugar para o desporto para todos, de cariz recreativo e social. Agora, há que ter consciência que a maioria dos rugbistas em Portugal treinam muito pouco e têm um estilo de vida (repouso, alimentação,consumos de álcool, tabaco, etc.)incompatível com o alto rendimento. Está estudado que,idealmente, são necessárias 10000 horas de treino para se formar um atleta de élite ao longo de um período de 10 anos. Se fizermos as contas, ficamos com uma ideia de quão longe estamos dessa realidade. É legítimo ter ambições expectativas mas tem de existir coerência entre aquelas e a prática do dia a dia, sob pena da acumulação da frustação.Não se podem fazer omeletes sem ovos.

Henrique Jónatas

Anónimo disse...

Finalmente vejo alguém com a minha opinião em relação ao rugby em Portugal e que apresenta a mesma solução do que eu. Como disse no Post sobre os resultados da nation cup o rugby em Portugal não pode deixar de ser um hobby, e não é por profissionalizar 15 jogadores ou 30 que vai mudar. Esses 15 jogadores se quiserem ser profissionais que sejam por sacrificio próprio e não por dinheiro da FPR. è impensável o grupo da selecção estar fechado a jogadores do CNT (na teoria não está, mas quem não recebe não treina o mesmo por tanto os treinadores como não têm coragem, metem logo esse de parte pq o outro treina mais entao merece mais, mesmo que seja pior). O sacrificio que fazem hoje em dia não é por "amor" ao rugby mas sim pq são obrigados pelos contratos que fazem com o CNT. Rasguem estes contratos e depois a ver se continuam a ir todos ao ginásio e a treinar 2 vezes por dia.
O problema da selecção e das equpas para os jogadores neste momento é não receberem ou pq o kit de treino não e iro ou pq só têm 2 fisios ou o balnerario não tem jacuzi. Isto não e rugby mas sim jogadores poucos humildes.

Anónimo disse...

é ridículo o conjunto de respostas aqui , o nível do rugby em Portugal tem sido semelhante nesta década , houve um acréscimo no início e depois têm-se mantido , dizer como anda aqui que antes é que era bom não faz sentido . Os problemas são os mesmos , falta de competitividade no campeonato nacional , falta de jogadores , falta de infra-estruturas na maioria dos clubes , falta de dinheiro , a base é a mesma . Fomos a um campeonato do mundo , em que nos apurámos à última sempre com resultados de 1 ponto ( Rússia , Marrocos , Uruguai ) , chegamos ao mundial perdemos todos os jogos ( um por mais de 100 ) não se cumpriu os objectivos mas como cantámos o hino e chorámos ficámos satisfeitos , segui-se um outro apuramento com a maioria das caras , mais dinheiro aplicado , mesma equipa técnica e nunca antes tanta profundidade nos avançados e 3/4 , com diversas naturalizações , e com a equipa na sua maioria sediada em Lisboa , qual foi o resultado foi um 4 ou 5 lugar .

Nada tem a ver com contratos , nem com jogadores do cnt ou fora , até porque não existem tantos jogadores assim , os clubes têm que trabalhar mais e melhor , os jogadores todos iguais .

Anónimo disse...

Eu comcordo, o nível é bem pior de ano para ano, aposta-se na evolução fisica dos jogadores e esquecem-se que também é preciso saber o que fazer e como fazer dentro de campo. Vimo-nos aflitos para ser apurados para o Mundial e foi sempre com resultados apertados???? Pois foi mas agora nem por resultados apertados conseguimos perder são jogos que nem perto conseguimos chegar, ficaram contentes por terem ganho o apuramento para residentes dos 7s??? claro que é bom1 Mas não esquecer do penúltimo Mundial em que ficámos em 10 ligar.

Diogo Real disse...

Então acaba por dar razão aos restantes no que toca ao aumento do trabalho dos jogadores. (Dias de treino, horas de treino, individual e colectivo) Os jogadores da selecção não se tornam melhores só por um punhado treinar mais e melhor, tem de ser por um todo, de modo a que a competitividade exista e o nível médio suba no seu todo. Caso contrário não adianta muito ter meia dúzia de jogadores a treinar muito, pois quando chegam aos jogos, não existem adversários e colegas de equipa com nível competitivo suficiente no que toca ás várias componentes do desporto em causa (Técnica, física, variáveis de jogo, velocidade, pressão, etc). Ficamos na mesma, apenas com melhor condição física.

Abraços

Anónimo disse...

Portugal não regrediu. Os outros é que se desenvolveram e evoluiram muito mais que Portugal. As seleções nossas adversárias são cada vez mais profissionais a todos os niveis, têm cada vez mais jogadores a jogar nas melhores competiçoes profissionais de França, Inglaterra etc.

Portugal não andou para tras, andou foi mais devagar que os adversarios e por isso o fosso aumentou.

Anónimo disse...

aqui está o verdadeiro cerne da questao!

O rugby em Portugal de facto evoluiu, apesar de nestes ultimos 2 anos a competição nacional interna ter perdido alguma qualidade.
O problema é que os outros paises estão a investir muito mais do que nós pq têm mais dinheiro e isso faz toda a diferença.

Anónimo disse...

Apoiado, como sempre o problema que a FPR recusa resolver é o nível médio do Rugby em Portugal no Geral, enquanto não deixarem de olhar para a Selecção e para os "meninos bonitos" do Rugby a coisa não vai começar a melhor. Começar, porque isto é um trabalho para 5 a 10 anos e não de um ano para o outro é preciso é começar a faze-lo.

Anónimo disse...

Dinheiro e não só. A mentalidade dos jogadores tambem conta. Enquanto em Portugal a esmagadora maioria dos jogadores leva o Rugby como hobby, em países como a Roménia e principalmente a Georgia os miudos quando começam a jogar têm como objectivo e sonho tornar-se profissionais e jogar nos campeonatos franceses como os seus idolos (Gorgodze, Zirakashvili, Kubriashvili etc etc)

Anónimo disse...

o seleccionador nacional tem que ser o João Paulo bessa, vão ver como os resultados sobem e muito rapidamente. É a única forma de irmos ao Mundial.

Anónimo disse...

O Head Coach líder da Roménia não é galés mas sim Romeno e apoiado por um ex jogador da linha da frente. o tal galés é treinador adjunto.

Anónimo disse...

o único comentário com sentido! Parabéns!

Anónimo disse...

Eu continuo a achar que é preciso avaliar os resultados do CNT e tentar novas soluções. Se um jogador não quer ser profissional está no seu direito, não há nada a criticar, mas fará sentido pagar-lhe?

Por outro lado, leio que o dinheiro da FIRA (?) - que eu saiba a FIRA organiza cursos de formação, estágios e torneios, mas não dá dinheiro às federações - e da IRB deveria ser utilizado nisto ou naquilo em vez de ir para as selecções.

Quem souber mais destes assuntos que me corrija, mas a ideia que eu tenho é que a IRB dá dinheiro às federações de acordo com os resultados das selecções de XV e, em muito menor grau, das selecções de sevens. Se os resultados do nosso XV continuarem a ser muito fracos, vamos deixar de receber o que quer que seja. Ou seja, a questão para onde é que deve ir o dinheiro nem sequer se vai por.

Anónimo disse...

Leiam o CV do joão Paulo Bessa como treinador da selecção e deixem-se bitaites estúpidos. Faz lembrar certos políticos. É só teoria. Pratica zero.

Anónimo disse...

O amigo anónimo "21 de Junho de 2012 19:38" devia perceber um pouco mais de organização técnica de uma equipa de rugby. Por um lado não disse que o Lynn Howells era o head coach, disse que liderava a equipa. Por outro lado, a Roménia está organizada no modelo inglês, e nesse modelo quem lidera a equipa técnica é o "Director of Rugby", que corresponde ao "Manager" no futebol inglês. O Hari Dumitras faz o papel que o Carlos Queirós fazia no United, não lidera a equipa técnica. Referi que já não basta importar um "head coach" por que foi o que fizemos.

Luís Costa

Anónimo disse...

Não sejas rídiculo e respeita quem sempre assumiu as suas posições.
Se não gostas, não leias o blog dele.
António Martins

Anónimo disse...

Calma, vamos lá voltar ao essencial: a questão não é dificil de entender. Só há 3 níveis de rugby, em qualquer país: rugby escolar, competição interna, alta competição internacional. Por mais voltas que se dê, chegamos sempre a esta conclusão. O problema em Portugal é que todos estes níveis estão sob alçada da FPR que não tem vocação nem dinheiro para acorrer a cada especificidade. Fala-se aqui de Inglaterra... mas em Inglaterra(ou melhor, em qualquer país da Comunidade Britânica, leia-se ex-colónias) qualquer escola tem 7 equipas, desde os S-12 aos S-19, equipas de representação e o diabo a 4. Qualquer pub tem uma equipa ou mais de rugby. Nas forças armadas há mais de 20 equipas... esta é que é a base! E nós? Temos a festa do Nestum escolas, uma vez por ano... É preciso dizer mais alguma coisa? Há algum clube português que consiga dar qualidade e perpectivas de futuro a uma base de 60 ou mais S12 e outros tantos S-14, por exemplo? Depois, no outro nível: tudo o que está a baixo do Level 4 (imaginem 8 divisões de séniores!!!) nem sequer passa pela RFU. É tudo considerado Community Rugby e lá têm as suas próprias associações e governo, que passa muito por organização regional/distrital. Para cima do nível 4 aí sim, entra a poderosa RFU. Imaginem 4 divisões de séniores em que apenas esse mesmo nível corresponde talvez às capacidades de alguns dos nossos clubes DH, treinadores, árbitros, etc. Do 3 para cima já só há profissionais ou estudantes com "estatuto de alta competição" que podem faltar ao trabalho/escola e têm épocas especiais de avaliação, a partir daqui já nem sequer sonhamos como é e ainda faltam 3, antes do ELITE!

Por isso: para que querem tanto dinheiro para a construção de um CNT se somos tão poucos? Faz lembrar o dinheiro gasto em pavilhões desportivos e piscinas por esses municípios que nem chegam a ter 2.000 habitantes! Invistam na porra do desporto escolar, para isso é que é preciso o Governo! Quando nos baterem à porta 20.000 miúdos por ano, aí sim, pensem no passo seguinte!

Para os crescidos? Ou se constroi a Região Ibérica de Rugby ou a Comunidade Mediterrânica ou qualquer outra coisa que tenha substrato! Se não, continuaremos a fazer omoletes com ovos de codorniz e a jogar com equipas que as fazem com ovos de avestruz!!

E o futsal ainda está dentro da FPF... esperem só até ter uma Federação própria! Diz que está para breve...

Anónimo disse...

Quando a Geórgia se começou a distanciar das outras equipas do ENC tinha... 14 equipas séniores. A Roménia e o Uruguai têm menos do que nós. Por outro lado, a Holanda tem incomparavelmente mais e os resultados deles são os que são.
Massificação, sim, sem dúvida, indispensável até, mas daí até ficarmos à espera de milhares de miúdos por ano antes de fazermos algo a nível de alta competição vai uma certa diferença. E se as selecções não tiverem bons resultados a que propósito é que milhares de miúdos todos os anos se vão interessar pelo rugby?

Unknown disse...

A troca de ideias tem sido interessante, mas parece na discussão de opções estratégicas ficou perdida a necessidade premente de agirmos para salvar o que resta da reputação adquirida a custo pelo rugby português ao longo dos últimos anos. Será que ainda vamos a tempo com os jogadores que temos para qualificar para o Campeonato do Mundo de XV? Penso que sim. Mas só com uma mudança de rumo. Será que o presidente da FPR tenm vontade e capacidade de tomar as decisões necessárias? A recente entrevista levantou algumas esperanças...
abraço David

Anónimo disse...

Mas porque é que se continua a falar em Ligas Ibéricas????

O ex selecionador Regis Sonnes da Espanha admitiu o ano passado que convocava pouquissimos jogadores do campeonato espanhol pois o nivel era fraquissimo e não preparava os jogadores para o rugby internacional.

Os melhores jogadores espanhois jogam fora de espanha: sempere, nava, recuerda, insasuti, jesus moreno etc e o resto é franceses de origem espanhola e naturalizados. E até os naturalizados se foram embora de Espanha : Gurgenadze, hutchinson (este ano), tom parker (este ano) e federico negrillo foram todos transferido para frança.

E nao é so os seniores. Todos os anos saem de espanha para frança vários jovens para as categorias de reichels e espoirs de equipas francesas.

E ja nem falo na crise economica que afecta Portugal e Espanha...

Entao porque se continua a falar de ligas ibericas? Para juntar a medicriodade à medriocridade?

Anónimo disse...

Nesta trocas de ideias sempre se pode tirar variadas ideias, e talvez inumeras soluçoes, ou algo que ajude para tal, mas a verdade é que o trabalho que tem de ser feito nao se verá o resultado na proxima época, e talvez nem na seguinte, demoramos varios anos a evoluir o nosso rugby , e sim conseguimos, evoluimos taco a taco com outras seleçoes, o problema foi que de á um tempo para cá, estagnámos, a evoluçao foi cada vez mais lenta, por seu lado as outras seleçoes continuaram a evoluir rapidamente,á uns tempos falavam do Brasil que ainda nao chegava aos pés de Portugal, posso até concordar com isso, mas por este andar vao ultrapassar-nos muito em breve, porque o seu rugby está em franca evoluçao,custa-me dizer isto, custa muito, porque por mais clubistas que possamos ser, Portugal é Portugal, é da mesma maneira que vejo ainda antes dos jogos começarem, queixas que jogadores do clube A ou B nao foram chamados e os jogadores C ou D foram, se lá estao, acredito e espero que consigam dar tudo, depois dos jogos é que se fazem rescaldos, nao antes, porque jogador A ou B sao melhores, isto porque nao quero entrar com nomes nem com clubes, porque nao sei se serei o unico com esta opiniao, mas ao longo da época , ja me fartei de ver esses comentários aqui !! Se á alguem que deveria por os olhos nas opinioes que foram aqui escritas seria alguem da federaçao, porque sinceramente........ o mal já esta feito, e pouco ou nada poderam fazer para o agravar !!!! E poderiam retirar algo importante, ou pelo menos muito importante, que realmente ha um grupo de pessoas que se preocupam com o bem- estar do "NOSSO" rugby e tentam encontrar/discutir soluçoes, algo que quem esta na poltrona da direçao deveria fazer !! Eu quero ver Portugal no próximo mundial, agora sejamos francos, por este andar.......... ainda vamos bem longe !! Agradeço a troca de ideias porque pelo menos assim sempre temos outros pontos de vista e acima de tudo até pode ser que alguem de aqui um saltinho e tire umas ideias !! Bem haja T.L