OS BARBARIANS ESTÃO MERGULHADOS EM HISTÓRIA E TRADIÇÃO

O jogo de hoje não vai fazer esquecer aquele outro encontro, em 1973, que ficou para a história com um maravilhoso ensaio de Gareth Edwards, mas pode – e todos nós esperamos que seja assim – ficar para a história com outros grandes momentos.

1972-73 All Black em visita às Ilhas Britânicas e França. Depois de uma jogada em que se viu a bola passar pelas mãos de quase todos os jogadores Barbarians, depois de Phil Bennet ter dado um baile, dentro dos seus 22 metros, Gareth Edwards marcou no canto da área de validação.
É por causa deste ensaio, que o Rugby se joga no Paraíso.

 
Para que isso possa acontecer, a escolha para o centro do ataque dos Barbarians, que vai cair em cima dos All Blacks, recaiu num jovem de 23 anos, mas já com um invejável currículo internacional, jogando por Gales e pelos British & Irish Lions, Jamie Roberts, que vai estar acompanhado, apenas!, de Matt Giteau, Bryan Habana, Jaque Fourie, Joe Rokocoko e Drew Mitchell.

”O público vai estar lá para se divertir, e felizmente nós podemos fazer com que isso aconteça”, foram as palavras do jovem galês, que abrem uma porta de esperança para um grande jogo de Rugby.

O responsável por pôr esta máquina a funcionar é Fourie du Preez, médio de formação dos Springboks, e os avançados, onde se destaca o “novato” W.P. Nel, único jogador não internacional, como é tradição nas equipas Barbarians, vão para campo comandados por Victor Matfield, que estará na segunda linha acompanhado pelo italiano Carlo del Fava, enquanto na 3ª linha, Rocky Elsom, Schalk Burger e George Smith, vão preparar a plataforma para os assaltos dos Barbarians.

Para completar a equipa outro italiano, Salvatore Perugini, enquanto a talonagem fica com Bismarck du Plessis.

Duas curiosidades nesta equipa: a presença contra os seus habituais companheiros de seleção, do neo-zelândes Joe Rokocoko, e um total, entre todos os jogadores, de 925 internacionalizações...

Na equipa dos All Blacks, e apesar das ausências de Dan Carter, Mils Muliaina, Ma'a Nonu, Conrad Smith, Kieran Read e Tony Woodcock, a intenção é partir para o ataque e confirmar o excelente jogo que fizeram contra a França.

Sob a batuta de MacCaw, os Blacks querem acabar o ano com mais um sucesso, elevando para 11 o numero de vitórias, em 15 jogos realizados. E se a ausência daqueles pesos pesados pode prejudicar, o que dizer da vontade dos seus reservas, com esta oportunidade de brilhar?

Já tive a felicidade de assistir a um jogo destes, no ano do centenário da extraordinária equipa de convites, e ter sido convidado para o banquete oficial, como Chairman dos Barbarians Portugueses – a que também esteve presente o Pedro Sousa Ribeiro – foi uma das mais extraordinárias experiências por que passei na minha vida de Rugby.

Aqui ficam, para a história, as equipas do jogo de hoje.

Barbarians 1. Salvatore Perugini (Italy), 2. Bismarck du Plessis (South Africa), 3. W P Nel (uncapped), 4. Carlo del Fava (Italy), 5. Victor Matfield (South Africa, captain), 6. Rocky Elsom (Australia), 7. Schalk Burger (South Africa), 8. George Smith (Australia), 9. Fourie du Preez (South Africa), 10. Matt Giteau (Australia), 11. Bryan Habana (South Africa), 12. Jamie Roberts (Wales), 13. Jaque Fourie (South Africa), 14. Joe Rokocoko (New Zealand), 15. Drew Mitchell (Australia).

Reservas: 16. Stephen Moore (Australia), 17. Tendai Mtawarira (South Africa), 18. Quintin Geldenhuys (Italy), 19. Andy Powell (Wales), 20. Will Genia (Australia), 21. Morne Steyn (South Africa), 22. Leigh Halfpenny (Wales).

Nova Zelândia 1. Wyatt Crockett, 2. Corey Flynn, 3. John Afoa, 4. Jason Eaton, 5. Anthony Boric, 6. Liam Messam, 7. Richie McCaw (captain), 8. Rodney So'oialo, 9. Brendon Leonard, 10. Stephen Donald, 11. Zac Guildford, 12. Luke McAlister, 13. Tamati Ellison, 14. Ben Smith, 15. Cory Jane.

Reservas: 16. Andrew Hore, 17. Neemia Tialata, 18. Adam Thomson, 19. Tanerau Latimer, 20. Jimmy Cowan, 21. Mike Delany, 22. Sitiveni Sivivatu.


Árbitro: Christophe Berdos