AS CARTAS, A DEMAGOGIA E A HONRA

O Presidente da Assembleia Geral da FPR, veio a terreiro demonstrar o seu desagrado em relação a uma carta recentemente tornada publica, que lhe foi enviada por um conjunto de Clubes, apoiantes da candidatura de Dídio de Aguiar à cadeira mais importante da nossa Federação.

Como por diversas vezes afirmei, não concordei com a marcação de eleições para esta altura da época desportiva, disse porque não concordava, publicamente, e repito-o sempre que julgue necessário.


Sou completamente independente em relação a qualquer corrente do Rugby nacional, sempre fui contra as "quintas" deste ou daquele senhor, e defendo sempre aquilo que considero certo, venha de onde vier.

Por isso mesmo, depois que Pinto de Sousa marcou as eleições - para meu desagrado, repito - escrevi nestas páginas que aquela discussão estava encerrada, era preciso aceitar as decisões de quem tem o poder de as tomar, e respeitar outras opiniões e pontos de vista.
Quando a carta a que me refiro no corpo deste artigo, foi divulgada, num circulo mais ou menos fechado, tive oportunidade de escrever aos, agora, seus subscritores, alertando para algumas incorreções do seu conteúdo, e para a inoportunidade da sua elaboração.

Afirmei nesse e-mail que a decisão de realizar as eleições no mais breve espaço de tempo era do conhecimento público desde Agosto, ao contrário do que se dizia na carta dos apoiantes do actual Presidente da Direção.
Ninguém me deu ouvidos nem se preocupou em verificar aquela minha afirmação.

E hoje, em carta enviada a largas dezenas de rugbistas - um deles teve a gentileza de me enviar uma cópia - Pinto de Sousa reafirma aquilo que eu disse, e cataloga inequivocamente de falsa a afirmação de que Académica, Belenenses, CDUL e Direito, desconheciam a intenção de marcar as eleições de imediato.
Toda esta história afinal, tem a ver com a capacidade que devíamos ter, de aceitar a autoridade de quem legitimamente tem o poder, e deixar de uma vez por todas de manter um clima de guerrilha e de crispação.  

Seja Amado da Silva ou Dídio de Aguiar, os clubes que apoiam um ou que apoiam o outro.

As eleições estão aí, há um candidato que lutou por elas e outro que a elas se opôs.  
E há um Presidente da Assembleia Geral que, com o poder que lhe foi conferido ao ser eleito para aquele cargo, as marcou para 8 de Janeiro.

Agora, se fazem favor, vão ajudar os candidatos a preparar os seus Planos de Actividade.