2 de dezembro de 2009

DUBAI, UM OÁSIS À BEIRA DO GOLFO


Miragem nas longas areias escaldantes do deserto, a cidade-oásis do Dubai, atrai uma população de mais de 2,2 milhões, para a sombra das suas negociatas e investimentos de rápido retorno.

O emirado do Dubai é um dos sete que compõem os Emirados Árabes Unidos, localizado ao longo do Golfo Pérsico na Península Arábica, e a sua capital é mundialmente conhecida pelos seus arranha-céus, largas avenidas e inovações arquitetônicas.


Os sete emirados dividem funções na política, defesa, e economia, sendo que o Dubai tem a maior população e a segunda maior área, depois de Abu Dabi.
A importância destes dois parceiros sobre os restantes emirados, manifesta-se pelo poder de veto que possuem sobre questões de importância nacional.




Apesar de localizado numa região de grandes recursos petrolíferos, apenas 6% da receita do Dubai vem desses recursos, sendo a maior fatia proveniente do turismo, do comércio, sector imobiliário e serviços financeiros.
Esta divisão de receitas, na sua maior parte absurdamente especulativas, justifica a recente crise que o emirado atravessa, e que apenas com o apoio dos seus aliados será possível controlar.

Os enormes investimentos feitos em recentes anos, dos quais o Rugby tem beneficiado, nomeadamente com a construção do The Sevens, onde o Torneio tem lugar, correm o risco de fazer a bolha rebentar, sendo o futuro incerto, quer para as grandes instituições financeiras envolvidas, como para o, relativamente, “peixe miúdo” que sempre lhes está associado.



Desde a descoberta de petróleo no emirado, em meados da década de 60, o Dubai abandonou a idade média e avançou em direção ao futuro.
Depois da criação dos Emirados Árabes Unidos, em 1971, Dubai consolidou a sua caminhada, aproveitando bem as receitas do ouro negro, e investindo fortemente na sua transformação no centro comercial e financeiro da região.
A construção do porto de Jebel Ali, o maior porto do mundo construído pelo homem e a criação de uma zona franca, Jafza, ao redor do porto, foram passos importantes no desenvolvimento da cidade, apenas perturbada pela Guerra do Golfo, em 1990.
Durante algum tempo sentiu-se a retirada maciça de fundos, devido à incerteza das condições políticas na região, mas logo de seguida muitas comunidades de comércio exterior mudaram os seus negócios para a cidade, reforçando a decisão das autoridades em apostar no livre comércio e no turismo.

Já neste século, novas zonas francas foram criadas, e desde 2002 a cidade tem visto enormes investimentos imobiliários que deram à cidade um visual muito diferente daquele que tinha anteriormente.

Apesar de toda esta modernidade, o Dubai adopta constitucionalmente o islã como religião oficial, sendo todos os imames funcionários públicos e 95% de todas as despesas com as mesquitas suportadas pelo estado.
No entanto existem outras comunidades religiosas autorizadas no país, se bem que com determinadas restrições, o que alivia um pouco o ambiente e cria condições para a convivência entre as inúmeras raças que habitam o emirado.


Agora que já conhece a situação, pegue nos cartões de crédito e aproveite. No intervalo, vá assistir aos Sevens. Os participantes prometem espectáculos de grande qualidade, e os "putos" da nossa seleção - Os Linces - merecem e precisam de todo o apoio!

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